MERCADOS ACHAM FÔLEGO COM EUA-CHINA ANTES DE PAYROLL MOSTRAR BAQUE POR CORONAVÍRUS

Blog, Cenário
A sexta-feira traz uma agenda relevante com a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, de abril, que pode mostrar um salto na taxa de desemprego de 4,4% para 15% e fechamento de 21 milhões de vagas de trabalho, refletindo impacto severo da pandemia do coronavírus na economia. Por enquanto, os mercados globais se mostram positivos, diante de sinais de arrefecimento nas tensões entre EUA e China. As duas potências teriam se comprometido a criar condições favoráveis para que os países implementem o acordo comercial bilateral "de fase 1", assinado em janeiro, além de melhorar a cooperação nas áreas de saúde pública e da economia. No Brasil, dois dias após o Copom surpreender com corte de 75 pontos-base da Selic, o IPCA deve mostrar deflação 0,25% em abril, segundo mediana apurada pelo Projeções Broadcast. Se confirmado o número, será a segunda maior deflação do Plano Real. O dado pode trazer algum ajuste nos juros curtos, enquanto os longos tendem a continuar embutindo prêmio de risco com os conflitos políticos gerados especialmente pelo presidente Jair Bolsonaro, que já avisou ontem à noite que fará um churrasco, amanhã, para uns 30 convidados, mantendo a tradição de promover aglomerações nos finais de semana durante o isolamento, contrariando recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Bolsonaro também disse, ontem, que a campanha 'fique em casa' não está funcionando e só serve para "matar o comércio". No mesmo dia em que Bolsonaro promoveu a marcha até o Supremo Tribunal Federal (STF) para pressionar o presidente Dias Toffoli contra o isolamento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que recebeu a ligação de diversos economistas sobre a viabilidade de se aprovar o projeto sobre a autonomia do Banco Central. “Está havendo muito medo de interferência”, disse, em entrevista à GloboNews ontem à noite. Uma das mais prestigiosas publicações médicas do mundo, a Lancet afirma em seu editorial desta semana que a maior ameaça à resposta do Brasil aos desafios da covid-19 é o presidente Jair Bolsonaro. O Brasil registrou 610 mortes pelo coronavírus entre quarta-feira e ontem e o total de óbitos subiu para 9.146, além de mais 9.888 novos casos registrados, totalizando 135.106 casos.   IPCA e relatório de emprego dos EUA na agenda - O IPCA (9h00) e o IGP-DI de abril (8h00) saem pela manhã. O IPCA pode registrar a segunda maior deflação do Plano Real, conforme a mediana de -0,25% da pesquisa do Projeções Broadcast. Atualmente, a mínima histórica é de agosto de 1998 (-0,51%). Em 12 meses, a mediana é de +2,46%, ante +3,30% acumulada até março. Para o IGP-DI, a mediana esperada é de +0,31%, ante +1,64% em março.Em 12 meses, a mediana é de 6,38%, ante 7,01% em março. A Anfavea divulga dados de produção, venda e exportação de veículos (10h30). No exterior, o destaque é o relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos (9h30). A mediana aponta fechamento de 21 milhões de vagas de emprego no mês passado. Em março, foram eliminados 701 mil postos de trabalho. A mediana da taxa de desemprego americana aponta aumento a 15% em abril ante março e a do ganho médio por hora dos trabalhadores, alta de 0,3%.   Carla Zambelli depõe à PF no dia 13 - A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) irá depôr perante a Polícia Federal na próxima quarta, 13, no inquérito sobre as acusações do ex-ministro Sérgio Moro contra ‘interferências políticas’ do presidente Jair Bolsonaro na corporação. O gabinete da parlamentar informou que ela foi notificada da oitiva nesta tarde.   STF barra envio ao IBGE de dados telefônicos de usuários - Em uma nova derrota para o governo, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (7) barrar, por 10 a 1, a medida provisória que obriga as operadoras de telefonia a cederem dados telefônicos dos consumidores para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o objetivo de viabilizar pesquisas durante a pandemia do novo coronavírus.   Fitch rebaixa perspectivas de ratings de Petrobras e Eletrobras para negativas - A Fitch revisou as perspectivas dos ratings de diversas empresas brasileiras, como Petrobras, Eletrobras, Sabesp e Cielo de estáveis para negativas. A decisão da agência de classificação de risco é resultado da revisão da perspectiva da nota de crédito soberana do Brasil, também de estável para negativa.    MANHÃ DE GANHOS   Bolsas europeias e futuros de NY sobem - Os índices futuros das bolsas de Nova York e as bolsas europeias operam em alta nesta sexta-feira de feriado no Reino Unido. O apetite por risco apoia-se em sinais de alívio nas recentes tensões comerciais entre EUA e China em meio à pandemia de coronavírus. Negociadores comerciais das duas maiores economias do mundo conversaram por telefone hoje, prometendo criar condições favoráveis para a fase 1 do acordo comercial bilateral, segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua. Os investidores também aguardam com certa apreensão a pesquisa de emprego dos EUA (o chamado "payroll") referente a abril, que deverá mostrar o violento impacto da covid-19 no mercado de trabalho americano. Às 7h20, a Bolsa de Frankfurt subia 0,98% e a de Paris avançava 0,93%. No mercado futuro em Nova York, Dow Jones subia 1,10%, S&P 500 avançava 1,12% e Nasdaq se valorizava 1,04%. O euro subia a US$ 1,0843, ante US$ 1,0831 no fim da tarde de ontem. A libra avançava a US$ 1,2373, de US$ 1,2359 no fim da tarde de ontem. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes, caía 0,15%, a 99,741 pontos.   Exportações da Alemanha sofrem queda histórica de 11,8% em março - Dados da agência de estatísticas alemã, a Destatis, mostram que as exportações da maior economia europeia sofreram um tombo de 11,8% em março ante fevereiro, a maior numa série histórica iniciada em agosto de 1990. Já as importações tiveram recuo mensal de 5,1% em março, o mais acentuado desde janeiro de 2009. O superávit comercial alemão, por sua vez, ficou em 12,8 bilhões de euros (US$ 13,9 bilhões) em março.   Bolsas da Ásia fecham em alta - As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada nesta sexta-feira, favorecidas por sinais de alívio nas recentes tensões comerciais entre EUA e China em meio à pandemia do novo coronavírus. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,83%. Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei se valorizou 2,56%, enquanto o Hang Seng avançou 1,04% em Hong Kong e o sul-coreano Kospi subiu 0,89% em Seul. Na Oceania, o S&P/ASX 200 avançou 0,50% em Sydney, também ajudado por um plano anunciado pelo governo australiano de relaxar medidas de restrições ligadas ao coronavírus até julho. O dólar estava a 106,35 ienes, ante 106,31 ienes no fim da tarde de ontem.   PMI de serviços do Japão cai a 21,5 em abril -O índice de preços de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços do Japão despencou de 33,8 em março para 21,5 em abril, na maior queda da série histórica, informou a IHS Markit. A linha dos 50 separa a atividade do setor entre expansão e contração.   Petróleo avança - Os contratos futuros de petróleo sobem nesta manhã, revertendo a queda de ontem, em reação a sinais de alívio nas recentes tensões comerciais entre EUA e China em meio à pandemia de coronavírus. Após o colapso nos preços da commodity em abril, o mercado opera na expectativa pelo relatório sobre poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos, medido pela Baker Hughes (14h00). Às 7h25, o barril do petróleo WTI para julho subia 2,34% na Nymex, a US$ 25,41, enquanto o do Brent para o mesmo mês avançava 1,26% na ICE, a US$ 29,83.
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