COMMODITIES EMBALAM EMERGENTES E FALA DE HADDAD TRAZ MAIS APETITE A ATIVOS LOCAIS

Blog, Cenário

A terça-feira foi marcada pela valorização firme dos preços das commodities nos mercados internacionais, impulsionados por dados melhores do que o previsto da atividade econômica na China. Por consequência, o rali para emergentes, que já era visto desde a virada do ano, ganhou novo fôlego e embasamento. O petróleo WTI voltou à casa de US$ 80 o barril, o cobre saltou 2% em Londres e as commodities agrícolas subiram em sua maioria. A tese é que o gigante asiático seguirá se recuperando na esteira da reabertura econômica, dando tração aos países produtores de materiais básicos. No Brasil, ações da Petrobras (ON +7,04% e PN +6,16%) foram destaque de alta. Papéis ligados à crise da Americanas - como Ambev (+5,00%) e BTG Pactual (+3,26%) - também tiveram alívio, embora a ação da varejista tenha perdido força no fim e cedido 2,06%. Desta forma, o índice subiu aos 111.439,12 pontos, valorização de 2,04%. Declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ajudaram adicionalmente. Em Davos, ele voltou a mencionar a meta de zerar o déficit até o ano que vem, se comprometeu em repensar o arcabouço fiscal até abril e disse ter o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) para que a nova âncora seja crível e sustentável. As falas foram bem recebidas por investidores presentes na Suíça e também pelos operadores do "pacote Brasil". O dólar desceu a R$ 5,1055, queda de 0,84%. Os juros futuros caíram um pouco menos, com alguma desconfiança do mercado quanto à viabilidade das propostas fiscais de Haddad. Ainda assim, a baixa foi superior a 10 pontos-base na maioria dos vértices - o janeiro 2025, por exemplo, recuou 14 pontos, a 12,51%. No exterior, as bolsas trabalharam a maior parte do dia em queda, em meio a balanços considerados ruins. Destaque para o tombo de 6,44% do Goldman Sachs, após o banco publicar resultado com forte queda no lucro, o que pressionou o Dow Jones (-1,14%).

•BOLSA

•CÂMBIO

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

O Ibovespa subiu 2,04% hoje, aos 111.439,12 pontos, impulsionado pelo aumento dos preços de commodities após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China maior do que o esperado em 2022. O índice apagou a perda de 1,54% observada ontem. Agora, acumula alta em 2023 (1,55%). Para analistas, a retomada das negociações em Nova York, o ajuste dos papéis ligados à crise nas Americanas e as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em Davos, também contribuíram para os ganhos.

O destaque do dia ficou com as ações da Petrobras, que avançaram entre 7,04% (ON) e 6,16% (PN), em linha com os ganhos do petróleo na sessão. O futuro do Brent para março fechou o dia em alta de 1,73%, a US$ 85,92 o barril, enquanto o contrato do WTI para fevereiro subiu 0,40%, a US$ 80,18 o barril. "O PIB acima do esperado na China levou a uma subida de commodities e, principalmente, do petróleo, que se reflete nas ações da Petrobras", resume o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni.

As ações de bancos também avançaram ao longo do dia, em um movimento de recuperação após as perdas de ontem. A maior alta foi do Banco do Brasil (+5,87%), que tem baixa exposição à Americanas e ainda reflete declarações da nova presidente do banco, Tarciana Medeiros, que prometeu na noite de ontem gerar "resultados relevantes" para os acionistas. No setor, também registraram ganhos BTG Pactual (+3,26%), Itaú Unibanco (+2,07%), Santander (+0,84%) e Bradesco (+0,70% ON, +0,69% PN).

O movimento dos ativos brasileiros também foi beneficiado pelas declarações de Haddad no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Ao longo do dia, o ministro garantiu que a intenção do governo é votar a reforma tributária ainda no primeiro semestre do ano, que servirá para equilibrar as contas públicas. O petista anunciou ainda que o governo brasileiro vai contar com apoio técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI) para formular a proposta de nova âncora fiscal do País, que deverá ser apresentada até abril.

"O arcabouço tributário gera uma barreira grande para a entrada de investimento de longo prazo. Então, uma reforma tributária é tudo que o mercado espera, e não só de hoje", diz Velloni. "Ter uma fórmula para cobrir o excesso de gastos e aumentar a atração de capital produtivo anima um pouco mais o mercado."

O operador de renda variável da Manchester Investimentos Felipe Cima acrescenta que a sessão de hoje mostrou a manutenção do interesse de investidores estrangeiros pela Bolsa brasileira, em linha com os demais mercados emergentes. Para o analista, o crescimento maior do que o esperado do PIB chinês reforça a perspectiva de preços mais altos de commodities ao longo de 2023, que renova o potencial de entrada de recursos externos nas ações do País ao longo do ano.

Diante da queda do dólar e em toda a curva de juros futuros hoje, o analista diz que a alta do índice de small caps (+1,22%) menor do que a observada no Ibovespa como um todo sugere que o fortalecimento da Bolsa hoje pode estar ligado a um fluxo de recursos estrangeiros. "Quando temos uma queda do DI, a tendência é ver o índice de small caps performando melhor do que o Ibovespa. Esse é um indício que quem está comprando compra mais as large caps, e quem faz esse fluxo é o investidor estrangeiro", nota Cima.

Hoje, o Ibovespa registrou alta em todos os principais índices setoriais da B3: Industrial (+2,15%), imobiliário (+2,24%), consumo (+2,22%), financeiro (+1,88%), materiais básicos (+1,17%) e utilidade pública (+1,34%), além dos ganhos das small caps. Na ponta negativa do índice, as maiores perdas foram observadas nos papéis da Qualicorp (-5,41%), Via (-2,67%), CVC (-2,48%), Americanas (-2,06%) e Magazine Luiza (-1,56%). (Cícero Cotrim - [email protected])

18:14

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 111439.12 2.03865

Máxima 111577.45 +2.17

Mínima 109213.72 0.00

Volume (R$ Bilhões) 2.46B

Volume (US$ Bilhões) 4.80B

18:16

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 112480 2.29174

Máxima 112660 +2.46

Mínima 109960 0.00

CÂMBIO

O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira, 17, cotado a R$ 5,1055, em baixa de 0,84%, o que levou a desvalorização acumulada em janeiro para 3,30%. A apreciação do real se deu em meio a uma onda de valorização de divisas emergentes e de países exportadores de commodities. À perspectiva de uma alta mais comedida dos juros nos EUA somou-se hoje a aposta em desempenho mais robusto da economia da China, que teve crescimento acima do esperado no quarto trimestre de 2022 e reportou dados positivos de indústria e varejo em dezembro.

Por aqui, investidores receberam bem declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O comandante da equipe econômica voltou a falar em reforma tributária neutra, com votação no primeiro trimestre, e prometeu zerar o déficit primário até 2024. Haddad disse que o desenho do novo arcabouço, previsto inicialmente para o primeiro semestre, sairá no máximo até o fim de abril e revelou que o FMI colocou "sua equipe técnica" à disposição para construção de uma regra fiscal "mais crível e sustentável".

Tirando uma alta pontual e bem limitada na abertura dos negócios, quando tocou o nível de R$ 5,14, o dólar manteve o sinal negativo ao longo do dia. À tarde, nos melhores momentos do Ibovespa, a divisa chegou a operar por alguns minutos abaixo do piso de R$ 5,10, registrando mínima a R$ 5,0966 (-1,01%). Operadores relataram entrada de recursos estrangeiros tanto para Bolsa quanto para a renda fixa local.

"Há um otimismo maior com emergentes e os ativos domésticos estão com 'valuations' atraentes. Estamos vendo fluxo estrangeiro migrando para o Brasil", afirma o líder de renda variável da Manchester Investimentos, Marco Noernberg.

Com a volta dos negócios nos mercados americanos, fechados ontem em razão de feriado, o giro melhorou, mas ainda seguiu em níveis reduzidos. Principal termômetro do apetite de investidores, o contrato de dólar futuro para fevereiro movimentou menos de US$ 10 bilhões. Depois de aceitar propostas para venda de apenas 1.300 contratos de swap cambial tradicional (US$ 65 milhões) em rolagem ontem, hoje o BC colocou hoje o lote integral de 16 mil contratos (US$ 800 milhões).

"Ontem, a liquidez estava baixa e o mercado se assustou com a notícia do aumento maior do salário mínimo, o que fez o dólar subir. Mas hoje Haddad foi feliz nas suas declarações, prometendo a nova regra fiscal para abril", afirma o economista Bruno Mori, sócio fundador da consultoria Sarfin, ressaltando que, após os ataques golpistas de 8 de janeiro, o governo Lula parece estar em uma posição melhor para aprovar pautas no Congresso.

Como de costume de ondas de apetite por divisas emergentes, o real se sobressaiu. Entre as 30 moedas globais mais relevantes, teve desempenho inferior apenas ao do peso chileno e do rublo russo. Commodities metálicas, como cobre, e as cotações de petróleo subiram. O contrato do tipo Brent para março, referência para a Petrobras, fechou em alta de 1,73%, a US$ 85,92 o barril.

O PIB chinês desacelerou de 8,1% para 3% em 2022. Mas a reabertura da economia, com o relaxamento da política de Covid Zero, já parece se traduzir em números melhores. No quarto trimestre de 2022, na comparação anual, o PIB chinês cresceu 2,9%, superando a expectativa de analistas (+1,7%). Dados de produção industrial e varejo em dezembro, embora ainda fracos na comparação com dezembro de 2021, também vieram acima do esperado.

O economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, ressalta que indicadores coincidentes de alta frequência indicam que a recuperação da atividade chinesa já é uma realidade em janeiro. "A perspectiva é de crescimento de 5% para o PIB chinês em 2023, o que deve favorecer os preços das commodities ao longo do ano", afirma Oliveira. "China se recuperando, Fed sinalizando fim da alta de juros e Lula com política econômica razoável são drivers para o dólar buscar a cotação de R$ 4,90." (Antonio Perez - [email protected])

18:16

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.10550 -0.8371 5.15830 5.09660

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5121.000 -0.9382 5173.000 5111.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5188.204 13/01    

JUROS

Os juros futuros fecharam o dia em baixa, devolvendo parte da alta registrada ontem, dada a menor tensão com o cenário fiscal e a melhora do apetite ao risco por ativos emergentes que favoreceu boa parte das moedas como o real. De Davos, a sinalização para a área fiscal emitida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi bem recebida, embora sem empolgação, enquanto os dados do PIB da China animaram os investidores. A agenda de indicadores foi limitada ao IGP-10 de janeiro, que ficou bem abaixo do piso das projeções, e o leilão do Tesouro foi considerado fraco.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2024 fechou em 13,47%, de 13,55% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 12,65% para 12,51%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 12,37% (12,48% ontem) e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 12,49% (12,58% ontem).

As preocupações com um possível aumento do salário mínimo acima de R$ 1.320, que ontem pressionaram a curva para cima, hoje foram colocadas em stand by, com a percepção de que a posição contrária de Haddad possa prevalecer. De todo modo, os agentes monitoraram a reunião que o presidente Lula teria nesta tarde com Central Única dos Trabalhadores (CUT) para discutir o aumento e a nova política de reajuste do mínimo. As centrais propõem elevação dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.340.

No Fórum Econômico de Davos, além de reiterar que o governo tentará votar a reforma tributária no primeiro semestre e zerar o déficit até o ano que vem, Haddad prometeu apresentar uma proposta de novo arcabouço fiscal no máximo até o mês de abril. Para tanto, o governo terá o suporte técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI). "O FMI colocou a sua equipe técnica à disposição do Brasil para que conheça todas as regras em vigor, as que estão dando mais certo e menos certo para a gente se prevenir e levar ao Congresso a mais crível e sustentável [âncora fiscal]", disse. Entre investidores e empresários que participam do evento, as declarações agradaram, embora estes players queiram mais detalhes sobre a nova regra, conforme apurou a enviada especial Aline Bronzati.

Segundo um gestor, os investidores estrangeiros estão bem mais animados do que os locais em relação aos ativos brasileiros, que seguem com uma postura relativamente defensiva. "O mercado está bem dividido, com 'local bear' e 'gringo bull'", disse. Para ele, o plano de ajuste fiscal anunciado "é fraco" e "otimista demais" com a perspectiva de receitas.

O operador de renda fixa da Mirae Asset Paulo Nepomuceno afirma que as incertezas para o curtíssimo prazo agora estão menores na parte fiscal, embora nem tanto para a inflação, com as expectativas acima do centro da meta. "E ainda temos o ruído em torno das trocas no BC. Agora já sai o Bruno Serra (diretor de Política Monetária) e daqui a dois anos, o Campos Neto", lembrou.

A desinclinação da curva de juros - os DIs longos cederam mais que os curtos - também contou com a influência do ambiente externo. Embora tenha tido forte desaceleração no crescimento anual em 2022, a 3%, ante 8,1% em 2021, o PIB do quarto trimestre subiu 2,9% em termos interanuais, bem acima do estimado (1,7%), o que animou as expectativas para a economia do país em 2023. Com isso, as commodities avançaram, trazendo consigo moedas emergentes como o real, com o dólar voltando a R$ 5,10. Além disso, segundo a Bloomberg, o Banco Central Europeu (BCE) estaria considerando reduzir o ritmo de aperto após a reunião de fevereiro.

Na agenda do dia, o IGP-10 de janeiro teve alta de apenas 0,05%, muito abaixo do piso das estimativas (+0,20%). Em 12 meses, o índice está em 4,27%, o menor resultado desde novembro de 2019.

Na gestão da dívida pública, o Tesouro ofertou 1,050 milhão de NTN-B, mas vendeu 901.500. Os lotes de 750 mil e 150 mil títulos para 2026 e 2033 foram colocados integralmente, mas apenas 1.500 no vencimento 2050. "Nessa época, é natural que os leilões sejam mais fracos, com muitos players ainda em férias. Mas a gestão da dívida está tranquila", disse Nepomuceno. (Denise Abarca - [email protected])

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas de Nova York tiveram pregão predominantemente negativo, com balanços corporativos em foco. Entre os bônus os retornos de 10 e 30 anos dos Treasuries subiram, mas o de 2 anos oscilou, com expectativas para o Federal Reserve (Fed) ainda dominando as ações. Já na Europa os juros dos bônus tiveram queda forte, com a possibilidade de que o Banco Central Europeu (BCE) possa reduzir o ritmo do aperto a partir de março. O euro perdeu força e, nesse quadro, o índice DXY do dólar oscilou perto da estabilidade. O petróleo, por sua vez, avançou com após divulgação do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de dados da China. Já no Fórum Econômico Mundial em Davos, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, reafirmou projeção para o crescimento global deste ano em 2,7%, enquanto no caso da Alemanha o chanceler Olaf Scholz apostava em evitar recessão no país em 2023, mas uma federação das indústrias previu recuo de 0,3% no PIB, com os preços de energia pesando na economia.

A ação do Goldman Sachs recuou 6,44%, após o banco publicar balanço com forte queda no lucro, o que pressionou o índice Dow Jones. Por outro lado, Morgan Stanley superou as expectativas e o papel avançou 5,91%. A Oanda via as ações locais flutuando, com investidores digerindo os balanços mistos do setor bancário e após a queda do índice Empire State que mede a atividade industrial no Estado de Nova York. Nesse quadro, o Dow Jones fechou em queda de 1,14%, em 33.910,85 pontos, o S&P 500 recuou 0,20%, a 3.990,97 pontos, e o Nasdaq avançou 0,14%, a 11.095,11 pontos.

O ANZ tinha visão similar sobre o mercado americano, e acrescentava que, na Europa, houve algum alento às bolsas locais após o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, dizer que seria possível evitar recessão no país neste ano. Já a Federação das Indústrias da Alemanha (BDI) projetou hoje contração de 0,3% na economia alemã em 2023, com o peso do setor de energia não apenas para as companhias que mais a utilizam, mas em toda a cadeia de valor na indústria local. Nesse quadro, Frankfurt fechou com ganhos de 0,35%, Paris avançou 0,48% e Milão teve alta de 0,31%, mas Londres caiu 0,12%.

Ainda na Europa, os retornos dos bônus foram para baixo após a Bloomberg reportar, a partir de fontes do BCE, que a instituição poderia reduzir o ritmo do aperto a partir de março, com maior apoio a uma elevação de 25 pontos-base. Do outro lado do Atlântico, os juros dos Treasuries não tiveram sinal único, sem novas sinalizações do Federal Reserve (Fed): no fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,202%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,533% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,643%.

No câmbio, o índice DXY do dólar oscilou perto da estabilidade, para terminar com alta de 0,002%, em 102,390 pontos. No horário citado, o dólar caía a 128,23 ienes, o euro tinha baixa a US$ 1,0793 e a libra subia a US$ 1,2278.

Entre as commodities, o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 0,40%, em US$ 80,18 o barril, na Nymex, e o Brent para março subiu 1,73%, a US$ 85,92 o barril, na ICE. Dados da China apoiaram as compras, sem euforia, e a Opep manteve projeções para a oferta e a demanda. A Capital Economics comenta que concorda com o cartel sobre a expectativa de que a demanda cresça mais que a oferta pelo óleo, o que deve apoiar os preços ao longo deste ano. O Commerzbank, por sua vez, ao avaliar os dados da China diz acreditar que a demanda por petróleo da China aumentará neste ano.

Em Davos, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, reafirmou projeção do organismo de outubro, de crescimento de 2,7% no PIB global neste ano. A economista-chefe do Fundo, Gita Gopinath, previu queda maior na inflação mundial, mas também alertou para o quadro imprevisível, com papel decisivo da reabertura da China. Vice-premiê do país, Liu He previu maior abertura da economia chinesa em 2023, enquanto o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger argumentou que a aproximação EUA-China é uma necessidade, no quadro atual. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected])

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