A combinação de uma ata do Comitê de Política Monetária lida como hawkish e ainda a assimilação do mercado ao nome de Gabriel Galípolo na diretoria de Política Monetária do Banco Central causou a elevação dos juros futuros nesta terça-feira. A percepção dos agentes é que o BC ainda deve manter o tom duro ao menos até a próxima reunião do Copom, em junho, com indicações de cortes só mais à frente. Quanto a Galípolo, ele deu hoje as primeiras declarações depois de sua indicação ao BC - e disse que uma de suas missões será ser "facilitador da convergência" entre o BC e a Fazenda. Segue no mercado a visão de que ele agirá mais alinhado com o governo, embora ele tenha ressaltado a autonomia do BC. Assim, as taxas foram para cima de novo, com o DI para janeiro de 2025 subindo 13 pontos-base, a 11,795%. A despeito da pressão das taxas, o bom desempenho das commodities e as apostas em flexibilização da política monetária apoiaram o Ibovespa, que subiu pelo quarto dia seguido. O índice terminou o dia em 107.113,66 (+1,01%), maior cotação de fechamento desde 23 de fevereiro. Embora as tendências para juros e Bolsa tenham sido distintas, ambas ajudaram o real a ter boa performance hoje ante o dólar. Primeiro porque o mercado espera que o diferencial dos juros seguirá alto, atraindo recursos externos. Segundo que as ações permanecem descontadas ante os pares, o que também é um atrativo do capital de fora. Assim, o dólar à vista cedeu aos R$ 4,9875, queda de 0,48%. Em Nova York, arrefeceram as tensões bancárias ao longo do dia, com a subida das ações do PacWest (+2,35%), mas não se dissiparam por completo - tanto que o papel do JPMorgan, por exemplo, cedeu 0,48%. O impasse em torno do teto da dívida dos Estados Unidos também trouxe alguma cautela, refletida na queda dos três principais índices: de 0,17% do Dow Jones, de 0,46% do S&P 500 e de 0,63% do Nasdaq. Há também expectativa com os dados do índice de preços ao consumidor (CPI) de abril, para o qual se espera uma aceleração.
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JUROS
As taxas dos contratos de juros futuros avançaram levemente na sessão desta terça-feira, 9, puxadas inicialmente pelo tom hawkish da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio. Durante a tarde, declarações do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, indicado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central, acentuaram a tendência de alta, embora tenham sido lidas pelo mercado como melhores do que o previsto. A curva, contudo, apresentou leve desinclinação.
Na comparação com o ajuste de segunda-feira, 8, o contrato de DI para janeiro de 2024 avançou de 13,207% para 13,240%, mesmo movimento visto nos vencimentos para janeiro de 2025 (11,665% para 11,795%), 2027 (11,550% para 11,655%) e 2029 (11,951% para 12,050%). O spread entre os contratos para janeiro de 2025 e janeiro de 2029 ficou em 25,5 pontos-base, pouco abaixo do observado na comparação entre os ajustes anteriores (28,6 pontos).
Os primeiros pronunciamentos públicos de Galípolo após a confirmação da sua indicação para o BC foram o destaque da etapa vespertina. Em entrevista coletiva a jornalistas por volta de 15h, o secretário-executivo da Fazenda reforçou seu alinhamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad, mas garantiu ter boa relação com o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e prometeu que terá uma conversa "educada e cordial" dentro da autarquia.
Pouco depois, em entrevista à CNN Brasil, Galípolo repetiu ter bom trato com Campos Neto e os demais membros do Copom e se comprometeu a tentar facilitar a relação entre a Fazenda e a autoridade monetária, que tem sido alvo de críticas do governo por manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. "A minha missão no Banco Central é de ser facilitador de convergência entre o BC e a Fazenda", afirmou.
"Até achei que a curva podia inclinar um pouco mais, porque a nomeação de Galípolo e as declarações poderiam ter tido um tom mais bélico, de forçar o corte de juros, e o fato de ele ter vindo com um discurso mais ameno foi positivo. Por isso, a curva reagiu aumentando o nível, e não inclinando", avalia o gestor de renda fixa da Sicredi Asset, Cassio Xavier Andrade. "As últimas falas colocam um tom para o curto prazo de que ele não necessariamente vai interferir tanto na política monetária."
Apesar da sinalização positiva no curto prazo, o gestor nota que o mercado continua cético com o papel que Galípolo terá no BC no médio prazo, o que sustenta os contratos do trecho intermediário da curva em nível alto. O braço direito de Haddad é favorito para ocupar a Presidência do Banco Central após o fim do mandato de Campos Neto à frente da autarquia, em dezembro do ano que vem.
A ata do Copom de maio também ajudou a sustentar o aumento dos contratos de DI, após o BC reiterar a mensagem de "paciência e serenidade" na condução da política monetária e repetir que vai perseverar na sua estratégia até que as expectativas do mercado convirjam às metas e o processo de desinflação se consolide. Para analistas, o tom do documento mostrou que a autoridade monetária não vislumbra espaço para cortes dos juros nos próximos meses.
"Nossa interpretação é de que a ata do Copom basicamente reafirma o tom do comunicado, sinalizando manutenção da estratégia atual de juro estável em patamar contracionista por período prolongado", diz o superintendente de Pesquisa Macroeconômica do Santander Brasil, Maurício Oreng, em relatório. Pesquisa feita pelo Projeções Broadcast após a divulgação da ata mostra que a mediana do mercado continua indicando Selic em 12,5% no fim de 2023, e a maior parte dos analistas prevê cortes a partir de setembro.
A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, lembra que o mercado ainda aguarda novas informações sobre a tramitação do arcabouço fiscal no Congresso para dosar as apostas de redução dos juros. Na ata, o BC voltou a citar a incerteza sobre o desenho final da regra e o seu impacto nas expectativas do mercado para a dívida pública e a inflação. (Cícero Cotrim - [email protected])
BOLSA
Mesmo com os juros domésticos longos sob pressão como ontem, e o prosseguimento da cautela externa quanto ao teto da dívida americana e os sinais negativos em torno dos bancos regionais, na véspera de nova leitura sobre a inflação nos Estados Unidos, o Ibovespa se manteve descolado de Nova York nesta terça-feira, emendando o quarto ganho diário: mais longa sequência de recuperação desde os cinco avanços entre os dias 24 e 30 de março. No último dia 3, o índice fechou aos 101,8 mil pontos e, desde então, a retomada chega a 5,3 mil pontos neste começo de maio.
Hoje, a referência da B3 oscilou entre 105.549,08 e 107.731,10 (+1,59%) para fechar em alta de 1,01%, aos 107.113,66 pontos, no maior nível desde 23 de fevereiro, então aos 107.592,87. Enfraquecido em relação às duas sessões anteriores, em que havia se reaproximado do limiar de R$ 30 bilhões, o giro financeiro ficou em R$ 21,9 bilhões nesta terça-feira. Na semana, o Ibovespa sobe 1,87% e, no mês, 2,57%, limitando as perdas no ano a 2,39%. Em Nova York, os principais índices de ações fecharam o dia em baixa entre 0,17% (Dow Jones) e 0,63% (Nasdaq) na sessão.
"O índice deu prosseguimento ao movimento do dia anterior, mesmo sem apoio de Nova York e dos juros futuros, com retomada das ações de bancos e também de commodities - em que a China, apesar dos dados mistos sobre o comércio exterior, tem mostrado em geral nível de atividade melhor do que as demais economias, que têm piorado na margem", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Assim, como na segunda-feira, os segmentos mais líquidos e de maior peso no índice avançaram, e mesmo as utilities, que ontem haviam operado na contramão do Ibovespa, subiram hoje, com Eletrobras à frente (ON +4,13%, PNB +3,82%), mais do que recuperando as perdas da elétrica no dia anterior. Na ponta ganhadora do índice na sessão, ações do setor de consumo, como Natura (+15,08%), Magazine Luiza (+6,98%), Via (+5,05%) e Renner (+4,17%), além de IRB (+5,50%). No lado oposto, Raízen (-3,93%), Yduqs (-2,95%), TIM (-2,86%) e Hapvida (-1,37%).
Entre as blue chips, Petrobras (ON +0,77%, PN +0,33%) e Vale (ON +1,03%) mostraram hoje ganhos mais modestos, o que restringiu o dinamismo do Ibovespa ao longo da tarde. Algumas ações de bancos, por sua vez, acabaram fechando o dia em baixa, como PN de Bradesco (-0,98%) e BB ON (-0,30%).
Destaque da agenda doméstica, a ata do Copom, divulgada pela manhã, corroborou a impressão conservadora deixada no comunicado emitido pelo colegiado na noite de quarta-feira passada, quando, conforme esperado, manteve a Selic em 13,75%, sem sinais de flexibilização da taxa de juros, no curto prazo. A ata chega no dia seguinte à confirmação de que o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, é o escolhido do governo para ocupar a diretoria de Política Monetária do Banco Central, em aberto desde o fim de fevereiro.
"A ata veio igual ao comunicado, sem novidades, com uma linguagem mais 'light' quanto a elevar juros, mas sem sinalização alguma quanto a corte para [a reunião de] junho. No segundo semestre, com as expectativas de inflação parando de crescer e caindo um pouco mais, quem sabe podem vir, a partir de agosto, pequenos cortes de 25 pontos-base, considerando o horizonte relevante, de 18 meses, usado pelo Banco Central [com relação à meta de inflação]", diz Igor Barenboim, sócio e economista-chefe da Reach Capital.
"Galípolo é um cara articulado e capaz de construir consensos, conhecedor do sistema financeiro, o que pode contribuir para que se comece a cortar a Selic em 25 pontos-base em agosto - quando certamente estará nomeado -, chegando ao fim do ano a 12,75%, de 25 pontos em 25 pontos até lá", acrescenta o economista, para quem a escolha retira um pouco do "risco de cauda".
"É um nome alinhado ao governo, mas foi presidente de banco - um nome bom dentro do universo possível. E quando sentar na cadeira, não será o Galípolo do PT, amigo do Lula. O BC tem institucionalidade: ele precisará envolver o corpo técnico e construir consensos. Terá responsabilidades, sem estripulias", acrescenta. (Luís Eduardo Leal - [email protected])
18:02
Índice Bovespa Pontos Var. %
Último 107113.66 1.01046
Máxima 107731.10 +1.59
Mínima 105549.08 -0.46
Volume (R$ Bilhões) 2.19B
Volume (US$ Bilhões) 4.38B
18:03
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
Último 108650 1.53257
Máxima 109060 +1.92
Mínima 106570 -0.41
CÂMBIO
O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira, 9, em baixa de 0,48%, cotado a R$ 4,9875, devolvendo parte da alta de 1,37% no pregão de ontem, na esteira da confirmação do nome do secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a diretoria de Política Monetária do Banco Central. Pela manhã, a divisa chegou até a esboçar um avanço pontual, atingindo máxima a R$ 5,0375, mas não se sustentou muito tempo em terreno positivo e, com renovação sucessiva de mínimas no início da tarde, desceu até R$ 4,9735.
Operadores atribuíram a recuperação do real a ajustes de posições e movimento de realização de lucros no mercado futuro de câmbio. O tom duro da ata do Copom, que afasta a perspectiva de redução de juros já na virada do semestre, fluxo financeiro para a bolsa e internalização de recursos por exportadores teriam contribuído para segurar o dólar no mercado doméstico.
No exterior, a moeda americana subiu em relação ao euro e à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, em dia de baixo apetite ao risco diante de preocupações com o setor bancário americano e resultado abaixo do esperado da balança comercial chinesa. Pares do real, como o peso mexicano e, em especial, o peso chileno, contudo, foram na contramão e ganharam força em relação ao dólar.
"O real se desvalorizou muito ontem com a indicação de Galípolo aumentando o temor de pressão sobre o Banco Central e hoje está devolvendo um pouco com a ata do Copom sinalizando que não vai ter redução de juros tão cedo", afirma o sócio da Nexgen Capital Felipe Izac, para quem Galípolo é um nome "técnico" e com boa passagem no mercado financeiro, mas está identificado com as ideias do governo sobre a política monetária. "Além do ajuste de ontem, vi um movimento forte de entrada de capital, com diversas empresas exportadoras colocando ordens depois que o dólar bateu máxima".
À tarde, Galípolo fez seu primeiro pronunciamento após ser indicado ao BC e concedeu entrevista. Ele se esquivou de comentar a ata do Copom, algo que julgou inadequado antes de ser sabatinado pelo Senado. O secretário-executivo da Fazenda disse que mantém uma boa relação com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e que recebeu de Haddad a missão de evitar que as políticas monetárias e fiscal sigam caminhos distintos
Após a ministra do Planejamento, Simone Tebet, falar pela manhã que acredita em uma surpresa boa do lado da inflação, Galípolo observou que o boletim Focus desta semana trouxe redução das projeções para o IPCA. Ele afirmou que "todo mundo quer baixar os juros" e que a direção do BC "não tem satisfação em ter juro alto".
A ata do Copom manteve o tom do comunicado da semana passada, quando o colegiado do BC decidiu manter a taxa Selic em 13,75%. O cenário de retomada do ciclo de alta de juros passou a ser "menos provável", mas as expectativas de inflação seguem desancoradas. A reoneração dos combustíveis e apresentação da proposta de arcabouço fiscal "reduziram parte da incerteza advinda da política fiscal", embora ainda seja preciso esperar o desenho final "a ser aprovado pelo Congresso".
Pela manhã, o relator do projeto do novo arcabouço, deputado Cláudio Cajado (PP-BA) disse que deve entregar o relatório até quinta-feira, 11. Parlamentares ouvidos pelo Broadcast Político disseram, contudo, que a entrega do texto vai ser adiada para a semana que vem. Em Nova York, onde participa de evento Lide Brasil Investments Forum, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), garantiu que as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), como a que vai tratar dos atos golpistas de 8 de janeiro, não vão atrapalhar a votação do novo arcabouço fiscal.
"Parece que o texto do arcabouço vai ser finalmente entregue e deve ser aprovado. Temos bolsa barata em dólar e taxa de juros muito atraente que atraem capital, o que favorece a queda do dólar. Além disso, o fluxo comercial segue forte", afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, que vê a taxa de câmbio oscilando em uma banda entre R$ 4,90 e R$ 5,10 no curto prazo. (Antonio Perez - [email protected])
18:02
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 4.98750 -0.4789 5.03750 4.97350
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
DOLAR COMERCIAL FUTURO 5010.500 -0.49648 5059.500 4996.000
DOLAR COMERCIAL 5053.000 -0.06762 5060.500 5053.000
MERCADOS INTERNACIONAIS
A recuperação da ação do PacWest chegou a fornecer apoio pontual aos bancos em Nova York, mas uma piora do clima nos minutos finais do pregão manteve os três principais índices acionários no vermelho. A cautela reflete uma confluência de incertezas que ainda pairam sobre os mercados, de tensões bancárias a dúvidas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed). À tarde, o presidente do Federal Reserve (Fed) em Nova York, John Williams, afirmou não projetar relaxamento monetário este ano, o que renovou o impulso do dólar e dos rendimentos dos Treasuries. Os retornos já vinham sustentados pelo impasse no teto da dívida dos Estados Unidos, tema da reunião entre o presidente americano Joe Biden e congressistas marcada para após o fechamento dos negócios. Apesar do quadro incerto, o petróleo conseguiu se recuperar e fechou em alta, depois que o Departamento de Energia (DoE) reduziu previsão para os preços de diesel e gasolina durante o verão americano.
O PacWest encerrou uma sessão marcada por volatilidade subindo 2,35% no final da tarde em Nova York. A melhora do banco chegou a oferecer fôlego limitado para outras empresas do setor, com Metropolitan Bank, Wells Fargo e Citi subindo 0,74%, 0,42% e 0,35%. Contudo, a aversão ao risco pesou sobre o mercado acionário, à medida que investidores ponderam sobre a saúde do setor bancário e aguardam a divulgação nesta quarta-feira da inflação ao consumidor nos EUA. Assim, o índice Dow Jones cedeu 0,17%, o S&P 500 baixou 0,46% e o Nasdaq caiu 0,63%. Entre as ações de destaque, o Western Alliance teve queda de 1,35%, o Goldman Sachs perdeu 0,53% e o JP Morgan cedeu 0,48%.
Uma pesquisa da S&P Global apontou que o apetite por risco dos investidores nos Estados Unidos chegou a seu menor nível desde o começo da série histórica, em outubro de 2020. No setor financeiro, o sentimento se deteriorou para uma mínima em meio aos estresses do setor bancário. Em relatório, a Fitch projeta que os bancos americanos terão desempenho mais fraco neste ano por conta das recentes turbulências bancárias, mas aponta que os altos níveis de lucratividade, capitalização, qualidade de ativos e liquidez devem ajudá-los a enfrentar os desafios.
Nesta tarde, Williams ressaltou que o Fed não deseja necessariamente uma consolidação nos bancos americanos, porém a questão é ter um sistema forte. O dirigente afirmou que vê sinais de aperto no crédito e não espera recessão da economia, no entanto, ainda deve levar tempo até retornar inflação à meta de 2% nos Estados Unidos e, por isso, não projeta cortes dos juros básicos este ano. A próximas decisões do Fed dependerão da evolução dos indicadores macroeconômicos e das condições de crédito no país, comentou Williams.
A perspectiva de juros altos por mais tempo renovou o impulso estabelecido pela fuga de ativos de risco entre o dólar e os rendimentos dos Treasuries, elevando o prêmio da T-note de 2 anos acima do nível de 4,0%. Por volta das 17 horas (de Brasília), o dólar subia a 135,26 ienes, o euro recuava a US$ 1,0964 e a libra tinha alta a US$ 1,2621, esta bem perto da estabilidade. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou ganho de 0,22%, a 101,605 pontos. No horário indicado, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,028%, o da T-note de 10 anos aumentava a 3,524% e o do T-bond de 30 anos marcava alta a 3,855%.
O BMO Capital Markets analisa que as discussões sobre o teto da dívida também estiveram em foco nas mesas de operação dos Treasuries, tendo em vista a aproximação de um possível default técnico em junho. Após o fechamento dos mercados, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, iniciou uma conversa com congressistas americanos sobre o teto da dívida, diante do impasse entre democratas e republicanos. Participam do encontro o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, e o deputado Hakeem Jeffries, que lidera a bancada democrata na Casa, além dos líderes da maioria e da minoria do Senado, Chuck Schumer e Mitch McConnell.
Na contramão da aversão ao risco e das incertezas econômicas, o petróleo reverteu perdas registradas pela manhã e fechou em alta, após o DoE divulgar relatório com projeções de curto prazo sobre o mercado de energia. O documento prevê uma queda nos preços da gasolina e diesel durante o período de consumo do verão americano (abril-setembro), o que poderia favorecer a demanda da commodity de acordo com analistas. O DoE também revisou para baixo suas projeções para o petróleo Brent (de US$ 85 para US$ 79) e WTI (US$ 79 para US$ 73) neste ano. No fechamento, o petróleo WTI para junho subiu 0,75% (+US$ 0,55), a US$ 73,71 por barril, enquanto o Brent para julho avançou 0,56% (+US$ 0,43), a US$ 77,44 por barril. (Laís Adriana - [email protected])