O apetite global por risco, após o presidente americano, Donald Trump, sancionar a lei que prevê estímulos de US$ 900 bilhões nos EUA - com a possibilidade desse valor aumentar -, conduziu os índices acionários americanos a novos recordes e reaproximou o Ibovespa de sua máxima histórica, alcançada em janeiro deste ano. Nesta tarde, a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, defendeu um aumento de US$ 600 para US$ 2.000 no valor dos pagamentos individuais a cidadãos americanos previstos no pacote fiscal, em um novo projeto que poderia ser votado ainda hoje. Nesse ambiente de liquidez, praticamente todos os ativos de risco foram alvos de compra, incluindo a Bolsa brasileira, que subiu 1,12%, aos 119.123,70 pontos - segundo maior fechamento da história, atrás apenas do recorde de 119.527,63 pontos, atingido em 23 de janeiro. Também dando suporte ao Ibovespa, a Fiocruz, laboratório público ligado ao Ministério da Saúde, informou que deve pedir até a próxima semana o registro da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o grupo farmacêutico AstraZeneca. Mesmo com esse noticiário amplamente positivo, o real se descolou de seus pares e só não teve o pior desempenho em uma cesta de 34 moedas líquidas - ficou atrás do peso mexicano - porque o Banco Central entrou no jogo e realizou um leilão de venda à vista de dólares, num total de US$ 530 milhões. A divisa é pressionada pela demanda de empresas e bancos por dólares, para remessas de fim de ano e ajuste de overhedge, respectivamente. Assim, a moeda dos EUA encerrou a sessão com avanço de 1,12% no mercado à vista, a R$ 5,2382, após tocar na máxima, no começo da tarde, de R$ 5,3113. Pressionados pelo câmbio e diante da cautela que permanece em relação à condução das contas públicas em 2021, os juros futuros também subiram, retomando um pouco dos prêmios devolvidos na última semana.
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