Os investidores se apropriaram das mensagens mais positivas sobre perspectivas econômicas e inflação no Brasil e patrocinaram um dia de alívio ao Ibovespa, que também reagiu a sinais mais amenos do exterior. Desde cedo, quando foi divulgado o Relatório Trimestral de Inflação e o Banco Central também indicou estar alerta a riscos fiscais, o ajuste foi para cima, levando o índice novamente à marca dos 97 mil pontos. Encerrou o dia em alta de 1,33%, aos 97.012,07 pontos. Nos Estados Unidos, a pressão feita por meio de discursos de dirigentes do Federal Reserve nos últimos dias, pedindo ao Congresso americano que aprove o pacote de estímulos fiscais que tramita por lá, ecoou. Hoje à tarde, o aceno da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, deu tração à busca por risco, levando os principais índices do mercado acionário em Nova York para o terreno positivo, em uma etapa marcada pela instabilidade dada a desconfiança sobre o sucesso nas negociações políticas em plena campanha. No entanto, no mercado de câmbio, a expectativa a respeito das medidas fiscais resultou no enfraquecimento do dólar ante moedas globais, inclusive o real, que devolveu boa parte do avanço visto pela manhã, quando a cotação foi a R$ 5,62. Após subir por quatro pregões consecutivos, acumulando alta de quase 7%, hoje o real registrou o melhor desempenho ante a divisa americana e fechou em queda de 1,37%, a R$ 5,5106. O peso mexicano ganhou um pouco de força logo após o Banco Central do México (Banxico) cortar os juros em 25 pontos-base, após reduções anteriores de meio ponto. Espelhando a busca por risco no exterior e fatores técnicos ligados ao desmonte de posições defensivas após o leilão de títulos do Tesouro, o recuo dos juros futuros ganhou ritmo à tarde, ainda refletindo indicações otimistas do RTI.
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