EM DIA SEM NY, JUROS CAEM COM LEILÃO, DÓLAR ACOMODADO E DE OLHO EM AGENDA FISCAL

Blog, Cenário
Em um pregão sem a referência de Nova York, devido ao feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA, os mercados tiveram liquidez restrita e se moveram entre margens bem mais curtas. Enquanto dólar e bolsa não firmaram direção ao longo do dia, os juros futuros operaram majoritariamente em queda durante a sessão. O recuo, contudo, se consolidou após o leilão do Tesouro. Apesar de dobrar a oferta de títulos prefixados, a instituição concentrou os lotes em papéis curtos, o que trouxe alívio para as taxas. Como o câmbio esteve razoavelmente comportado, os agentes passaram a olhar a possibilidade de avanço da pauta fiscal no Congresso após o segundo turno das eleições municipais, o que reduziu a inclinação da curva a termo. Criticada por não trazer planos claros para resolver o problema das contas públicas, hoje a equipe econômica veio a publico listar prioridades. Em entrevista para comentar os resultados do governo central, que teve déficit inferior às projeções em outubro, Bruno Funchal, secretário do Tesouro, ressaltou a importância de encaminhar solução para reduzir a dívida pública e citou que a aprovação da PEC Emergencial e do Pacto Federativo são prioridades do governo para o fim deste ano. Enquanto isso, o dólar chegou a cair diante do real pela manhã, ainda sustentado pelo entrada de recursos recorde no País neste mês. Mas, no fim da tarde, o real se alinhou aos pares externos e teve pequena realização. A divisa dos EUA subiu 0,28% no mercado à vista, a R$ 5,3352, mas ainda com baixa superior a 7% no mês. Na renda variável, o Ibovespa chegou a cair com mais intensidade ao longo desta quinta-feira, mas acabou terminando com leve ganho de 0,09%, mantendo a sequência de altas que levou o índice acima dos 110 mil pontos, encerrando hoje aos 110.227,09. No exterior, sem Wall Street, os investidores realizaram lucros nas bolsas europeias e com o petróleo, depois que tais ativos experimentaram ganhos robustos com notícias positivas sobre vacinas e também com o início da transição entre Donald Trump e Joe Biden nos EUA.  
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  JUROS Os juros completaram a terceira sessão de baixa, hoje concentrada mais na parte intermediária da curva, que voltou a perder inclinação. Houve contribuição importante do leilão do Tesouro que, mesmo mais que dobrando a oferta de prefixados, concentrou os lotes em papéis curtos, trazendo alívio para as taxas. Os volumes foram integralmente vendidos, o que surpreendeu para um dia de feriado em Wall Street. Além disso, profissionais viram influência do dólar bem comportado e de fator técnico. Dada a forte inclinação da curva e prêmios elevados, é cada vez mais custoso carregar posições compradas num cenário fiscal que é preocupante, mas ainda está em aberto. Citaram, também, expectativa de avanço da pauta no Congresso após o segundo turno das eleições municipais e certo alento com a sinalização do Tesouro de que está provisionado para os vencimentos de dívida até abril de 2021.   Em dia de leilão do Tesouro, não por acaso as taxas que mais caíram foram as do miolo da curva e, para um dia sem Nova York, a liquidez foi satisfatória, ficando apenas pouco abaixo da média diária dos últimos 30 dias nos principais vértices. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou a sessão regular com taxa de 3,31% e a estendida em 3,32%, de 3,355% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou a regular e a estendida em 5,01%, de 5,146% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2027 caiu de 7,684% para 7,60% (regular e estendida).   Com os Estados Unidos em Ação de Graças, os mercados americanos não abriram, o que representou um risco a menos para os ativos domésticos, com os investidores concentrados, então, em fatores locais. A ausência de Wall Street não comprometeu o leilão, embora possa explicar a queda na oferta de NTN-F quase à metade, de 3 milhões na semana passada para 1,8 milhão hoje. Estes são os prefixados mais longos da dívida, normalmente demandados por não-residentes. O Tesouro vendeu ainda 32 milhões de LTN, sendo 25 milhões só na mais curta (1/10/2021), ante lote total de 12 milhões na semana passada. E conseguiu, depois de meses, vender integralmente uma oferta de LFT (até 500 mil).   "Com a curva de juros se comportando de maneira parcimoniosa, o Tesouro aproveita para fazer a maior semana do ano, em contraponto com o que normalmente ocorre na reta final, onde as emissões diminuem gradualmente no segundo semestre", avalia a equipe da Renascença DTVM, lembrando que na terça-feira a instituição vendeu 1,1 milhão de NTN-B.   Jefferson Lima, gerente da Mesa de Reais da CM Capital Markets, afirma que, a despeito do quadro fiscal seguir preocupante e com sinais de "rusgas" entre o ministro Paulo Guedes e o presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto, no radar, o mercado viu o governo tentando avançar em algumas matérias nos últimos dias, após críticas de que estaria parado. "A expectativa é de que a pauta ande após as eleições", disse. Ontem, foi aprovada a nova Lei de Falências.   O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse hoje que, apesar de importante, a PEC Emergencial não precisa ser votada às pressas. "É melhor fazer direito do que discutir às pressas", afirmou. Ele rebateu críticas de que a equipe econômica não tem plano e "empacotou" ações que vem sendo defendidas pelo governo para a melhora da atividade econômica. "Estamos em execução desses dois pacotes: o pacote da produtividade e o pacote da melhoria fiscal. Essas pautas estão no Congresso Nacional para que a gente possa avançar. Avançando nesses dois pacotes é aumento de retorno, redução de custos e geração de emprego e renda e a gente cumpre nosso objetivo", afirmou.   Na avaliação de um gestor, o alívio da curva nas últimas três sessões tem a ver com os níveis atingidos pelas inclinações e que tornam mais arriscado aumentar posições compradas, ao menos enquanto não houver mais noticias ruins do fiscal. "O pré já está com preços de crise, há um overshooting, atingindo um patamar bom para se aplicar", disse ele, destacando o contraste com a Bolsa, que já viveu um rali nesta semana e hoje realiza lucros. "Quem está certo, o pré ou a Bolsa? O pós-eleição vai dizer", comentou.   A agenda da quinta-feira teve dois indicadores positivos na cena macroeconômica. O saldo do Caged, com geração de 394.989 vagas em outubro, superou o teto das estimativas dos analistas (340 mil). O Governo Central, por sua vez, trouxe déficit de R$ 3,564 bilhões no mês passado, melhor também do que o teto das previsões, de saldo negativo de R$ 4,20 bilhões. (Denise Abarca - [email protected])     18:31   Operação   Último CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 1.94 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90     BOLSA   Com giro financeiro muito enfraquecido pelo feriado de Ação de Graças nos EUA, o Ibovespa, seguia a caminho de interromper sequência de três ganhos, mas emendou o quarto, ao fechar pouco acima da estabilidade, em leve alta de 0,09%, a 110.227,09 pontos, com avanço na semana a 3,95% e no mês a 17,32%, de longe o melhor desde abril (10,25%), quando se iniciou a recuperação na B3. Na sessão, o índice se manteve em margem bem estreita, entre mínima de 109.418,33 e máxima de 110.244,50 pontos, renovada nos minutos finais, com abertura a 110.132,53 pontos nesta quinta-feira.   O giro financeiro foi o mais fraco de um mês em que, em seis ocasiões, o fluxo líquido estrangeiro ficou acima de R$ 2 bilhões, como na última terça-feira (24), quando o aporte foi de R$ 2,76 bilhões no mercado acionário à vista - em sessão na qual o volume na B3 foi de R$ 36,9 bilhões, em dia de alta de 2,24% para o Ibovespa, aos 109.786,30 pontos. No mês, o fluxo estrangeiro chega a R$ 29,471 bilhões, o maior da série mensal iniciada em 1995. Nesta quinta de feriado nos EUA, o giro na B3 ficou limitado a R$ 19,7 bilhões.   "A cesta de emergentes, em que o Brasil está incluído, tem sido favorecida pelo dólar mais fraco e pela reativação do interesse do investidor externo, em contexto de elevada liquidez global e de evolução das vacinas, que tem se refletido não apenas nos mercados de ações mas também no de crédito, soberano e corporativo, dos emergentes", aponta Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez, chamando atenção para a rotação de carteira em direção a setores que tendem a se beneficiar da retomada econômica, como os de materiais, energia e companhias aéreas. Se tudo correr bem, o que depende da forma como a situação fiscal será endereçada, Lucci vê chance de o Ibovespa chegar a 130 mil no fim de 2021.   Nesta quinta-feira, com o minério de ferro em alta de 0,77%, negociado a US$ 128,39 por tonelada em Qingdao (China), Vale ON subiu 1,42%, acumulando ganho de 26,46% no mês e de 49,23% no ano. Usiminas (+4,04%) e CSN (+4,53%) mais uma vez estiveram entre os destaques do dia, com avanço também para Gerdau PN (+1,91%) e Gerdau Met (+1,85%). Na ponta do Ibovespa, Suzano fechou em alta de 5,68%, e PetroRio, de 5,17%, logo à frente de CSN. Na face oposta, Intermédica cedeu 2,58, Itaú, 2,11%, e Pão de Açúcar, 2,06%. Em dia de anúncio do plano estratégico até 2025 e de ajuste negativo nas cotações da commodity, Petrobras ON e PN fecharam respectivamente em baixa de 1,54% e 1,64%, ainda acumulando ganhos de 38,16% e de 36,33% no mês.   Sem a referência de fora, o investidor daqui optou por tirar o pé, ainda no aguardo de desdobramentos em Brasília sobre a situação fiscal - um imobilismo que ontem à noite resultou em farpas indiretas entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre qual seria o melhor caminho a seguir, em situação na qual "credibilidade é mais importante do que gasto de curto prazo", na visão da autoridade monetária. Guedes respondeu que, se o tem, Campos deve apresentar o próprio plano para recuperação da credibilidade fiscal.   "A indefinição sobre o Orçamento para 2021 preocupa, o teto de gastos precisa ser respeitado. Há uma disputa de narrativas e a solução parece estar na cabeça do presidente da República, se privilegiará ou não a expansão de gastos com vistas à sua popularidade. É preciso lembrar que 2022 está longe demais", observa Lucci, da BGC.   Nos juros, as taxas fecharam a sessão regular às 16h em queda, pelo terceiro dia seguido, refletindo o dólar bem comportado e o leilão exitoso do Tesouro, que optou por concentrar os lotes em papéis curtos, reduzindo o risco para os agentes - mas a partida parece ainda longe de estar ganha.   "Com a agenda de reformas adiada para fevereiro do ano que vem, depois das eleições (para a presidência) do Legislativo, o mercado tende a colocar em xeque o 'guidance' do BC, de manutenção da Selic ao longo de 2021. Enquanto não houver medida efetiva do governo em prol da agenda de reformas, a curva de juros deve seguir com prêmio e isso implica menor potencial de valorização para a renda variável", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.   Ribeiro chama atenção, contudo, para o desempenho melhor do que o esperado para as contas do governo central em outubro, divulgadas hoje. "Foi registrado déficit primário de R$ 3,6 bilhões em outubro, muito melhor do que a expectativa do mercado. Desde abril só eram registrados números catastróficos, por conta da pandemia. O resultado de hoje gerou alívio nas projeções quanto ao rumo do fiscal, assim como mostra melhora inesperada do lado da arrecadação." (Luís Eduardo Leal - [email protected], Denise Abarca e Felipe Laurence)   cgi     18:20   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 110227.09 0.08586 Máxima 110244.50 +0.10 Mínima 109418.33 -0.65 Volume (R$ Bilhões) 1.97B Volume (US$ Bilhões) 3.70B         18:31   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 110370 0.268 Máxima 110390 +0.29 Mínima 109430 -0.59     CÂMBIO O feriado nos Estados Unidos hoje esvaziou os negócios no mercado de câmbio. Com volume de operações de menos da metade de um dia normal, o dólar chegou a ensaiar queda mais forte no começo da tarde, recuando abaixo de R$ 5,30 com entrada de fluxo, que já se aproxima de R$ 30 bilhões este mês somente na Bolsa, um recorde histórico. Com isso, o real operou descolado de moedas de parte das emergentes, em dia que a divisa dos Estados Unidos se fortaleceu no mercado internacional. Mas o movimento de queda aqui perdeu força perto do fechamento e a moeda americana passou a subir, com o real se realinhando a seus pares, em meio a realização de ganhos após as baixas recentes do dólar, que já superam 7% em novembro.   No encerramento dos negócios, o dólar à vista terminou com alta de 0,28%, cotado em R$ 5,3352. No mercado futuro, o dólar para dezembro, que vence na próxima segunda-feira, era negociado em alta de 0,23% às 18h15, a R$ 5,3370. O giro de negócios somou US$ 5,9 bilhões, o menor em semanas, e menos da metade da média dos últimos dias (US$ 12 bilhões).   O sócio e economista-chefe da JF Trust Gestão de Recursos, Eduardo Velho, destaca que o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos prejudicou a liquidez no mercado internacional, reduzindo o próprio fluxo para o Brasil. Além de fechar o mercado hoje, amanhã Wall Street opera apenas meio período, com a maioria dos investidores fora das mesas.   A "paralisia fiscal e ruídos na equipe econômica" tendem a deixar os investidores mais cautelosos, ressalta Velho. Ontem à noite, o ministro Paulo Guedes chegou a questionar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em público sobre se ele tinha um plano melhor para a economia e o fiscal. No final da tarde de hoje, o secretário do Tesouro, minimizou o assunto, ressaltando que "não há divergência" com o BC e "todo mundo faz parte do mesmo governo". Ao mesmo tempo, disse que se a PEC Fiscal não for aprovada já agora, "não é o fim do mundo".   Por enquanto o economista da JF descarta a volta do dólar para patamares perto de R$ 6,00, por conta da munição do BC, mas isso pode ocorrer se o governo perder votações fiscais ou a agenda não andar. A semana chega ao fim, ressalta Velho, sem novidades em discussões de interesse do mercado, como a PEC Emergencial, o Orçamento de 2021 e o Pacto Federativo. Com o fim das eleições municipais no domingo, esses temas devem voltar a ganhar ainda mais foco nos mercados.   Por conta da deterioração fiscal, Luis Stuhlberger, sócio e gestor da Verde Asset Management, estima que o dólar está 20% acima do preço justo no Brasil. Mas ele observa que está difícil entender o mercado de câmbio brasileiro neste ano, por conta de fatores como a redução da proteção em excesso dos bancos no exterior (overhedge) e prefere ficar fora de apostas mais direcionadas, disse em evento virtual. Se o governo não cumprir o teto de gastos, a moeda americana pode subir mais "10% ou 15%", ressalta o gestor.   O dólar operou em leve alta ante moedas fortes, especialmente o euro. Nos emergentes, subiu na maioria, com a Turquia sendo uma das poucas exceções, com investidores realizando ganhos após os fortes movimentos ante a lira. "Não são apenas os EUA que estão em feriado, ao que parece, com os mercados financeiros um pouco estagnados na quinta-feira", destaca o analista de mercado financeiro da corretora Oanda na Europa, Craig Erlam, em nota. Com agenda esvaziada mesmo fora dos EUA, a perspectiva é de mercados seguirem meio parados até amanhã. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:31   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.33520 0.2819 5.35830 5.29650 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5337.000 0.23476 5358.500 5296.500 DOLAR COMERCIAL 5341.500 0.3947 5359.500 5302.000       MERCADOS INTERNACIONAIS A tarde foi marcada por poucas novidades nos mercados estrangeiros nesta quinta-feira em que os americanos celebram o feriado de Ação de Graças, que manteve fechadas as negociações em Wall Street. A liquidez reduzida abriu espaço para que investidores fossem em busca de lucros nas bolsas da Europa e também no petróleo, depois de uma semana de fortes ganhos em meio ao avanço das pesquisas clínicas por uma vacina eficaz contra o coronavírus e a transição para o governo de Joe Biden nos Estados Unidos. O dólar compensou parte das perdas dos últimos dias e se fortaleceu na comparação com rivais, impulsionado pelo enfraquecimento do euro, em reação ao tom dovish da ata referente à mais recente reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), além de indicador de confiança na Alemanha. A divisa dos EUA, contudo, perdeu força ao longo da sessão.   Enquanto os americanos se reúnem com amigos e familiares para comemorar o Dia de Ação de Graças, epidemiologistas expressam preocupação com o potencial das aglomerações de intensificar a disseminação da covid-19, que já está em marcha desgovernada pelos EUA. "Mais Estados estão endurecendo as restrições à circulação de pessoas e mais medidas estão por vir. A economia, portanto, enfrentará renovados obstáculos nos próximos meses", avalia o Danske Bank, em relatório.   O problema é semelhante no outro lado do Oceano Atlântico, onde vários países europeus já decretaram quarentena para conter o vírus. Segundo a ata do BCE, os dirigentes da instituição indicaram que as perspectivas econômicas da região se deterioram substancialmente, o que prenuncia a necessidade de mais estímulos monetários. A Capital Economics acredita que o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) será ampliado. "Parece provável que o banco anuncie uma extensão e expansão do Programa de Compras de Emergência de Pandemia (PEPP, na sigla em inglês) e TLTROs (operações de refinanciamento de longo prazo direcionadas, na sigla em inglês) mais generosos", prevê.   As perspectivas de afrouxamento ainda maior das condições financeiras provocou uma corrida aos títulos públicos europeus. Em Portugal, o juro do bônus de 10 anos caiu ao território negativo pela primeira vez na história. Por volta das 17h, o rendimento dos Bunds da Alemanha, também de 10 anos, recuava a -0,585% e o do bônus da França para o mesmo período cedia a -0,348%.   A busca pela segurança se refletiu no desempenho das bolsas de valores, que operaram em baixa hoje. Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,44%, 6.362,93 pontos e, em Paris, o CAC 40 perdeu 0,08%, a 5.566,79 pontos. O DAX, de Frankfurt, baixou 0,02%, a 13.286,57 pontos e o FTSE MIB, de Milão, caiu 0,46%, 22.201,44, na mínima do dia. Na Alemanha, o índice de confiança do consumidor, do Gfk, caiu de -3,2 para -6,7 na passagem de outubro a novembro. "Os gastos com serviço estão caindo outra vez, com restrições em importantes setores para consumo e lazer, embora nós suspeitemos que o impacto é menor no país que no restante da zona do euro", explica a Pantheon Macroeconomics.   A avaliação pessimista do BCE derrubou o euro, mas a moeda comum acabou recuperando parte das perdas e, no final da tarde, subia levemente a US$ 1,1916. Já a libra se desvalorizava a US$ 1,3360, em meio aos desdobramentos das negociações por um acordo comercial entre Reino Unido e União Europeia para o período subsequente ao Brexit, como é conhecido o processo de saída do país insular do bloco europeu, a ser oficializado em 1 de janeiro de 2021. O correspondente do jornal britânico The Daily Express em Bruxelas, Joe Barnes, descreveu as discussões como "travadas".   Sem muita liquidez, o petróleo caiu mais de 1%. No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI operou em baixa de 1,58%, a US$ 44,99, enquanto, na Intercontinental Exchange, o do Brent para janeiro fechou em queda de 0,81%, a US$ 47,80. (André Marinho - [email protected])            
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