ATIVOS DOMÉSTICOS ESPELHAM CAUTELA COM DÓLAR A R$5,60, MESMO COM VETO E NY EM ALTA

Blog, Cenário
A vitória do governo, ao conseguir que a Câmara mantivesse o veto presidencial ao reajuste dos servidores até o fim de 2021, o Caged "extraordinário" de julho, nas palavras do ministro da Economia, Paulo Guedes, e dados positivos dos EUA foram insuficientes para aplacar a cautela do investidor com os ativos brasileiros. Não por acaso, o dólar subiu acima de R$5,60, exigindo nova intervenção do Banco Central, o Ibovespa ficou de lado, muito distante dos pares em Wall Street, e os juros futuros não se distanciaram dos ajustes, embora fechando com viés de baixa. Até porque, para manter o veto, o governo teve que pagar um pedágio: prorrogação do auxílio emergencial e liberação de recursos do Orçamento ainda este ano. Além disso, a batalha mostrou que a base de sustentação não é tão confortável assim para que a agenda de reformas necessária avance rapidamente. Em um dia de moedas emergentes já enfraquecidas e também do tombo de divisas europeias, o real foi junto, a ponto de a autoridade monetária ter que fazer nova venda de divisa - a terceira em dois dias. Ainda assim, insuficiente para impedir a alta de 0,98% do dólar no mercado à vista de balcão, a R$ 5,6066, com avanço de 3,31% na semana e de quase 40% no ano. O Ibovespa, no pior momento do dia, voltou a rondar a casa dos 100 mil pontos e só não cedeu mais devido ao fôlego vindo de Nova York. Por lá, contrariando toda a cautela global, com dados ruins na Europa e o fracasso das negociações entre União Europeia e Reino Unido por um acordo comercial pós-Brexit, os principais índices firmaram-se em alta à tarde, com S&P 500 e Nasdaq em novos recordes históricos. Tal movimento derivou de indicadores positivos da economia americana, revertendo a percepção de que a retomada europeia seria mais rápida, e também do avanço dos papéis de tecnologia. Assim, a Bolsa brasileira até zerou as perdas na reta final, com os papéis de Eletrobras, castigados durante a semana, como destaque de ganhos. No fim, o Ibovespa subiu 0,05%, aos 101.521,29 pontos, com leve ganho semanal de 0,17%. Na renda fixa, as taxas dos DIs oscilaram entre o alívio com a manutenção do veto ao reajuste de servidores, a cautela com o fiscal e a pressão do câmbio. O resultado foram taxas coladas ao ajuste, sem que a criação de vagas mostrada pelo Caged, acima do teto das projeções, fosse capaz de influenciar no rumo dos negócios.  
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  CÂMBIO A pressão externa em um ambiente já estressado por causa das preocupações com o descontrole fiscal que permanecem no radar manteve o dólar em trajetória ascendente frente ao real durante toda a sexta-feira e levou a divisa americana a acumular alta de 3,31% na semana, 7,47% em agosto ao encerrar o dia avançando 0,98%, a R$ 5,6066 - o maior nível desde o dia 20 de maio passado (R$ 5,6890).   Bruno Musa, sócio da Acqua Investimentos, ressalta que, mesmo que a Câmara dos Deputados tenha mantido o veto do presidente Jair Bolsonaro segurando o reajuste do salário do funcionalismo na noite de quinta-feira, o entendimento foi o de que a base do governo não está tão sólida assim para, inclusive, passar aprovações importantes da agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes.   "A percepção é de uma base mais fraca tanto no Senado quanto na Câmara, pois nessa última só se conseguiu segurar o veto após uma articulação com promessas de verba orçamentária ainda para este ano", diz, lembrando que permanece o risco político, uma vez que se enxerga uma fragilidade da base maior do que se espera.   Do exterior, veio a força da divisa americana sobre as moedas de economias desenvolvidas e boa parte de países emergentes, pares do real, após indicadores de atividade mostrarem que a dos Estados Unidos está superando a Europa, notou Edward Moya, analista de mercado financeiro da Oanda em Nova York. "Uma expansão mais forte do que o esperado na produção do setor privado dos EUA em agosto foi uma surpresa agradável para ativos de risco. O rendimento do Tesouro dos EUA em 10 anos reduziu as perdas para negociação quase estável na sessão em 0,649%. O dólar norte-americano estendeu os ganhos", avaliou.   O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de moedas fortes, operou em alta desde a manhã, refletindo justamente o cenário de desvalorização do euro e da libra esterlina. Às 17h05, o índice mostrava ganho de 0,46%, a 93.221 pontos, na contramão do comportamento visto na maior parte da semana.   Musa complementa que a discussão ainda existente entre democratas e republicanos sobre o valor do pacote trilionário nos Estados Unidos acende a uma luz também sobre as contas públicas americanas. "Lá, assim como aqui e guardadas as proporções, também há uma preocupação com o fiscal e isso permeia o movimento da moeda."   No entanto, para Moya, qualquer que seja o impulso que o dólar tenha, deve ter vida curta. "Os preços do ouro estão lutando contra o forte movimento do dólar de hoje, conforme os investidores começam a recuar antes do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio anual de Jackson Hole. A opção de venda do Fed será confirmada e detalhes sobre sua nova estratégia de inflação deverão ser revelados", afirmou em relatório.   No Brasil, pouco antes das 13 horas, com a cotação do dólar persistindo acima dos R$ 5,61, tendo chegado mais cedo a R$ 5,6329, na máxima do dia, o Banco Central entrou vendendo US$ 650,0 milhões em leilão à vista. A taxa de venda da moeda americana foi de R$ 5,5930. O BC informou que foram aceitas dez propostas.   No meio da tarde, já com o ritmo de alta do dólar mais comedido, foi vista como positiva a declaração do secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, de que a nova prorrogação por dois meses do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM) não exigirá acréscimos no orçamento original da medida. Para Musa, o mercado está atento aos valores gastos nos programas de benefícios dentro do contexto da pandemia, em especial o auxílio emergencial. "Se o valor sair dentro do que o Guedes estimou, o mercado entende bem." (Simone Cavalcanti - [email protected])     17:40   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.60660 0.9798 5.63290 5.55710 Dólar Comercial (BM&F) 5.5256 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5613.500 1.00765 5634.500 5555.500 DOLAR COMERCIAL 5620.000 0.97925 5620.000 5586.500     MERCADOS INTERNACIONAIS Aposta majoritária do mercado internacional nas últimas semanas, a tese de que a recuperação econômica na Europa seria mais veloz do que nos Estados Unidos passou por uma reviravolta nesta sexta-feira. Isso porque enquanto os americanos surpreenderam em termos de indicadores econômicos, a zona do euro informou dados vacilantes. Pesou, ainda, confirmação do impasse das negociações entre União Europeia e Reino Unido sobre o futuro da relação pós-Brexit. Como resultado, as bolsas de Nova York mais uma vez se descolaram da cautela vista no exterior e encerraram o dia em alta, com ajuda das techs. O S&P 500 e o Nasdaq renovaram recorde de fechamento. Já as praças europeias amargaram perdas, tal como o petróleo. No câmbio, o mergulho das divisas europeias impulsionou o Dollar Index (DXY).   Wall Street conseguiu deixar o vermelho e renovar recordes após alta surpreendentes dos índices de gerentes de compras (PMIs)industrial e de serviços nos EUA. De acordo com a consultoria IHS Markit, o indicador composto, que engloba os dois setores citados, subiu de 50,3 em julho para 57,7 em agosto, maior nível em 18 meses. Além disso, foram registradas 5,86 milhões de vendas de moradias usadas. "Os Estados Unidos estão superando a Europa. Dados muito fortes impulsionaram o S&P 500 hoje", comenta Edward Moya, analista de mercado financeiro da OANDA em Nova York.   Por lá, o índice Dow Jones fechou o pregão em alta de 0,69%, acompanhado pelo S&P 500 (+0,35%) e pelo Nasdaq (+0,42%), esses dois últimos em pontuação recorde. Destaque especial para o salto da Apple (+5,15%), que vem se beneficiando do rali das techs nos últimos tempos.   Se nos EUA as surpresas foram positivas, na Europa, investidores já operam com um pé atrás com a recuperação econômica. A suspeita de que a reabertura não tem o vigor antes precificado foi ampliada após dados fracos, como o PMI composto da zona do euro, que caiu de 54,9 em julho para 51,6 em agosto. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, fechou em baixa de 0,19%, e o DAX, de Frankfurt, de 0,51%.   A notícia de que continuam em um impasse as negociações de um acordo comercial entre União Europeia e Reino Unido para vigorar a partir de 2021 também pressionou o apetite por risco. Como relata a correspondente do Broadcast em Londres, Célia Froufe, tudo indica que autoridades dois lados "jogaram a toalha". "Há claramente um impasse e nenhum dos lados do Canal da Mancha dá sinais de que vá ceder na reta final das discussões, que já têm mais de quatro anos, desde que os britânicos votaram pela retirada, em junho de 2016".   Perto do horário do fechamento das bolsas de Nova York, o euro caía a US$ 1,1793 e a libra esterlina, a US$ 1,3093, levando o Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, a fechar o dia em alta de 0,49%, a 93,247 pontos. O dólar ainda subia a 105,87 ienes, na mesma marcação. Para Chris Turner, do ING, o euro vai dando seus primeiros sinais de "fadiga", após a escalada recente. "A liquidação de euro ganhou algum impulso nesta sexta-feira, com PMIs decepcionando amplamente", afirma, em relatório enviado a clientes. "Com o ressurgimento dos casos de covid-19 em muitas partes do mundo, o temor agora é de que as expectativas de recuperação em 'V' sofrerão um golpe em setembro", completa.   Correção negativa também foi vista no mercado de petróleo, com o contrato do WTI para outubro fechando em queda de 1,12%, a US$ 42,34 o barril, e o do Brent para o mesmo mês em baixa de 1,22%, a US$ 44,35 o barril.   Entre os juros dos Treasuries não houve direção única, com investidores já à espera do evento mais esperado de política monetária do ano, o simpósio de Jackson Hole - dessa vez, realizada de forma virtual - na semana que vem. A grande expectativa se dá em torno do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na quinta-feira. "Esperamos declarações sobre as metas de longo prazo", dizem analistas do TD Securities. No horário do fechamento do mercado em Wall Street, o juro da T-note de dois anos subia a 0,165%, mas o da T-note de dez anos caía a 0,638%. (Eduardo Gayer - [email protected])     BOLSA O Ibovespa encerrou a sessão e a semana bem perto da estabilidade, refletindo a cautela que se impôs aos investidores em agosto, interrompendo até aqui quatro meses de recuperação vigorosa desde as mínimas de março, o ponto alto do "ajuste Covid". Nesta sexta-feira, os dados de atividade mais fracos na Europa, no momento em que o número de casos de Covid-19 volta a crescer no continente, contribuíram para que o Ibovespa seguisse em baixa moderada a maior parte do dia, indiferente aos leves ganhos em Nova York e à leitura acima do topo das expectativas para o Caged em julho, celebrada pelo ministro Paulo Guedes como notícia "extraordinária" que mantém a economia no caminho de retomada em V.   Ao fim, o índice da B3 ficou praticamente no zero a zero, aos 101.521,29 pontos, em leve alta de 0,05% no fechamento desta sexta-feira, avançando 0,17% na semana e cedendo 1,35% no mês, com ajuste negativo a 12,21% no ano. O giro financeiro da sessão totalizou R$ 24,2 bilhões. Ao neutralizar as perdas observadas quase até o fim da sessão, o Ibovespa impediu a terceira semana de ajuste negativo, com variações contidas no intervalo, vindo de baixa de 1,38% na semana passada e de 0,13% na anterior.   Desde o encerramento de julho, o índice tem se mantido em faixa relativamente estreita, sem fôlego para testar o pico intradia recente, de 29 de julho (então a 105,7 mil), mas também pouco inclinado a uma realização mais forte, tendo chegado a 98.513,34 pontos na mínima de 17 de agosto, mas recuperando sem hesitação os 100 mil pontos nas vezes em que o nível foi testado. "A impressão é de que no curto prazo não teremos grandes variações. O que devemos ver nas próximas semanas são altas até os 103 mil pontos e quedas até os suportes de 99 mil e 98 mil pontos. Esse movimento deve se manter até que algo aconteça, algum gancho para que o Ibovespa retome direção, de queda ou alta", diz Fernando Góes, analista gráfico da Clear.   Apesar de a Câmara dos Deputados, conforme esperado, ter retomado ontem o veto presidencial a aumentos salariais para o funcionalismo até o fim de 2021 - o que traz algum alívio à percepção de risco -, a situação fiscal permanece como principal incógnita para a precificação dos ativos, na medida em que é parte do problema e também da solução, no que diz respeito ao ritmo de retomada do nível de atividade, observa o economista Renato Chain, da Parallaxis Economia.   "Ainda que se tenha alguma melhora em indicadores de confiança do empresariado, temos uma capacidade ociosa ainda alta, assim como o desemprego, e uma recuperação acumulada nas carteiras que veio muito na frente (da retomada da economia), com um componente especulativo forte desde as mínimas de março. Em algum momento, tem que ajustar", diz Chain. Ele observa que a situação fiscal resultou em inclinação da ponta longa da curva de juros, e a partir deste movimento "inflacionam-se ou desinflacionam-se os outros ativos".   Para dar sustentação à retomada do nível de atividade, o governo está diante de um "trade off" de sintonia complexa, observa Chain: se retirar os estímulos ao consumo que põem em risco o equilíbrio fiscal, joga no chão a incipiente retomada em meio à pandemia; se perpetuá-los em níveis insustentáveis para as contas públicas, a resposta tem sido a observada nos preços dos ativos - inclinação dos juros, depreciação do real e desorientação para o Ibovespa.   Neste contexto desafiador, o mercado fez um forte ajuste no otimismo com o segmento de ações no curtíssimo prazo, reduzindo as expectativas de alta e ampliando as de queda, de acordo com o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. A percepção de que a próxima semana será de ganhos para o Ibovespa ainda é majoritária, com 53,33% do total de 15 respostas, mas mais de 10 pontos porcentuais menor do que na pesquisa anterior, quando 64,29% acreditavam em avanço do índice na presente semana. Em contrapartida, a fatia dos que esperam queda subiu de 21,43% para 33,33%, enquanto a previsão de estabilidade caiu de 14,29% para 13,33% dos participantes.   Nesta sexta, as ações de Vale (-1,19%) e siderurgia, com perdas até cerca de 3%, passaram por uma realização, mas ainda retendo desempenho positivo na semana (Vale ON +1,39%, Usiminas PNA +9,00% e Gerdau PN +9,39%) , enquanto que as de Petrobras (PN e ON) foram para o negativo na semana (-0,49% e -0,73%) com o desempenho desta sessão, ao fecharem, respectivamente, em baixa de 0,75% e 0,77%, em dia ruim para os preços da commodity. Na ponta do Ibovespa, IRB subiu hoje 12,31%, seguida por Hering (+9,99%) e Qualicorp (+7,81%). No lado oposto, Gerdau PN (-2,91%), Gerdau Metalúrgica (-2,59%) e Carrefour (-2,37%). As ações de bancos tiveram desempenho misto (Itaú PN -0,17% e BB ON + 0,92%). (Luís Eduardo Leal - [email protected])     17:21   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 101521.29 0.05265 Máxima 101565.80 +0.10 Mínima 100412.45 -1.04 Volume (R$ Bilhões) 2.41B Volume (US$ Bilhões) 4.31B         17:40   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 101545 0.1924 Máxima 101810 +0.45 Mínima 100500 -0.84       JUROS Os juros futuros se moveram lateralmente durante a tarde para fechar com taxas em leve baixa. A reação positiva à manutenção do veto ao reajuste salarial de servidores nesta quinta-feira pelos deputados manteve a curva de juros descolada do pessimismo dos demais ativos, ainda que ontem mesmo o mercado já tivesse precificado em boa medida o resultado favorável. O destaque da agenda foi o saldo super positivo de geração de emprego, acima do esperado, no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em julho, mas que acabou não trazendo impactos na curva. Entre idas e vindas nos últimos dias, marcados por surpresas no cenário político, as taxas terminaram a semana também nos mesmos níveis da sexta-feira anterior.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 2,80% (2,793% ontem no ajuste) e a do DI para janeiro de 2023 passou de 3,994% para 3,96%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 5,76%, ante 5,804% ontem no ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2027 terminou em 6,79%, de 6,823%.   "O DI continuou absorvendo a notícia do veto, embora já estivesse meio claro ontem à tarde que seria mantido. A questão fiscal é primordial para o mercado de juros, enquanto os outros segmentos sofrem mais com a influência dos eventos externos", disse o estrategista-chefe da CA Indosuez Vladimir Caramaschi, para explicar por que a alta do dólar para R$ 5,60 não contaminou o DI.   Na sua avaliação, o mercado repercutiu positivamente não somente a manutenção do veto em si, mas toda a estratégia dos líderes, a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para inverter o jogo, depois que o Senado derrubou o veto. "O placar foi convincente (316 votos a favor), os discursos, enfáticos, e a reação da Câmara foi rápida, reforçando a ideia de que não haveria complacência com a reação negativa do mercado e da sociedade", afirmou Caramaschi.   Desse modo, após as fortes emoções de quarta e de quinta patrocinadas pelo Congresso, o dia hoje teve um ar de rescaldo para o mercado de juros, na medida em que também não houve nada novo no noticiário de Brasília. O governo aproveitou o clima favorável e para antecipar a divulgação do Caged, prevista apenas para o dia 27, e capitalizar o saldo líquido de criação de 131.010 vagas no mês passado. O número veio muito acima do teto das estimativas dos analistas, de 91.389 postos.   O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou. "É notícia extraordinária e mostra que retomamos ritmo de criação de empregos. O resultado do Caged confirma a nossa hipótese de trabalho de que Brasil iria cair menos do que era previsto pelo mercado. As revisões das projeções estão confirmando que PIB brasileiro deve cair cerca de 4% neste ano", afirmou.   Na curva, porém, a reação foi neutra, na medida em que os investidores sabem que a melhora nos dados de atividade e emprego está sendo retomada de forma artificial pelas medidas temporárias adotadas contra a crise causada pela pandemia. A precificação continua indicando 100% de chance de Selic estável, com todas as taxas acima do CDI de 1,90%.   Além do mais, as atenções do investidor estão todas sobre o quadro fiscal. O sócio e economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, afirma, em relatório, que, apesar da vitória do governo ontem, os riscos ainda estão presentes. "O governo precisa aprovar a redução do auxílio-emergencial, definir um orçamento de 2021 que sancione uma probabilidade elevada de cumprimento do teto os gastos e também a tentativa de unificar os 'gatilhos' para o controle das despesas obrigatórias", listou. (Denise Abarca - [email protected])     17:39   Operação   Último CDB Prefixado 31 dias (%a.a) 1.90 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90            
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