ATIVOS DOMÉSTICOS TÊM PERDAS NA SEMANA ANTE PIORA DA PERSPECTIVA DE INFLAÇÃO NOS EUA

Blog, Cenário

Nem mesmo a agenda local com IPCA, Varejo e Serviços fez o investidor de ativos brasileiros desgrudar ao longo da semana da cena externa, cuja tendência de fuga de risco se impôs. Bolsa, real e juros sofreram com o noticiário pesado no âmbito da inflação nos Estados Unidos. Ainda que as surpresas no índice ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) tenham sido interpretadas como um pico inflacionário, o mercado viu com pessimismo as expectativas para a inflação em 1 e 5 anos, divulgadas hoje mais cedo pela Universidade de Michigan. No fim das contas, os dados embasaram discursos duros de dirigentes do Federal Reserve, reforçando o compromisso em reduzir os preços via aumento de juros. A ameaça inflacionária global dominou também o encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, realizado ao longo da semana em Washington. As tensões com a economia global também estiveram no radar, com dados fracos da China, tensão no Leste Europeu e apreensão no mercado de títulos do Reino Unido. Ao fim desta sexta-feira, o índice Dow Jones tinha perda de 1,34%; o S&P 500, de 2,37%; e o Nasdaq, de 3,08%. Na semana, o primeiro subiu 1,15%, apoiado por ações do setor financeiro, mas os demais caíram 1,55% e 3,11%, respectivamente. O índice DXY terminou o dia em 113,311 pontos, valorização diária de 0,84% e semanal de 0,46%. Nos Treasuries, a T-note de 10 anos rompeu a marca de 4% e saltou quase 14 pontos-base na semana. Aqui no Brasil, em intensidade distinta, os ativos semelhantes tiveram igual comportamento. O Ibovespa cedeu aos 112.072,34 pontos, queda diária de 1,95% e semanal de 3,70%. O dólar à vista subiu aos R$ 5,3227, alta hoje de 0,94% e, ante a sexta-feira passada, de 2,11%. E os juros futuros ganharam inclinação. O cenário eleitoral foi observado, com as pesquisas mostrando liderança estreita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ante Jair Bolsonaro (PL).

•BOLSA

•CÂMBIO

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

Em semana mais curta pelo feriado da quarta-feira (12), o Ibovespa teve apenas desempenhos negativos, devolvendo assim parte do ganho de 5,76% que havia acumulado no intervalo anterior. Na semana atual, cedeu 3,70% ao encerrar a sessão desta sexta-feira em baixa de 1,95%, aos 112.072,34 pontos, pouco a pouco retrocedendo ao nível de 110 mil pontos que antecedeu a eleição do último dia 2 - na segunda-feira, 3, o Ibovespa ganhou mais de 6 mil pontos com a celebração, pelo mercado, do resultado das urnas, que mostrou menos fôlego do que se esperava à centro-esquerda.

Na mínima de hoje, o Ibovespa foi aos 111.631,40 pontos, saindo de abertura a 114.300,68 - pouco distante da máxima da sessão, de 114.712,03 pontos. Assim, com pouco mais de 3 mil pontos entre o piso e o pico do dia, prevaleceu hoje o sinal negativo como no resto da semana, nesta sexta-feira em consonância com o humor de Nova York, onde as perdas no índice de tecnologia (Nasdaq), mais sensível ao momento da política monetária, chegaram a 3,08% no encerramento da sessão, quase correspondendo à retração acumulada na semana (-3,11%).

No mês, a referência da B3 ainda avança 1,85%, com ganho no ano limitado agora a 6,92%. No dia seguinte ao vencimento de opções sobre o Ibovespa, que havia reforçado ontem o giro financeiro, o volume hoje foi moderado a R$ 25,2 bilhões.

Após sequência de cinco ganhos diários veio agora cinco perdas até esta sexta-feira. Dessa forma, um avanço de quase 10 mil pontos, entre os dias 30 de setembro e 6 de outubro, deu lugar a uma retração de cerca de 5,5 mil pontos na sequência negativa iniciada no último dia 7.

Na B3, as ações de grandes bancos, à exceção de BB (ON -0,56% no fechamento), conseguiam até o fim da tarde evitar perdas na sessão desta sexta-feira, mas acabaram se alinhando também à pressão vendedora, acentuada em direção ao fim do dia em outros carros-chefes, como Petrobras (ON -1,95%, PN -1,53%), com o petróleo em queda de mais de 3% na sessão, e especialmente Vale (ON -3,26%), em dia também muito negativo para o setor de siderurgia, com destaque para CSN (ON -5,92%). No fim, Itaú PN oscilou de volta ao positivo (+0,03%) na sessão.

"O Ibovespa sentiu a pressão vendedora. Além do mau humor internacional, não tivemos um dia positivo para as commodities. O minério de ferro teve alta pouco expressiva, mas finalizou com a maior sequência de perdas semanais em quase um ano, ainda sentindo a pressão (baixista) de demanda: pelos lockdowns, pelos cortes de produção de aço e pelos temores persistentes a respeito da crise imobiliária na China. Mais do que suficiente para que as ações de minério e siderurgia sofressem no dia de hoje", observa Gabriel Félix, especialista em renda variável da Blue3.

Na ponta perdedora do Ibovespa na sessão, Magazine Luiza (-11,18%), Americanas (-8,45%), Yduqs (-7,92%), Via (-7,12%), Minerva (-6,37%) e Dexco (-6,00%), logo à frente de CSN. No lado contrário, Energisa (+1,39%), Eneva (+0,75%) e Cyrela (+0,27%) - apenas sete papéis da carteira Ibovespa fecharam o dia no positivo.

Na agenda doméstica, a surpresa positiva do dia foi a leitura divulgada pelo IBGE sobre a atividade do setor de serviços em agosto, em alta de 0,7%, aponta Patricia Krause, economista-chefe para América Latina da Coface. Um resultado que, após performances mais fracas da produção industrial e das vendas do varejo, tende a dar algum suporte ao desempenho do IBC-Br do mesmo mês, índice visto como antecedente do PIB e que será divulgado pelo BC na segunda-feira, acrescenta a economista. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

17:32

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 112072.34 -1.94904

Máxima 114712.03 +0.36

Mínima 111631.40 -2.33

Volume (R$ Bilhões) 2.52B

Volume (US$ Bilhões) 4.77B

17:34

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 114025 -1.69411

Máxima 116905 +0.79

Mínima 113675 -2.00

CÂMBIO

O mercado doméstico de câmbio foi engolfado nesta sexta-feira (14) pelo sentimento externo de aversão ao risco. Piora das expectativas de inflação americana, na esteira de leitura ruim ontem do índice de preços ao consumidor, e declarações de dirigentes do Federal Reserve reforçaram a expectativa de aperto monetário mais forte e duradouro nos Estados Unidos. Com aumento de temores de uma recessão global, dada a fraqueza também da economia Europeia e a escalada da guerra na Ucrânia, investidores abandonaram bolsas e commodities para buscar abrigo no dólar, que subiu em relação a moedas fortes e emergentes.

Afora uma baixa momentânea na primeira hora de negócios, atribuída a fluxo pontual de recursos, o dólar trabalhou em alta durante toda a sessão. Vencido teto de R$ 5,30 ainda pela manhã, a divisa acelerou os ganhos ao longo da tarde, em sintonia com o exterior, e correu até a máxima de R$ 5,3317 (+1,11%). No fim do dia, o dólar subia 0,94%, cotado a R$ 5,3227, encerrando a semana com ganhos de 2,11%. Em outubro, a moeda ainda acumula perdas de 1,33%, em razão da baixa de 3,38% na primeira semana do mês, quando houve o rali dos ativos domésticos com o resultado do primeiro turno das eleições.

No exterior, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - trabalhou ao longo da tarde acima dos 113,300 pontos, com ganhos de mais de 1% da moeda americana frente ao euro e à libra. Entre as divisas emergentes, as piores perdas foram do peso chileno e do peso colombiano (superiores a 2%), seguidos pelo real. As taxas dos Treasuries subiram em bloco com a T-note de 10 voltando a superar 4%. Na outra ponta, as cotações do petróleo desabaram, com o tipo Brent para dezembro, referência para a Petrobras, encerrando em baixa de 3,11%, a US$ 91,63 o barril.

"A aposta em mais altas da taxa básica americana está levando todas as divisas emergentes a se desvalorizar. Os dados de inflação nos Estados Unidos foram ruins e vieram falas duras de dirigentes do Fed", afirma a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte.

Após a leitura do CPI de setembro nos EUA acima do esperado ontem, tanto do índice cheio quanto do núcleo, o mercado teve de digerir hoje uma deterioração das expectativas de inflação revelada por pesquisa preliminar da Universidade de Michigan. Houve aumento da estimativa para inflação em 1 ano (de 4,7% em setembro para 5,1% na prévia de outubro). Já para o horizonte de cinco anos, a expectativa subiu de 2,7% para 2,9%.

"O mercado não tem como ignorar a alta das expectativas de inflação. No horizonte de cinco anos, ainda está acima da meta (2%). O Fed não vai conseguir desacelerar o ritmo de alta e nem encerrar tão cedo o ciclo de aperto. E, quando terminar, vai ter que manter os juros altos por um bom tempo", afirma a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, ressaltando que não havia justificativa plausível para o bom humor dos mercados ontem com a leitura do CPI. "Houve gente dizendo que o número indicava que a inflação tinha feito pico e iria desacelerar para explicar a alta das bolsas em Nova York. Mas não havia nada para comemorar".

À deterioração das expectativas e aos números correntes de inflação ruins nos EUA somam-se reiterados sinais de dirigentes do Fed sobre a necessidade de perseverar no aperto monetário e falas pessimistas que emergem da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI). A diretora-geral do fundo, Kristalina Georgieva, alertou que aumenta o risco de recessão global ao dizer que o mundo está mais frágil e entrando em uma "zona perigosa". O diretor do Departamento da Europa do FMI, Alfred Kammer, disse que toda a Europa deve experimentar um período de desaceleração do crescimento, com Alemanha e Itália enfrentando um período recessivo.

A deterioração da atividade não poderá, contudo, ser mitigada por apoio monetário dos Bancos Centrais, cuja principal missão neste momento é combater a escalada inflacionária. O Fed, por ora, parece não dar sinais de que pretende moderar o ritmo de alta dos juros mesmo diante do aumento de custos de crédito e temores de tumulto nos mercados. Presidente da distrital de Kansas City do BC americano, Esther George afirmou que o CPI de setembro serve como lembrete de que o Fed "ainda tem muito trabalho a fazer". Na mesma linha, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse hoje que a leitura do CPI dos EUA em setembro foi "muito desapontadora" e que não dúvidas de que é necessário "apertar ainda mais" a política monetária. (Antonio Perez - [email protected])

17:34

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.32270 0.9425 5.33470 5.24190

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5340.000 1.14594 5353.000 5260.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5365.000 1.01769 5365.000 5345.000

JUROS

O mercado de juros até tentou resistir à cautela no ambiente externo, com taxas entre a estabilidade e leve queda pela manhã, mas acabou sucumbindo à tarde à piora de humor dos ativos globais. As taxas fecharam a sessão regular em alta, com a escalada dos rendimentos dos Treasuries e do dólar prevalecendo ao tombo do petróleo. Novos dados preocupantes de inflação nos Estados Unidos e discursos duros de dirigentes do Federal Reserve quanto ao aperto monetário alimentaram o pessimismo sobre a economia global, em meio ainda às incertezas geopolíticas e à crise no Reino Unido. Internamente, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), ainda que tenha vindo perto do teto das estimativas, foi apenas monitorada.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 encerrou a sexta-feira em 12,875%, de 12,797% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 11,70% para 11,78%. A do DI para janeiro de 2027 terminou em 11,61%, de 11,54%.

Na semana, enquanto as taxas curtas avançaram em torno de 10 pontos, as demais abriram mais de 20, configurando aumento da inclinação da curva, basicamente pela piora do humor externo com os dados de inflação nos Estados Unidos e discursos duros de dirigentes do Fed que marcaram a semana, no Brasil mais curta pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida. Outro fator de pressão na semana é a crise no Reino Unido, com os desdobramentos do pacote fiscal da primeira-ministra Liz Truss atormentando o mercado da dívida e culminando hoje com a demissão do ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng.

Depois dos índices de preços ao produtor e ao consumidor americanos em setembro já terem superado as previsões, as estimativas de inflação trazidas pela pesquisa da Universidade de Michigan sobre o sentimento do consumidor divulgada hoje avançaram. Para o prazo de 1 ano, subiram de 4,7% em setembro para 5,1% na prévia de outubro, e para 5 anos, de 2,7% para 2,9%. Ou seja, nesses níveis, mesmo no longo prazo a inflação ainda não teria atingido a meta de 2%, o que, no raciocínio do mercado, exigirá mão pesada do Federal Reserve.

Os números dos EUA foram divulgados no fim da manhã e os juros futuros, que até então resistiam entre a estabilidade e leve baixa ao mau humor externo, capitularam. Até porque os yields dos Treasuries também passaram a subir, renovando máximas ao longo da tarde. A taxa da T-Note de 10 anos chegou a 4,02% e a de 2 anos, em 4,5%. "Esse contexto do mercado internacional com o dado apontando piora da inflação nos EUA produziu pressão no câmbio e, consequentemente, na curva de juros", resumiu a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.

Nem mesmo o tombo de mais de 3% nos preços do petróleo conseguiu aliviar as taxas, num momento em que a defasagem ante os preços internos volta a se ampliar, fomentando as discussões sobre a necessidade de reajustes nos combustíveis. O diretor de exploração e produção da Petrobras, Fernando Borges, admitiu hoje que a companhia reduziu os preços em velocidade maior do que a agora considerada para aumentos a fim de acompanhar os preços de paridade de importação (PPI). Reconheceu ainda que tem havido critérios diferentes, mas defendeu que ambos os movimentos ainda acontecem dentro de um limite estabelecido pela governança da companhia.

Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem do diesel no mercado interno disparou a 16% em relação ao mercado internacional e, para alinhar o preço praticado nas refinarias brasileiras, o aumento do combustível deveria ser de R$ 0,97 por litro.

Segundo Abdelmalack, o mercado de juros acabou relativizando o comportamento do petróleo, dado que no mês os ganhos ainda são muito expressivos, de mais de 7%. "O patamar ainda é bem elevado, se comparado ao fechamento de setembro", disse. O Brent para dezembro recuou 3,11%, a US$ 91,63, com perda de 6,42% na semana.

A agenda local trouxe hoje a Pesquisa Mensal de Serviços, segundo a qual o volume de serviços em agosto subiu 0,7% ante julho, bem acima da mediana das estimativas, de +0,1%, e perto do teto de 0,8%. O dado, porém, não chegou a sensibilizar o mercado, até pela defasagem. (Denise Abarca - [email protected])

17:33

 Operação   Último 

CDB Prefixado dias (%a.a) 13.66

Capital de Giro (%a.a) 6.76

Hot Money (%a.m) 0.63

CDI Over (%a.a) 13.65

Over Selic (%a.a) 13.65

MERCADOS INTERNACIONAIS

As bolsas em Nova York fecharam no vermelho nesta sexta-feira, encerrando semana marcada por volatilidade e inflação além do esperado nos Estados Unidos. Alta na expectativas inflacionárias para o país também esteve no radar. No Federal Reserve (Fed), dirigentes reforçaram o compromisso em reduzir os preços e a incerteza quanto ao nível de neutralidade da taxa básica. Os juros dos Treasuries e o dólar ganharam forças, enquanto o petróleo caiu 3% na sessão e acumulou perdas semanais de 7%. Secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen notou que ainda não foi estabelecido teto ao preço do petróleo russo. A troca do ministro das Finanças no Reino Unido, por sua vez, encerra o dia considerada uma medida paliativa pelo mercado.

As expectativas inflacionárias para os EUA subiram de 4,7% para 5,1% entre setembro e outubro, mostrou leitura preliminar da Universidade de Michigan. Em relatório, a Oxford Economics comenta que a alta no indicador sugere que consumidores ainda estão batalhando contra pressões inflacionárias bastante elevadas para itens ligados a moradia e alimentos, ainda que preços decrescentes nos postos de gasolina apoiem melhorias modestas nas atitudes de consumidores. "Dada a perspectiva de uma recessão moderada no primeiro semestre do próximo ano e de que as pressões de preço tenham alívio lento em 2023, o sentimento do consumidor continuará a ser impedido de uma melhoria sustentada", diz a economista para os EUA, Gurleen Chadha.

Ainda entre indicadores, as vendas no varejo dos EUA ficaram estáveis no mês passado, ante expectativa de leve alta mensal de 0,3%. Para a Capital Economics, ainda há poucas evidências de que o aumento do poder de compra da forte queda anterior nos preços da gasolina tenha ajudado o consumo real. "Os preços da energia agora estão subindo novamente e o crescimento do emprego está desacelerando, então esperamos que o crescimento do consumo enfraqueça ainda mais nos próximos meses", diz a consultoria.

Analista da Oanda, Edward Moya considera que Wall Street parece não ser capaz de entender quanto o Fed terá de elevar as taxas básicas. "Na semana passada, os traders estavam cada vez mais confiantes de que veríamos apenas 125 pontos-base (pb) a mais em aumentos de taxa em 2022, agora parece que poderíamos ver 150 pb este ano e também mais um ou dois aumentos de 25 pb no próximo".

Monitoramento do CME Group mostra que a aposta majoritária é para que a taxa dos Fed Funds esteja entre 4,5% e 4,75% na reunião de dezembro, com 65,3% de chance. Para a faixa de 4,25% a 4,5%, a probabilidade é de 33,8%.

A presidente do Fed de Kansas City, Esther George (vota), disse que o dado de inflação acima do consenso, publicado ontem, serviu como lembrete de que o BC norte-americano ainda tem trabalho a fazer. A dirigente afirmou ainda ser difícil saber qual a faixa de neutralidade ou restrição para os juros e evitou responder por quanto tempo as taxas terão de seguir elevadas. Já a presidente da distrital de São Francisco, Mary Daly (não vota), reforçou a defesa para alta de juros.

Neste cenário, no fim da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos subia a 4,515%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,019% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,985%. Já no mercado acionário, o Dow Jones fechou com queda de 1,34%, a 29634,83 pontos, o S&P 500 caiu 2,37%, a 3583,07 pontos, e o Nasdaq perdeu 3,08%, a 10321,39 pontos.

Os balanços corporativos ficaram em segundo plano, com United Health (+0,63%) e JPMorgan (+1,66%) tendo superado expectativas de lucro, enquanto Wells Fargo (+1,86%) surpreendeu positivamente na receita e o Morgan Stanley (-4,79%) decepcionou as previsões para ambos.

Com as incertezas, o dólar se fortaleceu ante rivais nesta sessão e o índice DXY fechou com alta de 0,84%, a 113,311 pontos. Na marcação, a divisa americana avançava a 148,58 ienes, enquanto o euro caía a US$ 0,9730 e a libra, a US$ 1,1180. A troca na pasta de Finanças no Reino Unido, de Kwasi Kwarteng para Jemery Hunt, foi entendida pelo mercado como medida paliativa. Na análise da Capital Economics, apesar das tentativas da premiê Liz Truss, o governo terá que fazer mais para retomar sua credibilidade.

Pressionado pelo dólar, o petróleo fechou em queda. O contrato do WTI para novembro teve baixa de 3,93% (US$ 3,50), em US$ 85,61 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuou 3,11% (US$ 2,94), a US$ 91,63 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI caiu 7,59% e o Brent, 6,42%. No Fundo Monetário Internacional (FMI), Yellen ressaltou que ainda não há decisão da coalizão para o nível de preço máximo para negociação do petróleo russo. (Ilana Cardial - [email protected])

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