DECISÃO DA OPEP FAZ PETRÓLEO SUBIR QUASE 5%, PUXA ALTA DE BOLSAS E QUEDA DO DÓLAR

Blog, Cenário
A decisão da Opep+, de manter em geral os cortes na produção em fevereiro e com uma redução extra na oferta da Arábia Saudita, diante da demanda ainda fraca por causa da pandemia de covid-19, acabou apagando o mau humor que prevalecia na maior parte dos mercados, ao puxar o petróleo para máximas em meses. O WTI, por exemplo, não atingia US$ 50 por barril desde fevereiro. Tal fato puxou as ações ligadas à commodity no exterior e por aqui, conduzindo o avanço firme das bolsas. No Brasil, aliás, a alta entre 3% e 4% dos papéis da Petrobras, junto com os ganhos de siderúrgicas e Vale, ajudou a levar o Ibovespa para perto do recorde de fechamento, ao subir 0,44%, para 119.376,21 pontos. O movimento esteve bem alinhado aos pares de Wall Street, onde os principais índices terminaram com ganhos entre 0,50% e 1%, afetados positivamente também pelo setor bancário. E ainda que a preocupação com a disseminação da covid-19, acompanhada de novas medidas restritivas ao redor do mundo, como hoje na Alemanha, siga no radar dos investidores, o apetite por risco também prevaleceu no câmbio, ainda que de forma mais contida. Até porque, os agentes guardam certa cautela com as eleições para o Senado no Estado americano da Geórgia, que definirá o comando da Casa. Por aqui, após o dólar bater em R$ 5,35 pela manhã, levando a disparada de ordens de 'stop loss' e expectativa de atuação do Banco Central, a decisão sobre o petróleo tirou força da moeda americana, que encerrou o dia com baixa de 0,15%, a R$ 5,2603 no mercado à vista, com a queda limitada pela indefinição sobre o processo de vacinação em massa no País. No caso da renda fixa, os juros futuros se descolaram da mudança de direção verificada nos demais ativos e terminaram o dia com alta. Até porque, as incertezas fiscais seguem no radar, uma vez que a disputa pela presidência da Câmara levanta o temor de mais gastos sociais, com pressão tanto da oposição como de setores do governo.    
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  MERCADOS INTERNACIONAIS A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmou a expectativa e manteve a postura de cautela em sua oferta ao mercado, em reunião hoje, diante da demanda fraca por causa da pandemia. A Arábia Saudita anunciou corte em sua produção da commodity em 1 milhão de barris por dia em fevereiro e março, para compensar elevações na oferta de Rússia e Casaquistão. A postura do grupo fortaleceu os contratos, com o WTI e o Brent fechando em altas próximas a 5%. O movimento impulsionou ações do setor de energia, o que ajudou as bolsas de Nova York a registrar ganhos, mas nas praças europeias houve quadro misto, com os riscos da covid-19 e restrições à circulação no Reino Unido e na Alemanha também em foco. Entre os Treasuries, os juros subiram na maioria, com investidores à espera do resultado de duas disputas em segundo turno na Geórgia que decidirão qual partido comandará o Senado nos EUA, fator crucial para futuros estímulos fiscais. No câmbio, o dólar recuou, com a política americana igualmente no radar.   A Opep+ disse em seu comunicado após reunião hoje que há necessidade de cautela por parte dos produtores, diante de uma demanda fraca. O grupo de países notou que as vacinas geraram otimismo recente, mas destacou o aumento nas infecções pela covid-19 e uma recuperação econômica "mais frágil, que deverá se estender até 2021". Principal membro da Opep, a Arábia Saudita anunciou um corte voluntário e "preventivo" de 1 milhão de barris por dia em sua produção em fevereiro e março, o que agradou o mercado. O contrato do petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 4,85%, a US$ 49,93 o barril, na Nymex, e o Brent para março subiu 4,91%, a US$ 53,60 o barril, na ICE.   A Capital Economics destaca em comentário a "surpresa" saudita, com um corte capaz de mais do que compensar a elevação na cota de outros integrantes. "O resultado total é que a produção do grupo no primeiro trimestre será significativamente mais baixa do que parecia provável na reunião da Opep+ de dezembro, o que elevará os preços", diz a consultoria. Para a Capital Economics, a notícia reforça sua visão de que o mercado de petróleo terá déficit na oferta em 2021, levando o Brent a atingir US$ 60 o barril até o fim do ano.   O setor de energia foi destaque nas bolsas de Nova York, com alguns grandes bancos também em alta, como Citigroup (+2,59%), e a ação da Boeing mostrando ganho forte (+4,40%), recuperando-se do tombo de ontem. O Dow Jones fechou em alta de 0,55%, em 30.391,60 pontos, o S&P 500 subiu 0,71%, a 3.726,86 pontos, e o Nasdaq avançou 0,95%, a 12.818,96 pontos.   Entre os Treasuries, os juros subiram na maioria. Além da menor busca por segurança, investidores aguardavam notícias da disputa por duas vagas ao Senado americano pela Geórgia. Caso os democratas levem as duas cadeiras, terão o controle do Senado em Washington, o que permitiria ao presidente eleito Joe Biden gastos fiscais mais ambiciosos. Pesquisas mostravam cenário apertado, mas em geral leve vantagem para os candidatos republicanos. Se as sondagens se confirmarem, os democratas controlarão apenas a Câmara dos Representantes e ficam mais distantes planos ambiciosos também em outros temas, como elevações de impostos.   Para o Rabobank, um Senado republicano pode ser positivo para os mercados em geral, já que a divisão de poderes deixará menos margem para erros na política e manterá o Federal Reserve (Fed) ativo na oferta de estímulos. A Sucden Financial acredita que o mais provável é o resultado da disputa surgir apenas nesta quarta-feira. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 0,117%, o da T-note de 10 anos avançava a 0,949% e o do T-bond de 30 anos subia a 1,697%.   No câmbio, o índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, caía 0,40%, a 89,505 pontos. A Western Union comenta que esse mercado também foi influenciado pela disputa na Geórgia e pelos rumos da pandemia. Para ela, caso os democratas tomem o controle do Senado, pode haver um rali por ativos de risco, com pressão de baixa sobre o dólar. No horário citado, o dólar caía a 102,67 ienes, o euro subia a US$ 1,2297 e a libra tinha alta a US$ 1,3633.   No Reino Unido, a notícia negativa do novo lockdown imposto pelo governo nesta semana foi contrabalançada por um novo pacote de estímulos fiscais para lidar com o quadro. Diante disso, a Bolsa de Londres fechou em alta de 0,61%. Já Frankfurt caiu 0,55%, Paris recuou 0,44% e Milão teve baixa de 0,52%, com investidores atentos também ao avanço da covid-19 e às restrições à circulação, entre os britânicos e também na Alemanha, enquanto governos ainda tentam fazer ganhar fôlego seus planos de imunização. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected]) Volta   BOLSA Em dia de apreciação de cerca de 5% nas cotações do petróleo, com a decisão da Arábia Saudita de reduzir oferta em cenário global ainda incerto, de retomada de lockdown, o desempenho das ações de Petrobras (PN +3,91% e ON +3,05%) foi decisivo para que o Ibovespa, vindo de duas leves perdas - na última sessão de 2020 e na primeira de 21 -, conseguisse se firmar em alta nesta tarde e se reaproximasse da máxima histórica de fechamento, em alta de 0,44%, aos 119.376,21 pontos, um pouco mais perto do recorde de 23 de janeiro, a 119.527,63, que mais uma vez parecia a caminho de ser superado.   Nesta terça-feira, com giro financeiro a R$ 34,3 bilhões, a mudança de direção nas ações do setor de mineração e siderurgia (Vale ON +1,68%, Gerdau PN +2,42%) e a moderação das perdas no segmento de bancos (Bradesco PN -0,61%) também contribuíram para que o Ibovespa obtivesse desempenho positivo neste segundo pregão do ano, saindo de mínima a 116.756,08 pontos e atingindo na máxima os 119.790,06, com abertura a 118.834,88 pontos. Nestas duas primeiras sessões de 2021, o índice avança agora 0,30%.   Os investidores mantiveram um olho aberto para o noticiário doméstico - a eleição para a presidência da Câmara e o que resultará para a agenda de reformas, bem como para eventual extensão de medidas emergenciais - e outro para o externo, atento à pandemia, à definição das duas últimas vagas no Senado dos EUA e aos efeitos da decisão saudita sobre o nível de oferta de petróleo.   Após ter chegado a oscilar para baixo, em desempenho misto na sessão, os índices de Nova York, vindos de queda em torno de 1,5% no dia anterior, firmaram-se à tarde em alta, passando a renovar máximas do pregão, o que contribuiu para que o Ibovespa evitasse a terceira perda consecutiva - nos piores momentos do dia, a correção excedia 1% na sessão.   A fraca perspectiva para a economia global neste começo de ano levou a Arábia Saudita a anunciar hoje que cortará a produção de petróleo em 1 milhão de barris/dia em fevereiro e março, para compensar aumento de oferta pela Rússia e o Casaquistão, informou o ministro de Energia saudita, Abdulaziz bin Salman Al Saud. "O resultado da reunião da Opep+ foi bem positivo para os preços da commodity", diz Jefferson Laatus, estrategista do Grupo Laatus.   Nos EUA, a atenção se volta nos próximos dias para o resultado da eleição desta terça-feira na Georgia, que definirá as duas vagas ainda em aberto para o Senado americano - e qual partido, republicano ou democrata, terá o controle da casa. A expectativa é por definição em margem estreita - parte do mercado vê eventual "onda azul" no Senado como luz amarela, de mais endividamento nos EUA.   Caso as duas vagas fiquem com democratas, o Senado se dividiria entre 50 partidários do presidente Joe Biden e 50 republicanos - sob comando da vice Kamala Harris, que acumula a presidência do Senado, com direito a voto de Minerva. "Um Senado de maioria democrata reforça a perspectiva de estímulos fiscais ainda maiores, o que por um lado seria bom para a economia global e também para os emergentes, com enfraquecimento do dólar. Por outro lado, pode não ser totalmente bom para o Brasil porque a agenda ambiental de Biden tende a ganhar força, em momento no qual os princípios ESG vêm avançando, sem que o País consiga se ajustar a isso", diz Roberto Attuch, CEO da Ohmresearch.   Por aqui, o mercado acompanha também os últimos desdobramentos na disputa pela presidência da Câmara, em que o candidato apoiado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), Baleia Rossi (MDB-SP), passa a contar também com a maior bancada na casa (PT) contra o candidato do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), o preferido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).   "Maia articulou bem e parece que Baleia Rossi será mesmo o próximo presidente da Câmara. Evitar que Bolsonaro assuma o controle da Casa é algo positivo para o mercado, na medida em que põe um freio à ambição de se conceder estímulos e auxílios muito além do recomendável pela situação das contas públicas, de olho em 2022", diz Laatus, que considera que já no meio do ano, com dólar possivelmente abaixo de R$ 5, o Ibovespa possa alcançar os 130 mil pontos. "O avanço da vacinação em massa tende a limitar a circulação do vírus, o que contribui para a normalização da economia."   Na ponta do Ibovespa nesta segunda sessão do ano, WEG fechou em alta de 6,14%, à frente de Petrobras PN (+3,91%) e de Hypera (+3,32%). No lado oposto, Eletrobras PNB cedeu 2,87%, Hapvida, 2,59%, e Eletrobras ON, 2,58%. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     18:22   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 119376.21 0.43877 Máxima 119790.06 +0.79 Mínima 116756.08 -1.77 Volume (R$ Bilhões) 3.43B Volume (US$ Bilhões) 6.44B         18:24   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 119155 0.42562 Máxima 119955 +1.10 Mínima 116770 -1.58       CÂMBIO O dólar chegou a bater em R$ 5,35 hoje pela manhã, no maior valor desde novembro, mas encerrou o dia distante das máximas, a R$ 5,26. A disparada do petróleo ajudou a melhorar o ânimo dos investidores no mercado internacional, ajudando a enfraquecer a moeda americana, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciar cortes da produção. Mas ao contrário da Bolsa, onde o Ibovespa voltou a superar os 119 mil pontos, o câmbio teve melhora mais contida, com os investidores cautelosos com os rumos da eleição para presidente da Câmara e a falta de definição do processo de vacinação em massa no Brasil, mesmo em dia marcado pela volta das captações externas, com o BTG Pactual lançando emissão de US$ 500 milhões.   No fechamento, o dólar à vista terminou o dia em leve baixa de 0,15%, a R$ 5,2603. No mercado futuro, o dólar para fevereiro, que ontem subiu mais que o spot, recuava 0,43%, a R$ 5,2790 às 18h10. O volume de negócios foi novamente acima da média, com US$ 16 bilhões.   No cenário externo, investidores aguardam a votação na Georgia sobre como ficará o Senado americano, com disputa apertada, mas que deve ser finalizado só após as 21 horas de hoje. O resultado vai dizer se os democratas ou os republicanos vão controlar o Senado em Washington.   "A disputa está muito apertada, embora os republicanos apareçam com mais chances de vitória", destaca a economista da corretora americana Stifel, Lindsey Piegza. A maioria democrata elevaria a chance de um maior pacote fiscal americano, o que tende a enfraquecer mais o dólar. Já um congresso dividido, ressalta ela, tende a limitar as medidas fiscais e apertos regulatórios defendidos pelos democratas em setores como o financeiro.   O índice DXY, que mede o dólar ante divisas fortes, chegou a encostar em 90 pontos hoje mais cedo, em meio à cautela com a votação na Georgia e medidas de restrição adicionais adotadas ao redor do planeta contra a covid. Hoje foi a vez da Alemanha anunciar mais restrições. Contudo, no início da tarde, quando começaram a circular as notícias da Opep+, o DXY passou a cair mais forte, finalizando o dia perto das mínimas, enquanto o petróleo disparou quase 5% no mercado futuro em Nova York. O dólar também passou a perder força ante moedas mais sensíveis aos preços da commodity, como o peso mexicano e o rublo russo.   Um diretor de tesouraria destaca que, pela manhã, quando o dólar foi a R$ 5,35, houve venda forte de investidor estrangeiro. Ele observa que a moeda nesse nível causou expectativa da entrada do Banco Central ao mercado, como a instituição fez na semana final de 2020, entrando quando o dólar superou os R$ 5,31. Para este executivo, a entrada do BC hoje era justificada porque o real, embora acompanhando seus pares emergentes, estava com desvalorização bem mais forte que outras moedas, a ponto de gerar ordens de 'stop loss'. Mas o BC fez hoje apenas o leilão de rolagem de swap, com papéis que vencem em fevereiro, vendendo US$ 800 milhões.   O noticiário de Brasília segue escasso e as atenções estão voltadas para dois pontos, a definição do presidente da Câmara e a vacinação contra a covid, ambos ainda muito incertos. Os estrategistas do Citigroup em Nova York veem o Chile tendo vacinação em massa primeiro na América Latina, podendo ser concluída no segundo trimestre. Já Brasil e Argentina teriam vacinação mais disseminada apenas no quarto trimestre do ano.   Para o banco americano, com os partidos de oposição declarando formalmente apoio a candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), neste momento é difícil saber quem venceria a disputa pela presidência da Câmara: se Rossi ou se o candidato do governo, o deputado Artur Lira (PP-AL). Para a consultoria americana de risco político Eurasia, Lira tem leve favoritismo atualmente, mas Rossi pode claramente reverter o quadro, o que com o apoio da oposição pode dificultar o avanço de algumas pautas do ministério da Economia. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:24   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.26030 -0.1481 5.35390 5.25320 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5293.000 -0.16975 5358.500 5257.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5322.000 1.20757 5322.000 5322.000       JUROS Os juros se descolaram do modo 'risk on' que emergiu no mercado doméstico na etapa da tarde. Além de movimentos pontuais de desmonte de posições, os investidores seguem de olho nos desdobramentos políticos no Brasil e nos Estados Unidos e suas consequências para a gestão fiscal. Aqui, a disputa pela presidência da Câmara levanta o temor de mais gastos sociais, com pressão tanto da oposição como de setores do governo. No exterior, a expectativa é pela decisão do Senado da Georgia, que, por consequência, dará maioria ou não ao governo de Joe Biden.   O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou com taxa de 2,900% (regular) e 2,910% (estendida), ante 2,849% no ajuste de ontem. O janeiro 2023 passou de 4,190% a 4,300% (regular) e 4,315% (estendida). E o janeiro 2027 foi de 6,403% a 6,500% (regular) e 6,510% (estendida).   O diferencial entre os contratos de 2022 e 2027, uma medida da inclinação da curva, passou de 355 pontos-base ontem a 361 pontos-base. Esse aumento tende a sugerir que o mercado está mais avesso ao risco, embora - na etapa da tarde - não tenha sido visto movimento similar na Bolsa e no dólar. Esses dois ativos seguiram o bom humor externo, na esteira do salto de 5% do petróleo.   Mas esta elevação dos prêmios não decorreu, segundo operadores, de mudança da visão em relação aos fundamentos do mercado. A liquidez segue farta e o fluxo a emergentes é contínuo. Foram notadas operações de desmonte de posições, o que contribuiu para o movimento.   Contudo, a ausência do noticiário econômico no dia trouxe à tona o debate político, este sim acalorado para esta época do ano. "Um tema espinhoso no curto prazo seria a eleição da Câmara. O mercado segue de olho neste assunto", comentou o trader da Renascença DTVM Luis Felipe Laudisio Santos.   A razão é que o presidente da Câmara é o responsável por ordenar a pauta de votações e, no limite, quem ter o poder de engavetar pedidos de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), convocações de ministros e impeachment do presidente da República. Na gestão de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o posto ficou também como fiador do ajuste fiscal.   Ontem, a oposição fechou acordo para apoiar Baleia Rossi (MDB-SP) ao posto, candidato de Maia, e cobrou dele compromissos para mais gastos sociais - pauta também cara a setores do governo. Isso foi suficiente para suscitar, entre uma parcela do mercado, o medo de que o emedebista poderá não atuar nos mesmos moldes do atual presidente da Câmara.   Mas o temor, apontou o estrategista da Harrison Investimentos, Renan Sujii, pode ser exagerado. "De longe, tanto o Baleia Rossi quanto o Arthur Lira (deputado do PP-AL, candidato do governo à presidência da Câmara) fazem mais ou menos a mesma coisa, em termos programáticos. É uma questão de disputa política dentro do grupo deles. No governo Temer, Baleia foi militante da agenda de reformas. Uma mudança do discurso seria para ter o apoio da esquerda até a votação", afirmou.   Independente da disputa, Sujii lembra que o desafio fiscal brasileiro é grande, e que pode aumentar à medida que a nova onda de covid-19 ganha força.   Fiscal, aliás, de acordo com o estrategista da Harrison, é o ponto chave para o mercado de renda fixa neste 2021. Embora com disparidades entre eles, os países tiveram forte ampliação dos gastos no ano passado para lidar com a pandemia, e agora terão de pagar a conta do endividamento.   Sujii complementa que esse debate sobre o fiscal também é o pano de fundo da apreensão do mercado com o resultado da eleição do Senado da Georgia. Caso os democratas vençam as duas cadeiras em disputa, terão maioria na Casa e tenderiam a votar por mais estímulos, ampliando o endividamento e, por consequência, os juros de longo prazo. A votação ocorre hoje, mas o resultado corre o risco de demorar a sair.   Destaque ainda nesta terça-feira para o primeiro leilão do Tesouro em 2021. Foi ofertado e vendido integralmente 1,3 milhão de NTN-B. A oferta, pela manhã, causou uma leve abertura das taxas.   Laudisio, da Renascença, destaca que o mercado vai acompanhar mais detidamente o leilão de quinta-feira, quando serão ofertadas LTN, NTN-F e LFT. "Recentemente, o Tesouro fez bons e grandes leilões. Isso ajudou a dar um pouco mais de liberdade e fôlego de curto e médio prazo", afirmou. (Mateus Fagundes - [email protected])     18:24   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.93 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90              
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