CONFUSÃO COM CERTIFICAÇÃO DE BIDEN REDUZ ÂNIMO, MAS DOW TEM RECORDE; BOLSA VIRA E CAI

Blog, Cenário
O clima positivo dos mercados acionários perdeu bastante vigor na reta final dos negócios, em meio ao imbróglio envolvendo a certificação da vitória de Joe Biden na eleição americana. Após aliados de Donald Trump questionarem o resultado no Arizona, manifestantes pró-Trump invadiram o Congresso dos Estados Unidos, interrompendo o processo. Houve, inclusive, relatos de tiros na região do Capitólio. Mais cedo, o presidente americano já havia dito que não reconheceria a derrota em nenhuma hipótese. O aumento das tensões não impediu, contudo, o avanço firme do Dow Jones, que teve novo recorde. Por lá, com a possibilidade cada vez maior - confirmada pela NBC após o fechamento dos negócios - de os democratas levarem as duas cadeiras ao Senado na Georgia, os investidores compraram papéis mais ligados à atividade doméstica, que seria beneficiada por mais estímulos fiscais com o controle das duas casas (Senado e Câmara) pelo partido de Biden. Em compensação, as big techs correriam risco de regulação maior e, portanto, estiveram entre os papéis que sofreram no dia. Mas o Ibovespa, que dava sinais de que também renovaria máxima histórica, desacelerou gradualmente até sucumbir nos minutos finais e terminar com baixa de 0,23%, aos 119.100,08 pontos, ainda que os papéis de exportadores, como siderúrgicas e Vale, tenham se mantido com ganhos firmes. Até porque, tais ações seriam as mais beneficiadas com uma eventual expansão fiscal americana que resultasse em aumento da atividade global. Além disso, contaram com a ajuda do dólar. A moeda dos EUA, que terminou o dia com valorização de 0,80%, a R$ 5,3024, até chegou a desacelerar no meio da tarde, depois que o Banco Central vendeu US$ 500 milhões em swap no momento em que as cotações testavam R$ 5,35, muito descolado dos seus pares. Mas a piora do ambiente externo e a continuidade das incertezas fiscais e sobre a vacinação da população brasileira contra a covid não permitiram alívio maior, mesmo com a perspectiva de ampla liquidez global. Os juros futuros, dominados pelos mesmo fatores, também se descolaram do otimismo global e voltaram a subir. Ainda há desconforto com a fala dos presidente Jair Bolsonaro sobre o País estar "quebrado" e o risco de isso ser usado pelo governo para medidas populistas.    
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  MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York perderam força no final da tarde após manifestantes invadirem o Congresso dos Estados Unidos durante o processo de certificação da vitória de Joe Biden, que foi interrompido, mas o Dow Jones registrou novo recorde histórico. Durante a maior parte do pregão, os índices acionários americanos operaram em alta firme. O otimismo com a expansão fiscal que pode resultar da cada vez mais provável onda azul nos Estados Unidos - confirmada pela NBC após o fechamento dos negócios - superou a cautela dos investidores com possíveis regulações sobre as big techs e impostos corporativos mais altos. Com os democratas mais próximos de garantir o controle do Senado, o juro da T-note de 10 anos atingiu 1% pela primeira vez desde março, diante da perspectiva de mais emissão de títulos. O dólar, por sua vez, se manteve perto da estabilidade ante os pares. A divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve ficou em segundo plano.   Em dia decisivo para os EUA, o Congresso iniciou uma sessão conjunta para certificar os votos recebidos por Biden na eleição de novembro de 2020. Depois de legisladores republicanos terem questionado o resultado eleitoral do Arizona, a Câmara e o Senado iniciaram um debate, que foi interrompido pela invasão do Capitólio por manifestantes favoráveis ao presidente Donald Trump. O líder da Casa Branca pediu para que seus partidários protestem de modo pacífico.   O vice-presidente americano, Mike Pence, que preside a sessão, declarou em carta enviada aos legisladores que não pode interferir no processo, depois de ter sido pressionado por Trump. Já o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, disse que as eleições não foram "roubadas".   No mercado acionário americano, a confusão gerou cautela. Após operarem com ganhos robustos, as bolsas fecharam sem direção única. O Dow Jones avançou 1,44%, a 30.829,40 pontos, na máxima histórica de fechamento, o S&P 500 subiu 0,57%, a 3.748,14 pontos, e o Nasdaq registrou queda de 0,61%, a 12.740,79 pontos.   O foco dos investidores também esteve na Geórgia, onde continua a contagem dos votos do segundo turno das disputas por duas vagas no Senado. Em um dos pleitos, o democrata Raphael Warnock venceu. Se Jon Ossoff também levar uma cadeira, o partido de Joe Biden terá 50 dos 100 assentos da Casa. Com o voto de Minerva da vice-presidente eleita, Kamala Harris, os democratas assumirão o controle do Senado.   No S&P 500, o subíndice do setor financeiro liderou os ganhos (+4,36%), enquanto o de tecnologia foi o que sofreu as maiores perdas (-1,81%). As ações do Wells Fargo subiram 7,08% e as do Morgan Stanley avançaram 6,03%, mas as da Apple caíram 3,32%. Enquanto os bancos poderiam se beneficiar de mais estímulos fiscais, com os democratas no comando do Congresso, as grandes empresas de tecnologia estariam sujeitas a maior regulação.   "Esperanças de gastos com infraestrutura provavelmente apoiariam ações ligadas ao crescimento, mas temores sobre impostos corporativos mais altos e regulamentação mais rígida podem ser um desafio para o sentimento", dizem analistas do banco holandês Rabobank sobre a possibilidade de uma onda azul democrata. "O debate vai continuar, mas acreditamos que a onda azul favorece as ações em geral devido a uma perspectiva de crescimento mais favorável", avaliam profissionais do banco de investimentos Brown Brothers Harriman.   No mercado de renda fixa, a perspectiva de mais emissão de títulos levou o rendimento da T-note de 10 anos a alcançar a marca de 1% pela primeira vez desde março, em um movimento de inclinação da curva de juros dos Treasuries. No final da tarde em NY, o rendimento da T-note de 2 anos subia a 0,129% e o da T-note de 10 anos, a 1,030%.   "Isso tem implicações negativas para o dólar, uma vez que os rendimentos reais continuam caindo", afirmam os analistas do BBH. A moeda americana, contudo, operou perto da estabilidade contra outras divisas fortes. O índice DXY, que mede a variação do dólar contra seis rivais, caiu 0,11%, a 89,530 pontos.   Divulgada hoje, a ata da reunião da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ficou em segundo plano. De acordo com o documento, os dirigentes, reforçaram que a recuperação da economia depende do coronavírus e voltaram a se comprometer em usar todas as ferramentas disponíveis para apoiar a atividade econômica.   O petróleo, por sua vez, fechou em alta, impulsionado por uma queda maior do que a esperada nos estoques em solo americano. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para fevereiro subiu 1,40%, a US$ 50,63 o barril, enquanto o Brent para março avançou 1,31%, a US$ 54,30 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). (Iander Porcella - [email protected]) Volta   BOLSA   Para o dia que se desenhava até o fim da tarde, o fechamento do Ibovespa, abaixo dos 120 mil, foi do triunfo completo à decepção. Com a expectativa por mais estímulos fiscais nos EUA, em governo Biden com maioria na Câmara e no Senado, o Ibovespa, em linha com novas máximas em Nova York, rompeu hoje pico intradia de anteontem para fincar nova referência histórica, bem perto dos 121 mil pontos. Nesta quarta-feira, o índice da B3 parecia, até os minutos finais, firme para também superar o recorde de fechamento de 23 de janeiro (119.527,63 pontos). Perto do fechamento, o índice cedeu e encerrou em leve baixa de 0,23%, aos 119.100,08 pontos, saindo de mínima na sessão a 118.916,94 para chegar, no melhor momento do dia, aos 120.924,32 pontos, com ganhos disseminados pelos setores de maior peso, embora moderados no fim. Reforçado, o giro foi a R$ 43,0 bilhões nesta terceira sessão do ano - em 2021, o índice avança 0,07%.   O fechamento foi em tom menor, com o índice se afastando das máximas até perder e se afastar da linha dos 120 mil, tocada pela primeira vez na última sessão de 2020. Desde Wall Street, o fôlego cedeu na reta final do dia, quando manifestantes pró-Trump invadiram o Capitólio durante a certificação da vitória do presidente eleito Joe Biden. Ainda assim, a percepção é de que o ruído tende a ser passageiro, uma vez expirado o atual mandato presidencial, em 20 de janeiro, em vista também da disposição manifestada hoje por Biden de "tentar trabalhar com pessoas de ambos os partidos". Contudo, a mobilização da Guarda Nacional e os relatos de que o tumulto deixou feridos (inclusive a bala) acendem luz amarela para a transição política no país.   O quadro de fundo, econômico, ainda é favorável. "O cenário externo dá suporte aos ativos de risco, inclusive nos emergentes, com o mercado precificando hoje de maneira bem agressiva mais estímulos fiscais, o que explica esta variação grande vista no yield de 10 anos dos EUA", diz Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez, acrescentando que a perspectiva favorece o incremento da recuperação observada na B3, que já vinha sendo observada nos setores cíclicos, como os de commodities, siderurgia, energia e bancos. "No curto prazo, o principal fator de risco é a extensão desta retomada de lockdown, caso os fechamentos venham a se alongar neste primeiro trimestre", acrescenta.   "A economia americana puxa todo o resto, o que se reflete neste otimismo visível na Bolsa e especialmente nas commodities, os ativos que mais estão se beneficiando desta recuperação", diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, que, considerando o nível de preços atual, observa oportunidades nos setores financeiro, de saúde e construção civil e, quando houver mais clareza sobre a reabertura, também nos de aviação e turismo, duramente descontados durante a pandemia. "As ações de bancos têm se recuperado e isso deve se manter, após um período de elevação de provisionamentos contra eventuais defaults, que acabaram não vindo", acrescenta Moliterno.   As ações de commodities, em particular, seguem no foco. "Os investidores estão se posicionando para novas altas nos preços (das commodities) ao longo de 2021 e a manutenção da tendência de alta das ações, em especial do setor siderúrgico e de Vale, que está próxima da marca histórica de R$ 100,00", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. Nesta quarta-feira, Vale ON fechou em alta de 2,81%, a R$ 95,61, à frente de Petrobras PN (+0,10%) e ON (+0,99%).   Destaque também para ganho de 4,95% em Gerdau PN (na ponta do Ibovespa na sessão), de 4,11% em Usiminas (segunda maior alta do dia) e CSN, de 4,05%. Entre os bancos, Bradesco PN subiu hoje 3,12%, com Itaú PN em alta de 2,77% e a Unit do Santander, de 2,48%. Na face contrária do Ibovespa, B2W (-6,93%) e Lojas Americanas (-5,74%)   Por aqui, sem o auxílio emergencial à população mais pobre, e com indefinição sobre a vacinação, o risco maior é o de que, caso não se supere a disputa política sobre a imunização, o crescimento de 3% a 3,5% esperado para o PIB neste ano venha a ficar comprometido, aponta Lucci, da BGC. "Quanto mais demora houver na vacinação, mais lenta e atrasada será a retomada, contaminando diretamente o PIB para 2021", observa.   "Temos uma luz amarela, que é o nosso cenário interno, com essa rixa entre governo e Congresso. Dependemos do avanço das reformas e das PEC para tirar pressão do fiscal. Por enquanto, o mercado aqui está surfando no externo, mas lá pelo final de janeiro, com a aproximação das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, vai voltar a olhar isso", diz Moliterno, da Veedha. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     18:26   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 119100.08 -0.23131 Máxima 120924.32 +1.30 Mínima 118916.94 -0.38 Volume (R$ Bilhões) 4.29B Volume (US$ Bilhões) 8.08B         18:30   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 119135 0.07981 Máxima 121075 +1.71 Mínima 118900 -0.12         CÂMBIO O câmbio teve novo dia de forte volatilidade, que só se reduziu após o Banco Central fazer intervenção no mercado. Com o real muito descolado de seus pares emergentes, por conta de incertezas domésticas, principalmente com a questão fiscal, da vacinação da população contra a covid e da declaração de Jair Bolsonaro que o País está "quebrado", o BC vendeu US$ 500 milhões em novos swaps no meio da tarde, sua primeira ação do tipo em 2021.   Com o leilão, a moeda americana passou a operar abaixo de R$ 5,30, mas o movimento perdeu força perto do fechamento, com as cenas de manifestantes pró-Donald Trump tentando invadir o Capitólio. Os parlamentares faziam a certificação das eleições americanas, que normalmente eram apenas um ato burocrático, mas hoje tiveram que ser suspensas, por causa das manifestações, que questionam a legitimidade do resultado das urnas.   Washington decretou toque de recolher a partir das 20h (de Brasília). Com as cenas, o mercado acionário em Nova York piorou e o dólar passou a ganhar força no mercado internacional. No fechamento, o dólar à vista encerrou com alta de 0,80%, cotado em R$ 5,3024. No mercado futuro, o dólar fevereiro subia 0,31%, a R$ 5,3095 às 18h10. O dia foi novamente de liquidez mais forte, somando US$ 19 bilhões.   Para o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, o mercado de câmbio está muito volátil e tende a seguir assim, na medida em que há uma série de incertezas domésticas, que têm limitado a queda do dólar aqui. Dúvidas se acumulam sobre o compromisso do Planalto com o teto de gastos, a volta do auxílio emergencial, as eleições na Câmara e no Senado e o processo de vacinação contra a covid, que avança em outros países, mas não aqui.   Conforme o processo de vacinação ganhe corpo no Brasil e a questão fiscal fique mais clara, Cruz destaca que o real pode se valorizar, aproveitando a tendência de enfraquecimento do dólar no mercado internacional. Hoje, mesmo após a tensão política em Washington, o dólar caiu ante a maioria dos emergentes, com a visão de que um Congresso na mão dos democratas pode acelerar medidas de estímulo fiscais no país. A RB vê chance de o dólar cair a R$ 4,80 ao final do ano, mas para isso é preciso firmeza fiscal do governo.   Para o diretor de um banco, o enfraquecimento do real é um ajuste do mercado a volta da probabilidade de prorrogação do auxílio emergencial, por conta da piora da pandemia e da falta de um plano nacional de vacinação. Nesse ambiente, desde ontem, quando o dólar superou os R$ 5,31 era esperada a atuação do BC, que acabou vindo na tarde de hoje. Na máxima de hoje, a moeda encostou em R$ 5,36.   Com a volatilidade, e o foco no fiscal, nem mesmo captações brasileiras tiveram impacto no câmbio. A Klabin está emitindo US$ 500 milhões em bonds sustentáveis e, segundo fontes, há forte demanda. Já o BTG Pactual fechou na tarde de hoje emissão de US$ 500 milhões, com taxa de 2,875%, abaixo do sinalizado inicialmente aos investidores, na casa dos 3,25%. Apesar da recuperação dos fluxos externos para a B3 e captações, o País fechou dezembro com fluxo cambial negativo de US$ 8,4 bilhões, informou o Banco Central. No canal financeiro, houve saída líquida de US$ 4,4 bilhões.   A divulgação ata da reunião de política monetária do Federal Reserve foi monitorada, mas sem impactos relevantes no mercado de moedas. "Não houve surpresas significativas", observa a economista do Canadian Imperial Bank of Commerce (CBC), Katherine Judge. Os dirigentes não mostraram pressa em fazer mudanças nos programas mensais de compras bilionárias de ativos, que tem inundado o mercado de dólares. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:30   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.30240 0.8003 5.35940 5.23320 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5313.000 0.37786 5363.500 5237.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5282.000 -0.7516 5282.000 5282.000     JUROS Já impulsionados na sessão regular pelo temor de mais pressão fiscal no Brasil, os juros futuros avançaram ainda mais na etapa estendida. O movimento ocorreu na esteira do aumento da tensão política nos Estados Unidos, depois de manifestantes pró-Donald Trump invadirem o prédio do Capitólio, em Washington, onde o Congresso se preparava para certificar a vitória de Joe Biden.   A taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 subiu de 2,904% ontem para 2,945% na regular e 2,985% na estendida (na máxima). O janeiro 2023 passou de 4,305% para 4,420% (regular) e 4,465% (estendida). O janeiro 2025 foi de 5,774% a 5,930% (regular) e 5,980% (estendida). E o janeiro 2027 saltou de 6,503% a 6,700% (regular e estendida).   O estresse no mercado de juros veio desde a abertura dos negócios, reverberando ainda o noticiário da véspera. Os investidores reagiram com desconfiança à fala do presidente Jair Bolsonaro, que ontem cedo disse a apoiadores que o País estava "quebrado".   A equipe econômica tentou conter a desconfiança, alegando que, ao fazer o alerta, o chefe do Executivo mostrava compromisso com as contas públicas. Mas o temor de a fala do mandatário preceder uma rodada de populismo fiscal trouxe desconfiança aos agentes.   "Há uma preocupação com relação à saúde fiscal do País e a necessidade de eventuais ajudas adicionais, porque temos uma segunda onda ou uma primeira onda continuada da covid recrudescendo. Há o temor de novos aportes em gastos e desajuste", afirmou o economista e operador de renda fixa da Nova Futura Investimentos, André Alírio.   O gerente de renda fixa de uma corretora paulista lembra que a preocupação fiscal é uma tônica em todo o mundo, embora os países desenvolvidos tenham espaço ainda para reagir à aceleração da doença. "Hoje o fiscal pesou muito, com o mercado vendo uma chance de os auxílios voltarem porque a pandemia segue em alta e o lockdown pode voltar", comentou.   Apesar do temor do mercado, na equipe econômica, os gastos sociais estão, neste momento, restritos à dotação já esperada do Bolsa Família. Nesta manhã, a repórter Idiana Tomazelli noticiou que o governo pretende editar uma Medida Provisória (MP) de reestruturação do programa, sem expansão do gasto dele, contudo.   Sandra Blanco, consultora da Órama Investimentos, ponderou que, ainda assim, merece atenção um eventual substituto do auxílio emergencial, extinto mesmo com a continuidade da pandemia. "O perigo é se o Congresso, quando voltar às atividades, decidir destinar mais recursos para o programa quando for votar o Orçamento [de 2021]", afirmou.   O debate fiscal, contudo, foi eclipsado, na etapa estendida dos negócios. A reabertura coincidiu com os momentos de maior tensão em Washington, que diminuiu o ímpeto dos ativos de risco. A curva se inclinou ainda mais, embora, no fechamento, o movimento tenha tido arrefecimento.   O mercado de juros se preparou, também, para o primeiro leilão de títulos pré-fixados do ano, a ser feito amanhã cedo pelo Tesouro. Serão oferecidos lotes de LTN para 1º/4/2022, 1º/1/2023 e 1º/7/2024 e de NTN-F para 1º/1/2029 e 1º/1/2031. Haverá também LFTs para 1º/3/2022 e 1/3/2027. Os volumes serão conhecidos nesta quinta-feira. (Mateus Fagundes - [email protected])     18:30   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.91 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90            
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