[BOLETIM] EXTERIOR MELHORA, MAS CAUTELA COM CORONAVÍRUS PERSISTE EM MEIO MEDIDAS LOCAIS

Blog, Cenário
O mercado local deve se ajustar à melhora das bolsas e do petróleo no exterior, enquanto o dólar recua, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se mostrar confiante de que Arábia Saudita e Rússia chegarão logo a um acordo para encerrar a guerra de preços de petróleo. No entanto, os investidores seguem cautelosos com a disseminação do coronavírus e aguardam os pedidos semanais de auxílio-desemprego dos EUA, que devem continuar na casa dos milhões, elevando expectativas pelo relatório de empregos de março, o payroll, que sai amanhã. Os casos de infecção nos EUA dobraram entre sexta-feira e ontem, para mais de 200 mil, mantendo o país como epicentro da pandemia. E a Casa Branca estima que a Covid-19 poderá matar entre 100 mil e 240 mil pessoas no território americano. No Brasil, há pelo menos 240 mortos pela doença e 6.836 pessoas contagiadas, incluindo uma indígena do Amazonas. Mas o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, diz que a quantidade real de contaminados é maior, devido à falta de testes disponíveis, e voltou a defender o distanciamento social como forma de evitar uma explosão de casos no País. O humor pode ser afetado ainda pela lentidão do governo para colocar em prática as medidas emergenciais anunciadas - o auxílio de R$ 600, por exemplo, demorou 48 horas para ser sancionado, com três vetos, e só há uma data, 10 de abril, para iniciar o pagamento aos inscritos do Bolsa Família. Além disso, o governo anunciou ontem um programa que permite redução de jornada e salário em 25%, 50% e até 70% por até três meses, por meio de acordos individuais - entre empregador e empregado - ou coletivos. Deve ficar no radar a previsão de que 3,2 milhões de trabalhadores devem perder o emprego e que outros 24,5 milhões receberão o benefício emergencial de manutenção do emprego, que prevê redução de jornada e salários ou suspensão de contratos. Além disso, pode pesar também a postura contraditória reincidente do presidente Jair Bolsonaro sobre a necessidade do isolamento social. Ontem à noite, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o Brasil está com um "grande problema" com o coronavírus e que o País "precisou parar", referindo-se à conversa que teve por telefone pela manhã com Bolsonaro. Mesmo depois desse telefonema, no fim da tarde, o presidente brasileiro voltou a defender a liberação gradual das regras de distanciamento para a retomada da economia, em entrevista à Band TV. Ele avaliou que governadores, a maioria defensora das restrições recomendadas pelo Ministério da Saúde, terão dificuldades de pagar salários diante da queda na receita. "Quero ver como os governadores vão pagar a folha de maio, junho", disse, "Duvido que paguem e vão ter de recorrer ao governo federal", completou. No mercado de juros, podem ainda ocorrer ajustes adicionais, após o anúncio do Federal Reserve, pouco antes das 18h, de que excluirá temporariamente, até 31 de março de 2021, os títulos do Tesouro americano e os depósitos no próprio Fed do cálculo para a taxa de alavancagem suplementar de grandes bancos. A intenção é "aliviar as tensões no mercado de Treasuries e aumentar a capacidade das organizações bancárias de fornecer crédito a famílias e empresas". Também é vista como positivo para a curva o cancelamento do leilão ordinário das Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F) programado para hoje e a alteração no cronograma de ofertas de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), que passarão a ser realizadas semanalmente a partir desta quinta-feira.   Fenabrave no radar local - Hoje tem a divulgação das vendas de veículos compilados pela Fenabrave, que reúne as concessionárias. Além disso, saem os dados da arrecadação de fevereiro (10h00). O Tesouro leiloa LTN e LFT (11h00) e o BC faz swap cambial tradicional de até 10 mil contratos (US$ 500 milhões). O Banco Central divulga hoje, às 8h30, os votos da reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), realizada ontem à noite.   Condições empresariais em NY e PMI da China no radar - No exterior, destaque para a balança comercial dos EUA de fevereiro (9h30) e os pedidos de auxílio-desemprego pelos americanos da semana passada no mesmo horário, além de encomendas à indústria em fevereiro (11h00) e índice ISM de condições empresariais de NY de março (10h45). Na China, sai o IHS Markit/Caixin revela o Índice de gerentes de compras (PMI) composto de março. (22h45).   IPC-Fipe sobe 0,10% em março - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,10% em março, de 0,11% em fevereiro, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana do mercado, de +0,11%, mas dentro do intervalo de 0,07% a 0,15%, de acordo com pesquisa do Projeções Broadcast.   Economia/Bianco: cias com faturamento de até R$ 4,8 mi podem suspender todos funcionários - O governo permitirá que empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões suspenda o contrato com todos os seus funcionários por até dois meses. Os salários serão cobertos pelo novo programa de auxílio anunciado, com limite de valores pagos pelo seguro desemprego. Acima desse faturamento, as empresas terão que manter 30% da folha de pagamentos. O governo estima que as medidas atingem mais de 150 milhões de brasileiros.   DOU: Governo publica MP do emprego, decreto que zera IOF no crédito e adiamento do IR - O governo federal formalizou no Diário Oficial da União (DOU) algumas das medidas anunciadas ontem para o enfrentamento dos efeitos do novo coronavírus na economia do País. A Medida Provisória 936/2020, que cria um programa emergencial para garantir empregos, foi publicada ainda ontem em edição extra do Diário Oficial. A MP permite redução de jornada e salários ou suspensão de contratos e cria um benefício emergencial para o trabalhador. Na conta do governo, 24,5 milhões de trabalhadores serão afetados ou por redução de jornada e salários ou por suspensão de contratos e, por isso, terão direito ao benefício. O programa quer proteger 8,5 milhões de postos de trabalho e deve custar R$ 51,2 bilhões aos cofres públicos. A 'MP do Emprego' foi detalhada ontem pelo governo.   Câmara aprova projeto que permite adiar recolhimento de INSS de funcionários - A Câmara aprovou, em sessão virtual, projeto que permite às empresas adiarem, por dois meses prorrogáveis por mais 30 dias, o recolhimento patronal da contribuição previdenciária de funcionários. A medida precisa ser ainda analisada pelo Senado. O texto aprovado prevê possibilidade de parcelamento em 12 meses após o período.   Senado amplia alcance de auxílio emergencial para mães adolescentes e homens chefes de família - O Senado aprovou o texto-base de um projeto ampliando o alcance do benefício a ser pago a trabalhadores informais, intermitentes e microempreendedores individuais (MEIs). A nova proposta, que ainda dependerá do aval da Câmara, garante o pagamento para homens chefes de família e mães adolescentes.   Relatório da PEC da guerra excluiu representantes do Congresso de comitê gestor - Uma das mudanças no relatório do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) à proposta de emenda constitucional do Orçamento de Guerra foi excluir da composição do Comitê de Gestão de Crise membros do Congresso. O colegiado será responsável por aprovar as ações do regime emergencial; criar, eleger, destituir e fiscalizar. O presidente Jair Bolsonaro vai presidir o comitê.   Receita prorroga prazo para entrega do IRPF para 30/6 - O secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, anunciou nesta quarta-feira a prorrogação do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda do dia 30 de abril para 30 de junho.   ANP adia 17ª rodada de licitações de áreas exploratórias de petróleo e gás - A 17ª Rodada de Licitações de áreas de petróleo e gás foi adiada pela ANP. No leilão, que estava previsto para acontecer neste ano, vão ser oferecidos blocos de pós-sal em regime de concessão. Uma nova data para a realização da licitação ainda será definida.   Depois de fracasso com "o Brasil não pode parar", governo lança slogan "ninguém fica para trás" - Depois da repercussão negativa da campanha "o Brasil não pode parar", o governo lança novas peças publicitárias esta semana com o mote "ninguém fica para trás" para falar sobre a covid-19 nas redes sociais. A secretaria de comunicação não fala explicitamente do isolamento, mas destaca as medidas anunciadas pelo governo.   Rede Madero demite mais de 600 funcionários - A rede de restaurantes Madero demitiu, nesta quarta-feira, 1º, pouco mais de 600 funcionários, confirmou o empresário Junior Durski, controlador da empresa, ao Estadão. Um dos empresários com a imagem mais ligada ao presidente Jair Bolsonaro, o dono do Madero causou polêmica ao defender, nas redes sociais, o fim do isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde e pela OMS.    SINAL POSITIVO NO EXTERIOR   Futuros de NY sobem mais de 1%, europeias têm menos fôlego - Os futuros de Nova York sobem com força, enquanto as bolsas da Europa têm alta moderada nesta manhã, mas investidores continuam atentos ao avanço do coronavírus, em especial nos EUA, cujos casos da doença dobraram para mais de 200 mil entre sexta-feira e ontem. Também no radar está a pesquisa semanal de pedidos de auxílio-desemprego dos EUA, que deverão mais uma vez estar na casa dos milhões. Às 7h20, o Dow Jones futuro subia 1,81% e o S&P500 futuro tinha alta de 1,66%. A Bolsa de Londres subia 0,28%, a de Frankfurt avançava 0,38% e a de Paris se valorizava 0,70%. O euro estava em US$ 1,0928, de US$ 1,0953 no fim da tarde de ontem; a libra estava em US$ 1,2470, de US$ 1,2396. O índice DXY, que mede a variação dólar em relação a outras moedas fortes, caía 0,16%, a 99,513.   PPI da zona do euro cai mais que o previsto em fevereiro -O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 0,6% em fevereiro ante janeiro, segundo dados publicados hoje pela Eurostat, como é conhecida a agência oficial de estatísticas da União Europeia. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda menor, de 0,4%.   Bolsas da Ásia fecham em alta - As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, impulsionadas por ações de petrolíferas, em meio a esperanças de que Arábia Saudita e Rússia possam chegar a um acordo. O Xangai Composto subiu 1,69%. O Hang Seng se valorizou 0,84% em Hong Kong, e o sul-coreano Kospi teve alta de 2,34% em Seul, mas o japonês Nikkei foi na contramão e recuou 1,37% em Tóquio. O S&P/ASX 200 caiu 1,98% em Sydney. Às 7h20, o dólar caía a 99,53, de 107,08 ienes no fim da tarde de ontem.   Petróleo salta mais de 10% - Os contratos futuros do petróleo operam em alta que supera 10% na madrugada desta quinta-feira, após o presidente dos EUA, Donald Trump, prever ontem que Arábia Saudita e Rússia deverão fechar um acordo em breve e encerrar a guerra de preços das últimas semanas. Às 7h25, o petróleo WTI para maio subia 9,50%, a US$ 22,24 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho avançava 10,19%, a US$ 27,26 o barril.
Gostou do post? Compartilhe:

Pesquisar

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Categorias

Newsletter

Captcha obrigatório
Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!

Posts relacionados

Receba nossos conteúdos por e-mail
Captcha obrigatório
Seu e-mail foi cadastrado com sucesso!

Copyright © 2023 Broker Brasil. Todos os direitos reservados

Abrir bate-papo
Olá!
Podemos ajudá-lo?