CAUTELA COM FISCAL CONTINUA, MAS DÓLAR CEDE COM REALIZAÇÃO EM DIA DE RECORDE EM NY

Blog, Cenário
A cautela com o ambiente fiscal, em meio às incertezas sobre o tamanho do programa Renda Brasil e os seus efeitos sobre as já deterioradas contas públicas, predominaram durante boa parte do dia sobre os ativos brasileiros, na contramão do clima majoritariamente positivo visto em Nova York, com novos recordes de S&P 500 e Nasdaq. Ainda assim, depois de mais uma manhã perto de movimentos contidos, o real, alinhado a outras emergentes, consolidou ganhos ante o dólar à tarde e, na gangorra recente em que costuma estar, hoje apareceu na parte mais alta, liderando o desempenho quando comparado às demais divisas. Os profissionais do mercado não encontraram uma razão única e firme para tal, mas notaram um fluxo vendedor que levou à desmontagem de posições mais defensivas após as fortes altas recentes do dólar ante a moeda brasileira, num processo de realização de lucros. No fim, a divisa americana cedeu 1,16% no mercado à vista, a R$ 5,5272, depois de rodar na casa de R$ 5,60 nos últimos dias. Esse movimento do câmbio conteve os juros futuros, mas não impediu as taxas de registrarem leve alta, mantendo a firme inclinação da curva. Por trás aparece justamente a questão fiscal, uma vez que o IPCA-15 de agosto, em linha com o previsto, ficou em segundo plano. O Ibovespa, que apesar das três altas consecutivas, vinha ficando aquém dos pares em Wall Street, hoje se descolou e cedeu, num misto de cautela com o quadro fiscal, após o governo adiar o anúncio do programa Pró-Brasil com realização de lucros. Petrobras, Vale e bancos figuraram na ponta negativa, levando o principal índice da Bolsa a ceder 0,18%, aos 102.117,64 pontos. Enquanto isso, novos recordes em Nova York. A trégua nas tensões entre EUA e China, após a Casa Branca dizer que o acordo comercial entre as duas maiores economias do planeta está "bem" deu suporte ao S&P 500 e ao Nasdaq. O Dow Jones, no entanto, recuou após anúncio de mudanças na composição do índice.  
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  CÂMBIO O dólar apresentou forte inversão de direção na etapa vespertina dos negócios, o que trouxe a divisa para R$ 5,5147 na mínima, em meio a um fluxo vendedor que abriu espaço para movimento de realização de lucros da moeda - que, ainda marcada pela alta volatilidade, no pregão de hoje mais cedo esticou até a marca dos R$ 5,6149 na máxima do dia. Ao final da sessão, o dólar à vista fechou com desvalorização de 1,16%, cotado a R$ 5,5272, o menor valor desde o último dia 18 (R$ 5,4666).   "Foi um movimento ligado à moeda, e, não, a notícias, uma vez que não houve mudanças na direção da Bolsa", ressaltou Daniel Miraglia, especialista em mercados de capital global da Omninvest. Segundo ele, os dados de transações correntes e Investimento Diretos no País (IDP) vieram bem, o que, aliado à queda do dólar principalmente frente a moedas fortes, como o euro, como evidencia o índice DXY, cesta de moedas fortes ante o dólar, ajudou a criar condições para o movimento de venda. Às 17h23, o índice DXY oscilava em baixa de 0,30%, a 93.016 pontos.   De acordo com Cleber Alessie Machado Neto, da Commcor corretora, um fluxo de venda teve início no meio da tarde e puxou a realização de lucros dos investidores. "Quando vem o fluxo de venda, investidores aproveitam para deixar cair, recomprar e otimizar suas posições", disse. Para Miraglia, o nível de R$ 5,50 para cima chama uma força vendedora de dólares porque o Brasil está exportando mais que importando. "Por isso, o resultado da conta corrente também influenciou, pois se viu que o resultado da balança foi maior que esperado", completou.   O Banco Central informou hoje que o resultado das transações correntes ficou novamente positivo em julho deste ano, em US$ 1,628 bilhão. A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 7,383 bilhões em julho, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 1,819 bilhão. Para agosto, a estimativa do BC para a conta corrente é de superávit de US$ 2,2 bilhões.   Outros dados do Banco Central também divulgados hoje mostraram que em fevereiro, março e abril saíram do País pela via financeira um total de US$ 31,001 bilhões líquidos. O movimento refletiu a busca de investidores estrangeiros por ativos mais seguros no exterior, em meio à pandemia do novo coronavírus. Apenas em março foram US$ 14,862 bilhões. Em maio, esta "primeira onda" diminuiu, com a saída de apenas US$ 882 milhões pela via financeira. Ao avaliar o movimento, Rocha afirmou, porém, que a saída menor naquele mês não se concretizou em uma reversão de tendência nos meses seguintes. Isso porque houve saídas pela via financeira de US$ 4,742 bilhões em junho, US$ 5,020 bilhões em julho e de US$ 5,093 bilhões em agosto até o dia 20.   Marcos De Callis, estrategista da Hieron Patrimônio Familiar e Investimentos, lembra que os riscos inerentes à questão fiscal ainda seguem no radar e seguram a dólar nesse nível de R$ 5,50. Segundo ele, há certo pessimismo no mercado em relação à capacidade do Brasil manter o teto de gastos intacto por causa da demanda política e o posicionamento pouco incisivo do presidente Jair Bolsonaro em defesa do controle fiscal.   "Se precificar, há 50% de o país sair desta crise pela via populista e isso justifica esse patamar de R$ 5,60/R$5,50, e não cai", afirmou. "O presidente não se comunica com o Congresso de forma precisa. Se não recebe sinal claro do presidente no sentido de que não abre mão do teto de gastos, o próprio Congresso não tem convicção. O mercado gostaria de ver ele se posicionar de forma firme sobre o controle das contas públicas". (Simone Cavalcanti - [email protected])     17:37   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.52720 -1.1553 5.61490 5.51470 Dólar Comercial (BM&F) 5.6047 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5516.000 -1.73688 5616.500 5511.000 DOLAR COMERCIAL 5527.000 -1.25067 5610.000 5527.000       cgi       Volta   JUROS Os juros diminuíram a alta à tarde, depois que o dólar passou a cair, mas não a ponto de reduzirem a inclinação da curva, que continuou mais elevada em função dos riscos fiscais. O adiamento do anúncio do Plano Renda Brasil em função de divergências na definição dos valores do benefício do programa manteve o desconforto no mercado, que passou a pedir mais prêmio para ficar exposto em ativos prefixados. O alívio no segmento de câmbio foi acentuado na sessão vespertina, mas chegou apenas em parte nas taxas futuras. Um dos destaques da agenda, o IPCA-15 de agosto, veio alinhado à mediana das estimativas, com impacto neutro nas taxas, tampouco alterando o consenso de apostas em manutenção da Selic em 2%.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 terminou praticamente estável, em 2,75%, de 2,742% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 fechou em 3,93%, de 3,883% ontem. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 5,75%, de 5,714% ontem, e o DI para janeiro de 2027 fechou com taxa em 6,76%, de 6,733%.   Após encerrar a manhã em alta, o dólar passou a cair à tarde, com mínimas até R$ 5,51, trazendo alívio limitado para a curva, até porque a melhora do câmbio decorreu de um fator técnico (fluxo de vendas atraído pelas cotações elevadas) e não de fundamentos.   O "fico" de Paulo Guedes e a vitória do governo na manutenção do veto ao reajuste do funcionalismo pelo Congresso haviam dado um alento aos mercados na semana passada, elevando a expectativa para o amplo pacote econômico que seria lançado hoje - houve anúncio apenas do programa Casa Verde e Amarela, que vai substituir o Minha Casa Minha Vida, nesta terça-feira. Ontem, porém, o adiamento da divulgação já prenunciava que algo não ia bem, o que se confirmou com as informações de que o presidente Jair Bolsonaro defendeu um valor maior (R$ 300), do que os R$ 247 proposto pela equipe econômica para o Renda Brasil, que vai entrar no lugar do Bolsa Família. Guedes disse que para isso só com redução nas deduções do Imposto de Renda.   "Isso reforça a dificuldade esperada para equacionar as demandas no orçamento de 2021, em fase de elaboração", afirma o economista da Tendências Consultoria Integrada Silvio Campos Neto. O governo tem até o dia 31 para enviar a peça orçamentária ao Congresso.   Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa, a abertura das taxas reflete a percepção de clara falta de coordenação dentro do governo sobre as medidas a serem adotadas e a quais custos e, ainda, as chances de aprovação pelo Congresso. "A equipe econômica tenta mostrar que o cobertor é curto, mas o presidente avalia a questão com outros olhos, os dos votos, e a curva acaba abrindo mais em função dessa desconfiança", disse.   Também repercutiu nas mesas de renda fixa os alertas sobre os riscos fiscais da SPX Capital e da Verde Asset, feitos ontem em congresso virtual promovido pela Eleven Financial. "Eu não vejo avanços que me digam que o Brasil mudou a taxa estrutural para baixo. Acho que a taxa estrutural no Brasil e em emergentes até subiu pelo risco embutido na questão fiscal", disse Rogério Xavier, sócio da SPX. Na sua avaliação, o Banco Central, ao reduzir a taxa básica de juros a níveis mais próximos de países desenvolvidos, está tomando muito risco, se considerado o tamanho do problema fiscal brasileiro.   Nesse contexto, dado ainda o destaque que o próprio BC vem dando para o papel que a política fiscal passou a ter na condução da política monetária, a curva projeta chance zero de novos cortes da Selic e, mais do que isso, ciclo de alta a partir de janeiro. Isso, a princípio, diante do tamanho da abertura do hiato, pode parecer exagerado, mas Camargo Rosa lembra que o prolongamento das indefinições do quadro fiscal pode pressionar o risco Brasil e ainda mais a taxa de câmbio. "Isso pode extravasar para a inflação e as expectativas, que, por enquanto, estão ancoradas", disse.   O IPCA-15 de agosto subiu 0,23%, menos do que em julho (0,30%), e coincidiu com a mediana das estimativas. Os núcleos avançaram, mas ainda são considerados bem comportados, permitindo imaginar que a taxa de juros siga em níveis estimulativos nos próximos meses. (Denise Abarca - [email protected])     17:37   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 1.91 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90       cgi   Volta   BOLSA O Ibovespa interrompeu hoje três sessões em que conseguiu se manter moderadamente em alta, ao fechar nesta terça-feira com queda de 0,18%, aos 102.117,64 pontos, tendo, assim como no dia anterior, permanecido em faixa de variação estreita, entre mínima de 101.623,31 e máxima de 102.708,36 pontos, com abertura a 102.292,87. O giro financeiro totalizou R$ 23,3 bilhões, assim como o anterior entre os mais fracos do mês, e agora o Ibovespa acumula perda de 0,77% em agosto e de 11,70% em 2020 - na semana, avança 0,59%.   Em Nova York o dia foi misto e de variações também contidas, com o Dow Jones em baixa de 0,21% no fechamento, refletindo a proximidade da retirada da Exxon Mobil do índice, na segunda-feira, enquanto S&P 500 apontava alta de 0,36% e o Nasdaq, de 0,76%, ambos em novas máximas históricas de encerramento, em dia de fraca leitura sobre a confiança do consumidor americano, do Conference Board.   "Os últimos dois dias foram até favoráveis no exterior, mas a expectativa pelo pacote do Guedes está contribuindo para segurar o Ibovespa, com os receios sobre a situação fiscal. Hoje, tivemos padrão semelhante ao de ontem: no começo da sessão, o Ibovespa buscou testar a região de 102,5 mil pontos, ontem nos primeiros 15 minutos, hoje na meia hora inicial", observa Rodrigo Barreto, analista gráfico da Necton. "Se passar para cima, vai ter feito pivô em gráfico intradiário de 60 minutos", o que tenderia a abrir caminho para que o Ibovespa busque os 103 mil pontos e, depois, resistência aos 104,4 mil pontos, acrescenta o analista. No lado oposto, ele observa suporte a 100,3 mil que, uma vez perdido, levaria o índice de volta à faixa de 99 mil pontos.   O Ibovespa tem se mantido ao longo da maior parte do mês em faixa curta, sem fôlego para se desvencilhar da estreita margem de 101 a 102 mil pontos que tem prevalecido nos fechamentos desde o último dia 11, quando o impasse nas negociações sobre novos estímulos nos EUA e as preocupações em torno da situação fiscal no Brasil se sobressaíam como fatores de cautela, interrompendo a progressão do índice.   O fraco desempenho das ações de bancos em 2020 continua a limitar ganhos adicionais do índice, apontam analistas: no ano, as perdas acumuladas nas ações das grandes instituições do setor, o de maior peso no índice, estão agora entre 32,41% (Itaú) e 38,16% (Santander). "Mesmo com descontos nos preços, as ações de bancos estão muito atrasadas no ano, mas quando houver recuperação, tende a ser rápida", observa Barreto, chamando atenção para a força do segmento na economia brasileira.   Nesta terça-feira, Itaú Unibanco PN fechou em baixa de 0,74% e a Unit do Santander, de 0,72%. Na ponta negativa do Ibovespa, destaque para Braskem (-3,51%), seguida por Cielo (-3,38%) e JBS (-3,02%). No lado oposto, Lojas Renner subiu 4,29%, Rumo, 3,48%, e Hering, 3,17%. Entre as commodities, destaque para queda de 2,13% em Vale ON, em dia no qual o preço do minério em Qingdao (China) caiu 1,79%, em meio à recuperação gradual da oferta. Petrobras teve quedas menores na sessão, de 0,44% na PN e de 0,47% na ON.   O mercado tomou nota do adiamento do anúncio do programa Renda Brasil, o que foi visto de forma até positiva, na medida em que parece indicar que a equipe econômica permanece comprometida em entregar um valor mensal minimamente sustentável para as contas públicas. A proposta teria sido de R$ 247 por mês para cada beneficiário, mas o presidente Jair Bolsonaro teria considerado o valor baixo, defendendo que fique em torno de R$ 300.   "Está todo mundo de olho no Renda Brasil e, a depender do valor que terá, o efeito sobre as contas públicas, sobre o Orçamento de 2021. O Guedes está nesta situação complicada, de prover recursos a partir de remanejamentos, porque não há espaço para mais impostos, o Congresso não aceitaria, nem a sociedade", diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. "Com a arrecadação comprometida pela pandemia, o Tesouro tem dificuldades de caixa, e precisa se preparar para as rolagens do ano que vem. A rota de Guedes e Bolsonaro tem sentidos opostos, um pensando no fiscal e o outro nos votos que conseguirá, especialmente no Norte e Nordeste, com um auxílio superior ao Bolsa Família", acrescenta. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     17:20   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 102117.64 -0.17626 Máxima 102708.36 +0.40 Mínima 101623.31 -0.66 Volume (R$ Bilhões) 2.34B Volume (US$ Bilhões) 4.18B         17:37   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 102325 -0.11226 Máxima 103090 +0.63 Mínima 101740 -0.68       cgi     Volta   MERCADOS INTERNACIONAIS A trégua nas tensões entre Estados Unidos e China se confirmou na declaração do assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, de que o acordo comercial entre as duas maiores economias do planeta está "vivo e bem". Com a temperatura mais baixa, um dia após reunião de autoridades dos dois países, investidores abandonaram ativos de segurança, como Treasuries, dólar e ouro, e foram em busca da renda variável. Nas bolsas de Nova York, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram recorde de fechamento pelo terceiro pregão consecutivo, mas deixaram o Dow Jones para trás, que caiu após anúncio de mudanças na composição do índice. No petróleo, o apetite por risco se juntou à queda na produção americana, com a temporada de furacões na costa do Golfo do México, e impulsionou o barril do WTI de volta aos níveis de março.   Em entrevista a repórteres, Navarro referendou o otimismo quanto às relações sino-americanas, que já vinha sendo verificado nos mercados globais desde ontem à noite, quando os dois lados apontaram avanços nas discussões, após reunião. "Eles têm comprado o milho, a soja, a carne de porco e a de boi que disseram que iriam comprar", comentou Navarro, sobre o assunto.   Apesar da pausa na escalada das divergências, o Rabobank acredita que a questão deve voltar a piorar antes das eleições. Segundo a instituição, a oposição a Pequim é um ponto popular entre eleitores, com crescente consenso bipartidário de que o país, de fato, exerce influência negativa no mundo. "Tanto republicanos quanto os democratas veem os benefícios de uma postura mais dura em relação à China", explica.   Em meio a esse quadro, as bolsas de Nova York terminaram o pregão sem direção única. O S&P 500 avançou 0,36%, a 3.443,65 pontos, enquanto o Nasdaq se elevou 0,76%, a 11.466,47 pontos - ambos na maior pontuação da história. O Dow Jones, por outro lado, cedeu 0,21%, a 28.248,51 pontos. Os papeis de Exxon Mobil (-3,13%), Pfizer (-1,13%) e Raytheon Technologies (-1,49%) contribuíram para o desempenho negativo do índice, um dia após anúncio de que essas empresas serão removidas da lista de referência. Elas serão substituídas por Salesforce.com (+3,62%), Amgen (+5,37%) e Honeywell International (+3,24%).   O cenário desestimulou investimentos em renda fixa e, consequentemente, elevou os juros dos Treasuries: no fim da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos tinha alta a 0,157%, o da T-note de 10 anos, a 0,683%, e o do T-bond de 30 anos, a 1,393%. Na análise do Julius Baer, os bônus americanos devem continuar em movimento de "consolidação" em curto prazo. "O atual período de consolidação pode continuar e os investidores devem buscar o risco de crédito moderado", avalia.   No mercado cambial, o índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, perdia 0,28%, a 93,037 pontos, próximo do fechamento das bolsas nova-iorquinas. O euro subia a US$ 1,1835. A moeda única foi ajudada por dados melhores que o esperado na Alemanha, incluindo revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, de contração de 10,1% para queda de 9,7%. "O euro se recuperou dos níveis mais baixo em uma semana após os dados alemães amenizarem as preocupações com a retomada econômica", destaca o Western Union. Para o Morgan Stanley, é provável que o euro continue se valorizando, devendo romper a barreira de US$ 1,20 (veja reportagem publicada às 12h51).   Em relação ao dólar, o Western Union explica que o foco principal desta semana estará voltado às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, na quinta-feira. Há pouco, a presidente da distrital de São Francisco da autoridade monetária, Mary Daly, comentou que o coronavírus tem aumentado as divisões nos EUA.   Há no radar, ainda, uma dose de desconforto em relação ao coronavírus, sobretudo por conta dos relatos de reinfecções em vários países. De acordo com a rede de TV holandesa NOS, dois pacientes, um na Bélgica e outro na Holanda, foram diagnosticados com a covid-19 pela segunda vez. Diretor-assistente da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa afirmou que a entidade ainda precisa "entender melhor" esses registros.   Entre as commodities, o ouro continuou pressionado pela cautela menor e, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), a onça-troy do contrato com entrega prevista para dezembro encerrou em baixa de 0,83%, a US$ 1.923,10. O petróleo, por sua vez, exibiu ganhos de quase 2%, sobretudo com o corte de 84% da produção offshore no Golfo do México. A redução ocorre por causa da passagem do furacão Laura. Com isso, o barril do WTI para outubro avançou 1,71%, a US$ 43,35, no maior valor desde março. Já o Brent para o mesmo mês ganhou 1,62%, a US$ 43,35. (André Marinho - [email protected])   Volta          
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