ATIVOS TÊM SEMANA NEGATIVA COM INCERTEZAS FISCAIS E EXTERNAS

Blog, Cenário
O dia foi de cautela, tanto aqui quanto no exterior, ainda que a Bolsa tenha conseguido sustentar pequena recuperação, puxada por resultados corporativos. Nos demais ativos domésticos, especialmente no câmbio, prevaleceu o clima de desconfiança em relação ao compromisso do governo com a política fiscal, depois que o presidente Jair Bolsonaro admitiu, na noite de ontem, que há discussões dentro do governo para furar o teto de gastos e destinar recursos para obras. Hoje, em sua conta no Facebook, o presidente voltou a dizer que seu governo está comprometido com a responsabilidade fiscal e, para variar, culpou a imprensa por noticiar a possibilidade de furo do teto. Mas os investidores se mostraram céticos em relação ao recuo do recuo de Bolsonaro, uma vez que na quarta-feira ele já havia dito que o governo respeitaria o teto, passou outra ideia na sua Live e voltou ao discurso anterior hoje. Não por acaso, o real foi a moeda com o pior comportamento nesta sexta-feira e carrega esse título também no acumulado do ano. Hoje, o dólar à vista no balcão subiu 1,10%, a R$ 5,4268, elevando o avanço em 2020 para 35,27%. Os juros futuros terminaram de lado, com um pequeno viés de alta em uma semana de forte acúmulo de prêmios, justamente devido às tensões na área fiscal. Os investidores temem pela saída de Paulo Guedes, em meio à debandada da equipe econômica, e pela manutenção da agenda liberal. Dividida entre este quadro de cautela e resultados corporativos positivos, sobretudo de grandes exportadores como Suzano e JBS, o Ibovespa interrompeu uma sequência de três perdas e terminou a sexta-feira com avanço de 0,89%, aos 101.353,45 pontos. Na semana, contudo, o placar foi negativo: baixa de 1,38%. Um outro limitador para o apetite por risco na bolsa veio dos Estados Unidos. Por lá, os principais índices terminaram de lado, com os agentes de olho nas negociações por mais estímulos entre democratas e republicanos, que seguiram travadas. Além disso, em meio aos temores com o aumento de casos de covid, agora também na Europa, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, suscitou ainda mais cautela ao afirmar que os EUA precisariam de uma nova quarentena para controlar o vírus.  
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  CÂMBIO Em uma semana de muito ruído, com um vaivém de declarações ambíguas de integrantes do governo a respeito do controle das contas públicas, o dólar manteve-se na marca superior dos R$ 5,40, na média, evidenciando a postura defensiva dos investidores. A divisa americana encerrou a sexta-feira em alta de 1,10%, a R$ 5,4268, no mercado à vista. No acumulado semanal houve ganho de 0,23%, levando a alta para 4,02% neste oitavo mês do ano. Mais uma vez, o desempenho do real foi desparelhado das moedas de seus pares emergentes, que mostraram fortalecimento ante o dólar.   "O mercado não quer mais ter mais palavras, quer ver alguma coisa de compromisso com o fiscal. E isso significa ver aprovações ou, de fato, o fim de qualquer especulação sobre os cuidados com as contas públicas. Precisa de menos palavras e mais ações", ressalta José Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos.   Ele lembra que as moedas de emergentes exportadores de commodities, na média, estão reagindo em relação ao desempenho visto até junho. "Enquanto isso, o real está com péssima performance de um país com rating ruim, taxa baixa de juros e todo esse ruído sobre o fiscal. Não era o padrão do Brasil ficar descolado das moedas pares."   O diretor da Wagner Investimentos avalia que as declarações do presidente Jair Bolsonaro ontem à noite em transmissão feita pelas redes sociais sobre não ver problemas em debater se fura ou não o teto de gastos foram endereçadas ao seu eleitorado. Mas, afirma, na dúvida, o mercado colocou no preço. "Até que a votação do Orçamento seja encaminhada, o dólar pode ficar um pouco complicado. Algo como no nível dos R$ 5,45. Mas, se por ventura, houve um mal-estar externo e seguirmos nessas especulações ainda, não descarto romper isso".   Marcos De Callis, estrategista da Hieron Patrimônio Familiar e Investimento, diz que o mercado está passando por um período de insegurança uma vez que há muitos balões de ensaio saindo, entre eles, uma eventual saída do ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas, na sua avaliação, há fortes indicativos de que é baixíssima probabilidade de isso acontecer. "Não faz sentido o Guedes pedir para sair enquanto o governo mostrar que está comungando com o cumprimento das metas. Guedes está muito mais flexível com sua postura liberal, mais sensível às demandas do presidente. Passou a entender que, de fato, para praticar política econômica há restrição política. Não estou trabalhando com esse cenário, talvez Bolsonaro possa ficar mais ambíguo com Guedes. Se Bolsonaro partir para renovar o decreto de calamidade pública, aí, sim, pode ter um problema, porque é licença para gastar sem trava."   Junior lembra ainda que os leilões de contratos de swap para a rolagem feitos pelo Banco Central voltam na segunda-feira e isso pode ajudar um pouco na menor volatilidade do mercado.   Tanto Junior quanto De Callis afirmam que está barato apostar contra o real porque, com a taxa básica de juros a 2%, é possível pagar menos que a inflação do período. "O dólar está com um comportamento curioso. Estava sendo usado como hedge e, de dias para cá, a correlação negativa com a Bolsa praticamente zerou. Pegou uma dinâmica própria e deve haver fluxos também nesse contexto, seja de portfólio, ajuste de posição de bancos e de exportadores", afirmou o estrategista.   Para De Callis, a única coisa hoje que está andando na mesma direção do dólar é o Credit Default Swap (CDS). Às 16h44, o CDS de cinco anos do Brasil, termômetro do risco-País, oscilava nos 227 pontos, acima dos 222 pontos no fechamento de ontem, de acordo com cotações da IHS Markit. (Simone Cavalcanti - [email protected])     17:33   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.42680 1.101 5.44180 5.36030 Dólar Comercial (BM&F) 5.4560 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5434.500 1.18228 5444.500 5361.500 DOLAR COMERCIAL 5440.500 1.31285 5440.500 5397.000     JUROS A sexta-feira foi de movimentos laterais nos juros futuros, que oscilaram com viés de baixa pela manhã e de alta à tarde, em comportamento distinto ao que se viu nos últimos dias, quando as taxas de médio e longo prazos subiram persistentemente em razão da piora da percepção de risco fiscal e político. Apesar da pausa no ganho de inclinação da curva hoje, as preocupações não se dissiparam. O mercado segue vendo riscos à manutenção de Paulo Guedes à frente da equipe econômica e desconfiado do real comprometimento do presidente Jair Bolsonaro com a pauta liberal e ajuste das contas públicas. A agenda do dia, com destaque para o IBC-Br de junho e o IGP-10 de agosto, não chegou a ter impacto nos preços nem alterar o quadro de apostas para a Selic. A curva mantém precificação de queda marginal para mais um corte da taxa básica.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 2,80%, de 2,813% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 passou de 4,004% para 4,01%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 5,81%, de 5,824% ontem, e a do DI para janeiro de 2027 passou de 6,853% para 6,83%.   Ainda que as taxas tenham terminado a sessão de lado, na semana o acúmulo de prêmios levou a curva a empinar, com expressiva abertura de diferencial nas principais operações de trava. Entre os DIs para janeiro de 2023 e janeiro de 2025, o spread fechou hoje em 180 pontos-base, de 164 pontos na sexta-feira passada, e entre janeiro de 2025 e janeiro de 2027 passou de 95 para 102 pontos.   Mesmo com o volume de prêmio elevado na curva, o investidor não se sente confortável para voltar a aplicar. Não há estímulo para ficar vendido em um ambiente de forte incerteza sobre o futuro das contas púbicas e com Guedes na berlinda. "O mercado, que por muito tempo desprezou o risco fiscal, está arredio em meio a esse ruído de que Guedes não sobreviverá no cargo, o que poderia precipitar a saída de Roberto Campos Neto e outros. Isso seria muito, muito ruim", disse o operador de renda fixa da Terra Investimentos Paulo Nepomuceno. Na sua avaliação, a curva ainda não explodiu até o momento porque ainda não há precificação de ruptura.   Para o economista e ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsmann, a possibilidade de saída do ministro precisa ser contemplada, mas ele disse não acreditar que isso vai acontecer no prazo curto. Já a economista e ex-diretora de desestatização do BNDES Elena Landau defendeu a troca. “Não vejo ambiente para voltar a discussão real e séria das reformas. O ministro Paulo Guedes perdeu credibilidade e deixou de ser âncora para virar pedra no sapato do governo", afirmou. Ambos participaram de um debate promovido pela rádio Jovem Pan.   Enquanto Guedes vem se enfraquecendo, Bolsonaro vê sua popularidade melhorar. Pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha mostrou que o presidente atingiu sua melhor avaliação desde que assumiu. De acordo com o levantamento, 37% dos brasileiros consideram a gestão de Bolsonaro ótima ou boa, ante os 32% registrados na pesquisa de junho. "Quem vê de fora acha que o governo vai bem, mas a verdade é que o coronavoucher é que conseguiu melhorar a popularidade", disse Nepomuceno. "Falar uma coisa e em menos de 24h falar ao contrário passa muita desconfiança. Olhando para o que Bolsonaro fala, faz sentido imaginar que Guedes não fica", completou. Depois de admitir ontem que a ideia de furar o teto de gastos existe, o presidente recuou e voltou, nesta manhã, ao discurso de que a responsabilidade fiscal é o "norte" do governo, em suas redes sociais.   Na agenda, o IBC-Br de junho subiu 4,89% ante maio, pouco abaixo da mediana das estimativas, que era de 5,10%. No segundo trimestre, o dado mostrou queda de 10,94%, em linha com a mediana estimada (-10,90%). Já o IGP-10 acelerou em agosto para taxa de 2,53% acima do teto das estimativas, de 2,28%. Nenhum deles, no entanto, foi capaz de alterar o quadro de apostas para a Selic, com a curva mantendo a chance de queda da taxa em 10% para setembro. (Denise Abarca - [email protected])     17:32   Operação   Último CDB Prefixado 31 dias (%a.a) 1.90 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90     BOLSA O Ibovespa ensaiou recuperação nesta última sessão da semana, mas na etapa final mostrou menos fôlego para distanciar-se muito dos 100 mil pontos, chegando na mínima a 100.444,74 pontos, saindo de máxima a 101.717,34 pontos, com abertura a 100.469,44. Nesta sexta-feira, o índice da B3 fechou em alta de 0,89%, a 101.353,45 pontos, acumulando perda de 1,51% em agosto, mês desenhado nesta primeira quinzena de forma distinta dos anteriores, quando colheu ganhos acima de 8%, cada, entre maio e julho, e de 10,25% em abril. Na semana, acumulou perda de 1,38%, vindo de leve ajuste de -0,13% e de +0,52% nos períodos precedentes. O giro de hoje totalizou R$ 28,7 bilhões. No ano, as perdas vão agora a 12,36%.   Os sinais de desmonte do figurino liberal do governo estão levando o mercado a colocar as barbas de molho, em meio à percepção de que se tenta conciliar, no setor público, discussão sobre crédito extraordinário para obras e reiteração de compromisso com o teto de gastos. "Com os dados que tivemos, como os de varejo, e os balanços, era para ser uma semana positiva, e não o foi por conta das preocupações fiscais, que devem persistir", diz Rodrigo Franchini, sócio e head de produtos na Monte Bravo Investimentos.   Para Franchini, com o nível de aprovação de Bolsonaro em seu ponto mais alto, conforme pesquisa divulgada hoje pelo Datafolha, o gosto pelo populismo distributivo tende a ser alimentado, em momento no qual o próprio presidente admite que a questão do teto de gastos foi colocada em "debate". "A semana foi muito ruim para o Guedes, e isso favorece rumores sobre quanto tempo aguentará", observa Franchini, acrescentando que a Bolsa mostrou até aqui mais resiliência do que juros e dólar aos "fantasmas" que voltam a pairar sobre a condição fiscal.   "Além de balanços melhores do que se antecipava, o que tem segurado a Bolsa é a Selic bem baixa e as condições de liquidez, muito amplas também no exterior. Mas o investidor em ações começa a fazer preço curto, com a percepção de que se não houver cuidado (do governo), estaremos de volta aos problemas do passado recente", conclui Franchini. "A questão do momento deveria ser a indução de retomada econômica, com base no emprego e não no assistencialismo - e por isso se fala em ruptura do teto e mais impostos, a receita do caos."   Ainda assim, com o suporte proporcionado por nova fornada de balanços trimestrais, o Ibovespa conseguiu interromper hoje série negativa de três sessões, apesar do dia negativo em Nova York, com o cenário externo ainda travado pela falta de avanço nas discussões entre democratas e republicanos sobre novos estímulos nos EUA, perspectiva que vai se tornando mais problemática com a aproximação da eleição presidencial de novembro.   Aqui, no fim de julho "a Bolsa achou essa resistência dos 105 mil pontos, cada vez mais forte, e ainda não conseguiu uma definição (sobre direção)", diz Fernando Góes, analista gráfico da Clear Corretora. "Existe probabilidade razoável de cair um pouco, até por volta de 98 mil, 97 mil pontos, que acredito ser um bom ponto de compra", acrescenta. Embora se dê atenção à marca redonda dos 100 mil pontos, analistas consideram o espaço entre 97,5 mil e 98 mil como linha de suporte mais sólida. Desde o dia 15 de julho, o Ibovespa tem se mantido sem interrupções na casa de seis dígitos, mas, após dois fechamentos consecutivos aos 105 mil, em 29 e 30 passados, com realização de 2% em 31 de julho, perdeu vigor na virada para agosto, quando se pensava que poderia buscar os 110 mil.   Nesta sexta-feira, a reação positiva aos respectivos balanços trimestrais colocou Hering (+10,27%), Natura (+8,18%) e Suzano (+5,92%) na ponta do Ibovespa, com o desempenho moderadamente positivo das ações de grandes bancos (Itaú +0,94%), de Vale ON (+1,66%) e alguma recuperação em utilities (Eletrobras ON +2,10%) contribuindo para que o Ibovespa se firmasse em terreno positivo nesta última sessão da quinzena. Na ponta negativa do Ibovespa, B2W fechou em baixa de 6,89%, seguida por BTG Pactual (-3,35%) e Lojas Americanas (-3,00%). Entre as blue chips, Petrobras PN caiu 0,74% e a ON, 0,39%.   Apesar do cenário nebuloso, o mercado financeiro segue confiante no bom desempenho das ações brasileiras no curtíssimo prazo, embora as expectativas de alta e de baixa para a Bolsa tenham tido, respectivamente, leve piora e leve avanço. É o que mostra o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira, que contou com a participação de 14 profissionais. Para 64,29%, o Ibovespa deve acumular ganhos na próxima semana; para 21,48%, perdas; e para 14,29% o índice deve fechar o período de 17 a 21 de agosto com variação neutra. Na edição anterior, a perspectiva para a presente semana era de alta para 68,75% e de queda para 18,75%. Para 12,50%, a Bolsa fecharia a semana estável. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     17:21   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 101353.45 0.88876 Máxima 101717.34 +1.25 Mínima 100444.74 -0.02 Volume (R$ Bilhões) 2.86B Volume (US$ Bilhões) 5.32B         17:33   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 101465 1.05572 Máxima 102000 +1.59 Mínima 99770 -0.63         MERCADOS INTERNACIONAIS O quadro de relativa cautela prosseguiu à tarde nos mercados internacionais, com as bolsas de Nova York fechando na maioria em baixa, sem muito fôlego. Em Washington, o impasse entre republicanos e democratas dificultava um acordo para a aprovação de mais estímulos fiscais no país. O presidente americano, Donald Trump, disse que poderia liberar verba para o serviço postal, uma demanda dos oposicionistas, mas com a condição de que eles cedessem em um pacote como o desejado pelo líder, que acusa os democratas de quererem gastar demais. Desse modo, continuou a haver demanda por Treasuries, que tiveram queda nos juros, e o petróleo recuou - neste caso também com dúvidas sobre a recuperação na demanda. No câmbio, o dólar caiu ante outras moedas principais, ainda com a percepção de que a recuperação americana é mais acidentada que a europeia na luta contra a covid-19. Presidente do Federal Reserve (Fed) de Minneapolis, Neel Kashkari afirmou que os EUA precisariam de uma nova quarentena para controlar o vírus, o qual se dissemina "quase sem controle" pelo país, na avaliação dele.   Trump continua a prometer uma retomada decidida da atividade após o choque da pandemia, tendo voltado a projetar nesta tarde um terceiro trimestre "muito bom" e um 2021 "inacreditável" na economia. Mas o impasse com os democratas para um novo pacote de estímulos dificulta essa retomada e refreia os ânimos. A Casa Branca acusa a oposição de querer gastar demais, enquanto os democratas veem o compromisso republicano como insuficiente, diante de um quadro ainda difícil. As tensões com a China seguiam no radar, mas sem grandes novidades. A imprensa americana informava a partir de fontes que uma videoconferência para revisar a fase 1 do acordo comercial entre as potências, prevista para este sábado, seria adiada, mas devido a questões de agenda, sem significar uma piora na relação.   O NatWest comenta em relatório que o surto nos casos da covid-19 nos EUA desde o fim de junho fez com que vários indicadores de alta frequência apontem para desaceleração da atividade. Como ponto positivo, nota que a crise de saúde não levou a um colapso econômico. Em linha similar, o Wells Fargo diz que a recuperação "continuou em julho, mas a um ritmo que desacelera". Com dúvidas sobre benefícios futuros aos desempregados e sem trajetória clara sobre mais estímulos, o banco diz que o apoio à economia pode perder mais força agora.   O presidente do Fed de Minneapolis argumentou nesta tarde, em entrevista à rede CNBC, que os EUA fizeram uma quarentena parcial, mas saíram dela cedo demais, considerando que agora o vírus se dissemina pelo país "quase sem controle". Neel Kashkari defendeu que, com nova quarentena, seria possível adotar menos estímulos, mas insistiu na necessidade de o Congresso continuar a aprovar medidas para sustentar o quadro, considerando ainda que "não há muito mais que o Fed possa fazer".   Em meio às declarações, continuou a haver demanda pela segurança dos Treasuries. No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 0,133% e o da T-note de 10 anos, a 0,710%.   No câmbio, a percepção de que o quadro da pandemia nos EUA ainda é mais grave do que na Europa continuou a pressionar o dólar ante outras moedas principais. No horário citado, o dólar caía a 106,58 ienes, o euro subia a US$ 1,1837 e a libra tinha alta a US$ 1,3088.   Na própria Europa, porém, também houve notícias negativas na frente de saúde, com o Reino Unido impondo mais restrições e o temor de que países da região acabem por enfrentar um novo surto da covid-19. Isso pressionou as praças locais, com Londres em baixa de 1,55% e Frankfurt, de 0,71%.   Em Nova York, o quadro foi de menos pessimismo, mas com viés de baixa para os índices quase todo o tempo - o Dow Jones ainda registrou ganhos modestos, melhorando na reta final, com a ação da Boeing em alta de 1,92%. O Dow Jones fechou em alta de 0,12%, em 27.931,02 pontos, o S&P 500 recuou 0,02%, a 3.372,85 pontos, e o Nasdaq recuou 0,21%, a 11.019,30 pontos.   Entre as commodities, o petróleo recuou com a cautela no mercado e também as dúvidas sobre a recuperação da demanda. O contrato do WTI para setembro fechou em baixa de 0,54%, a US$ 42,01 o barril, na Nymex, e o Brent para outubro caiu 0,36%, a US$ 44,80 o barril, na ICE. O Commerzbank comentava que, com as incertezas na demanda futura e o aumento recente na produção, parece mais difícil um equilíbrio no mercado. Nesta tarde, contudo, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu 4 na semana, a 172, na mínima desde julho de 2005. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected]) Volta          
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