A tarde foi marcada por bastante volatilidade nos mercados, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Mas o sentimento positivo prevaleceu de forma generalizada na reta final dos negócios. Em meio às preocupações com o crescimento global, reforçadas ontem pelo presidente do Fed, Jerome Powell, e todos os dias pelas constantes revisões em baixa para o PIB dos países, os investidores ainda tentaram encontrar oportunidades e, nos Estados Unidos, compraram papéis de bancos e de petroleiras, que estão entre os setores mais castigados recentemente. No Brasil, os mercados já experimentavam algum alívio com Nova York, mas encontro marcando uma espécie de reaproximação entre o presidente Jair Bolsonaro e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), melhorou ainda mais o humor nos minutos finais, levando os juros futuros às mínimas na sessão estendida, enquanto o Ibovespa renovou o pico do dia, até então, instantes antes de entrar em leilão de fechamento. A partir daí, foi ampliando os ganhos até terminar na máxima de 79.010,81 pontos, com valorização de 1,59%. Após a reunião, Bolsonaro afirmou que "voltou a namorar" com Maia e que tudo está bem com o deputado. Este, por sua vez, disse que, enquanto presidente da Câmara, tem obrigação de manter o diálogo. Também houve tempo para o dólar reagir, ainda que no mercado futuro. A cotação do derivativo para junho chegou a ficar abaixo do valor de encerramento registrado no mercado à vista. A moeda, por sinal, se aproximou de R$ 6 pela manhã, renovando novo recorde intraday, mas arrefeceu com o exterior e com duas novas intervenções do Banco Central. Na primeira, antes do almoço, a autoridade monetária elevou o volume de swaps ofertado para US$ 1 bilhão, ante os US$ 500 milhões habituais. Na segunda, já na hora final de pregão e quando o dólar rondava a estabilidade, entrou com um leilão à vista - algo que ainda não havia feito essa semana -, no qual vendeu US$ 520 milhões em reservas. A partir de então, a moeda dos EUA foi perdendo vigor, até terminar com baixa de 1,38%, a R$ 5,8193 no mercado à vista, interrompendo uma sequência de três pregões de alta. Em meio a isso, os juros futuros refletiram o câmbio e alguns vencimentos terminaram a sessão regular em queda, movimento que se aprofundou na estendida. Ainda assim, as apostas majoritárias, de 68%, para o próximo Copom são de corte de 0,25 ponto porcentual, ante 32% de possibilidade de corte maior, de 0,50 ponto.
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