NY E IBOVESPA BATEM RECORDE COM ONDA AZUL, MAS DÓLAR E DIS DISPARAM COM RISCO FISCAL

Blog, Cenário
A confirmação da maioria democrata também no Senado americano, com a eleição de representantes do partido para as duas cadeiras que ainda restavam, trouxe a perspectiva de que mais estímulos fiscais estão a caminho, o que pode significar mais crescimento econômico nos EUA e para o resto do mundo. Como resultado, as tensões políticas exacerbadas ontem no Capitólio ficaram em segundo plano, enquanto Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones bateram recorde de fechamento, ajudando o Ibovespa a disparar mais de 3 mil pontos e finalmente terminar na máxima histórica tão ensaiada nos últimos dias. Com o quadro global favorável, os papéis de exportadores e produtores de commodities foram o guia para o avanço de 2,76% da Bolsa brasileira, no pico de fechamento de 122.385,92 pontos. Mas esse cenário traz efeitos colaterais: a perspectiva de liberação de mais dinheiro deve pressionar a inflação no médio e longo prazos, o que empinou a curva de Treasuries e teve reflexo direto no dólar e nas taxas dos DIs por aqui. Até porque, isso significa que a moeda dos EUA pode não ficar tão depreciada quanto se imaginava, ao tornar o mercado americano também mais atrativo, seja o de renda variável, devido ao crescimento, seja o de renda fixa, com juros mais altos. Para completar, o ambiente doméstico não é dos melhores e garantiu impulso ainda maior para câmbio e DIs. Os investidores colocam nos preços movimentos e notícias que sinalizam para aumento do risco fiscal. Ontem, um órgão técnico da Câmara publicou um estudo que trata da possibilidade de mudança no teto de gastos. E, hoje, parlamentares começaram a se movimentar para fazer uma sessão extraordinária em janeiro para estender o estado de calamidade e o auxílio emergencial. Ainda que nenhuma dessas ideias vingue, ficou claro para o mercado que esses movimentos farão parte da agenda do legislativo neste começo de 2021, ao mesmo tempo em que, apesar de notícias promissoras sobre a Coronavac e da MP da vacinação editada pelo governo, o País ainda está rodeado de incertezas sobre o processo de imunização. Com isso, o dólar disparou 1,82% ante o real no mercado à vista, a R$ 5,3990 - maior nível desde 16 de novembro e depois de bater em R$ 5,41 durante a tarde. Os juros futuros foram pelo mesmo caminho: na ponta mais curta, o DI para janeiro de 2022 voltou ao nível de 3%, o maior de fechamento desde 14 de dezembro. Já contratos mais longos, como 2027 e 2029, chegaram a abrir 25 pontos-base de alta.  
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  MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York fecharam em nível recorde, com ganhos fortes sobretudo do Nasdaq, que se recuperou de perdas recentes. A tensão política nos Estados Unidos não influenciou o humor dos investidores, mesmo em meio à pressão democrata para abreviar o mandato do presidente Donald Trump, após o episódio de ontem da invasão do Capitólio por partidários do republicano. O presidente eleito, Joe Biden, advertiu nesta tarde que Trump "não está acima da lei", acusando-o de incitar o grupo que o democrata qualificou como de "terroristas domésticos". A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, afirmou que o Congresso ainda pode agir para retirar o atual líder, que deve dar lugar a Biden no dia 20. Nos mercados, porém, importância maior foi dada à perspectiva de novos estímulos fiscais, com analistas apontando ainda que a força dos democratas para impor mais impostos ou regulações será limitada, já que possuem maioria estreita no Congresso, sobretudo no Senado. Nesse quadro, as bolsas e os juros dos Treasuries subiram, em meio também a declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed). No câmbio, a fraqueza do euro após dados modestos da região da moeda comum mais cedo impulsionou o dólar. O movimento no câmbio pressionou o petróleo, que oscilou em parte da sessão, mas terminou com ganhos modestos.   Se ontem o Nasdaq havia recuado, com o temor sobre regulações e outras investidas dos democratas sobre gigantes do setor de tecnologia, hoje essa percepção ficou em segundo plano e o índice foi o destaque nas bolsas americanas. O Julius Baer, por exemplo, lembrou que a maioria do partido de Biden no Legislativo será diminuta, sobretudo no Senado, o que deve frear propostas mais robustas nessa frente. Com visão algo distinta, o Deutsche Bank considera que o Senado democrata pode se traduzir em maior crescimento, sobretudo no curto prazo. O banco alemão avalia como prováveis um pacote de infraestrutura e reforma tributária ainda em 2021. Nas bolsas, o Dow Jones fechou em alta de 0,69%, a 31.041,13 pontos, o S&P 500 subiu 1,48%, a 3.803,79 pontos, e o Nasdaq avançou 2,56%, a 13.067,48 pontos. Os três índices tiveram fechamento recorde e o Nasdaq terminou pela primeira vez acima dos 13 mil pontos.   Entre os Treasuries, a menor busca por segurança levou os retornos para cima. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,132% e o da T-note de 10 anos, a 1,076%. Entre os dirigentes do Fed, Tom Barkin (Richmond) previu recuperação lenta na economia americana no primeiro semestre, "com risco limitado de baixa", mas reação na segunda metade do ano, conforme ganhe fôlego a vacinação contra a covid-19. Já Patrick Harker (Filadélfia) disse que não deve haver mudanças no programa de compra de ativos do Fed ao longo de 2021 e no início de 2022, enquanto James Bullard (St. Louis) descartou o uso de juros negativos nos EUA, demonstrando otimismo com a retomada. Para Charles Evans (Chicago), uma alta nos juros não deve ocorrer antes de 2024.   A política americana, embora não preponderante nos mercados, seguiu no radar. Biden foi duro nas críticas a Trump, acusando-o de incitar a multidão que atacou o Capitólio ontem. "Nosso presidente não está acima da lei", advertiu o democrata, que assume no dia 20. A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, foi mais uma voz no Congresso a defender a saída antecipada do atual líder e disse que o Congresso pode buscar o impeachment de Trump. Alguns membros do governo atual batiam em retirada, como a secretária de Transportes, Elaine Chao, que se demitiu e mencionou os eventos "totalmente evitáveis" de ontem "causados por apoiadores" do presidente. Uma fonte citada pela Dow Jones Newswires, porém, afirmava que o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, seguirá no posto até o fim do governo, mesmo após ter criticado publicamente o episódio de ontem em Washington.   No câmbio, o euro ficou pressionado após dados de mais cedo. O ING nota em relatório que a inflação ao consumidor na zona do euro segue negativa, enquanto as vendas no varejo foram afetadas no fim do ano passado pelas restrições ante a pandemia. Com isso, o dólar se fortaleceu - o BBH considera o movimento da divisa ante outras principais como temporário, prevendo pressão de baixa à frente. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas fortes, subiu 0,33%, a 89,826 pontos. No horário citado, o dólar avançava a 103,84 ienes, o euro recuava a US$ 1,2268 e a libra tinha baixa a US$ 1,3561.   Entre as commodities, o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 0,40%, em US$ 50,83 o barril, na Nymex, e o Brent para março subiu 0,15%, a US$ 54,38 o barril, na ICE. O óleo subiu mesmo com o dólar forte, após o Brent oscilar em baixa em parte da sessão. A Sucden Financial comenta que a disseminação da covid-19 e seus riscos à atividade continuam a desafiar a perspectiva de oferta mais restrita adiante nesse mercado. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected])   Volta   BOLSA A reta final foi de elevador. Mesmo com dólar a R$ 5,41 na máxima desta quinta-feira - apreciação que pode, caso se sustente, limitar a retomada do apetite de investidores estrangeiros, vista desde novembro, por ações brasileiras -, o Ibovespa conseguiu marcar hoje novos recordes intradia e de fechamento, surfando o otimismo global com a aproximação da posse do presidente Joe Biden, no dia 20. As cenas de intimidação vistas ontem no Capitólio deram lugar a banimento de Trump de redes sociais - no caso do Facebook, até o fim do mandato - e a "compromisso" do atual presidente com transição "ordeira", após o que foi visto como ato de sedição sem precedentes, passível de destituição do cargo.   Nem o alerta do presidente Jair Bolsonaro, de que o Brasil pode repetir adiante o que se viu neste fim de governo nos EUA, estragou o bom humor do mercado, o que resultou na pulverização dos recordes anteriores tanto no intradia como no fechamento, renovados continuamente na meia hora final dos negócios. O alívio desde Nova York contribuiu para que o índice da B3 alcançasse hoje máxima histórica de fechamento, em alta de 2,76%, a 122.385,92 pontos, e novo pico intradia a 122.696,64 pontos, saindo de mínima na sessão a 119.100,76 pontos - uma variação de quase 3,6 mil pontos entre o piso e o teto do dia. O desempenho de hoje correspondeu também ao maior avanço em porcentual desde 5 de novembro, quando o Ibovespa fechou em alta de 2,95%. Em 2021, o índice sobe 2,83%.   Assim como ontem bem fortalecido, o giro financeiro totalizou R$ 43,6 bilhões, em dia mais uma vez puxado pelo bom desempenho das ações de commodities (Vale ON +7,02%, Petrobras PN +3,09%) e de siderurgia (CSN +6,44%, Gerdau PN +5,54%), com ajuda também de bancos (Itaú PN +4,06%), setor que é "porta de entrada dos investidores, em especial estrangeiros, em vista da liquidez e correlação com o Ibovespa", aponta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "O índice atingiu a inédita faixa de 122 mil pontos e as ações do setor de commodities metálicas respondem por grande parte desse movimento, importantes na composição do Ibovespa e diretamente afetadas pelo quadro de estímulos nos EUA."   Há, contudo, matizes na "onda azul". "Os democratas venceram o Senado por uma margem mínima e isso significa que Biden não será capaz de realizar uma reforma tributária e regulatória abrangente", aponta em nota Edward Moya, analista da OANDA em Nova York, o que explica em parte a recuperação observada hoje nas ações de tecnologia, com o Nasdaq em alta de 2,56% no fechamento, à frente de Dow Jones e S&P 500. Por outro lado, "uma transição ordeira significa que Biden poderá implementar rapidamente estratégia para esmagar o coronavírus, proporcionando mais estímulo econômico e movendo também sua agenda de gastos com infraestrutura", acrescenta o analista.   Com a demanda por ativos de risco, como ações e commodities, sendo alimentada pela expectativa por ainda mais liquidez global, apenas setores defensivos, como o elétrico e o de telecom, ou ainda muito debilitados pela pandemia, como o turismo, ficaram de fora da ascensão do Ibovespa nesta quinta-feira. Na ponta do índice, favorecidas pela alta do dólar na sessão, destaque para as ações de Suzano (+8,64%) e Klabin (+7,61%), enquanto, no lado oposto, sobressaíram CVC (-3,65%), Energisa (-3,57%) e CPFL Energia (-3,45%).   "Tivemos hoje por aqui duas boas notícias, com o anúncio dos cronogramas de vacinação em São Paulo e Minas Gerais, algo positivo na medida em que a imunização é fundamental para se virar esta página do coronavírus", diz o economista e sócio da VLG Investimentos, Leonardo Milane.   "Depois, precisamos endereçar outro grande problema, o fiscal, e quando se tiver a definição das próximas presidências da Câmara e do Senado haverá mais clareza para o mercado. Enquanto isso, o que continua a nos mover é o fluxo externo - e hoje tivemos uma ocorrência atípica, entre dólar e Bolsa, ambos na mesma direção, subindo bem", acrescenta Milane. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     18:21   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 122385.92 2.75889 Máxima 122696.64 +3.02 Mínima 119100.76 0.00 Volume (R$ Bilhões) 4.36B Volume (US$ Bilhões) 8.16B         18:24   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 123285 3.48779 Máxima 123340 +3.53 Mínima 119235 +0.09     CÂMBIO O dólar teve pregão de fortalecimento generalizado no mercado internacional, após dias de queda, quando testou as mínimas em quase 3 anos. Ante o real, voltou a superar os R$ 5,40, em meio a novo desconforto com a situação fiscal do Brasil, com pressão em Brasília para aumentar gastos sociais diante do avanço da pandemia e flexibilizar o teto. Com isso, a moeda americana encerrou a quinta-feira no nível mais alto desde 16 de novembro (R$ 5,43) e foi grande a expectativa nas mesas de operação para atuação do Banco Central, o que acabou não ocorrendo.   No fechamento, o dólar à vista terminou o pregão em alta de 1,82%, cotado em R$ 5,3990. No mercado futuro, o dólar para fevereiro era negociado com valorização de 1,45%, a R$ 5,3985 às 18h10, com giro financeiro de US$ 15,5 bilhões, o menor da semana.   "A recuperação econômica melhor do Brasil se deu graças a um custo fiscal substancial", observa o estrategista do banco Société Générale, Dev Ashish. Assim, ele destaca que o espaço para elevar os gastos fiscais em 2021 é "não existente", ou seja, a situação que já é delicada e pior que outros emergentes, pode ficar ainda mais fragilizada, por isso a preocupação dos mercados, que tem se refletido no câmbio e na curva longa de juros, enquanto a Bolsa tem renovado recordes, hoje superando os 121 mil pontos.   E nesta semana, o noticiário fiscal não vem ajudando. O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara, defende prorrogar o auxílio emergencial ou aumentar o Bolsa Família, por causa do crescimento dos casos de coronavírus. Ao mesmo tempo, o Broadcast revelou que a Consultoria de Orçamento e Fiscalização da Câmara dos Deputados propõe uma mudança no teto de gastos da União.   O economista do Instituto Internacional de Finanças (IIF), Robin Brooks, comenta que os participantes do mercado estão vendo a situação fiscal do Brasil com o risco de a dívida ficar "fora de controle". O resultado é o real muito desvalorizado. O IIF estima que o preço justo da moeda brasileira é ao redor de R$ 4,50. Em 2020, o real foi uma das divisas com pior desempenho entre os emergentes. Em 2021, em quatro sessões, o dólar sobe 4% ante o real, enquanto avança 0,62% no México e cai 1% na Turquia.   Na máxima de hoje, o dólar foi a R$ 5,41, o que aumentou a expectativa para atuação do Banco Central, como fez ontem, vendendo US$ 500 milhões em swap. "Os traders montaram posições e ficaram esperando o BC", destaca um ex-diretor da instituição.   Mas com o real acompanhando o movimento de fortalecimento do dólar no mercado internacional, embora em ritmo um pouco mais forte, havia dúvidas sobre uma atuação hoje, destacam traders. A divisa americana subiu 2,55% na África do Sul, 2,34% no México e operou em alta (0,35%) ante moedas de países desenvolvidos, em movimento de recuperação após as fortes quedas recentes.   "O dólar se descolou da onda azul", destacam os estrategistas de moedas do banco Brown Brothers Harriman (BBH) ao comentar o Congresso controlado pelos democratas em Washington.   Enquanto as bolsas em Nova York tiveram dia de recordes, a moeda americana teve pregão de recuperação, influenciada pela elevação dos juros dos Treasuries. O euro subiu ajudado por indicadores europeus mais positivos, enquanto os investidores buscaram risco com a perspectiva de mais estímulo fiscal nos EUA e mais crescimento econômico. O Goldman Sachs elevou hoje a projeção de crescimento americanos este ano de 5,9% para 6,4% e prevê novo pacote de US$ 750 bilhões neste primeiro trimestre. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:24   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.39900 1.8218 5.41250 5.30060 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5417.000 1.79461 5421.500 5304.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5384.000 1.93109 5384.000 5359.000     JUROS O temor de manobras ao teto de gastos e o receio de aumento da pressão pelo retorno do auxílio emergencial à medida que a pandemia de covid-19 ganha ímpeto do Brasil fizeram com que as taxas dos juros futuros saltassem na sessão desta quinta-feira. Na ponta mais curta, o janeiro 2022 voltou ao nível de 3%, o maior de fechamento desde 14 de dezembro. Já o 2027 subiu ao nível de mais de 1 mês atrás.   O DI janeiro 2022 subiu de 2,949% no ajuste de ontem para 3,030% (regular), na máxima do dia, e 3,020% (estendida). O janeiro 2023 avançou de 4,425% a 4,615% (máxima, fechamento da regular) e 4,605% (estendida). O janeiro 2025 saltou de 5,934% a 6,180% (máxima, regular) e 6,170% (estendida). O janeiro 2027 foi de 6,703% a 6,960% (regular e estendida). E o janeiro 2029 passou de 7,163% a 7,450% (regular) e 7,440% (estendida).   Toda os principais vencimentos tiveram alta acentuada, com especial menção aos contratos mais longos, como 2027 e 2029, que chegaram a abrir mais de 25 pontos-base. Desta forma, a curva ganhou ainda mais inclinação, consistente com um movimento que vem desde a abertura do ano.   Uma medida disso - o spread entre 2022 e 2027 - passou de 355 pontos-base no dia 30 de dezembro a 392 pontos-base hoje.   "Claramente podemos ver que os players forçaram um fechamento de taxa para a virada do ano, e agora entrou a galera do mal. Muito volume e stop", escreveu, em sua conta no Twitter, o sócio e diretor da SF2 Investimentos, Sérgio Machado.   O operador de renda fixa de uma corretora internacional com escritório em São Paulo corroborou a visão de Machado e disse que houve movimento de investidores entrando forte em hedge hoje.   No fundo deste debate técnico há a questão do noticiário econômico ruim para os gastos públicos. A proposta de consultores da Câmara de drible ao teto, ao considerar apenas o rombo da Previdência no cálculo do limite do mecanismo em vez de toda a despesa com o pagamento de benefícios, acendeu o sinal amarelo no mercado.   Isso porque a ideia vem em um momento em que a pressão por mais gastos sociais se amplia, à medida que a pandemia de covid-19 recrudesce. O Brasil bateu o nível de 200 mil mortes em decorrência da doença.   "Se piorar muito a questão da covid, a volta do auxílio vem pro debate", destacou o estrategista da Tullett Prebon, Vinicius Alves. "Há um ruído muito grande na questão fiscal, e isso só vai passar quando tivermos a votação do Orçamento", completou.   "A tendência, infelizmente, é de continuidade dos problemas econômicos e sanitários", acrescentou a estrategista-chefe da Consulenza Investimentos, Helena Veronese. Para ela, uma parte do mercado se prepara para um rompimento do teto de gastos, ainda que esse grupo parece apostar que essa mudança não será tão grave. "Mas ela é. A regra do teto existe para ser cumprida", reforçou.   Na manhã de hoje, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) começou a coletar assinaturas para um requerimento em que defende uma convocação extraordinária do Congresso em janeiro. A intenção é votar um novo decreto de calamidade pública e a retomada do auxílio emergencial, além da universalização de uma vacina contra covid-19. A disputa pelas presidências da Câmara e do Senado, porém, dificulta a possibilidade de uma votação em janeiro.   Em tempo, neste dia de forte estresse das taxas, o Tesouro foi a mercado para o primeiro leilão de prefixado e de LFT do ano.   Foram vendidas 16,8 milhões de LNT, ante oferta de 17,5 milhões, sendo 10 milhões para 1º/4/2022, 4,8 milhões de títulos para 1º/1/2023; e 2,032 milhões para 1º/7/2024. Já a de NTN-F foi aceita integralmente (3,8 milhões), sendo 3,5 milhões para 1º/1/2029 e 300 mil NTN-F para 1º/1/2031.   Já a oferta de 1 milhão de LFT foi absorvida também integralmente, sendo 152.150 papéis para 1º/3/2022 e 847.850 para 1º/3/2027. (Mateus Fagundes - [email protected])     18:23   Operação   Último CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90              
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