REAL E JUROS DEIXAM VACINA DE LADO E VEEM FISCAL PESAR; BOLSAS ACELERAM COM YELLEN

Blog, Cenário
A segunda-feira teve mais uma notícia positiva sobre vacinas, desta vez em relação ao imunizante da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. E se tal fato deu ânimo aos mercados globais, inclusive ao Ibovespa, o real e os juros futuros já não se mostram tão sensíveis a esse tipo de notícia, diante das incertezas em relação à deterioração fiscal do País. A moeda dos EUA até chegou a recuar ante a brasileira pela manhã, mas na medida em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, em participação em diversos eventos, não trouxe nada de novo sobre a agenda fiscal, os investidores promoveram ajustes nos preços, acompanhando uma piora generalizada das divisas emergentes. Nesse sentido, o dólar à vista no balcão, que chegou a ceder para a casa de R$ 5,34 pela manhã, encerrou com valorização de 0,88%, a R$ 5,4330. O comportamento do câmbio aliado ao quadro fiscal preocupante também fez os juros futuros terem novo dia de alta, depois de, na sexta-feira, terem atingido os maiores níveis desde maio. Numa clara mostra de aumento do risco, a curva doméstica registrou ganho de inclinação. No exterior, contudo, o dia foi majoritariamente positivo, sobretudo para as bolsas. Em Wall Street, todos os principais índices terminaram em alta e aceleram os ganhos após a informação, ainda de fontes, de que Janet Yellen será a secretária do Tesouro do governo de Joe Biden. Até o Nasdaq, que chegou a vacilar pela manhã, subiu, num movimento que tem se tornado corriqueiro: sempre que uma informação positiva sobre vacina vem a público, os investidores trocam os papéis da carteira, vendendo os de tecnologia, que sofrem menos ou até se beneficiam com o isolamento, e comprando os ligados à retomada da economia, como o das aéreas. Nesse ambiente, o Ibovespa seguiu o mesmo rumo e, puxado por empresas ligadas a commodities e também por aéreas, avançou 1,26%, aos 107.378,92 pontos.    
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  CÂMBIO As notícias positivas sobre a vacina da AstraZeneca para combater o coronavírus animaram as bolsas pelo mundo, mas tiveram pouco efeito no mercado local de câmbio. O dólar chegou até a cair pela manhã, mas as preocupações fiscais tiveram peso mais determinante e a moeda americana voltou a subir ante o real, em dia também de altas nos emergentes, com a divisa da Turquia, outro país com problemas macroeconômicos, despencando mais de 3%.   A falta de novidades concretas sobre o ajuste fiscal em discursos do ministro da Economia, Paulo Guedes, foi recebida com desconforto pelas mesas de operação. Com a persistência do risco fiscal, participantes do mercado argumentam que mesmo o forte fluxo de capital externo que entra no país este mês não será suficiente para fazer o real se valorizar de forma sustentável. Só na Bolsa, já são R$ 26 bilhões, mas o efeito nas cotações tem sido localizado. "Até agora não houve anúncios oficiais sobre as medidas fiscais", observam os economistas do JPMorgan, ressaltando que o Congresso nem começou ainda a discutir o Orçamento de 2021.   O dólar à vista fechou em alta de 0,88%, cotado em R$ 5,4330, após bater na máxima de R$ 5,45 no meio da tarde. No mercado futuro, o dólar para novembro era negociado em alta de 1,14%, aos R$ 5,4420 às 18h10. O volume de negócios foi de US$ 11 bilhões, número que tem sido a marca das segundas-feiras, tradicionalmente com giro menor.   "O mercado vai querer ver para crer. O governo tem que priorizar o fiscal, fazer alguma coisa entre dezembro e janeiro. O ideal seria em dezembro, mas está muito complicado", afirma o gestor e economista da JF Trust Gestão de Recursos, Eduardo Velho. "Tem que ter alguma saída. Nas últimas semanas, basicamente o Congresso ficou parado", afirma ele, ressaltando que a briga para a presidente da Câmara e da Comissão Mista do Orçamento está atrasando o resto da agenda.   Sem avanços, mesmo com o fluxo forte que entra no País, o economista da JF ressalta que o real não consegue se fortalecer de forma sustentável, com efeito apenas pontual. "É um sinal de que tem outros problemas internos, que fazem manter um certo descolamento, e é a questão fiscal." Com o risco fiscal e um Credit Default Swap (CDS) de cinco anos a 180 pontos, Velho avalia que o piso para o dólar é R$ 5,50, considerando a média mensal das cotações. Assim, valores abaixo, na casa dos R$ 5,30 atraem compradores.   Sobre a proposta de Guedes de vender reservas cambiais para reduzir a dívida, o gestor da JF avalia a medida como positiva e factível, mas com o timing errado. Ao sinalizar esta intenção agora, o governo passa a impressão de não estar contando com outras medidas de ajuste fiscal. "O governo não pode priorizar instrumentos cambiais para adiar o ajuste, porque o mercado vai pedir prêmio mesmo que ele tire reservas cambiais."   Já os analistas do Bank of America observam que os preços da moeda brasileira são atrativos, mas investidores apontam que a volatilidade segue alta e falta clareza sobre tendência da moeda. O JPMorgan observa que as atenções no Brasil seguem voltadas para a política fiscal, mas até agora nada avançou e o governo tem dado declarações de que a agenda vai caminhar após a votação do segundo turno no domingo, mas ainda sem anunciar medidas fiscais.   Pior que o real hoje no mercado internacional de moedas só a lira turca, onde o dólar disparou 3,2%. Traders dizem que hoje é um movimento de realização de ganhos, após as quedas recentes do dólar na Turquia, em meio a medidas de emergência, que inclui alta de taxa de juros e troca da equipe econômica para tentar estancar a piora da moeda. "A Turquia é hoje o ponto fora da curva nos emergentes", afirma o JPMorgan. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:25   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.43300 0.8764 5.45000 5.34080 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5444.500 1.18948 5451.000 5340.500 DOLAR COMERCIAL 5451.500 1.04727 5451.500 5352.500       JUROS Os juros cumpriram trajetória altista nesta segunda-feira, influenciados principalmente pela piora nas perspectivas de avanço nas medidas de ajuste fiscal ainda este ano, na contramão do discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, que pela manhã mostrou otimismo com a aprovação das matérias que estão no Congresso ainda em 2020. Outro fator foi o desempenho ruim das moedas de economias emergentes, sendo o real um dos destaques justamente em função da piora do risco fiscal doméstico, com o dólar voltando a se aproximar de R$ 5,45. Nesse contexto, a melhora nas expectativas em torno do lançamento das vacinas contra Covid que embalou as bolsas não chegou na renda fixa, com a curva doméstica registrando ganho de inclinação.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou em 3,42% (regular) e 3,40% (estenida), de 3,365% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 5,126% no ajuste anterior para encerrar a 5,24% (regular) e 5,20% (estendida). O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 7,06% (regular) e 7,04% (estendida), de 6,955% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2027 terminou em 7,83% (regular) e 7,80% (estendida), de 7,744%. As taxas que mais subiram foram as do miolo, mas ainda assim o diferencial entre os vértices janeiro de 2022 e janeiro de 2027 subiu a 440 pontos, de 438 na sexta, após bater em 445 durante a sessão.   Do ponto de vista externo, embora as bolsas estejam embaladas pelos avanços das fabricantes que trabalham na vacina contra o coronavírus, sendo o destaque hoje a AstraZeneca que lidera um projeto com a Universidade de Oxford, há grande preocupação com a evolução da segunda onda da pandemia. "O mercado lá fora está bem confuso", disse o economista-chefe da Guide Investimentos, João Mauricio Rosal.   Internamente, o mercado parece impaciente com a paralisia das reformas e ausência de progresso das matérias no Congresso, tendo recebido muito mal o discurso de Guedes num evento pela manhã, no qual disse acreditar que até o fim do ano estarão aprovadas pautas como lei de falências, de gás natural, cabotagem e autonomia do Banco Central. "Vamos mandar também essa PEC emergencial", afirmou, acrescentando que é necessário um programa fiscal rápido de ajuste, porque o País já está "atrasado".   "Paulo Guedes perdeu a noção do seu lugar político, não percebeu que não tem mais influência alguma sobre a agenda, falando coisas disparatadas", disse um profissional, que se diz cético sobre qualquer avanço legislativo este ano. Segundo ele, o apagão no Amapá complica ainda mais a situação, ao mobilizar a atenção do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cujo irmão, Joel Alcolumbre, é candidato a prefeito em Macapá. As eleições municipais no Estado tiveram de ser adiadas em função do apagão.   À tarde, o ministro tentou fazer uma correção da rota, ao falar num evento da Empiricus, no qual admitiu estar “bastante frustrado” com o andamento de reformas em algumas dimensões e reconheceu que erros de sua própria pasta que podem ter contribuído para a demora na evolução das privatizações. "Confio que privatizações serão aceleradas no ano que vem", disse.   Carlos Lopes, economista do Banco BV, vê três principais eixos para explicar a inclinação da curva. Na cena fiscal, "nada vai ser solucionado tão cedo". Há ainda a imprevisibilidade da segunda onda de Covid e, por fim, a preocupação com a inflação.   Por mais que o Banco Central veja os choques de preços como temporários, fato é que as estimativas vêm piorando sucessivamente em função do aumento em preços de alimentos, pressionados pela valorização das commodities e depreciação do câmbio, e administrados. Ainda não chegam a romper, no ano calendário, o centro da meta de 4% para 2020 e 3,75% para 2021. "Mas os sinais são de alerta", diz Lopes, que espera IPCA de 3,5% em 2021.   Na pesquisa Focus divulgada hoje, subiram não somente as medianas para o IPCA em 2020 (3,22% para 3,40%) e 2021 (3,25% para 3,45%), como também a da Selic para o fim de 2021, que foi de 2,75% para 3,00%. O nível é ainda bem menor do que 5,75% precificados pela curva de juros, segundo o Haitong Banco de Investimentos. Para o Copom de dezembro, a curva aponta 25% de chance de alta de 0,25 ponto porcentual e 85% de probabilidade de aperto nesta magnitude no encontro de janeiro.   Amanhã, o mercado já abre com os IPCA-15 de novembro, para o qual a mediana das estimativas é de desaceleração a 0,72%, de 0,94% em outubro. Em 12 meses até novembro, porém, a taxa deve romper o centro da meta e atingir 4,12%. (Denise Abarca - [email protected])       18:23   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.17 Hot Money (%a.m) 0.56 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90     MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York aceleraram alta e o Nasdaq se firmou em território positivo, após a notícia de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, deve indicar a ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Janet Yellen como secretária do Tesouro. A ex-banqueira central já sinalizou que defende a necessidade de uma nova rodada de estímulos fiscais para aquecer a maior economia do planeta. Os ganhos nas bolsas americanas também foram impulsionados pelo anúncio da AstraZeneca de que a vacina que a desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford teve cerca de 70% de eficácia na prevenção do coronavírus. O anúncio espalhou apetite por risco nos mercados mundiais, o que estimulou a busca pelo petróleo e enxugou a demanda pelos Treasuries. No câmbio, o dólar avançou ante rivais, impulsionado pelo enfraquecimento do euro, após decepcionante PMI da zona do euro.   Se confirmada pelo Senado, Yellen será a primeira mulher a chefiar o Departamento do Tesouro americano. Com bom trânsito em Washington, a economista não deve encontrar dificuldades para angariar apoio de parlamentares, já que em sua confirmação ao Fed, em 2014, conquistou 11 votos republicanos, mesmo tendo sido indicada pelo democrata Barack Obama. Em setembro deste ano, ela disse que Congresso e governo deveriam aprovar um novo pacote fiscal para atenuar os efeitos da recessão. "Há muito sofrimento por aí. A economia precisa de gastos", disse.   O presidente da distrital de Chicago do Fed, Charles Evans, elogiou a escolha e disse que Yellen foi uma "excepcional" presidente do Fed. O dirigente também comentou que acredita que a economia dos EUA estará em situação melhor no ano que vem, com imunização da população, mas ponderou que vê necessidade de mais ajuda das autoridades fiscais.   Com expectativa por estímulos, os mercados acionários aceleraram os ganhos à tarde, que já vinham em meio ao noticiário sobre a vacina. O índice Dow Jones fechou em alta de 1,12%, a 29591,27 pontos, o S&P 500, de 0,56%, a 3577,59 pontos, e o Nasdaq, de 0,22%, a 11880,63 pontos. Pela manhã, as ações de tecnologia caíam fortemente, com perspectiva para o fim do isolamento social, mas reduziram as perdas e, no fim, Facebook cedeu 0,47% e Microsoft caiu 0,13%.   Com Wall Street em tom positivo, a renda fixa perdeu brilho: no fim da tarde Nova York, o juro da T-note de 2 anos opera estável, a 0,153%, o da T-note de 10 anos avançava a 0,847% e o da T-bond de 30 anos se elevava a 1,555%.   O movimento foi apoiado também pela divulgação do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA, que subiu de 56,3 em outubro para 57,9 na leitura preliminar de novembro, ao maior nível em 68 meses, de acordo com a IHS Markit. "A força dessas pesquisas foi surpreendente e indicou que a economia conseguiu deixar de lado as restrições à circulação de pessoas", destacou a Capital Economics.   Durante a madrugada, a AstraZeneca informou que a seu candidato a imunizador, que está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, teve eficácia combinada em média de 70% em testes clínicos realizados no Brasil e no Reino Unido. Segundo a empresa, a eficiência variou de 62% a 90%, a depender da dosagem. Os resultados estão em linha com estudos de concorrentes, entre eles a da Pfizer com a BioNTech (95% de eficácia), da Moderna (94,5%) e da Sinovac com o Instituto Butantã, a chamada Coronavac (97%).   No mesmo momento em que diversas farmacêuticas divulgaram testes promissores, a doença continua se propagando de maneira exponencial. Desde 8 de novembro, os EUA registram mais de 100 mil diagnósticos todos os dias e o número de internações ultrapassou a marca de 80 mil, o maior nível desde o início da pandemia. "A confiança dos investidores continua a lutar contras consequências econômicas esperadas de novas restrições aos negócios destinadas a desacelerar a rápida propagação do coronavírus", analisa o Western Union, em relatório.   No mercado de commodities, o otimismo com a vacina venceu a desconfiança com o avanço da covid-19 e o petróleo fechou em alta. O barril do WTI com entrega agendada para janeiro ganhou 1,51%, a US$ 43,06, e o do Brent para o mesmo mês se valorizou 2,45%, a US$ 46,06.   No câmbio, o índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, encerrou em alta de 0,12%, as 92,505 pontos. A divisa norte-americana foi impulsionada pelo enfraquecimento do euro (US$ 1,1839), depois quea IHS Markit revelou que o PMI composto da zona do euro caiu de 50 pontos em outubro para 45,1 na prêvia de novembro, abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 47,1 (André Marinho - [email protected])   BOLSA   Enquanto dólar e juros refletiram nesta abertura de semana as preocupações com a trajetória fiscal, o Ibovespa se desgarrou das questões domésticas e se alinhou ao otimismo em Nova York, com o anúncio de eficácia de até 90% para a vacina da AstraZeneca, ampliando o cardápio de opções de imunizantes para 2021. Assim, o índice, como no último dia 17 (107.248,63), voltou a fechar na casa de 107 mil pontos, vista anteriormente no início de março (107.224,22 no dia 4). Nesta segunda-feira, subiu 1,26%, aos 107.378,92 pontos, melhor nível desde 21 de fevereiro (113.681,32), tendo oscilado entre mínima de 106.050,48, na abertura, e máxima de 107.495,35 pontos. O desempenho foi impulsionado pelo forte avanço das ações de commodities (Petrobras PN +6,13% e ON +4,86%, ambas na máxima do dia no fechamento, com Vale ON em alta de 4,16%), em contraponto ao varejo (Carrefour -5,35%, Pão de Açúcar -3,97%, Magazine Luiza -3,22%).   Perto do fim da sessão, em linha com movimento em Nova York, o Ibovespa ganhou um pouco mais de fôlego, após relato de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja nomear a ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Janet Yellen para o cargo de secretária do Tesouro, de acordo com pessoas familiarizadas com a decisão. Se confirmada pelo Senado, ela será a primeira mulher a assumir a função. Yellen também seria a primeira pessoa na história a ter ocupado a liderança do Fed, do Tesouro e do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca.   Como na sexta-feira, o giro na B3 ficou mais próximo à normalidade, a R$ 28,5 bilhões, após a exuberância proporcionada pelos estrangeiros na maior parte de novembro. Os investidores estrangeiros continuaram com aporte positivo na B3 no pregão de quinta-feira, 19, quando ingressaram com R$ 449,397 milhões no mercado acionário à vista, segundo dados divulgados hoje pela B3. Foi o menor volume neste mês de novembro desde o dia 6 e somente a quarta vez no período em que ficou abaixo de R$ 1 bilhão. Em novembro, a entrada chega a R$ 26,175 bilhões, o maior nível da série de dados mensais, que retrocede a 1995. No mês, o Ibovespa sobe 14,29%, limitando as perdas do ano a 7,15%.   "O Ibovespa teve abertura positiva e sustentou ganho em torno de 1%, sem conseguir engrenar uma tendência altista (mais forte). O dólar refletiu a questão fiscal, com políticos defendendo a renovação do auxílio emergencial por dois ou três meses em 2021, o que traz um pouco de preocupação porque a parte fiscal, já crítica, pode se agravar. Neste cenário, os investidores pisam no freio", observa Rafael Panonko, analista-chefe da Toro Investimentos.   Hoje, durante participação em evento da Empiricus, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar que a ideia é extinguir o pagamento de auxílio emergencial no fim de 2020, embora tenha reconhecido que há "muita pressão" por prorrogação. "Se tiver segunda onda (da Covid-19), já sabemos como reagir", acrescentou o ministro, cuja reiteração da agenda liberal tem sido recebida com ceticismo cada vez maior pelo mercado, ante a falta de progresso palpável, seja nas privatizações, seja nas reformas estruturais.   "A evolução das vacinas é fato, assim como a presença do investidor estrangeiro, especialmente desde a eleição do Biden, o que contribui para dar mais clareza para 2021, especialmente quanto a enfrentamento maior da pandemia nos EUA. Mas diante de nossos problemas, entre os quais o endividamento cavalar (do setor público), é preciso ver se esta recuperação é consistente. Depois da eleição do domingo, a agenda deve ser retomada, então veremos como o aspecto fiscal será tratado, inclusive com relação ao Renda Cidadã", diz Shin Lai, estrategista-chefe da Upside Investor Research.   Ele chama atenção nesta segunda-feira não apenas para o anúncio da AstraZeneca - uma vacina de mais fácil manejo logístico e possivelmente com melhor custo-benefício do que as de Pfizer e Moderna - como também para as fortes leituras dos PMIs da indústria e de serviços nos EUA nas prévias de novembro, diferentemente do observado na zona do euro, em meio à segunda onda de lockdown.   No velho continente, "os dados do PMI desta manhã destacam a urgência da vacina", aponta Craig Erlam, analista de mercado da OANDA na Europa. "Os PMIs de serviços na Europa estão horríveis mais uma vez, caindo para 41,3 na zona do euro, o menor desde maio; e o Reino Unido não está muito melhor, com 45,8." Na avaliação do analista, "o anúncio da Pfizer teve a maior resposta (do mercado), pois foi o primeiro, mas mesmo esta teria sido muito mais significativa se a expectativa já não fosse a de que uma vacina estaria disponível no final do ano". "Vimos retornos decrescentes desde a Pfizer: Moderna deu um pequeno impulso, temporário, e é isso o que vemos também hoje (com a AstraZeneca)."   Na ponta do Ibovespa nesta segunda-feira, PetroRio fechou em alta de 7,64%, à frente de CSN (+6,80%), Petrobras PN (+6,13%) e BRF (+5,91%). No lado oposto, Carrefour Brasil cedeu 5,35%, estendendo a correção provocada pela morte de um cliente negro provocada por seguranças brancos de unidade em Porto Alegre, na noite de quinta-feira - destaque também para queda de 3,97% em Pão de Açúcar e de 3,33% em Cielo. (Luís Eduardo Leal - [email protected], e Felipe Laurence)   cgi     18:21   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 107378.92 1.26029 Máxima 107495.35 +1.37 Mínima 106050.48 +0.01 Volume (R$ Bilhões) 2.85B Volume (US$ Bilhões) 5.29B         18:25   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 107420 1.14878 Máxima 107605 +1.32 Mínima 106625 +0.40                
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