MAU HUMOR GLOBAL FAZ NASDAQ TER PIOR SEMANA EM 6 MESES E IBOVESPA, DESDE MAIO

Blog, Cenário
O mau humor global deu o tom nos negócios ao longo da semana, fazendo com que os ativos brasileiros contabilizassem perdas expressivas. Dúvidas sobre a valorização das techs, incertezas sobre a eleição nos EUA, a falta de acordo em Washington por um novo pacote fiscal e impasse persistente no Brexit alimentam este movimento recente de baixas globais. O Nasdaq, índice mais exposto à liquidação nas últimas sessões, teve a semana com maiores baixas desde àquela encerrada em 20 de março: foi um recuo de 4,06% desde a sexta-feira passada. Nem mesmo a reversão do movimento no Dow Jones e no S&P 500 na hora final da sessão livrou o Ibovespa de encerrar o dia no menor nível em dois meses (98.363,22 pontos, queda de 0,48%) e com a maior desvalorização semanal (-2,84%) desde meados de maio. Se de um lado Vale e siderúrgicas tentaram "defender" o índice nesta sessão, Petrobras e bancos foram a porta de saída dos investidores. No câmbio, o dólar foi a R$ 5,3334, acumulando alta de 0,27% na sessão. Desde sexta passada, a subida foi de 1,10% - interrompendo uma sequência de duas semanas em queda. Uma das razões para uma performance menos ruim do real ante os demais ativos pode ser a janela de captações, embora as questões fiscais do Brasil pesem em apostas de prazo mais longo. No mercado de juros, as taxas mudaram de lado à tarde e passaram a subir, na esteira do câmbio e da inconsistência do mercado externo. Desta forma, a curva ganhou inclinação e o Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 foi a 6,97%, se aproximando do nível visto no fim de maio. Para a próxima semana, o mercado local fica de olho na decisão da Selic e nas pistas sobre os movimentos futuros do Banco Central brasileiro. Outro destaque doméstico é o IBC-Br de julho, na segunda-feira, que servirá para nortear o estágio da recuperação econômica neste terceiro trimestre. Na quarta-feira, mesmo dia do Copom, o Federal Reserve divulga a decisão sobre juros americanos. Também no exterior, são divulgados ao longo da semana dados da atividade nos Estados Unidos, na China e na zona do euro.
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  MERCADOS INTERNACIONAIS Após um pregão volátil, as bolsas de Nova York fecharam sem direção única, mas registraram perdas semanais pela segunda vez consecutiva, com a volta da liquidação das ações do setor de tecnologia. O índice acionário Nasdaq registrou a pior semana desde março, com recuo superior a 4%. Dúvidas sobre a valorização das techs, incertezas sobre a eleição nos EUA e a falta de acordo em Washington por um novo pacote fiscal pesaram no sentimento do investidor, que migrou para a segurança dos Treasuries, cujos juros caíram hoje. No mercado cambial, o dólar ficou perto da estabilidade ante rivais, pressionado pelo euro forte, mas apoiado pela fraqueza da libra. Hoje, o Parlamento Europeu confirmou que não ratificará qualquer acordo comercial com o Reino Unido, caso o pacto do Brexit seja violado. O petróleo, por sua vez, fechou sem direção única, mas registrou perdas de 6% na semana.   "Até agora, a mesma dinâmica de mercado de ontem. As ações abrem em alta, mas não conseguem atrair mais compradores líquidos", comentou, durante o pregão, o principal consultor econômico da Allianz, Mohamed A. El-Erian, em sua conta oficial no Twitter. Após uma recuperação na quarta-feira, as bolsas de Nova York não conseguiram sustentar a alta nas últimas duas sessões e a venda de ações de gigantes tecnológicas vista na semana passada retornou. Hoje, depois de diversas oscilações, o Dow Jones subiu 0,48%, a 27.665,64 pontos, o S&P 500 avançou 0,05%, a 3.340,97 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,60%, a 10.853,55 pontos. Na comparação semanal, os três índices registraram perdas de 1,66%, 2,51% e 4,06%, respectivamente.   O Nasdaq teve a pior semana desde aquela encerrada em 20 de março, quando a pandemia de covid-19 atingiu em cheio o mercado e o índice cedeu 12,64% na comparação semanal. No S&P 500, o subíndice do setor de tecnologia recuou 0,75% hoje. Os papéis da Apple cederam 1,31%, os da Microsoft caíram 0,65% e os da Amazon perderam 1,85%.   "De fato, foi uma semana estranha para os mercados de ações globais, com grandes movimentos e divergências", afirmam analistas do banco de investimentos americano Brown Brothers Harriman (BBH), ao ressaltarem que o mercado acionário dos EUA foi o mais afetado. Nos últimos dias, as expectativas de aprovação de um novo pacote fiscal em Washington se reduziram, após os democratas bloquearem uma proposta republicana, e alguns investidores continuaram a avaliar se o rali das ações de tecnologia nos últimos meses foi justificado. Além disso, aumenta a volatilidade à medida que se aproxima a eleição presidencial americana, que será realizada em novembro, com o voto por correio como mais um fator de incerteza.   Neste último pregão da semana, os investidores migraram do mercado acionário para a renda fixa, o que fez os juros dos Treasuries recuarem. No final da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos caía a 0,125% e o da T-note de 10 anos, a 0,671%. O déficit orçamentário dos EUA, por sua vez, alcançou US$ 3 trilhões e quase triplicou nos primeiros 11 meses do ano fiscal.   A falta de apetite por risco também prejudicou o petróleo, que registrou perdas superiores a 6% na semana. Hoje, o contrato do WTI para outubro subiu 0,08%, a US$ 37,33 o barril, na Nymex, e o Brent para novembro recuou 0,57%, a US$ 39,83, na ICE.   No câmbio, o dólar operou praticamente estável na comparação com os pares. Por um lado, a moeda dos EUA foi pressionada pela força do euro, após a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ter adotado um tom mais hawkish ontem, na avaliação de alguns analistas. De outro, a fraqueza da libra proporcionou uma compensação. Hoje, o Parlamento Europeu informou que não ratificará o acordo comercial com o Reino Unido caso o país prossiga com a tentativa de violar alguns compromissos firmados no acordo de saída da União Europeia. O índice DXY, que mede a variação do dólar contra seis rivais, recuou 0,003%, a 93,333 pontos.   Na próxima semana, o foco será a decisão de política monetária do Federal Reserve. "Continuamos negativos em relação ao dólar, pois a mensagem dovish de [Jerome] Powell em Jackson Hole provavelmente será reiterada na reunião do Fomc na próxima semana", dizem os analistas do BBH. Para o estrategista-chefe de macroeconomia nos EUA do TD Securities, Jimm O'Sullivan, o foco do encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto deverá ser o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). "O Fed precisará vincular claramente o QE a manter estáveis as taxas de prazo mais longo para ajudar a absorver o aumento da oferta nominal", afirma. Nesta semana, os leilões de Treasuries realizados pelo Tesouro evidenciaram uma demanda abaixo da média. (Iander Porcella - [email protected]) Volta   BOLSA Em dia misto em Nova York, o Ibovespa se manteve nesta sexta-feira abaixo dos 100 mil pontos ao longo de toda a sessão, algo que não ocorria desde 8 de julho, quando o índice, em dinâmica oposta, se preparava para recuperar os seis dígitos, o que de fato ocorreu na sessão seguinte, no intradia (100.191,24), e em 10 de julho, no fechamento (100.031,83) - o primeiro acima da marca desde 5 de março. Hoje, o Ibovespa fechou em baixa de 0,48%, aos 98.363,22 pontos, no menor nível desde 7 de julho, então aos 97.761,04 pontos. Na semana, acumulou a segunda perda seguida, agora de 2,84%, em seu pior desempenho desde a encerrada em 15 de maio (-3,37%), hoje acima da queda observada no intervalo até 26 de junho (-2,83%).   O giro financeiro da sessão totalizou R$ 27,4 bilhões e, no ano, as perdas do índice chegam a 14,94% - em setembro, cede 1,01%. Hoje, na mínima (97.757,90), chegou a testar o suporte na região de 97,8 mil pontos, que, uma vez rompido, tenderia a levar o índice mais abaixo, deixando a faixa de consolidação entre 99 mil e 103 mil pontos na qual tem se mantido desde o início de agosto. Na máxima de hoje, foi apenas aos 99.434,74 pontos, saindo de abertura aos 98.839,08 pontos. Esta sexta-feira foi a primeira vez que o Ibovespa emendou, no fechamento, duas sessões abaixo dos 100 mil desde os dias 8 e 9 de julho, às vésperas de recuperar os seis dígitos no encerramento seguinte, de 10 de julho.   Em meio ao avanço dos preços do minério movido pela demanda chinesa - hoje em alta de 1,81% em Qingdao, a US$ 128,37 por tonelada -, o forte desempenho de Vale ON (+5,84% no fechamento, maior alta da carteira) e de algumas siderúrgicas (CSN +4,03%, terceiro maior ganho da sessão) contribuiu para amenizar as perdas do Ibovespa, em dia mais uma vez negativo para Petrobras (PN -1,08% e ON -0,50%) e bancos, setor de maior peso no índice (Bradesco PN -1,87% e Itaú -1,17%). Na ponta do Ibovespa, Cielo perdeu 4,31%, seguida por IRB (-4,13%). No lado oposto, além de Vale e CSN, destaque para Bradespar (+4,35%).   "Foi uma semana ruim, com um ajuste que veio de fora desde o fim da semana passada, com Nova York. Houve uma alta muito íngreme e sem respiro por lá e, desde agosto, passou a prevalecer aqui cautela quanto à política, a situação fiscal brasileira, que cortou a progressão do Ibovespa. Então, nesta semana que termina, faltou âncora doméstica e externa para segurar o índice", diz Eduardo Cavalheiro, sócio-gestor da Rio Verde Investimentos, que mantém viés positivo, caso as reformas mostrem algum avanço, possivelmente este ano .   "A alternativa de não se fazer nada nem tem como ser colocada - a foto do Brasil ficaria muito ruim", acrescenta. Ele menciona o grau de correção das ações em Nova York como outro fator a ser acompanhado de perto "Entrou em fase de realização de lucros, mas, com quem tenho conversado por lá, a animação persiste."   "Aqui, entramos também em correção, mas não forte: o movimento tende a se manter assim, com menos ângulo e mais prolongado no tempo, ou seja, o Ibovespa praticamente caranguejando", observa Renato Chain, economista da Parallaxis Economics. Ele chama atenção, contudo, para aspectos ainda não muito presentes nos preços dos ativos, e que podem vir a requerer o olhar dos investidores, como a inflação no Brasil, a possibilidade de uma segunda onda mais intensa de Covid-19 no mundo, sem ainda uma vacina, e mesmo a possibilidade de o presidente Donald Trump vencer a disputa pela reeleição nos EUA, que "seria uma validação nas urnas da política de enfrentamento com a China".   "Em um cenário negativo, mais longo, o Ibovespa poderia vir abaixo de 90 mil pontos. Lá fora, está todo mundo contando com vacina em breve, e ninguém nem piscou para o que ocorreu no teste da AstraZeneca, vista como uma opção de vacina entre outras. Aqui, o dólar depreciado e a exportação de alimentos tem resultado em mais inflação, ainda que pontual. Com inflação a 3% e Selic a 2% começa a aparecer dificuldade para tesourarias de bancos", aponta.   No Brasil, o mercado financeiro está mais conservador quanto ao desempenho da ações no curtíssimo prazo. É o que mostra o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. A expectativa de que o período entre 14 e 18 de setembro será de ganhos para o índice ainda é majoritária, com 57,14% das respostas entre os 14 participantes, mas menor do que a registrada na pesquisa anterior, quando ficou em 68,75%. Ao mesmo tempo, a perspectiva de queda também subiu, de 25,00% para 35,71%. Para 7,14% do total, o índice terá variação neutra, contra 6,25% que previam estabilidade no último levantamento. (Luís Eduardo Leal - [email protected])       17:21   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 98363.22 -0.47693 Máxima 99434.74 +0.61 Mínima 97757.90 -1.09 Volume (R$ Bilhões) 2.73B Volume (US$ Bilhões) 5.17B         17:47   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 98205 -0.14743 Máxima 99565 +1.24 Mínima 97795 -0.56     CÂMBIO O dólar fechou a semana acumulando alta de 1,1%, interrompendo duas semanas consecutivas de quedas. A piora das bolsas americanas, que desencadeou um movimento de fuga de ativos de riscos de países emergentes, teve peso importante para a valorização da moeda na economia mundial, junto com o impasse no Congresso americano sobre um pacote de socorro fiscal e a piora da relação entre a Casa Branca e Pequim. Em setembro, o dólar acumula queda de 2,72%, mas no ano dispara 32,9%, com o real seguindo na lista de divisas com o pior desempenho em meio às dúvidas quanto à austeridade fiscal no Brasil.   Nesta sexta-feira, a moeda norte-americana operou em queda pela manhã, com relatos de um fluxo grande de entrada de capital externo, mas no começo da tarde passou a subir, acompanhando a piora do humor dos investidores no exterior. No final do dia, terminou em alta de 0,27%, cotado em R$ 5,3334.   No mercado doméstico, nova rodada de ofertas de ações e emissões externas têm dado algum alívio pontual, mas a preocupação fiscal segue impedindo fortalecimento mais firme do real. A expectativa agora é para os eventos da semana que vem, com destaque para a reunião de política monetária do Banco Central e do Federal Reserve (FED, o banco central norte-americano). Para esta última, o Bank of America vê risco de o dólar ser negativamente afetado, em meio à expectativa que o Fed aponte para mudanças no eixo da política monetária americana, passando de estabilização para acomodação. Para os juros e as compras de ativos não são esperadas mudanças, ressalta o BofA.   A maior cautela com o câmbio pode ser observada com as movimentações dos fundos no mercado futuro da B3. Estes investidores vinham aumentando nas últimas semanas suas posições vendidas em dólar futuro, que ganham com a queda da moeda americana. Mas somente ontem reduziram estas apostas em 26.335 contratos, o equivalente a US$ 1,3 bilhão. O saldo da posição vendida dos fundos, que fechou agosto em 150 mil contratos, estava ontem em 70 mil, de acordo com dados da B3 monitorados pela corretora Renascença.   "A tendência do câmbio está justamente relacionada às dúvidas em torno do equilíbrio fiscal no Brasil. Não temos nada de concreto. Há muita promessa, tudo no papel, mas pouca execução", diz o economista chefe da Valor Investimentos, Paulo Henrique Correa.   Para que o dólar fique ancorado em um patamar mais baixo frente ao real, segundo ele, depende de mais previsibilidade para a agenda de austeridade fiscal do governo Bolsonaro. "Quando a gente olha para frente, está tudo muito turvo. O real não seguiu a mesma tendência de outras moedas de países emergentes, que conseguiram performar melhor em relação ao dólar", avalia Correa.   "O euro se fortaleceu frente ao dólar, que perdeu valor também em relação a várias outras moedas por conta da sinalização da política econômica nos Estados Unidos. O dólar australiano, o iene, até moedas de países emergentes acompanharam essa tendência, mas o real não conseguiu surfar. Falta previsibilidade quanto à agenda de reformas e sustentabilidade das contas públicas no Brasil", diz Correa.   A economista chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, ressalta que o exterior deu o tom esta semana. Além disso, ela lembra que o ingresso de recursos com as ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) no Brasil também influenciam a taxa de câmbio. "O fluxo que entra com os IPOs acaba contribuindo com a taxa de câmbio. Não podemos deixar de considerar esse efeito", diz.   Sobre os eventos da próxima semana, Abdelmalack não prevê surpresas. "A decisão do Copom não deve influenciar tanto. Não é esperada nenhuma alteração na política monetária e há consenso de que os juros serão mantido em 2%", avalia. A expectativa maior, diz ela, segue em torno da agenda do governo e os desdobramentos de assuntos como a reforma tributária, a administrativa e ainda a alocação do Renda Brasil dentro do orçamento de 2021, com olhos voltados para o teto de gastos. A questão da inflação, com a polêmica do arroz, segundo a especialista, é pontual uma vez que diz respeito à cesta básica dos brasileiros e não preocupa os investidores. (Aline Bronzati e Altamiro Silva Junior - [email protected] e [email protected])   cgi     17:47   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.33340 0.2745 5.34940 5.25940 Dólar Comercial (BM&F) 5.2900 0 DOLAR COMERCIAL 5329.000 0.06572 5353.500 5263.000 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5310.000 10/09         Volta   JUROS Os juros futuros, assim como os demais ativos, não sustentaram a melhora vista pela manhã e passaram a subir à tarde, alinhados ao ritmo de piora do câmbio e deterioração do humor externo. Mais sensíveis aos mercados internacionais, as taxas longas renovaram máximas a partir da última hora de negócios e a curva retomou os ganhos de inclinação, que pela manhã eram neutralizados justamente pela tentativa de recuperação dos ativos lá fora e queda do dólar. Na ponta curta, as taxas fecharam de lado, com o mercado já em compasso de espera pela decisão do Copom, de olho no chamado "forward guidance" da política monetária, dado o consenso das apostas em torno da manutenção da Selic em 2% na quarta-feira.   O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022, o mais líquido, fechou com taxa de 2,85%, de 2,843% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou em 4,14%, de 4,114% ontem. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 5,98%, de 5,974% ontem, e a do DI para janeiro de 2027 avançou de 6,953% para 6,97%.   Após a forte pressão de alta sobre a curva na quinta-feira provocada pela "mão pesada" do Tesouro no leilão de prefixados, o mercado ensaiou um ajuste hoje de manhã, com taxas em queda moderada, acompanhando o alívio do dólar. Já se notava, porém, que era uma melhora frágil, com risco de não vingar até o fim do dia, pois não havia respaldo de notícias positivas nem aqui nem no exterior. No começo da segunda etapa, o recuo do dólar e dos juros começou a perder força até que ambos passaram a subir, também sem um gatilho claro.   Newton Camargo Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, considerou a virada dos ativos como "movimentos de mercado". "Não tivemos nada de novo, mas sim a permanência de um contexto ruim. Os ruídos, sobre preço do arroz e material de construção e outros continuam. É uma instabilidade bem característica de um dia para posições rápidas e curtas", disse.   Não à toa, no balanço da semana, a curva teve aumento de inclinação. O spread entre os DIs para janeiro de 2022 e janeiro de 2027 voltou a superar 400 pontos, fechando hoje em 412 pontos, de 390 na última sexta-feira.   Lá fora, há desconforto com os impasses nas negociações do Congresso americano para o pacote fiscal trilionário e pessimismo também sobre o acordo comercial pós-Brexit. Hoje, o Parlamento Europeu confirmou que não ratificará qualquer acordo com o Reino Unido caso o pacto do Brexit seja violado, como sinalizou o governo britânico.   No Brasil, seguem presentes as preocupações com o risco fiscal dadas as ameaças ao teto de gastos, que ampliam a expectativa com relação a um desfecho para o programa Renda Brasil. O projeto deverá voltar a integrar o parecer da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacto federativo, que seria apresentado esta semana, mas foi adiado novamente para a inclusão do programa. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o parecer com o Renda Brasil deverá ser apresentado ao presidente Jair Bolsonaro na quarta-feira ou quinta-feira.   A próxima semana tem a Superquarta da política monetária, com decisões sobre juros no Brasil, Japão e Estados Unidos. Aqui, com o mercado amplamente posicionado para a manutenção da Selic em 2%, o que gera ansiedade mesmo é a sinalização do comunicado do Copom sobre o que vem depois. Analistas dão como certo ajuste na linguagem para um tom ainda mais conservador do que no anterior - ou até, para alguns, o colegiado pode deixar explícito que o ciclo de cortes acabou e que a taxa fica onde está nos próximos meses. "Além de o BC ter sinalizado em suas últimas comunicações que não haveria nova redução da Selic na próxima reunião, dados de atividade e de inflação do Brasil vieram acima das expectativas, enquanto o cenário fiscal permaneceu sendo fator de preocupações", avalia o Departamento Econômico da Renascença. (Denise Abarca - [email protected])     17:46   Operação   Último CDB Prefixado 31 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90            
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