ATA, DADO DE SERVIÇOS E DEPOIMENTOS GUIAM NEGÓCIOS; MERCADO AINDA ESPERA VETOS

Blog, Cenário
A agenda econômica disputa as atenções com a política nesta terça-feira, em meio a alguma cautela nos mercados internacionais, que mostram fôlego limitado, diante dos temores de uma nova onda do coronavírus no mundo. Por aqui, a disseminação do covid-19 segue em escalada e já matou ao menos 11.500 pessoas, mas o mercado se mostra muito estressado também com as turbulências políticas e riscos fiscais, o que tem ajudado a pressionar o dólar, que fechou ontem em R$ 5,82. Nesta manhã, a Polícia Federal exibirá a um grupo restrito de autoridades a gravação da reunião ministerial de 22 abril na qual, segundo o ex-ministro Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro teria cobrado a substituição do diretor-geral da PF e do superintendente no Rio. Também hoje ocorrem vários depoimentos de ministros do núcleo militar do governo no âmbito da investigação que está no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre essas acusações de Moro. O mercado também está ansioso pelos vetos de Bolsonaro aos reajustes dos servidores público, que constam no projeto de lei de socorro a Estados e municípios, que devem ser publicados até amanhã, segundo o presidente. Na economia, os impactos do isolamento social iniciado há quase dois meses já irão aparecer na pesquisa de serviços de março que sai hoje. A expectativa do mercado é de uma queda histórica de 6%, segundo mediana colhida pelo Projeções Broadcast. Já da ata da última reunião do Copom, na qual a Selic foi reduzida de 3,75% para 3% ao ano, espera-se sinais sobre se na próxima reunião poderá ocorrer de fato o último corte de juro e em qual magnitude. Se por um lado, a política deve manter os negócios na defensiva, com alta dos juros longos e dólar pressionado, os sinais de fraqueza da economia e possível ata dovish tendem a tirar força a ponta mais curta da curva de juros. No radar também estará o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos de abril, após o CPI da China ter ficado abaixo do previsto em abril, em 3,3%, e o índice de preços ao produtor ter mostrado deflação anual de 3,1%, um resultado bem pior do que o estimado por analistas.   Ata do Copom, exibição de vídeo e ministros militares no radar - O Banco Central divulga a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, às 8 horas. O IBGE publica o volume de serviços no País em março, às 9 horas. O Tesouro faz leilão de NTN-B, às 11 horas. Entre os eventos, às 8 horas, o procurador-geral da República Augusto Aras, o advogado-geral da União e o ex-ministro Sergio Moro terão acesso integral à gravação da reunião ministerial de 22 abril, na qual o ex-juiz afirma que Bolsonaro teria cobrado a substituição do diretor-geral da PF e do superintendente no Rio. Às 15 horas, os ministros Augusto Heleno (GSI), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) vão depor no inquérito sobre supostas ameaças proferidas pelo presidente contra Moro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participam de reunião do Conselho de Governo, às 9 horas. A CNT divulga pesquisa sobre avaliação pessoal e do governo de Bolsonaro, às 11 horas. A Câmara realiza sessão virtual às 10 horas, e o Senado, às 16 horas.   CPI dos EUA em destaque - O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos de abril está programado, às 9h30. A mediana esperada é de -0,7% ante março (intervalo de -1% a -0,5%), de acordo com pesquisa do Projeções Broadcast. Quatro presidentes regionais do Federal Reserve, que votam nas reuniões deste ano, falam durante o dia: Neel Kashkari, de Minneapolis (10h00); Patrick Harker, Filadélfia, e Randal Quarles, diretor (11 horas); e Loretta Mester, Cleveland (18h00).   Brasil registra 396 mortes por covid-19 em 24h; total passa para 11.519 - O Brasil registrou 396 óbitos nas últimas 24 horas e acumula 11.519 vítimas fatais pela covid-19, segundo o Ministério da Saúde. O País somou 5.632 novos casos da doença, chegando à soma de 168.331 infectados durante a pandemia. Deste total, 69.232 pessoas estão de curadas e 82.344 casos seguem em acompanhamento.   Bolsonaro libera novas atividades sem consultar Teich - O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem que incluiu academias de ginástica, salão de beleza e barbearia como serviços essenciais. O decreto que confirma a decisão do governo foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União que circulou ontem. Segundo ele, as três atividades são fundamentais para a manutenção da saúde. O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que foi pego de surpresa com o decreto.   Estadão recorre ao Supremo para obrigar Bolsonaro a divulgar exame de covid-19 - O Estadão pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, que desobrigou o presidente Jair Bolsonaro de apresentar exames feitos para detectar o coronavírus.   Advogado entra com notícia-crime contra presidente/STJ por antecipar decisão exame de Bolsonaro -O advogado Carlos Alexandre Klomfahs apresentou representação à Procuradoria-Geral da República contra o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha. Na notícia-crime, Klomfahs alega que Noronha antecipou, em entrevista ao site jurídico Jota, sua posição sobre a ação movida pelo Estadão, que garantiu ao jornal acesso aos exames para detecção do coronavírus feitos pelo presidente Jair Bolsonaro.   Bolsonaro aumenta despesas com cartão corporativo mesmo sem gastos com voo à China - Os gastos sigilosos da Presidência da República com cartão corporativo, usado para bancar despesas do presidente Jair Bolsonaro, aumentaram nos primeiros quatro meses do ano mesmo quando descontado o valor da operação que resgatou brasileiros em Wuhan, na China. Segundo o presidente afirmou nesta segunda-feira, foram utilizados R$ 739.598, via cartão corporativo, com os três voos enviados ao país asiático, em fevereiro deste ano. Como mostrou reportagem no domingo, as despesas sigilosas vinculadas a Bolsonaro foram de R$ 3,76 milhões neste ano, segundo informações do Portal da Transparência. O valor representa um aumento de 98% em relação à média dos últimos cinco anos no mesmo período.   Toffoli: não vi ida de Bolsonaro ao STF como tentativa de pressionar - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou que não considera tentativa de pressão a ida do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Supremo Tribunal Federal acompanhado de ministros e empresários para fazer pressão contra as medidas restritivas impostas no combate ao novo coronavírus. "Continuo acreditando que diálogo é essencial", disse ele ao programa Roda Viva, da TV Cultura. "Nesse sentido, a ida do presidente ao STF eu não vejo como constrangimento ou tentativa de pressionar o Supremo, até porque juiz está acostumado a receber pedidos", completou.   Senado deixa para 5ªF análise de projeto que limita juro do cheque especial e do cartão em 20% - O Senado deixou para quinta-feira, 14, a apreciação do projeto de lei que limita a cobrança de juros no cheque especial e no cartão de crédito em 20% ao ano. A proposta estava inicialmente na pauta da sessão virtual de hoje. O projeto que limita a taxa de juros no cheque especial e cartão de crédito, se aprovado, teria validade para as dívidas contraídas entre março de 2020 e julho de 2021.    MERCADOS MISTOS   Futuros de NY sobem e bolsas europeias sem direção única - Os índices futuros das bolsas de Nova York passaram a exibir leve alta, após recuarem mais cedo, enquanto os mercados europeus ensaiam melhora, com exceção de Paris. Os investidores estão atentos a uma nova onda de casos de covid-19 em países como Alemanha, China e Coreia do Sul, após o alívio com algumas medidas de confinamento. Há um compasso de espera pela inflação ao consumidor (CPI) de abril dos Estados Unidos, que será divulgado nesta manhã. Às 7h20, no mercado futuro, Dow Jones subia 0,13%, S&P 500 ganhava 0,11% e Nasdaq avançava 0,11%. Na Europa, a Bolsa de Londres subia 0,84%, a de Frankfurt ganhava 0,37%, mas a Bolsa de Paris caía 0,14%. O euro estava a US$ 1,0823, ante US$ 1,0816 no fim da tarde de ontem. A libra era cotada a US$ 1,2345, ante US$ 1,2338 no fim da tarde de ontem.   Bolsas da Ásia fecham em baixa - As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta terça-feira, ainda pressionadas por sinais de uma nova onda de infecções por coronavírus na região e também na Europa e após a divulgação de dados fracos de inflação da China. O índice japonês Nikkei caiu 0,12% em Tóquio, pressionado por ações das montadoras Toyota (-1,97%) e Honda (-3,48%), que divulgaram balanços nesta madrugada. Na China, o Xangai Composto recuou 0,11%, enquanto o Hang Seng cedeu 1,45% em Hong Kong, e o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,68% em Seul. Na Oceania, a bolsa australiana caiu 1,07%. Às 7h20, o dólar caía a 107,47 ienes, ante 107,68 ienes no fim da tarde de ontem.   China: Inflação anual ao consumidor fica abaixo do esperado em abril -  Dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) mostram que o índice de preços ao consumidor (CPI) da China subiu 3,3% na comparação anual de abril, após registrar alta de 4,3% em março. O resultado do mês passado ficou abaixo da expectativa de analistas (+3,6%). Ante março, o CPI chinês diminuiu 0,9% em abril.   China suspende quatro frigoríficos da Austrália, dois deles da JBS - Em resposta a críticas do parceiro sobre a forma como Pequim lida com a covid-19, a China suspendeu ontem as importações de carne bovina de quatro frigoríficos da Austrália, dois deles pertencentes à JBS. A decisão das autoridades chinesas levantou preocupações entre frigoríficos brasileiros, informa o Valor Econômico.   China isenta mais produtos dos EUA de tarifas punitivas - O gabinete da China anunciou nesta terça-feira que vai isentar mais produtos dos EUA de tarifas punitivas impostas durante a disputa comercial entre os dois países, a partir da próxima terça-feira (19). Bens americanos que ficarão isentos da tarifação extra incluem produtos químicos e têxteis, segundo comunicado divulgado pelo Ministério de Finanças chinês.   Petróleo sobe - Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, se recuperando do ajuste negativo de ontem, com investidores voltando a focar notícia de que a Arábia Saudita fará um esforço adicional de cortar sua produção em 1 milhão de barris por dia em junho, além do já comprometido no âmbito do acordo da Opep+, grupo que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados. Continuam no radar, no entanto, sinais de que alguns países enfrentam uma nova onda de casos de coronavírus, após começarem a relaxar medidas de confinamento. Às 7h23, o barril do petróleo WTI para julho subia 4,35% na Nymex, a US$ 26,18, enquanto o do Brent para o mesmo mês avançava 2,40% na ICE, a US$ 30,34.      
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