IMPASSE DA PEC PESA DE NOVO EM DI, MAS EXTERIOR AMENO APARA BOLSA E BENEFICIA REAL

Blog, Cenário

A tendência de que mais um dia termine sem consenso na PEC da Transição pressionou as taxas de juros no mercado local, com abertura superior a 30 pontos nos contratos intermediários e longos, embora tenha tido efeitos limitados nos demais ativos domésticos. A expectativa de uma resolução em torno do texto se esvaiu ao longo da sessão, à medida que políticos do próprio PT - como a presidente do partido, Gleisi Hoffmann - admitiram que o desenho final da proposta pode ficar para quinta ou sexta-feira. Há quem veja que a escalação do senador Jaques Wagner (PT-BA) como negociador pode desatar o nó no Senado, onde há a maior resistência. Em meio ao cabo de guerra interno, o líder do partido na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), disse que, se os senadores não chegarem a um acordo, a apresentação da PEC pode ficar sob a responsabilidade dos deputados. A ausência de Lula nas conversas em Brasília, devido à recuperação da cirurgia no fim de semana, turva adicionalmente o cenário. Com o impasse, mais uma vez a curva dos DIs foi para cima. Na ponta mais curta, o mercado trabalha com elevações da Selic a partir de dezembro, cortes em setembro e taxa no fim de 2023 em 14,50%. Essa reponderação dos juros, que até poucos pregões atrás embutiam cortes nas taxas no próximo ano, seguiu pesando na Bolsa. O Ibovespa terminou o dia em 108.841,15 pontos, recuo de 0,18%. Mas o ímpeto dos mercados acionários em Nova York ajudou a segurar as perdas. Por lá, a ata da mais recente reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve trouxe pouca novidade e não alterou o quadro de apostas para uma diminuição da intensidade de alta dos Fed funds. Vale lembrar que amanhã é feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, portanto, os mercados só voltam na sexta-feira, ainda assim em sessão com duração menor. O índice Nasdaq subiu 0,99%, a T-note de 10 anos caiu a 3,697% e o DXY recuou a 106,076 pontos. No câmbio, o alívio externo ajudou o real a performar melhor. O dólar à vista cedeu 0,10%, aos R$ 5,3744.

•JUROS

•BOLSA

•MERCADOS INTERNACIONAIS

•CÂMBIO

JUROS

Em mais um dia de espera pela PEC da Transição, houve nova escalada dos juros futuros na B3, refletindo as tensões fiscais e suas consequência para a inflação, política monetária e crescimento. A falta de clareza sobre os principais pontos do texto e informações desencontradas continuam sinalizando para o mercado dificuldades de se chegar a um consenso, enquanto a equipe de transição corre contra o tempo. Havia alguma esperança de que a ida do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a Brasília pudesse acelerar o processo, mas ele ficou em São Paulo por orientação médica. Com o mercado já arisco pelas questões fiscais, os alertas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o futuro das contas públicas trouxeram ainda mais pressão às taxas.

A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 14,585% (regular) e 14,570% (estendida), de 14,383% ontem no ajuste, com mais de 1 milhão de contratos negociados. A do DI para janeiro de 2025 subiu de 13,69% no ajuste para 13,94% (regular e estendida) e a do DI para janeiro de 2027 terminou em 13,77% (regular) e 13,74% (estendida), de 13,46% ontem.

A sessão foi praticamente uma sequência da anterior, mas, a cada dia que passa sem a esperada apresentação formal da PEC, fica mais apertado o prazo para discussões e negociações da proposta que tem de ser aprovada até 15 de dezembro. O economista-chefe do Banco Modal, Felipe Sichel, afirma que houve uma certa frustração com a "não ida" de Lula a Brasília. A viagem estava prevista para ontem, mas o petista foi orientado por médicos a permanecer em São Paulo e esticar sua recuperação, após cirurgia para retirar uma lesão na laringe.

Para Sichel, falta de um interlocutor acaba gerando muitos ruídos de comunicação em relação às negociações. "Tem muita gente falando, não há um porta-voz, ninguém em que se possa fiar em termos de informação", afirma.

O senador Wellington Dias (PT-PI) afirmou que a proposta que está sendo discutida prevê R$ 175 bilhões fora do teto de gastos e que o prazo discutido para apresentação da PEC, segundo ele, é de vigência por quatro anos. De acordo com o economista Marcos Mendes, a elevação de gastos de R$ 175 bilhões traz um déficit primário de mais de R$ 260 bilhões, cerca de 2,6% do (PIB), o que classifica como "desastroso".

Caso o Congresso "segure" o aumento e ele seja de R$ 90,0 bilhões, o déficit iria a 1,3% do PIB. Segundo Mendes, o governo, porém, pode "dar a sorte" de ter uma surpresa com as receitas, motivada pelo desempenho das commodities, o que levaria a um déficit de 0,5% do PIB, considerando um aumento de R$ 90,0 bilhões.

Em meio à grande expectativa de que PEC fosse protocolada hoje, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou a jornalistas que o governo eleito tem o prazo de mais 24 ou 48 horas para discutir e apresentar o texto. “Pode até ser apresentada hoje, depende de avançar em costuras políticas com lideranças do Senado”, ponderou a dirigente.

Com os nervos do mercado já à flor da pele, Campos Neto, em evento da BlackRock, afirmou que a incerteza fiscal hoje passou a ter peso mais importante do que à relacionada diretamente à inflação, que tem feito uma inflexão, e ao crescimento. Na sua avaliação, é mais difícil coordenar a política fiscal e monetária em momentos de contração - a velocidade da política monetária é mais rápida e focada e, no fiscal, há desejo de continuar políticas assistencialistas devido às sequelas sociais da pandemia de covid-19. Defendeu a eliminação de subsídios, chamou a atenção para a sensibilidade dos juros longos ao fiscal e disse que o entendimento do BC é que o ano de 2023 é de desaceleração de crescimento, também no Brasil.

Sichel, do Banco Modal, afirma que mesmo sem a Selic subir o desenho da curva atualmente já representa aperto das condições financeiras e isso é vetor de crescimento menor nos próximos meses.

Na curva a termo, a precificação indica apostas divididas para o Copom de dezembro, entre manutenção dos 13,75% e alta de 0,25 ponto porcentual (50% de chance para cada). Para fevereiro, há também 50% de chance para elevação de 0,25 e 50% para 0,50 ponto. Cortes aparecem na curva a partir de setembro e a projeção é de Selic fechando 2023 em 14,50%. Os cálculos são da Greenbay Investimentos.

Com as atenções totalmente voltadas aos eventos domésticos, a ata do Federal Reserve ficou em segundo plano, até porque também nos mercados em Wall Street houve pouca repercussão. As expectativas para a reunião de política monetária em dezembro permaneceram inalteradas, com a maioria indicando chance de elevação de 0,50 ponto nos juros americanos no mês que vem. (Denise Abarca - [email protected])

BOLSA

O Ibovespa emendou hoje segunda perda diária, ainda descolado do sentimento positivo no exterior, com a expectativa para apresentação, nos próximos dias, da PEC da Transição, em que a sinalização de integrantes da equipe volta a ser de que o montante de recursos fora do teto deve ficar mesmo em torno de R$ 175 bilhões. Em dia muito negativo para o petróleo, a leve variação de Petrobras (ON +0,04%, PN +0,47%), assim como a alta de Vale (ON +0,99%), contribuiu para moderar as perdas do Ibovespa na sessão. No fechamento, a referência da B3 mostrava leve baixa de 0,18%, aos 108.841,15 pontos, enquanto em Nova York os ganhos do dia chegaram a 0,99% (Nasdaq), neutros à ata, sem surpresas, do Federal Reserve.

Entre a mínima e a máxima desta quarta-feira, o Ibovespa oscilou dos 107.901,91 aos 109.285,24 pontos, saindo de abertura aos 109.035,80 pontos. Na semana, o índice cede 0,03%, com perdas no mês a 6,20% - no ano, o avanço está em 3,83%. Bem mais fraco do que nas últimas sessões, o giro financeiro se limitou hoje a R$ 23,8 bilhões. Na ponta positiva do Ibovespa, destaque na sessão para Rede D´Or (+3,57%), à frente de Marfrig (+3,16%), Sul América (+2,95%) e BB Seguridade (+2,41%). No lado oposto, CVC (-7,22%), Cielo (-6,82%), Americanas (-5,36%) e Soma (-4,32%).

"Leituras mais fracas sobre o PMI dos Estados Unidos, bem como sobre o índice de confiança do consumidor (da Universidade de Michigan), contribuíram na sessão para o enfraquecimento do dólar lá fora, assim como do petróleo. O S&P 500 voltou para a faixa dos 4 mil pontos, tem se recuperado, mas esse apetite por renda variável lá não se repete aqui, com as dúvidas sobre o fiscal, que têm desconectado o Ibovespa dos dias positivos nos mercados do exterior", observa Rodrigo Natali, estrategista-chefe da Inv, destacando em especial o efeito, no câmbio e na curva de juros, da percepção de risco sobre a trajetória fiscal.

A sinalização da equipe de transição é de que a PEC deve ser apresentada dentro de 24h a 48h, com tramitação que deve ser iniciada na semana que vem, de forma a que se alcance o prazo de 15 de dezembro para deliberação final sobre a matéria. A demora para definir o texto tem pressionado em especial os juros futuros, que voltaram a mostrar inclinação na ponta longa nesta quarta-feira. "Estamos vivendo o oposto ao que se vê no exterior no momento: colocando prêmio de risco aqui enquanto se retira prêmio por lá. Não fosse o desempenho positivo de ações do setor de commodities no ano, em especial Petrobras (ON +42,10%, PN +39,03% em 2022), o Ibovespa estaria em nível pior", diz Natali.

Para o estrategista, mesmo que, na conta final, o volume de recursos fora do teto fique nos R$ 175 bilhões, a forma de comunicação da equipe de transição será essencial para ancorar as expectativas do mercado, e precisará trazer um "compromisso com o fiscal que vá além do fio do bigode".

"Os juros longos têm subido bem no Brasil, voltando a precificar alta para o ano que vem, com a curva sofrendo bastante com a indefinição sobre a PEC. Há uma escalada bastante forte em relação ao que se via antes da eleição", diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Hoje, o mercado tomou nota com atenção da fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento da gestora BlackRock, no qual indicou haver muita incerteza com relação ao fiscal, e que é importante no médio e longo prazo ter inflação ancorada. Ele reafirmou que observa uma melhora qualitativa, embora incipiente, na inflação ao consumidor ao Brasil, e reforçou que a autoridade monetária vai perseverar para que alcance a convergência à meta.

"Estamos tentando passar mensagem de que vamos persistir para trazer a inflação para a meta. Inflação alta distorce preços na economia e atrapalha investimentos. Inflação sob controle é ganho social", disse Campos Neto. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

18:21

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 108841.15 -0.1792

Máxima 109285.24 +0.23

Mínima 107901.91 -1.04

Volume (R$ Bilhões) 2.37B

Volume (US$ Bilhões) 4.41B

18:23

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 109560 -0.0365

Máxima 110155 +0.51

Mínima 108550 -0.96

MERCADOS INTERNACIONAIS

A divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) não ofereceu grandes novidades para as perspectivas da política monetária da autoridade. A maioria dos dirigentes apontou para uma desaceleração na alta dos juros, que já vinha sendo esperada pelo mercado, e notou que a inflação nos Estados Unidos vem sendo mais persistente do que o previsto. Além disso, o Fed expressou ser mais importante o pico da alta de juros do que o ritmo dos aumentos. Amanhã, os mercados americanos ficarão fechados em virtude do feriado de Ação de Graças. Nesta sessão, as bolsas de Nova York fecharam em alta, o dólar recuou ante rivais e os juros dos Treasuries caíram. Já o petróleo sofreu quedas acima de 3%, em um dia no qual há avanço nas discussões pela imposição de um teto aos preços do petróleo russo.

As expectativas do mercado para o aumento de juros pelo Fed em dezembro permaneceram inalteradas após a divulgação da ata da última reunião de política monetária da instituição. De acordo com ferramenta do CME Group, o mercado estima 75,8% de chance de elevação de 0,50 ponto porcentual nos juros americanos no mês que vem, mesmo patamar registrado ontem. As aposta de alta de 0,75 ponto porcentual permaneceram em 24,2%. Para a Oxford Economics, "não havia muitas informações novas na ata". "Os formuladores de políticas parecem determinados a diminuir o ritmo dos aumentos de juros. Isso reflete os comentários das autoridades do Fed desde a última reunião e é consistente com nossa previsão de uma alta de 50 pontos-base em dezembro", afirma. Dito isso, "vários membros" viram a taxa de juros atingir um pico mais alto do que se pensava anteriormente. "Adicionaremos um aumento de 25 pontos base na reunião de fevereiro à nossa próxima previsão de linha de base", aponta a consultoria. "Nossa nova previsão de taxa terminal será de 4,75% para o topo dos fed funds, em comparação com 4,5% na previsão de novembro", aponta.

Neste cenário, os rendimentos dos Treasuries recuaram. Ao final da tarde, a T-note de 2 anos caía a 4,475%, a de 10 anos tinha baixa a 3,697% e o T-bond de 30 anos recuava a 3,729%. No câmbio, o euro se apreciava a US$ 1,0352, e a libra subia a US$ 1,2012, enquanto o DXY fechou em queda de 1,1%. De acordo com o ING, é improvável que a reversão do dólar para baixo dure, já que o Fed continua a sinalizar novos aumentos nas taxas de juros, enquanto a moeda deve se beneficiar da demanda renovada por portos seguros.

Ainda hoje, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram acima do esperado, assim como as encomendas à indústria. Já a confiança do consumidor recuou e as expectativas de inflação, medidas pela Universidade de Michigan tiveram ligeiras alterações - para baixo no curto prazo e para cima no médio prazo. Os PMI composto, de serviços e industrial americanos, na leitura preliminar, caíram acima do esperado e ainda estão abaixo de 50, o que indica contração. Neste cenário, o índice Dow Jones teve alta de 0,28%, o S&P 500 avançou 0,59% e o Nasdaq teve alta de 0,99%. Já na Europa, a maioria das bolsas ficou perto da estabilidade. O DAX subiu 0,04% em Frankfurt, enquanto o FTSE 100 subiu 0,17%, em Londres.

Os estoques de petróleo nos EUA caíram pela segunda semana consecutiva e provavelmente sofrerão mais pressão se as liberações de reservas estratégicas diminuírem, aponta a Capital Economics, enquanto o dólar recuou, dando apoio à commodity. "Apesar disso, os preços caíram devido às preocupações com a demanda e à medida que surgirem rumores sobre o plano do G7 de limitar o preço do petróleo russo", aponta a consultoria. Segundo a Bloomberg, A União Europeia, em coordenação com o G7, está discutindo um teto entre US$ 65 e US$ 70 o barril. Neste cenário, o WTI para janeiro fechou em baixa de 3,72% (US$ 3,01), a US$ 77,94 e o Brent para o mesmo mês fechou em baixa de 3,34% (US$ 2,95), a US$ 85,41. (Matheus Andrade - [email protected])

CÂMBIO

A instabilidade deu o tom aos negócios no mercado doméstico de câmbio na sessão desta quarta-feira (23), em meio à expectativa pelo texto final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. As atenções se voltam, sobretudo, para os debates em torno do valor e do prazo dos recursos que vão permanecer fora da regra teto de gastos, o chamado 'waiver' fiscal.

Com muitas trocas de sinal e oscilação de cerca de sete centavos entre mínima (R$ 5,3462) e máxima (R$ 5,4123), o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,3744, em baixa de 0,10%. A liquidez foi reduzida, com o contrato de dólar futuro para dezembro, principal termômetro do apetite por negócios, movimentado pouco mais de US$ 10 bilhões. O giro amanhã tende a ser ainda menor, em razão do feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA e da estreia da estreia do Brasil na Copa do Mundo do Qatar.

No exterior, a moeda americana trabalhou em baixa firme ao longo de todo o dia, tendência que não foi alterada pela divulgação da ata do mais recente encontro do Federal Reserve, às 16h. Termômetro do desempenho do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY caiu mais de 1% e chegou a flertar com o rompimento do patamar de 106,000 pontos.

Como esperado, o Banco Central americano acenou com redução de ritmo de alta da taxa de juros a partir de dezembro, apesar da manutenção de alertas sobre a persistência da inflação. O Fed ressaltou, contudo, que o nível terminal da taxa é mais importante que o passo do aperto e admitiu que a economia americana pode entrar em recessão em 2023.

"A ata reforçou a ideia de que o Fed deve diminuir o ritmo nas próximas reuniões. Implicitamente fica a ideia de que vai ter aumento de 50 pontos-base na reunião de dezembro", afirma o estrategista-chefe da Avenue, Willian Castro Alves, ressaltando que, apesar das especulações do mercado, é cedo para falar em uma mudança de postura do Fed, com corte de juros em 2023. "A ata reforçou que o Fed ainda não viu grande avanço em ternos de controle da inflação, mas que é prudente reduzir o ritmo de alta para não provocar instabilidade mais forte".

Por aqui, lideranças partidárias chegaram a falar na possibilidade de que a PEC da Transição fosse protocolada ainda hoje. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, veio a campo para dizer que o governo eleito ainda tem o prazo de mais 24 ou 48 horas para discutir e apresentar o texto. Apesar de Gleisi dizer que as negociações giram em torno do prazo do "waiver", há informação de que integrantes do PT negociam reduzir os valor que vai ficar fora do teto de R$ 198 bilhões para R$ 160 bilhões. Propostas alternativas que circularam no Congresso trazem valores menores, entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. Com o mercado de câmbio já fechado, o Broadcast apurou com fontes que a nova previsão do PT é protocolar a PEC amanhã.

O diretor de investimentos da Nomad, Celso Pereira, observa que a formação da taxa de câmbio é muito influenciada pelas incertezas do cenário local, como a configuração final da PEC e as apostas para os nomes que vão compor a equipe econômica. "Não parece que o desfecho vai ser bom. Está entre o pior e o menos pior. Não existe qualquer possibilidade de termos superávit primário no ano que vem", afirma Pereira, em relação à PEC.

Por ora, Pereira trabalha com cenário-base em que o dólar permanece rodando entre R$ 5,20 e R$ 5,30, em um ambiente de muita volatilidade. Embora o Brasil tenha uma taxa real muito elevada e seja atraente para operações de carry trade, o diretor da Nomad nota que há risco de uma depreciação mais forte do real se as decisões do governo eleito não trouxerem credibilidade à política fiscal. "Haveria até espaço para um rali dos ativos locais se o quadro fiscal fosse mais consistente, com controle de gastos, mas isso hoje é pouco improvável".

Em evento hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a dizer que o rumo da política monetária está conectado ao desenho da política fiscal e seu impacto na trajetória da dívida pública. Nos últimos dias, as taxas de juros futuras deixaram de embutir redução da Selic neste ano e passaram a refletir até apostas em retomada do ciclo de alta.

Apesar do nervosismo do mercado e do tombo dos ativos locais em novembro, os investidores estrangeiros seguem aportando por aqui. O Banco Central informou hoje que, na semana passada (de 14 a 18 de novembro), o fluxo cambial foi positivo em US$ 1,951 bilhão, com entrada líquida de US$ 1,044 bilhão pelo canal financeiro. Com isso, o fluxo acumulado em novembro (até o dia 18) passa a ser positivo em US$ 3,841 bilhões, fruto de entrada de US$ 2,169 bilhões pelo canal financeiro e de US$ 1,671 bilhão via comércio exterior. (Antonio Perez - [email protected])

18:23

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.37440 -0.0985 5.41230 5.34620

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5363.000 -0.13035 5420.000 5351.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5401.000 22/11    

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