EM DIA POSITIVO EM NY, BOLSA SOBE E TEM GANHO DE 7% NO MÊS, ENQUANTO DÓLAR TOMBA

Blog, Cenário

A recuperação das ações de tecnologia em Nova York, ainda mais após os tombos recentes, puxou os demais índices norte-americanos e firmou o Ibovespa no território positivo, em um mês de ganhos robustos para o mercado acionário brasileiro. E como uma parte importante desses movimento veio da entrada de estrangeiros em busca de ações baratas por aqui, o fluxo positivo de recursos derrubou o dólar não apenas hoje, como também em janeiro. Mas aconteceu algum fato novo que justifique esse comportamento dos mercados neste pregão e no mês? Não, nada de novo. Dirigentes do Fed voltaram a sinalizar nesta segunda-feira que os juros nos EUA devem subir em março. E as tensões entre Rússia e Ucrânia continuaram pressionando os preços do petróleo, o que pode ter reflexos na inflação global. No Brasil, as incertezas fiscais num ano eleitoral não mudaram, os preços continuam elevados, com chance de estouro da meta por mais um ano, e os indicadores conhecidos hoje ficaram em segundo plano. E o que justifica o apetite por risco? No exterior, as bolsas americanas apanharam o mês inteiro e o investidor aproveitou o último dia do mês para recompor algumas posições com papéis mais baratos. Por aqui, o raciocínio é o mesmo, mas não para o dia, e sim para janeiro. A Bolsa brasileira derrapou muito em 2021 quando comparada aos pares externos, o que acabou atraindo compradores num momento em que a liquidez global deve ficar mais escassa e o mundo vai atrás de boas oportunidades de retorno. Como resultado, o Ibovespa, que subiu 0,21%, aos 112.143,51 pontos hoje, teve ganho mensal de 6,98%, o maior desde dezembro de 2020. Em Wall Street, por outro lado, as bolsas perderam entre 3,5% e 10% em janeiro, mesmo com o avanço de hoje. Diante desse quadro, o real é duplamente beneficiado: atratividade da renda variável, então bastante descontada, e da renda fixa, com os juros em patamares cada vez mais elevados e favorecendo operações de carry trade. Assim, o dólar recuou 1,56% neste pregão, a R$ 5,3059 - menor nível desde 22 de setembro -, e acumulou desvalorização de 4,84% em janeiro - maior queda mensal desde novembro de 2020. Enquanto isso, em semana de Copom, os juros futuros de curto prazo ficaram perto dos ajustes, com a expectativa de nova alta de 1,50 ponto porcentual da Selic e a possibilidade de que o ciclo de aperto monetário seja estendido diante da resiliência dos preços, enquanto os de médio e longo prazos caíram em meio ao cenário de baixa do dólar.

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MERCADOS INTERNACIONAIS

Três dirigentes do Federal Reserve (Fed) deixaram claro nesta tarde a mensagem recente de que o banco central americano caminha a passos largos para um aperto monetário, provavelmente começando na próxima reunião, de março. Mas a primeira elevação no mês citado já é algo dado como praticamente certo pelos mercados, como mostram as apostas monitoradas pelo CME Group, e nesse quadro os juros dos Treasuries registraram alta, após oscilarem sem sinal único boa parte do dia. No câmbio, o índice DXY do dólar ajustou ganhos recentes e recuou, o que ajudou o petróleo a sustentar ganho, com foco também nas atuais tensões geopolíticas, sobretudo entre Rússia e Estados Unidos. Já nas bolsas de Nova York, o quadro misto da abertura deu lugar a um pregão positivo, puxado pela força do Nasdaq com ações do setor de tecnologia.

Presidente do Fed de Atlanta, Mary Daly disse que a primeira alta nos juros pode vir em março "se os dados colaborarem". Em evento virtual, ela destacou a "pressão sobre os preços de base ampla" e a necessidade de ajuste na política monetária, mas rechaçou que o Fed esteja atrasado no combate à inflação. Raphael Bostic (Atlanta), por sua vez, disse que uma alta de 50 pontos-base não seria seu "cenário preferido" em março, mas ressaltou que é preciso manter as opções em aberto e que é necessário avaliar os dados por vir neste ano. Na projeção atual de Bostic, os juros serão elevados três vezes neste ano. Já Esther George (Kansas City) enfatizou a necessidade de retirar acomodação monetária e também apontou para a inflação elevada no país.

O CME Group apontava no fim desta tarde 92,5% de apostas de uma alta de 25 pontos-base em 16 de março pelo Fed e 7,5% delas, de uma elevação de 50 pontos-base. Vários analistas também reviam projeções para a política monetária neste ano. O Bank of America, por exemplo, fala agora em sete altas de 25 pontos-base em 2022, diante da persistência da inflação. O BofA ainda diz que haverá outras quatro altas da mesma magnitude em 2023, o que pesará no crescimento do próximo ano. Já o Citi aposta em cinco altas de 25 pontos-base em 2022, as três primeiras consecutivas a partir de março. Pelas apostas monitoradas pelo CME Group, o mercado vê chance de até oito altas de juros pelo Fed de 0,25 ponto porcentual cada neste ano.

No mercado de Treasuries, os juros chegaram a ficar sem sinal único, mas confirmavam aumento no fim da tarde em Nova York. O retorno da T-note de 2 anos avançava a 1,176%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 1,788%% e o do T-bond de 30 anos subia a 2,110%.

No câmbio, o índice DXY do dólar ajustou ganhos recentes, embora a Western Union lembre que a moeda está perto de máximas em um ano e meio. O DXY caiu 0,75%, a 96,540 pontos. No horário citado, o dólar recuava a 115,09 ienes, o euro avançava a US$ 1,1237 e a libra tinha alta a US$ 1,3456.

O dólar mais fraco ajudou as commodities. O petróleo WTI para março fechou em alta de 1,53%, em US$ 88,15 o barril, na Nymex, e o Brent para abril avançou 0,84%, a US$ 89,26 o barril, na ICE. As tensões entre Rússia e potências do Ocidente por causa do risco de eventual invasão russa à Ucrânia também colaboram para apoiar os contratos do óleo. A Casa Branca afirmou que essa invasão poderia ocorrer "a qualquer momento" e que já tem sanções prontas para o círculo do presidente Vladimir Putin, caso isso se concretize.

Nas bolsas de Nova York, o quadro misto do início do pregão deu lugar a ganhos consideráveis, sobretudo do Nasdaq. Papéis de tecnologia e serviços de comunicação estiveram entre os destaques. O Dow Jones fechou em alta de 1,17%, em 35.131,86 pontos, o S&P 500 subiu 1,89%, a 4.515,55 pontos, e o Nasdaq avançou 3,41%, a 14.239,88 pontos.

A ação da Boeing esteve entre os destaques, com alta de 5,07%. A empresa alertou em documento protocolado hoje que pode não ter recursos para enfrentar a covid-19 e problemas na produção, podendo neste caso ter de recorrer a financiamento adicional, mas o mercado deu mais peso à notícia de que ela pode vender até 100 aeronaves à Qatar Airways. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected])

Volta

BOLSA

Após ter fechado 2021 acumulando perda de quase 12%, aos 104,8 mil pontos no último dia de negócios de dezembro, o Ibovespa teve boa recuperação em janeiro, bem perto de 7% - melhor desempenho do índice desde dezembro de 2020. No mês, continuou a atrair fluxo externo para a oferta de descontos em dólar, em meio à correção em Nova York e na maior parte dos principais mercados da Europa e da Ásia, contidos em especial pela reorientação “hawkish” da política monetária na maior economia do mundo, da qual se espera ao menos quatro aumentos de juros este ano. Na B3, o ganho acumulado no mês foi a 6,98%, enquanto em Nova York as perdas ficaram entre 3,32% (Dow Jones) e 8,98% (Nasdaq). Na Ásia, Tóquio cedeu 6,22% e, na Europa, Frankfurt recuou 2,60% neste começo de ano.

Na última sessão de janeiro, tendo se mantido descolado de Nova York na semana passada, o Ibovespa parecia que emendaria o segundo ajuste negativo, moderado como o anterior e também na contramão do sinal visto no exterior nesta segunda-feira. Depois das 16h, firmou-se em leve alta acompanhando S&P 500 e Nasdaq, que acentuavam retomada na sessão. Assim, a referência da B3 obteve hoje ganho de 0,21%, a 112.143,51 pontos, tendo chegado aos 113 mil pontos na máxima intradia do mês, na última quinta-feira, no que foi seu melhor nível desde 19 de outubro passado.

O mês foi de recuperação na casa de dois dígitos para ações e setores de peso no índice, como Petrobras (ON +14,89%, PN +13,71%) e bancos (Itaú PN +21,02%, Bradesco PN +18,81%), que acumulavam descontos e costumam estar entre os preferidos do investidor estrangeiro, pela elevada liquidez. Na sessão, destaque para Azul (+7,99%), Banco Pan (+7,58%), Gol (+7,52%) e CVC (+5,93%), parte dos quais com exposição a dólar, beneficiados hoje pela queda de 1,56%, a R$ 5,3059, no dólar à vista. Na face oposta, Vale ON (-3,33%, na mínima do dia no fechamento), JBS (-2,69%) e CSN Mineração (-2,38%), em dia no qual o minério caiu mais de 6% em Cingapura, após desaceleração em janeiro no índice de atividade (PMI) oficial da indústria na China.

Hoje, em abertura de semana que tem como ponto alto a reunião do Copom, o Ibovespa oscilou entre mínima de 111.194,57 e máxima de 112.678,44 (+0,69%), renovada na reta final da sessão, com giro a R$ 32,8 bilhões. Ao longo da tarde, oscilou em torno da linha que demarca a estabilidade, sem firmar direção até que veio a acentuação de ganhos em Nova York, com os índices amplo e de tecnologia buscando mitigar as perdas que se acumularam no mês.

“Em fevereiro, o investidor seguirá calibrando expectativas com o Federal Reserve, que já promete a primeira alta de juros em março, sinaliza que mais estão por vir e deixa em aberto o início do movimento de enxugamento de seu balanço em 'dois ou três' encontros do FOMC (o comitê de política monetária do BC americano)”, observa em nota a Guide Investimentos.

"Parece que o Fed lutará para chegar a um consenso claro sobre quão agressiva será a decolagem de março, então a agressiva 'buy the dip' não acontecerá tão cedo. As condições econômicas ainda parecem boas este ano, mas o reposicionamento sobre as avaliações e as preocupações com o crescimento provavelmente manterão a volatilidade elevada no curto prazo", diz Edward Moya, analista da OANDA, em Nova York, em nota.

Aqui, o relatório Focus desta semana trouxe, pela manhã, avanço na projeção de inflação do ano, de 5,15% para 5,38%, enquanto a do PIB teve leve aumento, de 0,29% para 0,30%, e a expectativa para a Selic se manteve em 11,75%, aponta a Nova Futura Investimentos.

Além da deliberação do Copom, na quarta-feira, o mercado estará atento, a partir de amanhã, ao início da temporada de balanços no Brasil, referentes ao quarto trimestre de 2021. “Em relação ao mesmo período de 2020, o mercado espera uma queda do Lucro por Ação (LPA) das empresas do Ibovespa em 15,1%, pela piora do cenário macroeconômico, comparado com um início consistente de recuperação econômica no final de 2020, e uma queda nos preços das commodities”, escrevem em relatório Fernando Ferreira, head de research, Jennie Li, estrategista de ações, e Rebecca Nossig, analista de estratégia de ações da XP Investimentos.

“Em relação ao Lucro Operacional (EBITDA) das empresas, o mercado espera 18,6% de crescimento. E para a receita, o consenso espera uma desaceleração, mas ainda com um sólido crescimento de 26,3%”, acrescentam.

Enquanto o Ibovespa acumulou recuperação de cerca de 7% no mês, a moeda americana iniciou o ano mais comportada, acumulando queda de 4,84% em janeiro frente ao real. Assim, em dólar, o Ibovespa terminou o mês a 21.135,62 pontos, comparado a 18.799,19 pontos no fechamento de 2021 e a 22.937,77 pontos no encerramento de 2020. (Luís Eduardo Leal - [email protected])

18:32

 Índice Bovespa   Pontos   Var. % 

Último 112143.51 0.20857

Máxima 112678.44 +0.69

Mínima 111194.57 -0.64

Volume (R$ Bilhões) 3.28B

Volume (US$ Bilhões) 6.12B

18:32

 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % 

Último 112555 0.04889

Máxima 113035 +0.48

Mínima 111575 -0.82

CÂMBIO

Em ambiente marcado por enfraquecimento global da moeda americana e disputa pela formação da taxa Ptax de janeiro no mercado doméstico de câmbio, o dólar à vista emendou nesta segunda-feira (31) o terceiro pregão de forte desvalorização.

Tirando uma breve instabilidade na primeira hora de negócios, a moeda operou em queda firme ao longo de todo o dia, renovando mínimas no início da tarde, quando rompeu o piso de R$ 5,30 e, na esteira de ordens de zeragem de posições, desceu até a mínima de R$ 5,2850 (-1,95%).

Com alguma recuperação de fôlego na reta final da sessão, o dólar à vista fechou em baixa de 1,56, a R$ 5,3059 - menor valor desde 22 de setembro de 2021. Em janeiro, a moeda acumulou desvalorização de 4,84%, maior tombo mensal desde novembro de 2020 (-6,83%). Foi também o terceiro mês consecutivo de perdas para a divisa, que caiu 1,06% em dezembro e 0,19% em novembro.

Lá fora, o índice DXY - que mede a variação do dólar frente a uma cesta de seis dias fortes - trabalhou em queda firme, abaixo dos 97,000 pontos, devolvendo parte dos fortes ganhos da semana passada, quando absorveu a perspectiva de normalização mais rápida da política monetária americana.

Pela manhã, saiu que o PIB da zona do euro cresceu 0,3% no quarto trimestre (na margem), em linha com as expectativas. Já a inflação ao consumidor na Alemanha subiu 4,9% em janeiro (na comparação anual), acima das expectativas (+4,3%) - o que deu força ao euro e abriu espaço para uma correção do DXY.

Afora as questões técnicas e o tombo da moeda americana no exterior, operadores voltaram a relatar fluxo de recursos estrangeiros para ativos locais como um dos propulsores do real, que teve um dos melhores desempenhos entre as divisas emergentes.

Além dos preços dos ativos locais estarem em níveis atraentes e da alta recentes das commodities, a moeda brasileira teria como grande trunfo a perspectiva de juro real elevado, na esteira do aperto monetário em andamento. As leituras recentes de inflação, sobretudo o IPCA-15 de janeiro, não apenas ratificaram a aposta em alta de 1,5 ponto porcentual da Selic, para 10,75%, nesta quarta-feira (02) como aumentaram as projeções em taxa termina na casa de 12% ao ano.

O head da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, observa que preços de commodities agrícolas, como soja e milho, subiram bastante recentemente e que o minério de ferro, apesar da queda hoje, experimentou uma boa recuperação e já se afastou das mínimas. "E esta semana teremos mais 150 pontos no Copom. Tem fluxo de estrangeiro. Parece que o dólar está indo para R$ 5,10", diz Weigt, que vê continuidade do movimento de entrada forte de recursos para a renda fixa e, talvez, para alguns papéis específicos na Bolsa.

A economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, afirma que o apetite estrangeiro para investimentos em portfólio no mercado spot, ao lado da redução de posições compradas em dólares no mercado de derivativos, está por trás da apreciação recente do real. Além disso, o cenário "mais positivo" para os termos de troca, tendo em vista mais estímulos monetários na China, ajudam a explicar o desempenho dos ativos domésticos.

"A grande questão continua sendo se esse fluxo será resiliente ou não, pois há elevado risco político e eleitoral pela frente, cenário de recessão no front doméstico, além do Fed muito mais agressivo do que se imaginava pouquíssimo tempo atrás", afirma Damico, em relatório.

Diante do tom duro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em entrevista coletiva na semana passada, a economista da Armor vê como um cenário "muito factível" uma alta dos juros em cada uma das reuniões do Fed a partir de março, até que a taxa "atinja o patamar neutro (em torno de 2,5%) no mínimo".

O head de câmbio da HCI Invest, Anílson Moretti, ressalta que a agenda de indicadores é carregada nesta semana, com decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), na quinta-feira (03), e divulgação do relatório de emprego (payroll) de janeiro nos Estados Unidos, na sexta-feira (04). "Se mudar alguma coisa no cenário europeu, vamos ter grande surpresa. O payroll é importante para avaliar o que o Fed vai fazer nas próximas reuniões", diz Moretti, que vê um suporte do dólar a R$ 5,26.

Entre os indicadores domésticos, destaque para o superávit primário de R$ 64,727 bilhões do setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) no ano passado, o primeiro após sete anos no vermelho. Analistas afirmam que, a despeito da melhora corrente, a dinâmica da dívida pública ainda é um ponto de atenção, dada a perspectiva de aumento de gastos em ano eleitoral e a mudança na regra do teto de gastos.

Em dia de formação de taxa Ptax final de janeiro e de rolagem de posições em derivativos, o contrato de dólar futuro mais líquido, para março, teve giro expressivo, na casa de US$ 16,4 bilhões. Às 18h15, o contrato era negociado em queda de 1,17%, a R$ 5,34200. (Antonio Perez - [email protected])

18:32

 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima 

Dólar Comercial (AE) 5.30590 -1.5603 5.39780 5.28500

Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0    

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5357.000 -0.22351 5397.500 5356.000

DOLAR COMERCIAL FUTURO 5342.000 -1.17473 5436.000 5322.500

JUROS

Com o cenário do Copom desta semana consolidado, o grande movimento da curva de juros nesta segunda-feira foi o desmonte de posições nos vértices médio e longo. A queda firme, de mais de 10 pontos-base em alguns contratos, se deve à baixa forte do dólar ante o real, que hoje furou o piso de R$ 5,30.

Assim, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 passou de 12,259% no ajuste de sexta-feira a 12,255% (regular) e 12,250% (estendida). O janeiro 2025 caiu de 11,353% a 11,27% (regular) e 11,215% (estendida). O janeiro 2027 cedeu de 11,327% a 11,22% (regular) e 11,17% (estendida). E o janeiro 2029 recuou de 11,451% a 11,35% (regular) e 11,30% (estendida).

Com uma queda de quase R$ 0,10 entre o fechamento de sexta-feira e o de hoje, o dólar à vista recuou a R$ 5,3059 no encerramento da sessão, a menor taxa desde 22 de setembro. Esse movimento ajudou a tirar prêmios da curva de juros, especialmente nos trechos que são mais expostos ao risco.

A forte decida do dólar tem relação com o maior ingresso de recursos no País, para a Bolsa e o carry trade de juros, fazendo com que o fluxo alinhave o movimento nos três principais mercados domésticos. Há também o alto custo de carrego de posições contra o dólar, por causa das taxas em alta (leia mais no cenário de Câmbio).

Agentes do mercado também avaliam que as incertezas do cenário eleitoral dão sinais de se dissiparem mais cedo do que o projetado, com reflexos nos ativos domésticos como um todo - ainda que um tanto tardios nos juros, dado o cenário fiscal que prescreve cuidados. Mesmo sem a terceira via, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder das pesquisas para o Planalto, deu sinais de moderação em seu discurso.

"No começo do mês, teve a história do artigo do Guido Mantega (à Folha de S.Paulo) que o mercado não gostou. Mas depois teve essa confirmação da aproximação com o Geraldo Alckmin, alguns mea culpa e críticas ao governo Dilma Rousseff. Parece que o Lula está fazendo uma guinada ao centro, sendo 'market friendly', ainda que haja muita incerteza do que será sua plataforma econômica", afirmou o estrategista da RIMS3 Capital, Renan Sujii, para quem um eventual novo governo Lula terá um mix de políticas do primeiro mandato (de orientação liberal, sob o comando de Antonio Palocci) e do segundo (desenvolvimentista, com Mantega e Dilma).

Nesta segunda-feira, a agência Bloomberg publicou entrevista em que Mantega reconheceu erros durante a sua gestão na pasta e disse que não será ministro de Lula caso o petista vença a eleição em outubro.

Nos vértices mais curtos, o mercado segue em compasso de espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira. É consenso entre analistas e na curva de juros que a elevação será de 150 pontos-base. A questão, então, são os prováveis sinais do fim do ciclo de alta e até quando esse nível terminal será mantido.

Na curva de juros, por exemplo, a curva projeta taxa de 12,40% no fim do ano, o que embute 60% de chance de Selic a 12,50% e 40%, a 12,25%.

Para o Credit Suisse, que trabalha com taxa terminal de 12,25% (nível a ser alcançado em maio), o Copom deve manter a conclusão de que o ciclo de aperto monetário deve ser muito restritivo em todo o horizonte relevante.

"Em nossa opinião, o cenário para a inflação no horizonte da política monetária continua muito desafiador e deve exigir que a política monetária aumente para um nível altamente restritivo para garantir que a inflação convirja para meta nos próximos anos", afirmam Solange Srour e Lucas Vilela, em relatório enviado a clientes.

Para o comunicado, os economistas do Credit avaliam que o BC tratará um cenário menos favorável a mercados emergentes. No cenário local, a aposta é que o Copom mencione que a atividade econômica vem surpreendendo no lado negativo. (Mateus Fagundes - [email protected])

18:30

 Operação   Último 

CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 10.43

Capital de Giro (%a.a) 6.76

Hot Money (%a.m) 0.63

CDI Over (%a.a) 9.15

Over Selic (%a.a) 9.15

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