BOLSA TEM 2ª MELHOR SEMANA DO ANO COM SALTO DA PETROBRAS; DI CURTO SOBE COM IPCA

Blog, Cenário

Emendando sete ganhos consecutivos, período em que subiu mais de 6%, o Ibovespa terminou a semana aos 108.463,84 pontos, uma valorização de 0,19% na sessão e 3,15% ante a sexta-feira passada. Foi a segunda maior alta semanal no ano e a maior sequência de altas desde agosto do ano passado. Por trás desse rali está a percepção que os ativos brasileiros seguem descontados em relação ao pares internacionais. Mas, sobretudo, o salto dos papéis da Petrobras (ON +3,52% hoje e +8,77% na semana; PN +3,22% e +9,38%) deu o suporte. Embora a perspectiva seja de queda dos combustíveis na semana que vem, a empresa apresentou dividendos acima do esperado pelos agentes além de lucro surpreendente e redução da dívida bruta. Também há a aposta na queda da Selic no segundo semestre - ainda que os juros futuros tenham aparado as chances de baixa hoje depois do IPCA acima da mediana e com composição ruim. De todo modo, a percepção é que o diferencial de juros no Brasil seguirá atrativo para a renda fixa, elevando o ingresso de recursos no País e dando viés de queda para o dólar. A subida da Bolsa ajuda adicionalmente, também com a entrada de dólar do estrangeiro. A moeda americana terminou o dia em R$ 4,9234, baixa de 0,27% na sessão e 0,41% na semana. O movimento dos três mercados destoou do exterior. Ao longo da semana, aumentaram os temores em relação à atividade econômica nos Estados Unidos e na China, trazendo alguma aversão ao risco e queda para as commodities. Além disso, o impasse em torno do teto da dívida americana traz cautela adicional.

•BOLSA

•JUROS

•CÂMBIO

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

O Ibovespa ensaiou uma pausa nesta última sessão de semana em que acumulou ganho de 3,15%, melhor desempenho desde o intervalo entre 10 e 14 de abril, quando havia subido 5,41%. Dessa forma, o índice teve a segunda melhor semana do ano, superada apenas por aquela do mês passado. Hoje, entre mínima de 107.496,89 e máxima de 108.816,78, chegou a oscilar para baixo, mas fechou acima da estabilidade (+0,19%), aos 108.463,84 pontos, com giro financeiro a R$ 25,4 bilhões.

Embora em avanço muito moderado na sessão, foi o sétimo ganho consecutivo para o índice da B3, mais longa série positiva desde os dias 2 a 10 de agosto passado, quando também marcou sete altas. No mês, o Ibovespa sobe 3,86%, limitando a perda do ano a 1,16%. Desde ontem, o Ibovespa sustenta as maiores marcas de fechamento desde 17 de fevereiro. E, no agregado semanal, registrou o terceiro avanço consecutivo, vindo de leves ganhos de 0,69% e 0,06% nas duas anteriores.

Hoje, entre os carros-chefes da B3, destaque para as ações da Petrobras (ON +3,52%, PN +3,22%), na contramão do sinal do petróleo, impelida pela reação favorável do mercado ao balanço trimestral e à distribuição de dividendos anunciados ontem pela companhia. Contudo, o fôlego do índice da B3 foi limitado pelo desempenho de parte dos grandes bancos (Itaú PN -0,92%, BB ON -0,38%, Bradesco ON -0,22%), após série positiva, de recuperação, para o setor financeiro esta semana, em que os ganhos acumulados chegaram a 7,57% (Unit do Santander), considerando as maiores instituições. Vale ON, que operou em baixa na maior parte da sessão, subiu 0,10%.

Na ponta do Ibovespa nesta sexta-feira, Locaweb (+12,01%) e Sabesp (+7,26%), além das duas ações de Petrobras. No lado oposto, JBS (-6,71%), Eztec (-6,46%), Braskem (-4,85%) e CVC (-2,68%).

Na agenda doméstica desta sexta-feira, destaque para a divulgação, pela manhã, do IPCA de abril. "Foi a segunda vez consecutiva que o IPCA finalizou o mês dentro das bandas [da meta de] inflação [no acumulado em 12 meses], atualmente na casa de 4,75%. Ainda assim, a leitura de abril veio acima das expectativas para o mês, o que contribuiu para abertura negativa do índice [Bovespa] na sessão, e para o dólar em alta. A tendência é de que a Selic seja mantida em 13,75% na reunião do Copom em junho, com possibilidade, ainda, de que os cortes comecem em agosto", diz Lucas Serra, analista da Toro Investimentos.

Apesar da percepção de que a Selic caia no segundo semestre, com a leitura desta sexta-feira sobre a inflação, os juros futuros, que vinham fechando, voltaram a ter movimento ascendente hoje, especialmente nos vértices curtos e intermediários, acrescenta o analista. Dessa forma, o índice de consumo, que reúne ações com exposição ao ciclo doméstico, encerrou a sessão da B3 em baixa de 0,45%, enquanto o de materiais básicos, em que estão as ações de commodities, mais correlacionado a preços e demanda externa, subiu 0,49%.

"O resultado de hoje pode reduzir o movimento de queda da expectativa de inflação para 2023", avalia Darwin Dib, economista da Gauss Capital, destacando aspectos negativos na abertura dos dados de abril, como a piora marginal no grupo de Serviços Subjacentes, assim como nos núcleos do índice, cuja variação média subiu de 0,36% para 0,51%. "A deterioração dos núcleos foi acompanhada por maior difusão da elevação dos preços que compõem o IPCA, a 66%, comparada a 60% [no levantamento anterior]", acrescenta o economista.

Depois de um rali de sete sessões, os profissionais do mercado reduziram drasticamente as perspectivas de alta para o índice na próxima semana, conforme mostra o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. De acordo com o levantamento, 16,7% dos participantes esperam que ganhos para a próxima semana. Na edição anterior, esse porcentual era de 37,5%. Por outro lado, dobrou de 25% para 50% a fatia dos que estimam queda do Ibovespa nos próximos cinco pregões. Entre os que esperam estabilidade do indicador, o porcentual teve pouca alteração, passando de 37,5% para 33,3%. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

18:02

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 108463.84 0.19162

Máxima 108816.78 +0.52

Mínima 107496.89 -0.70

Volume (R$ Bilhões) 2.53B

Volume (US$ Bilhões) 5.14B

18:04

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 109650 0.32022

Máxima 109905 +0.55

Mínima 108445 -0.78

JUROS

Os juros futuros encerraram o pregão desta sexta-feira, 12, sem direção definida, com alta das taxas na parte curta da curva e quedas nos trechos intermediário e longo. A percepção dos agentes de mercado é de que o IPCA mais forte do que o esperado em abril mostrou uma inflação ainda resistente no País, o que limitaria o espaço para que o Banco Central possa cortar a taxa Selic, hoje em 13,75%.

Na comparação com os ajustes da véspera, o contrato de DI para janeiro de 2024 avançou de 13,254% para 13,290%, em linha com o para janeiro de 2025 (11,652% para 11,690%). Em contrapartida, houve baixas nas taxas dos DIs para janeiro de 2027 (11,346% para 11,270%) e 2029 (11,713% para 11,600%). O DI para janeiro de 2029 ficou 9 pontos-base abaixo do DI para 2025, de 6,1 pontos acima no pregão anterior.

O IPCA desacelerou de 0,71% em março para 0,61% em abril, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,55%. A surpresa com o índice cheio foi acompanhada também por aceleração da média dos cinco núcleos de inflação acompanhados pelo Banco Central, de 0,37% para 0,51%. Nas contas do Santander Brasil, a média móvel trimestral anualizada e dessazonalizada da inflação acabou praticamente estável, em 8,2%.

A avaliação foi de que os dados mostraram uma dinâmica ainda desafiadora para a inflação, que reforçou a prescrição de "paciência e serenidade" na condução da política monetária que constava na ata do Copom de maio. Em relatórios publicados nesta sexta-feira, o Bradesco afirmou que o IPCA "corroborou a análise do BC", enquanto o Barclays defendeu a necessidade de uma política monetária restritiva nos próximos meses.

"A ideia de que o BC pode cortar menos a taxa Selic, ou pode demorar um pouco mais para cortar, é o que gerou esse ajuste na parte mais curta da curva", afirma o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima. "A queda dos juros longos também responde um pouco à visão de que uma política monetária mais restritiva no curto prazo diminui o risco inflacionário no longo prazo, o que desinclina a curva."

Os sinais de pressão vistos no IPCA de abril se sobrepuseram a outros sinais mais benignos para a inflação, a exemplo das quedas do dólar (-0,27%, a R$ 4,9234) e do petróleo (WTI -1,17%, Brent -1,08%). Mesmo a sinalização do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, de que a empresa pode rever os preços dos combustíveis na semana que vem não apagou as altas dos DIs para janeiro de 2024 e 2025.

A expectativa positiva em relação a um "aprimoramento" do arcabouço fiscal no Congresso permaneceu, mesmo após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter dito em entrevista ao Broadcast que espera que haja "o mínimo de alteração" no texto. Horas depois, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o relator da proposta, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), não sinalizou mudanças significativas no texto.

Durante uma das reuniões trimestrais com o BC, economistas do mercado chegaram a apresentar consenso sobre a ideia de "melhora" do arcabouço fiscal no Congresso, conforme os relatos de participantes da reunião que falaram com o Broadcast sob a condição de anonimato. "Em geral, todo mundo espera que o arcabouço vá ser aprimorado no Congresso", disse a fonte.

Para Lima, da Western, a percepção de um risco de cauda menor a partir da entrega do arcabouço está entre os fatores que permitiram a queda dos juros longos, mas o movimento parece mais relacionado à consolidação da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) encerrou seu ciclo de aperto monetário, o que leva a uma migração de estrangeiros para o mercado de DI.

"O fato externo acaba dominando um pouco e aumenta a demanda do estrangeiro pelo nosso mercado, e eles preferem a parte longa da curva", explica. (Cícero Cotrim - [email protected])

Volta

CÂMBIO

O dólar à vista emendou nesta sexta-feira, 12, o quarto pregão consecutivo de queda no mercado doméstico de câmbio, na contramão da onda de valorização da moeda americana no exterior. Afora uma alta pontual na abertura dos negócios, a divisa trabalhou em baixa durante toda a sessão e chegou a esboçar o rompimento do piso de R$ 4,90 pela manhã, quando registrou mínima a R$ 4,9090 (-0,56), após a leitura do IPCA de abril acima da mediana das expectativas sugerir pouco espaço para redução da taxa Selic no início do segundo semestre.

Com diminuição das perdas entre o fim da manhã e o início da tarde, o dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,27%, cotado a R$ 4,9234 - menor valor de fechamento desde 14 de abril. Nas últimas quatro sessões, a moeda acumulou desvalorização de 1,75%. Como houve alta de 1,37% na segunda-feira, 8, o dólar terminou a semana com queda modesta (-0,41%).

No exterior, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes - superou o nível dos 102,000 pontos, com máxima aos 102,712 pontos, à tarde. Divisas emergentes e de países exportadores de commodities também sofreram, à exceção, além do real, dos pesos chileno e colombiano.

O gatilho para a busca de proteção na moeda americana hoje foi a queda da confiança ao consumidor americano em abril e o avanço das expectativas de inflação para cinco anos, segundo dados da Universidade de Michigan. Crescem os temores de desaceleração mais forte da atividade dos EUA com possibilidade de manutenção de política monetária restritiva por mais tempo.

No ambiente global, o saldo da semana foi positivo para o dólar, com o índice DXY acumulando alta de mais de 1% e avanço da moeda americana na comparação com quase todas as divisas emergentes. As exceções foram as três divisas latino-americanas mais relevantes: real, peso mexicano e peso chileno.

O diretor de gestão da Azimut, Leonardo Monoli, observa que o real tem sido beneficiado pela combinação de taxa de juros elevada e sazonalidade favorável para a balança comercial, em meio a uma safra agrícola muito expressiva. "O Brasil continua medíocre, mas tem dois dos melhores produtos do mundo: taxa de juros na lua e commodities", afirma o gestor, acrescentando que a queda das taxas futuras longas no Brasil mostram redução da percepção de risco fiscal.

Na visão de Monoli, o texto do novo arcabouço, mais calcado no aumento de receitas, está longe do ideal, mas evita um problema fiscal no curto prazo e impede uma trajetória explosiva da relação dívida pública/PIB. Mais: o arcabouço vem depois de temores de uma degringolada mais severa das contas públicas, na esteira da aprovação da PEC da Transição e de incertezas provocadas por discursos mais radicais "do novo mandatário", uma referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além das regras fiscais, investidores monitoram a possibilidade de mudança na meta de inflação. Segundo Monoli, uma alteração da meta de 2024 de 3% para 3,5% seria bem absorvida pelo mercado, que já digeriu a indicação do secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a diretoria de Política Monetária do Banco Central. "Tudo mais constante, o real tem espaço para se apreciar mais", afirma o diretor da Azimut, acrescentando que no exterior, a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA mostra desaceleração moderada da inflação, o que alimenta perspectiva de que o Federal Reserve interrompa o ciclo de alta de juros.

Por aqui, o IBGE informou pela manhã que o IPCA desacelerou de 0,71% em março para 0,61% em abril, mas veio acima da mediana das estimativas do Broadcast (0,55%). Segundo o IBGE, o índice de difusão do IPCA subiu de 60% em março para 66% em abril.

"Esse resultado do IPCA é um empecilho para que o Banco Central comece a reduzir os juros no começo do segundo semestre. O real é beneficiado pela perspectiva de termos taxa elevada por mais tempo", afirma sócio da Nexgen Capital Felipe Izac, acrescentando que a moeda brasileira também é impulsionada por um fluxo vendedor expressivo por parte de exportadores. "Graficamente, o dólar tem uma resistência muito forte por volta de R$ 4,91. Se fechar abaixo disso, é bem provável que recue ainda mais". (Antonio Perez - [email protected])

18:02

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 4.92340 -0.2694 4.95630 4.90900

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 4941.000 -0.20198 4974.500 4926.500

DOLAR COMERCIAL 4973.000 -0.5002 4973.000 4973.000

MERCADOS INTERNACIONAIS

A possibilidade de o Federal Reserve (Fed) ter que manter os juros restritivos por mais tempo, renovada por dados de expectativas de inflação dos EUA de longo prazo, fortaleceu rendimentos dos Treasuries e pesou sobre o mercados acionários de Wall Street nesta tarde. Em Nova York, o Nasdaq liderou as perdas entre os três principais índices, com Tesla sob particular pressão em meio a especulações sobre o futuro do CEO Elon Musk na montadora de elétricos. Novos alertas dos possíveis efeitos negativos do impasse sobre o teto da dívida americana contribuíram para a cautela dos mercados. Este cenário ajudou o dólar a se valorizar de maneira disseminada ante pares globais, destacando-se ante o rand sul-africano na esteira de tensões diplomáticas com os Estados Unidos. Já na Argentina, investidores observaram o dado mais recente de inflação, que acelerou à taxa anual de 108,8% em abril.

As expectativas de inflação em 5 anos dos Estados Unidos subiram 3,0% em abril para 3,2% em maio, segundo uma leitura preliminar da Universidade de Michigan, que revelou também uma deterioração no sentimento do consumidor, de 63,5 a 57,7 no mesmo período. Para a Pantheon, os dados apontam que é pouco provável uma guinada na política do Fed para um viés dovish, embora os juros pareçam ter atingido seu pico. Mais cedo, a diretora do BC americano, Michelle Bowman, observou que os dirigentes devem se preparar para continuar a elevar os juros tendo em vista a inflação alta persistente e o mercado de trabalho apertado.

Já a Capital Economics avalia que a piora no sentimento do consumidor, em seu menor nível desde novembro do ano passado, pode ser consistente com uma queda do consumo no segundo trimestre, em meio ao aperto nas condições de crédito. A consultoria destaca que as leituras finais para o índice em maio e junho podem ser ainda menores, caso as negociações do teto da dívida sejam resolvidas em cima da hora.

Hoje, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, voltou a alertar que o país pode enfrentar uma "catástrofe financeira" se o Congresso não aumentar o teto da dívida antes de junho e advertiu dos efeitos que a inadimplência teria sobre o rating de crédito soberano. Presidente do Banco Mundial, David Malpass também reforçou que "a angústia" seria negativa para todos os países, ampliando os problemas da economia global com o aumento nas taxas de juros e altos níveis de dívidas já sufocando investimentos produtivos.

Em meio as preocupações macroeconômicas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a indicação de Philip Jefferson como vice-presidente e Adriana Kugler como integrante do conselho de diretores do Fed, além de apontar Lisa Cook para um mandato integral adicional como diretora da instituição.

O cenário incerto elevou a cautela durante o pregão, pressionando o mercado acionário em Wall Street. O índice Dow Jones encerrou o pregão em queda de 0,03%, a 33.300,62 pontos; o S&P 500 caiu 0,16%, a 4.124,08 pontos; e o Nasdaq recuou 0,36%, a 12.284,74 pontos. Na semana, as baixas foram de 1,11%, 0,29%, respectivamente, e alta de 0,40% do Nasdaq, que recebeu suporte ao longo da semana após novidades sobre desenvolvimento de inteligência artificial da Alphabet.

Entre os destaques, o setor bancário permaneceu em baixa, com queda nos bancos Wells Fargo (-2,19%), JPMorgan (-1,43%), Citigroup (-1,26%) e Bank of America (-1,10%). Protagonista de recentes turbulências bancárias, o PacWest recuou 2,99%. Já a Tesla perdeu 2,38%, em meio a especulações entre traders sobre o possível afastamento do CEO da empresa, Elon Musk, após o bilionário confirmar que Linda Yaccarino, ex-executiva da emissora NBC, o substituirá na liderança do Twitter.

Na renda fixa, os rendimentos dos Treasuries recompuseram parte das perdas recentes, apoiados pelo dado de expectativas de inflação. No final da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 3,983%, o da T-note de 10 anos aumentava a 3,469%, e o do T-bond de 30 anos marcava alta a 3,779%.

Já o dólar foi beneficiado pelo clima de cautela, em especial contra o rand sul-africano, que alcançou mínimas históricas diante de tensões com os Estados Unidos. Um diplomata americano acusou a África do Sul de fornecer armas à Rússia para apoiá-la na guerra na Ucrânia. Por volta das 17 horas (de Brasília), o dólar subia a 135,70 ienes e a 19,3296 rands sul-africanos, o euro recuava a US$ 1,0855 e a libra tinha baixa a US$ 1,2449. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou 0,61%, a 102,681 pontos, com alta de 1,45% na comparação semanal.

A alta do dólar pesou sobre as commodities e ampliou a volatilidade sobre o petróleo, em meio também a notícias sobre a cadeia de oferta do óleo. No fechamento, o petróleo WTI para junho cedeu 1,17% (-US$ 0,83), em US$ 70,04 o barril e o Brent para julho caiu 1,08% (-US$ 0,81), a US$ 74,17 o barril. Na comparação semanal, os contratos recuaram 1,82% e 1,50%, respectivamente.

Entre emergentes, a inflação voltou a acelerar na Argentina, registrando alta de 8,4% em abril, na comparação com março, e avanço de 108,8% no confronto anual, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). (Laís Adriana - [email protected])

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