INVESTIDOR REFORÇA APOSTA EM DESINFLAÇÃO E ATIVOS DE RISCO TÊM VALORIZAÇÃO NA SEMANA

Blog, Cenário

A semana terminou com um viés de otimismo nos mercados financeiros, à medida que se consolidou entre os investidores a percepção de que o processo de desinflação global será bem-sucedido, após reiteradas mensagens duras dos formuladores de política monetária ao longo da semana. Aqui, a deflação menor do que a prevista no IPCA de agosto foi absorvida logo pela manhã, à medida que emergiu a visão de que o Banco Central já cumpriu seu trabalho e vai esperar para ver os efeitos do aperto. A desaceleração nos preços ao consumidor e ao atacado na China também foi bem-recebida. Neste ambiente, os agentes dobraram a aposta nos ativos de risco, que terminaram a semana com valorização expressiva. O Ibovespa subiu 2,17% na sessão, aos 112.300,41 pontos, e acumulou ganho de 1,30% em relação ao pregão de sexta-feira passada. O dólar à vista saiu da casa dos R$ 5,20 e encerrou o dia em R$ 5,1476, recuo diário de 1,13% e semanal de 0,72%. E os juros futuros tiveram mais um dia de queima forte de prêmios, acima de 10 pontos-base nos principais vencimentos de 2024 adiante. No balanço da semana, a curva teve perda de inclinação. Nos Estados Unidos, os juros de prazo mais curto dos Treasuries subiram, enquanto os operadores seguem incorporando nos preços os efeitos do ajuste monetário. As apostas de alta de 75 pontos-base já superam os 90% no monitoramento do CME Group. Nas bolsas americanas, ganhos firmes. Dow Jones subiu 1,19% hoje e 2,66% na semana. S&P 500 avançou 1,53% e 3,65%, respectivamente. E Nasdaq saltou 2,11% e 4,14%.

•BOLSA

•CÂMBIO

•JUROS

•MERCADOS INTERNACIONAIS

BOLSA

Surfando o forte desempenho de Vale (ON +7,81%), siderurgia (CSN ON +8,87%) e, em menor medida, dos grandes bancos (BB ON +2,76%), o Ibovespa subiu hoje 2,17%, aos 112.300,41 pontos, atingindo assim o melhor nível de fechamento do começo deste mês de setembro e acumulando ganho de 1,30% na semana. O dia também foi de apetite por risco no exterior, desde a sessão asiática passando pela europeia até a americana, onde os ganhos chegaram a 2,11% em Nova York (Nasdaq) nesta sexta-feira - na semana, o índice de tecnologia avançou 4,14% e o amplo (S&P 500), 3,65%.

Na B3, a alta de 1,30% ao longo da semana reverteu a perda de 1,28% observada no período anterior. Hoje, o Ibovespa oscilou entre mínima de 109.922,25, da abertura, e máxima de 112.539,89 pontos, com giro financeiro a R$ 28,7 bilhões. No mês, o índice sobe 2,54% e, no ano, 7,13%.

"No dia e na semana, o desempenho foi surpreendente aqui e no exterior, muito em função da percepção de que a inflação tenha já passado do pico, acomodando-se em direção, quem sabe, de 7% ou mesmo 6% ao ano. A moderação de ritmo da inflação tem se refletido nas curvas de juros, mesmo no exterior, o que explica o apetite recentemente visto em ações com maior exposição a juros, como as de varejo, em um otimismo talvez exagerado para o momento", diz André Luzbel, head de renda variável da SVN Investimentos.

Ele menciona a recuperação vista na semana mesmo em mercados com maior exposição à crise de energia - que inclui não apenas o fornecimento de gás russo mas também uma intensa seca - ainda em curso na Europa, como Frankfurt (no mês, DAX sobe 1,97%). "Parece haver um movimento de curto prazo induzindo esta recuperação, mas há razões para manter cautela. Houve, digamos, uma recuperação pontual com zero notícia positiva. Os juros no ponto em que estão favorecem colocar algum dinheiro no bolso, fazer caixa."

Luzbel considera que o Brasil tem fatores que favorecem o País a sair na frente caso a recuperação do apetite por renda variável se mantenha, especialmente pela exposição a commodities. "Observamos que o petróleo tem voltado rápido quando cai abaixo dos US$ 90 (hoje, o Brent subiu quase 4%, retomando a linha de US$ 92 por barril)", diz. Ainda assim, nesta sexta-feira, Petrobras ON e PN ficaram perto da estabilidade no fechamento, mas em viés negativo (ON -0,17%, PN +0,03%), ambas acumulando perdas na casa de 4,8% na semana.

"A China não gosta de ficar pra trás, e com inflação controlada e juros mais baixos do que outras grandes economias, parece estar caminhando para estímulos fiscais, além dos monetários, para enfrentar a crise no setor de construção", o que pode favorecer a recuperação dos preços do minério e, por consequência, de Vale e de ações da siderurgia, observa Luzbel. No ano, as ações da mineradora ainda cedem 2,88%, mesmo com a recuperação acima de 7% vista hoje na esteira de alta do minério na sessão, enquanto as perdas em nomes da siderurgia chegam a 41% (CSN ON e Usiminas PNA) em 2022.

Após a retomada do Ibovespa na semana, o quadro das expectativas do mercado financeiro sobre o comportamento das ações no curtíssimo prazo manteve-se inalterado no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, a fatia dos que esperam alta para o Ibovespa na próxima semana permaneceu em 60,00% e a dos que acreditam em queda, em 20,00%. Outros 20% preveem estabilidade, mesmo porcentual da pesquisa anterior.

Na ponta do Ibovespa nesta sexta-feira, destaque para Americanas (+9,31%), CSN (+8,87%), Vale (+7,81%) e Gol (+7,58%). No lado oposto, BRF (-2,49%), Minerva (-1,52%), Assaí (-1,31%) e Iguatemi (-1,14%).

Na agenda doméstica, o ponto alto desta sexta-feira foi a deflação de 0,36% no IPCA em agosto, vindo o índice oficial de outra delação, de 0,68%, em julho. A deflação foi menor que a mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, negativa em 0,40%. O intervalo das previsões ia de queda de 0,55% a alta de 0,52%. No acumulado em 12 meses, a leitura do IPCA em agosto, a 8,73%, foi a menor desde junho de 2021 (8,35%).

"Os principais núcleos de inflação subiram em relação a julho, mas não o suficiente para configurar uma mudança na tendência que vemos desde a inflexão de maio", observa em nota a Terra Investimentos. "A deflação no headline foi garantida pelos cortes de preços de combustíveis, além do recuo nos preços de energia elétrica e passagens aéreas. Os núcleos de inflação, apesar de terem subido na margem, seguem em uma dinâmica muito mais benigna que a observada até maio", reforça a casa. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

17:27

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 112300.41 2.16964

Máxima 112539.89 +2.39

Mínima 109922.25 +0.01

Volume (R$ Bilhões) 2.86B

Volume (US$ Bilhões) 5.55B

17:28

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 113545 2.27897

Máxima 113795 +2.50

Mínima 112000 +0.89

CÂMBIO

A onda de enfraquecimento global do dólar, em dia marcado por valorização das commodities e alta firme das bolsas aqui e em Nova York, deu o tom aos negócios no mercado doméstico de câmbio nesta sexta-feira, 9. Em meio a relatos de fluxo estrangeiro para ações e renda fixa domésticas, o dólar operou em baixa desde a abertura do pregão e encerrou o dia em queda de 1,13%, cotado a R$ 5,1476, com mínima a R$ 5,1422. Com o tombo de hoje, a moeda encerra a semana em baixa de 0,72% e marca desvalorização de 1,04% no mês.

Por aqui, a deflação de 0,36% do IPCA em agosto (menor que a mediana de -0,40% de Projeções Broadcast) - aliada a núcleos ainda pressionados e avanço no índice difusão - pode dar sustentação à possibilidade de alta adicional da taxa Selic neste mês e manutenção da taxa em níveis elevados por mais tempo. Isso, em tese, desestimula posições contra o real. A semana foi marcada justamente por falas cautelosas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do diretor de política monetária da instituição, Bruno Serra. Ambos desautorizaram apostas mais contundentes em afrouxamento monetário no primeiro semestre de 2023.

Um dos gatilhos para a retomada do apetite ao risco seria a possibilidade de novos estímulos monetários na China, cuja inflação mostrou sinais de desaceleração em agosto. Profissionais também comentaram que a moeda americana vem de uma rodada expressiva de fortalecimento no exterior, o que abria espaço para ajustes e realização de lucros, apesar de o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) manter o tom duro contra a inflação e esfriar apostas em redução dos juros ao longo de 2023.

Diretor do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller disse hoje apoiar "aumento significativo" na reunião do BC americano no dia 21 e continuidade do processo de alta de em 2023, com juro terminal na casa de 4%. Presidente do Fed de Kansas City, Esther George defendeu "firmeza" no processo de aperto monetário. Ambos têm poder de voto este ano.

Parece que, depois de operar sob a sombra de uma desaceleração mais forte na economia dos EUA e de recessão na Europa, o mercado tenta mudar a narrativa, passando a embutir nos preços dos ativos a possibilidade de um "soft landing" das economias desenvolvidas. Por essa ótica, a postura firme dos BCs cortaria a crista da inflação, o maior problema global, sem sacrifícios exagerados à atividade.

"Os mercados decidiram ver o lado positivo hoje. As bolsas em Nova York subiram bastante. O resultado mais baixo da inflação na China estimula os preços das commodities, o que acaba atraindo investidores estrangeiros para a bolsa brasileira e derruba o dólar", afirma o economista da Valor Investimentos Piter Carvalho.

Moedas como o euro e o iene - de maior peso na formação do índice DXY - hoje ensaiaram uma recuperação das pesadas perdas nos últimos dias. Ontem, o Banco Central Europeu (BCE) subiu os juros em 75 pontos-base e prometeu novas altas. O governo japonês deu sinais de que estuda intervenção no mercado de câmbio para conter a depreciação de sua moeda. Depois de superar os 110 pontos nesta semana, o índice DXY tombou hoje, operando no limiar dos 109 pontos - ainda em patamar historicamente elevado e com valorização de quase 14% no ano.

"A ideia de uma política mais 'hawkish' na Europa, após o BCE acelerar o ritmo de alta de juros, está favorecendo o euro em relação ao dólar. Vemos o DXY perdendo força. Além disso, a alta dos preços das commodities favorece as moedas emergentes", afirma a economista-chefe do Coface para a América Latina, Patrícia Krause.

De fato, as divisas emergentes e de países exportadores de commodities subiram em bloco, à exceção do peso chileno, que amargou perdas superiores a 2%, em meio a turbulências políticas e o temor quanto a oferta de cobre, com possível greve de mineradores locais. O preço do minério de ferro para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China, subiu 3,74%. Em Qingdao, o preço da commodity à vista avançou 2,38%. O contrato de petróleo tipo Brent para novembro, referência para a Petrobras, fechou em alta de 4,14%, a US$ 92,84 o barril.

Além do apetite externo ao risco e alta das commodities, que carreiam recursos para a Bolsa local, a economista Bruna Centeno, da Blue 3, observa que a perspectiva de uma alta adicional da taxa Selic ajuda a dar suporte ao real. Ela ressalta que o Banco Central já se mostrou desconfortável com o nível de inflação e que a deflação do IPCA em agosto está muito ligada aos preços da gasolina. "O núcleo da inflação ainda está bastante pressionado. Não dá manobra para arriscar na política monetária. O BC surpreendeu bastante nesta semana ao sinalizar a possibilidade de um aumento adicional da Selic", afirma Centeno. (Antonio Perez - [email protected])

17:28

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.14760 -1.1256 5.20310 5.14220

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL 5179.000 -1.29598 5232.500 5171.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5228.000 -0.9465 5228.000 5228.000

JUROS

Os juros futuros continuaram acelerando a queda e renovando mínimas à tarde, com o apetite ao risco no exterior conduzindo os ativos domésticos, apesar dos novos alertas de política monetária por dirigentes do Federal Reserve. As taxas locais mais cedo já haviam superado a reação negativa à deflação do IPCA menor do que a esperada e a leitura negativa dos preços de abertura, mas que não chegaram a afetar as apostas para Selic. Na segunda etapa, acabou prevalecendo a expectativa favorável ao cenário de desinflação aqui e no exterior, estabelecida pelas reiteradas mensagens de vigilância dos bancos centrais. No balanço da semana, a curva teve perda de inclinação.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 12,92%, de 13,02% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 11,76% para 11,64%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 11,29%, de 11,41%.

Na semana, as taxas curtas mostraram viés de alta e as longas recuaram entre 20 e 30 pontos-base, com redução da inclinação, atribuída sobretudo à confiança do mercado de que a atuação dos bancos centrais será efetiva em trazer a inflação de volta às metas. "Há um movimento quase que sincronizado de várias curvas de juros em 'flattening'. O racional parece ser que os BCs estão antecipando os aumentos de juros (front loading), então vão terminar o ciclo antes", afirmou um economista, destacando que o principal desafio agora será não autorizar cortes tão cedo.

Hoje a presidente do Fed de Kansas City, Esther George, com direito a voto, defendeu "firmeza" e "intencionalidade" no processo de aperto monetário. O diretor do Fed, Christopher Waller, disse que espera juro terminal de 4%, mas não descarta nível maior se inflação não moderar. No começo da semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Monetária, Bruno Serra, também deram recados duros ao mercado, apontando, entre outras questões, inconsistência entre projetar IPCA acima da meta em 2024 e discutir queda de juros e que um possível ajuste final da Selic este mês será avaliado.

Para o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, os mercados vêm assimilando bem a comunicação dos banqueiros centrais e o fortalecimento das moedas emergentes contribuiu para o movimento da curva. "O que pode mudar é se o mercado desconfiar que o Fed pode ir além dos 4%", disse.

No Brasil, o fechamento das taxas tem ainda apoio da expectativa de queda da inflação nos próximos meses, em meio às desonerações e recuo das commodities. Hoje o petróleo fechou em alta de quase 4%, mas teve queda na semana, rodando em níveis bem comportados, o que sustenta apostas de novos cortes nos preços da gasolina pela Petrobras. O tipo Brent encerrou em US$ 92,84 por barril.

O destaque da agenda doméstica foi o IPCA de agosto, que caiu 0,36%, menos do que os 0,40% esperados. Isso, somado aos preços de abertura ainda em níveis preocupantes, puxou para cima as taxa curtas no começo da sessão, com os agentes resgatando os alertas do BC no começo da semana. Posteriormente, com a força do exterior, o avanço se dissipou. Até porque o dado não alterou o quadro de apostas para a Selic, que na curva termo segue dividido entre manutenção e alta de 0,25 ponto porcentual para o Copom de setembro. "A perspectiva não se altera, com o IPCA fechando o ano sem afetar de modo relevante a inflação de 2023 e a política monetária", resumiu o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves. (Denise Abarca - [email protected])

17:26

 Operação   Último 

CDB Prefixado 31 dias (%a.a) 13.70

Capital de Giro (%a.a) 6.76

Hot Money (%a.m) 0.63

CDI Over (%a.a) 13.65

Over Selic (%a.a) 13.65

MERCADOS INTERNACIONAIS

Wall Street optou pelo otimismo nesta sexta-feira, na última sessão antes do início do período de silêncio do Federal Reserve (Fed). As bolsas de Nova York fecharam em alta e os juros dos Treasuries ficaram sem sinal único. Entre analistas e operadores, cresce o consenso de uma alta de 75 pontos-base (pb) pela instituição no dia 22, enquanto aguardam o resultado da inflação dos Estados Unidos na próxima terça-feira, 13, e digerem discursos de dirigentes do Fed. No monitoramento do CME Group, a probabilidade de elevação de 75 pb chegou a 90% hoje. Com a menor cautela, o dólar caiu ante rivais, enquanto o petróleo avançou 4% no mercado futuro, de olho em riscos à oferta. O alívio na inflação ao consumidor chinês se manteve no radar dos investidores.

Após as perdas recentes, com reajustes de expectativas sobre o banco central norte-americano, o Dow Jones fechou com alta de 1,19%, a 32.151,71 pontos, o S&P 500 avançou 1,53%, a 4.067,37 pontos, e o Nasdaq subiu 2,11%, a 12.112,31 pontos. Na semana, os ganhos foram de 2,66%, 3,65% e 4,14%, respectivamente. Em relatório, a Oanda avalia que os ganhos se deram com a perspectiva de uma inflação mais branda nos EUA, que poderia levar o Fed a não precisar subir os juros acima de 4%. Mesmo uma nova rodada de discursos 'hawkish' por autoridades do BC não foram suficientes para conter o rali acionário de hoje, afirma, com a aparente expectativa de que logo se dará o fim do ciclo de alta de juros.

Para a consultoria, o apetite por risco também foi beneficiado pela inflação ao consumidor da China mais suave do que o esperado, o que poderia traçar um caminho para mais alívio pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês).

Hoje, o diretor Christopher Waller disse apoiar uma alta de juros "forte" neste mês pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), sem especificar se estaria se referindo a uma elevação de 50 ou 75 pontos-base. A estimativa de Waller é que a taxa terminal do Fed seja de 4%, mas ressaltou as amplas incertezas no cenário atual e a necessidade de que a escalada inflacionária tenha algum alívio nos Estados Unidos.

Já o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, que tende a ficar na linha de política monetária mais agressiva entre dirigentes, disse que se tornou mais favorável a um terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto porcentual. Da distrital de Kansas City, a presidente Esther George reforçou estar focada em levar inflação à meta de 2%.

"Uma alta de 75pb na reunião do Fomc de 21 de setembro, que prevemos desde julho, agora se tornou o consenso do mercado e dos economistas", diz o Citi. Com os recentes comentários do presidente e da vice-presidente do Fed, Jerome Powell e Lael Brainard, o banco lembra que mais de uma leitura positiva da inflação precisa ser registrada para convencer os dirigentes de que ela está diminuindo. "Isso torna a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) de 13 de setembro - que será mais suave devido à queda dos preços da gasolina e dos carros usados - menos importante para a decisão política do dia 21, mas ainda crucial para o caminho subsequente da política", afirma o Citi.

De acordo com ferramenta do CME Group, no fim da tarde em Nova York, as apostas eram de 90% de chance de aumento de 75 pb e 10% de alta de 50 pb para a reunião do dia 21. A decisão do Fed deve ser seguida pela do Banco da Inglaterra (BoE) no dia 22, dada a mudança no cronograma por conta da morte da rainha Elizabeth II.

Na marcação, o juro da T-note de 2 anos subia a 3,569%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,321%, enquanto o do T-bond de 30 anos cedia a 3,455%. No câmbio, o dólar caía a 142,61 ienes, o euro subia a US$ 1,0049 e a libra tinha alta a US$ 1,1596. Já o índice DXY, que mede a divisa norte-americana ante seis rivais, fechou com queda de 0,64%, a 109,003 pontos.

Com o enfraquecimento do dólar, o que tende a tornar commodities mais baratas para detentores de outras moedas, o petróleo fechou a sessão em forte alta. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para outubro avançou 3,89% (US$ 3,25) na sessão, a US$ 86,79 o barril, enquanto o Brent para o mês seguinte subiu 4,14% (US$ 3,69), a US$ 92,84, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, houve queda de 0,09% e 0,19%, respectivamente.

O Commerzbank observa que a decisão da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de cortar sua produção em 100 mil barris por dia (pbd), divulgada no início da semana, promoveu apenas breve efeito positivo sobre os contratos do óleo. Desde o pico após a decisão, na segunda-feira, os preços do petróleo caíram em torno de 10%, afirma o banco alemão. Na semana que vem, a expectativa do Commerzbank é que tanto a Opep quanto a Agência Internacional de Energia respondam reduzindo projeções de demanda em seus relatórios mensais. (Ilana Cardial - [email protected])

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