NY SE FIRMA NO AZUL, DÓLAR CEDE A R$ 5,27, DIS VIRAM E BOLSA RETOMA OS 87 MIL PTS

Blog, Cenário
Com as bolsas em Nova York se firmando no território positivo à tarde, o apetite por risco se consolidou no Brasil e particularidades de cada ativo levaram o dólar a fechar abaixo de R$ 5,30, ajudando na queda dos juros futuros, ao passo que o Ibovespa retomou os 87 mil pontos. A moeda dos EUA engatou a sexta sessão consecutiva de baixa diante do real, ao cair 1,47%, a R$ 5,2790 - menor valor desde 17 de abril. A última alta foi na terça-feira da semana passada, quando fechou em R$ 5,7564. Desde então, a divisa cedeu 8,3%. Hoje, além do otimismo com as reaberturas da economia, fatores técnicos também pesaram no câmbio, com investidores desmontando posições contra o real no mercado futuro. Além disso, uma captação externa da Petrobras, de US$ 3,2 bilhões, deu contribuição baixista adicional, ajudando o real a ir na contramão hoje de outras moedas emergentes. No caso dos juros, o dia foi irregular. As taxas começaram em alta, mas mudarem de rumo na reta final da sessão regular e fecharam em baixa. Além do dólar permitir alívio, o pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, ao ministro do STF, Edson Fachin, para suspender o inquérito das fake news, no meio da tarde, foi bem recebido, na medida em que pode evitar novo desgaste político ao governo. E até mesmo o plano de retomada das atividades apresentado pelo governo de São Paulo foi visto com bons olhos. O Ibovespa, ao contrário de ontem, passou o dia mais forte do que Nova York e acelerou ainda mais no fim, quando os principais índices norte-americanos se firmaram no território positivo. Entre os papéis, destaque para as siderúrgicas brasileiras, todas com ganhos superiores a 10%, em meio a algum otimismo com a retomada na China, ainda mais após o país registrar menor deterioração do lucro industrial no mês de abril em comparação com março. Assim, o principal índice à vista da bolsa subiu 2,90%, aos 87.946,25 pontos, fechando na máxima do dia e passando a acumular alta de 9,24% no mês. Em Wall Street, depois de um pregão volátil em meio às tensões entre EUA e China, prevaleceu o bom humor com a reabertura das economias, o que explica a alta dos papéis de bancos e da Boeing. E até mesmo as ações de tecnologia e serviços de comunicação, que passaram o dia pressionadas por declarações do presidente Donald Trump, que ameaçou regular as redes sociais, diminuíram as perdas.  
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  MERCADOS INTERNACIONAIS Em um pregão volátil, as bolsas de Nova York ganharam força nos minutos finais de negociação e fecharam em alta, apesar de o Livro Bege do Federal Reserve ter apontado pessimismo de empresários com a recuperação da crise. Durante o dia, o mercado alternou entre o otimismo com os processos de reabertura econômica e a cautela com as tensões crescentes entre os Estados Unidos e a China. Ainda que tenha apagado as perdas da manhã, o índice acionário Nasdaq continuou pressionado por ações de redes sociais, que caíram após o presidente americano, Donald Trump, ameaçar o Twitter. No mercado cambial, prevaleceu a busca por segurança e o dólar subiu ante outras moedas fortes, embora o euro tenha mantido a força diante do pacote fiscal anunciado pela União Europeia. Os investidores buscaram em parte a segurança dos Treasuries e, com isso, os juros não tiveram sinal único. Os contratos futuros do petróleo, por sua vez, fecharam com perdas, influenciados por dúvidas sobre a demanda da commodity e pelo conflito sino-americano.   "O Livro Bege do Fed ilustra um cenário de deterioração, como esperado", comenta o analista Ian Lyngen, do BMO Capital Markets. O documento, divulgado nesta quarta-feira, mostrou empresários pessimistas com a recuperação econômica na maioria dos distritos americanos. O emprego nos EUA continuou a recuar, indicou também o Livro Bege, mas os empréstimos do Programa de Proteção à Folha de Pagamentos (PPP, na sigla em inglês) ajudaram a limitar o número de demissões. Lyngen, do BMO, destaca que a palavra "incerto" apareceu 21 vezes no relatório.   As bolsas de Nova York, no entanto, conseguiram reverter perdas do início da sessão e fecharam em alta, após um dia de volatilidade. O índice acionário Dow Jones subiu 2,21%, a 25.548,27 pontos, o S&P 500 avançou 1.48%, a 3.036,13 pontos, e o Nasdaq registrou alta de 0,77%, a 9.412,36 pontos. No entanto, as quedas nas ações de empresas de serviços de comunicação, principalmente redes sociais, impediram ganhos maiores no Nasdaq. Os papéis do Twitter cederam 2,76%, após Trump ameaçar regular ou fechar plataformas de mídia social. Ontem, o Twitter colocou uma nota de checagem de fatos em uma mensagem publicada pelo líder da Casa Branca sobre supostas fraudes eleitorais nos EUA. As ações do Facebook, por sua vez, caíram 1,32%. A Boeing, que chegou a operar em baixa de anunciar um corte em massa de empregos, acabou fechando em alta de 3,31%.   "O otimismo dos investidores com a reabertura [econômica] parece ser o principal fator por trás da precificação de variadas classes de ativos", avalia o BMO. As tensões entre Washington e Pequim, no entanto, continuam como pano de fundo. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, informou hoje ao Congresso dos EUA que Hong Kong não dispõe mais de autonomia em relação à China. Pompeo citou a decisão do país asiático de impor uma lei de segurança nacional no território.   Para a Capital Economics, Hong Kong pode ver uma acelerada erosão de seu status como centro de negócios global com a perda do tratamento especial sob a lei americana. Para a consultoria, o dano econômico pode ser administrável no curto prazo, mas o território ficaria sujeito a tarifas em suas exportações. Já a China, segundo a S&P, continuará a usar o yuan como instrumento para absorver choques no comércio. Ontem, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) estabeleceu o ponto de referência mais baixo desde 2008 para a paridade entre a moeda chinesa e o dólar.   Hoje, no mercado cambial, a busca por segurança levou o dólar a subir ante outras divisas fortes. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana em relação a seis rivais, avançou 0,16%, a 99,062 pontos. O euro, no entanto, manteve a força após a União Europeia anunciar um pacote fiscal de 750 bilhões de euros contra os impactos da covid-19. No final da tarde em Nova York, a moeda única subia a US$ 1,1003.   A cautela se refletiu parcialmente no mercado de renda fixa e, com isso, os juros dos Treasuries não firmaram sinal único. No final da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos subia a 0,179% e o da T-note de 10 anos cedia a 0,681%. Presidente da distrital de Nova York do Fed, John Williams disse que a instituição estuda "de forma muito cuidadosa" o controle da curva de juros como instrumento contra a crise.   O petróleo, por sua vez, fechou a sessão com perdas, em meio a dúvidas sobre a recuperação da demanda da commodity e o impacto do conflito sino-americano. Na Nymex, o WTI para julho caiu 4,48%, a US$ 32,81 o barril. Na ICE, o Brent para agosto recuou 3,51%, a US$ 35,45 o barril. Em relatório divulgado hoje, a Agência Internacional de Energia (AIE) estima que o investimento global em petróleo e gás deve sofrer retração de um terço em 2020, na comparação com o ano passado. (Iander Porcella - [email protected])   CÂMBIO O dólar engatou nesta quarta-feira a sexta queda consecutiva, embalada pelo cenário externo, com os mercados acionários mostrando otimismo com as reaberturas das economias, e fatores técnicos, com investidores desmontando posições contra o real no mercado futuro. Uma captação externa da Petrobras, de US$ 3,2 bilhões, com forte demanda e a primeira de uma empresa brasileira desde o final de fevereiro, também contribuiu para retirar pressão do câmbio, ajudando o real a se descolar de outras moedas emergentes, que acabaram caindo ante a divisa americana hoje. Em maio, o dólar, que chegou a acumular alta de mais de 4%, agora cai 2,94%.   No mercado à vista, o dólar fechou em queda de 1,47%, cotado em R$ 5,2790 - o menor valor desde 17 de abril. No mercado futuro, o dólar para junho era negociado em baixa de 1,31%, a R$ 5,2850 no mesmo horário do fechamento do mercado comercial.   "A situação política no Brasil melhorou um pouco desde a última semana, em particular em relação a um possível impeachment de Jair Bolsonaro", avalia a analista de moedas do banco alemão Commerzbank, You-Na Park-Heger. "Além disso, apoiado por um ambiente externo mais positivo, o real foi capaz de notavelmente se recuperar ante o dólar."   Apesar da valorização do real, a analista do Commerzbank alerta para que se evite "otimismo prematuro". A situação política do Brasil permanece "frágil" e o coronavírus segue se disseminando rapidamente pelo País, o que por sua vez pode respingar no lado político, em meio a diferentes visões sobre como lidar com a pandemia. Hoje o noticiário político seguiu intenso, com a investigação do inquérito das fake news chegando perto de empresários próximos a Jair Bolsonaro, mas no mercado de câmbio foi apenas monitorado, sem efeito nos negócios.   "O câmbio estava completamente fora do lugar", afirma o sócio da Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central. O real e outros ativos brasileiros passaram a refletir um prêmio de risco muito elevado, influenciado pelo aumento do "barulho político".   Com a arrefecida nos últimos dias da piora política, Figueiredo observa que o dólar voltou e o Ibovespa avançou. Para ele, a forma como tem sido conduzida pelo governo a pandemia do coronavírus no Brasil ajuda a piorar a imagem do Brasil no exterior. Mas na prática, o Brasil está indo melhor que países europeus, com menos casos por milhão de habitantes. "A percepção do Brasil lá fora é a pior possível."   Um dos reflexos dessa percepção ruim é que a saída de recursos do Brasil prossegue. O fluxo cambial ficou positivo em US$ 2,466 bilhões em maio até o dia 22, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central. Porém, pelo canal financeiro houve saídas líquidas de US$ 399 milhões no período. No ano, a fuga de recursos por este canal soma US$ 32,9 bilhões.   Um fator adicional que contribuiu para a queda do dólar hoje é a proximidade da formação da taxa referencial Ptax, que será na sexta-feira (29). Agentes com posições vendidas em câmbio, bancos e fundos de investimento, que ganham com a queda da moeda americana, pressionam as cotações para baixo, ressaltam traders. No mercado à vista, os bancos fecharam abril com posição vendida de US$ 29,2 bilhões.   No mercado futuro, fundos elevaram ontem suas posições vendidas em 4,6 mil contratos, ou US$ 230 milhões, mostram dados da B3 monitorados pela corretora Renascença. Somente nos últimos seis dias, os fundos aumentaram estas posições em quase 40 mil contratos, ou US$ 2 bilhões, com o saldo chegando a quase 100 mil contratos. Já os estrangeiros reduziram posições compradas, que ganham com a alta do dólar, em 3,9 mil contratos ontem, ou US$ 195 milhões. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.27900 -1.4708 5.36030 5.27180 Dólar Comercial (BM&F) 5.4542 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5287.000 -1.29749 5361.000 5271.500 DOLAR COMERCIAL 5294.000 -1.10219 5344.000 5279.000       BOLSA Em novo dia de alta em Nova York, o Ibovespa retornou a terreno positivo após as leves perdas de ontem, passando a acumular ganho de 7,03% na semana e de 9,24% em maio, a caminho de emendar o segundo mês de retomada, ainda que gradual. Nesta quarta-feira, o principal índice da B3 encerrou na máxima do dia, em alta de 2,90%, aos 87.946,25 pontos, tendo oscilado na mínima a 85.467,50 pontos, com giro financeiro a R$ 26,0 bilhões na sessão. Assim, manteve o maior nível de fechamento desde 10 de março (92.214,47) e o maior nível intraday desde a sessão seguinte, do dia 11 (92.202,15 pontos).   Nesta quarta-feira, os ganhos foram mais uma vez bem distribuídos pelos diversos segmentos, entre os quais os de maior peso, como bancos e commodities, bem como os de siderurgia e serviços de infraestrutura (utilities). Apenas cinco ações do Ibovespa fecharam o dia em baixa, ainda assim leve, com destaque para Totvs (-1,69%) e B2W (-1,47%), a qual havia sido a maior vencedora de ontem.   Na ponta positiva de hoje, Usiminas subiu 16,33%, seguida por CVC (+12,96%). Entre as blue chips, destaque para Vale ON que subiu hoje 2,93%, mais do que revertendo a perda do dia anterior. Petrobras ON e PN, que caíam mais cedo em dia negativo para as cotações do petróleo, fecharam em alta de 0,49% e 1,32%, respectivamente. Entre os bancos, que vieram de dia negativo ontem, destaque para Itaú Unibanco, em alta de 3,13% no fechamento desta quarta-feira.   No ano, o Ibovespa cede agora 23,95%, em recuperação desde abril, mas ainda contido por diversos fatores que o singularizam mesmo entre os emergentes, como o risco político, a incerteza sobre a futura situação fiscal, a falta de resposta unificada à pandemia e a perspectiva de lenta retomada da economia, o que tem elevado as estimativas de contração do PIB em 2020.   Assim, as compras de ações continuam a ser sustentadas pelo investidor doméstico, sem muitas opções de rentabilidade em meio ao ciclo de corte da Selic, que seguirá em curso ante a fraca inflação e o reduzido nível de atividade econômica. Em maio, o saldo de recursos estrangeiros na B3 permaneceu negativo, afastados os investidores de fora pelo grau de incerteza que paira sobre a economia e a política brasileiras. No acumulado do ano, os investidores estrangeiros já retiraram mais de R$ 77 bilhões do mercado acionário brasileiro. Ao longo de 2019, os saques líquidos ficaram na casa de R$ 44,5 bilhões, os maiores da série histórica iniciada em 1994 - ainda assim, animado pelo investidor doméstico, o Ibovespa avançou cerca de 31,6% no ano passado.   Agora, com a reabertura das economias nos EUA e especialmente na Europa e Ásia, em estágio mais avançado, dá alento ao apetite por risco, na medida em que os temores quanto a uma segunda onda do novo coronavírus parecem estar refluindo.   "Foram tantas notícias ruins este ano que o investidor tem se agarrado ao que tem chegado de positivo. A reabertura das economias, em meio a estímulos trilionários não apenas nos EUA mas também na zona do euro e no Japão, contribui para o apetite por ações, aqui ainda muito descontadas", observa Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus. "No meio disso, as dificuldades políticas acabam em segundo plano, e os sinais são de que o governo vai conseguir uma blindagem no Congresso, ao se aproximar do Centrão, o que reduz quase a zero a chance de impeachment e, à frente, pode favorecer a retomada das reformas", acrescenta o estrategista.   Superado o temor em torno do vídeo da reunião de 22 de abril, na avaliação do mercado sem novidades contundentes contra o presidente Jair Bolsonaro, as operações da Polícia Federal nesta semana contra o governador do Rio, Wilson Witzel, em investigação sobre fraudes na Saúde, e sobre as Fake News junto a deputados e empresários do entorno presidencial não chegaram a causar alvoroço entre os investidores.   Refletindo a melhora da percepção de risco, desde o dia 18 de maio o Ibovespa tem conseguido se manter nos fechamentos acima dos 80 mil pontos, e desde então foi deixando para trás esta linha de resistência significativa, com a qual vinha lutando desde abril. No dia 15 de maio, sexta-feira em que o então ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou o governo, o Ibovespa fechou aos 77.556,62 pontos. Com a firme recuperação do índice na segunda quinzena de maio, a linha de 90 mil pontos passa a ser o alvo gráfico, apontam analistas técnicos.   Com a recuperação a partir de abril, quando avançou 10,25% - o melhor resultado para o mês desde 2009 -, o Ibovespa deixou para trás um primeiro trimestre terrível, no qual acumulou perda de 36,86%, a maior de que se tem registro na Bolsa. Em janeiro, após ter renovado máxima histórica no dia 23 daquele mês, o índice de referência da B3 teve perda de 1,63%, seguida por mergulhos de 8,43% em fevereiro - o pior desde maio de 2018 - e em março, no auge da volatilidade, quando cedeu 29,90%, a maior perda mensal desde agosto de 1998. (Luís Eduardo Leal - [email protected])   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 87946.25 2.89853 Máxima 87946.25 +2.90 Mínima 85467.50 -0.00 Volume (R$ Bilhões) 2.60B Volume (US$ Bilhões) 4.91B Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 88075 2.32356 Máxima 88115 +2.37 Mínima 86000 -0.09     JUROS Após passarem o dia em alta moderada, ainda em movimento de realização de lucros, os juros de médio e longo prazos inverteram a direção na hora final da sessão regular e fecharam em baixa. Num dia de liquidez bastante fraca, o pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de suspensão do inquérito das fake news no meio da tarde serviu de argumento para o mercado estancar o ajuste na ponta longa, mais sensível ao risco político e que até então tinha avanço um pouco mais pronunciado. O plano de "retomada consciente" das atividades econômicas apresentado pelo governo de São Paulo também foi visto com bons olhos. Já os vencimentos de curto prazo oscilaram discretamente, sem grandes alterações no quadro de apostas para a Selic.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 3,22%, de 3,24% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 6,013% para 5,98%. A taxa do DI para janeiro de 2027 encerrou a 6,93%, de 6,983%.   A decisão de Aras traz alívio no risco político apenas de curto prazo, o que se vê pela queda comedida das taxas e baixo volume de contratos movimentados, mostrando que o mercado "não foi com tudo". Aras afirma que a Procuradoria-Geral da República foi “surpreendida” com a operação de hoje, realizada “sem a participação, supervisão ou anuência prévia do órgão”, e que teve como alvo empresários e ativistas próximos ao presidente Jair Bolsonaro. Na visão dele, isso “reforça a necessidade de se conferir segurança jurídica” ao inquérito.   Na maior parte do dia, a curva andou na contramão dos demais ativos domésticos, refletindo alguma cautela mesmo com o dólar negociado abaixo dos R$ 5,30. "Passamos por um certo exagero nos últimos dias na ponta longa com o efeito do vídeo da reunião ministerial. E, olhando a bolsa e o câmbio hoje, é como se o coronavírus não existisse nem o risco político", disse o estrategista de Mercados da Harrison Investimentos, Renan Sujii. Ele destaca vários fatores de incerteza no radar que não só a política, como por exemplo o receio de uma segunda onda de contágio da Covid-19 com a reabertura das atividades, que já começa a ocorrer na Europa e nos EUA.   No Brasil, mesmo com a curva ainda ascendente de mortes pela doença, os governos regionais já preparam planos de saída do isolamento. Em São Paulo, o governador João Doria anunciou hoje a chamada "Retomada Consciente", que terá início entre 1º e 15 de junho. Reavaliações quinzenais serão feitas conforme os índices de cada uma das 17 regiões do Estado, em cinco fases de flexibilização. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) calcula que a medida permitirá a reabertura de aproximadamente 120 shopping centers no Estado, dos quais 54 deles na capital.   Na ponta curta, as taxas pouco oscilaram, na ausência de novidades que pudessem alterar as expectativas para a Selic. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) voltaram a ser apresentados hoje, após quatro meses sem divulgação dos números. O resultado de abril foi chocante, mas compreensível diante da pandemia, e sustenta a percepção de que há espaço para o Copom repetir em junho o corte da Selic de 0,75 ponto porcentual. Houve fechamento de 860.503 vagas no mês e saldo líquido negativo de 763.232 postos entre janeiro e abril, que representam os piores resultados da série histórica.   Para o sócio da Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central, os dados vieram "muito ruins" e, em um ambiente de inflação muito baixa e atividade econômica muito ruim, há espaço para o BC cortar mais os juros. Estima redução de 0,75 ponto porcentual em junho e chance de "30% a 40%" de haver mais cortes adiante. Ele vê o BC "atrasado" pois já deveria ter feito reduções agressivas mais cedo, quando os indicadores já mostravam inflação comportada. (Denise Abarca - [email protected])   Operação CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 2.68 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 2.90 Over Selic (%a.a) 2.90              
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