INVESTIDOR APROFUNDA AVERSÃO APÓS POWELL, DÓLAR RENOVA RECORDE E SÓ A BOLSA RESISTE

Blog, Cenário
A forte deterioração dos ativos externos combinada com a persistente incerteza política doméstica levou o dólar a novo recorde nominal e cada vez mais perto dos R$ 6, mesmo com duas intervenções do Banco Central, via swaps, que serviram apenas para minimizar a pressão. A fuga do risco lá fora foi desencadeada, ainda na primeira metade do dia, por declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que descartou, por ora, a adoção de juros negativos nos EUA e alertou para o risco de a crise de liquidez se transformar em uma crise de solvência. Tais palavras chegaram em um momento de cautela, diante dos temores de um aumento dos casos de covid-19 em economias que tentam uma reabertura, e serviram como argumento para uma forte correção negativa dos principais índices em Wall Street, que foram acelerando as perdas no meio da etapa vespertina até terminarem com baixas entre 1,50% e 2,20%. Em um pregão de fuga do risco, as moedas emergentes recuaram de forma quase generalizada e o real, como tem se tornado praxe desde que a crise política potencializou o risco econômico, se tornou um dos alvos principais, reforçando a posição de pior divisa quando comparada a uma cesta de 34 pares. Hoje, o dólar à vista encerrou com valorização de 0,55%, a R$ 5,9008 no mercado à vista, acumulando alta de 2,7% nos últimos três pregões em que subiu e de 47% no ano. Apesar do clima pesado, a Bolsa brasileira mostrou resistência, com o vencimento de opções sobre Ibovespa e a alta firme de empresas exportadoras atuando no sentido de limitar as perdas. Tanto que, no fim do dia, o Ibovespa teve comportamento bem melhor do que o verificado em Nova York, ao recuar apenas 0,13%, aos 77.772,20 pontos. Enquanto isso, os juros futuros voltaram a experimentar acúmulo de prêmios, acompanhando o dólar e a desconfiança em relação ao Brasil, o que significa inclinação da curva, com alta mais proeminente dos vencimentos longos ante os curtos. Esses últimos, por sinal, reduziram ainda mais a precificação em corte de 50 pontos-base para a Selic, a 32%, ante possibilidade de 68% de afrouxamento de 0,25 ponto porcentual.  
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  CÂMBIO O dólar engatou a terceira alta seguida e operou boa parte do dia acima dos R$ 5,90. Dos oito pregões de maio, a moeda americana caiu em apenas um e já acumula valorização de 8,5% no mês e de 47% no ano, com o real ficando com o pior desempenho entre as principais moedas de mercados emergentes. O alerta do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, do risco da falta de liquidez se transformar em problema de solvência para empresas e bancos ajudou a piorar os mercados e fazer o investidor buscar refúgio no dólar. No mercado doméstico, novamente questões políticas pesaram, contribuindo para ampliar o ritmo de alta e fazer a divisa dos Estados Unidos fechar em novo nível recorde.   O dólar à vista encerrou com valorização de 0,55%, a R$ 5,9008. No mercado futuro, o dólar para junho era negociado em R$ 5,90 no final da tarde, em novo dia de volume mais fraco de negócios, ficando nos US$ 15 bilhões.   No final da tarde, o Banco Central fez o segundo leilão de swap cambial do dia, ofertando US$ 500 milhões, conseguindo arrefecer a alta da moeda americana, que antes do anúncio operava na casa dos R$ 5,94. Mas ao contrário da operação da manhã, não vendeu todo o lote, conseguindo colocar US$ 380 milhões. Este foi o quarto leilão de swap da semana, com injeção no mercado de US$ 1,835 bilhão.   Desde a segunda-feira havia enorme expectativa pelas declarações de Powell. O dirigente descartou juros negativos nos EUA, disse que o governo precisa de mais estímulos fiscais e ainda alertou que a recuperação da economia americana pode demorar algum tempo, o que amplia os riscos de que problemas de liquidez se transformem em uma crise de solvência. "O cenário econômico é altamente incerto", disse Powell.   Nas palavras dos analistas do ING, o discurso de Powell trouxe um "choque de realidade" para os mercados, que estavam nos últimos dias animados com a perspectiva de reabertura das atividades. O diretor e economista-chefe do MUFG Union Bank em Nova York, Christopher Rupkey, avalia que a mensagem de Powell foi clara, de que a economia pode ter danos permanentes com crise do coronavírus. O reflexo foi o movimento de aversão ao risco, marcado pela alta do dólar, com o índice DXY, que mede a moeda americana ante divisas fortes, operando acima do nível psicológico dos 100 pontos. Nos emergentes, o comportamento do dólar foi misto, caindo no México e na Turquia e subindo na Rússia e no Brasil.   No mercado doméstico, o noticiário político segue o principal foco de atenção das mesas de câmbio. O estrategista e sócio da TAG Investimentos, Dan Kawa, observa que, além de um "cenário externo desafiador", o cenário local é turbulento, com a saída de Sergio Moro do governo continuando a gerar ruídos e ainda a relação tensa entre os três poderes. Sem uma mudança do ambiente político, Kawa avalia que o curto prazo vai seguir desafiador por aqui.   Bancos continuam a revisar para baixo suas projeções de Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e para cima a do dólar. Hoje foi a vez do Bank of America, que vê o PIB caindo 7,7% este ano e chance "fácil" de o dólar superar o nível de R$ 6,00 no curto prazo. O banco revisou para cima a estimativa de dólar ao final do ano de R$ 5,20 para R$ 5,85, por conta da deterioração do cenário político e econômico. O Commerzbank também elevou sua projeção para o dólar e vê a moeda americana batendo em R$ 6,05 no mês que vem. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     17:37   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.90080 0.5487 5.94340 5.81900 Dólar Comercial (BM&F) 5.8370 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5903.000 0.18669 5950.500 5824.000 DOLAR COMERCIAL 5924.500 0.53788 5924.500 5924.500       MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York pioraram à tarde e fecharam em baixa, embora tenham reduzido algumas perdas no final do pregão, ainda abaladas após o alerta feito mais cedo pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de que a recuperação econômica pode demorar algum tempo. Presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester foi mais uma dirigente a falar contra taxas de juros negativas, além de comentar que pode ser necessário mais apoio fiscal nos EUA, diante de um quadro de quarentena que segundo ela demora mais do que o previsto anteriormente. Do outro lado do Atlântico, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que a economia da zona do euro poderia encolher até 12% em 2020, na pior das hipóteses, mas com cenário base de queda de 9% e ênfase na incerteza "brutal" no momento. O quadro de maior cautela, reforçado pelos temores de uma segunda onda de infecções por coronavírus, levou o dólar para cima ante outras moedas principais e fez os juros dos Treasuries recuarem. O petróleo também caiu, diante das perspectivas negativas para a demanda, corroboradas mais cedo por relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).   A postura de Powell foi um banho de água fria para o otimismo visto em dias recentes com a retomada, já que o presidente do Fed traçou um quadro mais complexo, citando o risco de que problemas na liquidez levem a uma crise de solvência. Além disso, as dificuldades vistas na reabertura econômica em algumas nações da Ásia e da Europa reforçaram a possibilidade de que esse processo seja de fato mais lento do que o desejado. Nesta tarde, Mester comentou que pode ser preciso mais apoio fiscal nos EUA, diante do maior tempo demandado de quarentena para conter a pandemia.   A Pantheon afirma em relatório que o isolamento social nos EUA e na Europa não deve terminar totalmente pelo menos até julho e, mesmo depois, medidas de distanciamento físico devem seguir em vigor. A consultoria diz que o vírus deve voltar a ganhar força no próximo inverno local, quando pode não haver ainda uma vacina disponível, mas prevê para esse segundo momento um estrago menor. A Stifel, por sua vez, vê o esforço para conter a covid-19 como "cada vez mais lento", com muitos Estados americanos estendendo o prazo das restrições sobre os negócios e as determinações para que as pessoas fiquem em casa até mais adiante neste mês. Diz ainda que agentes do mercado começam a se preocupar mais com o quadro de elevado desemprego, temendo que isso possa gerar implicações duradouras, "sem mencionar a dívida crescente".   Vice-presidente do BCE, Luis de Guindos somou-se às vozes cautelosas ao prever que o recuo da atividade na zona do euro no segundo trimestre "será muito intenso", mas também comentou que a região pode já ter atingido seu pior momento na economia. O dirigente disse que o segundo semestre deste ano deve ser de recuperação, mas também que não é possível estimar agora se a retomada será forte, em formato de "V", ou mais lenta.   Em relatório divulgado hoje, o JPMorgan projeta que a recuperação da economia global "deve ser incompleta": para o banco, no fim de 2021 o PIB global estará 3,8% abaixo das projeções anteriores à pandemia. O JPMorgan acredita que o coronavírus será "contido, mas não erradicado", o que tornará necessário "certo grau de restrições de distanciamento social e cautela nos comportamentos", além de comentar que a forte queda na renda no primeiro semestre deste ano enfraquecerá os setores público e privado, produzindo um freio persistente na demanda. O banco adverte também para o fato de que as decisões em saúde e política econômica "têm sido implementadas para lidar com a crise, mas não com os desafios de médio prazo pela frente".   Em meio à cautela, as bolsas de Nova York pioraram à tarde, embora tenha reduzido um pouco as perdas nos últimos minutos do pregão. O índice Dow Jones fechou em baixa de 2,17%, a 23.247,97 pontos, o Nasdaq caiu 1,55%, a 8.863,17 pontos, e o S&P 500 recuou 1,75%, a 2.820,00 pontos. O cenário ainda apoiou a demanda pelos Treasuries, com alta nos preços e consequente queda nos retornos: no fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 0,152% e o da T-note de 10 anos, a 0,642%.   Pelo mesmo motivo, o dólar foi demandado no mercado cambial. No horário citado acima, a moeda americana caía a 107,04 ienes, o euro recuava a US$ 1,0819 e a libra tinha baixa a US$ 1,2226. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, subia 0,30%, a 100,230 pontos, no fim da tarde.   Entre as commodities, o petróleo chegou a avançar mais cedo, após um inesperado recuo nos estoques semanais dos EUA, mas o pessimismo sobre a demanda se sobrepôs. O contrato do petróleo WTI para julho fechou em baixa de 2,47%, a US$ 25,68 o barril, na Nymex, e o Brent para o mesmo mês recuou 2,64%, a US$ 29,19 o barril, na ICE. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected]) Volta   JUROS A "dose de realidade" trazida pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao mercado financeiro global se somou, no Brasil, a mais um dia de ruído político, elevando o prêmio de risco para ativos domésticos e causando a inclinação da curva futura de juros. As preocupações fiscais seguem ainda como pano de fundo, à medida que o projeto Pró-Brasil, que prevê recursos da União, volta à mesa com comentários do vice-presidente Hamilton Mourão.   Ao fim da sessão regular, o contrato do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 subiu de 2,610% ontem para 2,655% hoje. O janeiro 2022 avançava de 3,500% para 3,640%. O janeiro 2023 saltava de 4,730% para 4,940%, na máxima do dia. E o janeiro 2027 ia de 7,790% para 7,960%.   "Hoje especificamente temos a incerteza maior global, e acabou se refletindo em prêmios na curva de juros e no câmbio", resumiu o estrategista-chefe da Western Asset, Adauto Lima.   Essa incerteza veio de temores em torno da reabertura econômica nos Estados Unidos e de comentários de Jerome Powell em um webinar no meio da manhã. O dirigente negou adotar juros negativos neste momento nos Estados Unidos, apesar de crescentes rumores e pressões no mercado.   "Há uma resistência muito grande no Fed para o juro negativo. O mercado havia começado a brigar com esta expectativa, e a fala de Powell foi na direção contrária. Ao que parece, ele vai adotar caminhos já feitos pela instituição na condução desta crise", comentou Adauto Lima.   Powell também alertou que a recuperação da economia pode demorar algum tempo. Isso ampliaria os riscos de problemas de liquidez se transformarem em uma crise de solvência. Essa declaração em específico foi lida por analistas do banco holandês como uma "dose de realidade" ao mercado.   Mas não apenas fatores externos que conduziram à inclinação da curva de juros hoje. Nem mesmo a divulgação, à tarde, dos exames do presidente Jair Bolsonaro para covid-19, que deram negativo, desanuviou o ambiente político.   A expectativa em torno da divulgação ou não do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, quando Bolsonaro teria pressionado o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro a trocar o comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro, segue fazendo preço nos ativos domésticos.   Na avaliação de economistas da Pantheon Macroeconomics, o aumento do risco político e a volatilidade no mercado são ameaças para um corte de 75 pontos-base da Selic em junho. Em tempo, a precificação para o próximo Copom está em 68% para corte de 25 pontos-base e 32%, de 50 pontos-base, nos cálculos do economista-chefe do Haitong Banco de Investimento, Flavio Serrano.   E o temor da crise política levar a um descontrole fiscal voltou a entrar na conta. Na avaliação do diretor de gestão de renda fixa e multimercados da Quantitas Asset, Rogério Braga, o investidor também não recebeu bem a fala do vice-presidente Hamilton Mourão sobre o programa Pró-Brasil.   Anunciado à revelia do Ministério da Economia, o programa havia sido enterrado nas últimas semanas - assim como os rumores sobre a saída do ministro Paulo Guedes - e hoje o vice-presidente revela que o programa deverá estar pronto entre agosto e setembro. "Ninguém quer tomar muito risco nesse ambiente", afirmou Braga.   Os temores referentes à atividade econômica seguem no radar. Hoje à tarde, o Bank of America Merrill Lynch cortou a projeção de Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de queda de 3,5% para recuo de 7,7%. Isso no mesmo dia em que as vendas no varejo caíram 2,5% na margem entre fevereiro e março. (Mateus Fagundes e Karla Spotorno - [email protected] e [email protected])     17:37   Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 2.84 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 2.90 Over Selic (%a.a) 2.90       BOLSA Em terreno negativo pela terceira sessão consecutiva, o Ibovespa mostrou alguma resiliência nesta quarta-feira de vencimento de opções e futuros sobre o índice, encerrando perto da estabilidade, enquanto Nova York mostrava perdas entre 1,55% e 2,17% para os três índices de referência, ante avaliação do presidente do Fed, Jerome Powell, quanto aos efeitos da pandemia sobre a economia americana, que podem exigir iniciativas além das já adotadas.   Aqui, o índice da B3 encerrou em leve baixa de 0,13%, aos 77.772,20 pontos, tendo oscilado entre mínima de 77.151,98, então em queda de 0,92%, e máxima de 78.911,28 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 31,1 bilhões, e agora o Ibovespa acumula perdas de 3,10% na semana, de 3,40% no mês e de 32,75% no ano.   Para Matheus Soares, analista da Rico Investimentos, "só não estivemos pior por conta de parte do ambiente político ter sido precificado, ontem, no fechamento", quando o Ibovespa encerrou na mínima do dia e no menor nível desde 24 de abril, na data em que o até então ministro da Justiça, Sergio Moro, deixou o governo com acusações ao presidente Jair Bolsonaro. "Se olharmos os DIs, estão todos subindo, o que é um sinal de que o investidor está preocupado com o risco-país, principalmente por culpa do fiscal", observa o analista, acrescentando que hoje o Ibovespa contou com o desempenho favorável das ações de exportadoras, especialmente os setores de proteína animal e celulose, que contribuíram para mitigar as perdas do índice.   O pano de fundo para a deterioração do quadro fiscal continua a ser a incerteza quanto à reabertura gradual da economia doméstica, tendo em vista a curva do novo coronavírus, ainda em ascensão no País, e o preço político que o governo Bolsonaro terá de atribuir ao Centrão para assegurar apoio no Congresso, em momento no qual o presidente parece sob escrutínio do Judiciário.   Nesta conjuntura, o dólar spot fechou em nova máxima histórica nesta quarta-feira, tendendo cada dia mais para a marca de R$ 6. Hoje, a moeda americana encerrou cotada a R$ 5,9008, em alta de 0,55%, chegando a ser negociada a R$ 5,9434 na máxima da sessão, renovando pico histórico nominal tanto no intradia como no fechamento. A escalada do dólar melhora a geração de receitas em real de exportadoras brasileiras, como as dos frigoríficos BRF (+12,17% no fechamento) e JBS (+6,36%), cujas ações estiveram entre as de melhor desempenho na sessão, a considerar os componentes do Ibovespa. Destaque também para Klabin (+7,64%), a segunda maior alta da sessão entre os componentes da carteira teórica, e logo a seguir Via Varejo (+6,90%). No lado oposto do Ibovespa, Embraer cedeu 8,70% e IRB, 7,84%.   Entre as blue chips, destaque para alta de 2,28% para Vale ON, induzida pela recuperação dos preços do minério de ferro em curso na China, enquanto, em dia negativo para o petróleo, Petrobras ON cedeu 3,92% e a PN, 3,03%. Os grandes bancos também fecharam a sessão em terreno negativo, com Branco do Brasil em baixa de 2,89%, Santander, de 1,12%, Bradesco PN, de 0,88%, e a ON, de 0,76%, e Itaú Unibanco perto da estabilidade (-0,05%).   No noticiário econômico doméstico, destaque para a queda de 2,5% nas vendas do varejo em março ante fevereiro, na pesquisa mensal do IBGE, que não foi ainda pior em razão do forte desempenho das vendas de supermercados. O governo federal, por sua vez, passou a projetar queda do PIB acima de 4% para o ano, revendo projeção anterior, de leve expansão de 0,1% para o período. "Apesar de tudo, nada de fatos novos: o compasso é de espera por novidades, tanto na economia como na política", diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.   No exterior, o diário Global Times reportou que a China está considerando medidas punitivas contra indivíduos, entidades e autoridades americanas, como o procurador-geral do Missouri, que entrou com ações contra o governo chinês devido à pandemia de coronavírus, além de senadores do Partido Republicano. As acusações iniciadas pelo governo Trump de que a China teria responsabilidade, ainda que acidental, pela eclosão da pandemia de Covid-19 tem azedado a relação entre as duas maiores economias do mundo, lançando dúvidas quanto ao acordo comercial bilateral.   Em outros desdobramentos negativos do exterior, conforme destaca Cristiane Fensterseifer, analista da Spiti, o PIB do Reino Unido caiu 5,8% em março e a produção industrial teve baixa de 11,4% na União Europeia frente ao ano anterior. (Luís Eduardo Leal - [email protected])     17:22   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 77772.20 -0.12809 Máxima 78911.28 +1.33 Mínima 77151.98 -0.92 Volume (R$ Bilhões) 3.11B Volume (US$ Bilhões) 5.27B         17:37   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 78090 0.68334 Máxima 79165 +2.07 Mínima 77205 -0.46            
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