Se o pregão que fechou 2021 foi positivo para os ativos domésticos, não se pode dizer o mesmo do resultado acumulado no ano. A queda do dólar e dos juros hoje, com o avanço da Bolsa, apenas amenizaram a performance ruim de um ano marcado pela recuperação econômica ante o tombo de 2020, mas também pelo aumento das incertezas fiscais a partir de 2022, quando as eleições e o aumento de juros pelo Fed devem trazer pressão adicional para os negócios. E como o mercado tenta precificar o que vem pela frente e o futuro não se mostra tão auspicioso, o resultado é o tombo de quase 12% no Ibovespa no ano, com valorização superior a 7% para o dólar ante o real e disparada dos prêmios na curva de juros, em meio a um forte processo de aperto monetário. Nesta quinta, no entanto, houve uma pausa no mau humor, com a ajuda externa, em alguns momentos, e das contas públicas brasileiras, por mais contraditório que possa parecer. Afinal, se o investidor olha com desconfiança para o próximo ano, ainda mais no momento em que cresce a pressão do funcionalismo por reajustes depois que o governo separou, no Orçamento, recursos para aumentar apenas os salários da polícia federal, o resultado do setor público consolidado de novembro, muito acima do previsto, serviu de alívio e de motivo para um fôlego final. Com isso, a moeda dos EUA cedeu 2,06%, a R$ 5,5759 no mercado à vista. A queda do dólar e dos yields dos Treasuries deixou espaço para alguma devolução de prêmios na curva de juros, sobretudo nos vencimentos curtos e intermediários. Já na renda variável, o Ibovespa foi além dos pares externos hoje, ao subir 0,69%, aos 104.822,44 pontos, acumulando alta de 2,85% em dezembro e colocando fim a uma sequência de cinco meses de perdas. Nada disso impediu o recuo anual, o primeiro desde 2015. Por fim, em Wall Street, onde os mercados ainda funcionam amanhã, o dia foi volátil diante da cautela com o recorde de casos provocado pela variante Ômicron. No fim, houve um movimento de realização, ainda mais que Dow Jones e S&P 500 vinham de recorde, e o sinal negativo prevaleceu.
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•MERCADOS INTERNACIONAIS
CÂMBIO
Em um ano coroado por preocupações em relação a novas cepas da covid-19 globalmente e, aqui, por incertezas fiscais, econômicas, políticas e, principalmente sobre a condução e intensidade da política monetária em um momento de inflação ascendente, o dólar avançou sobre o real. Mesmo com uma queda contundente, de 2,06%, na última sessão do ano, levando a moeda a R$ 5,5759 nesta quinta-feira, no acumulado de 2021 a divisa americana saltou 7,46% sobre a moeda brasileira. Há um ano, 2020 terminava com o dólar a R$ 5,1887.
"Desde o início da pandemia você tem elevação do dólar, 2021 foi uma sequência dos riscos globais de 2020. Teve movimento de todo o mundo procurando portfólios mais defensivos, isso significa que a moeda americana teve grande procura global, assim como ouro e algumas criptomoedas", destaca Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos.
Ante emergentes, o movimento piorou no segundo semestre diante de dados de que a recuperação global será pior que o esperado no ano que vem. Isso, num cenário de países desenvolvidos com juros mais altos e com os Estados Unidos retirando estímulos monetários da economia, o que enxuga a liquidez global, afasta interesse e fluxo dos investidores em países como o Brasil.
No dia, após subir quase 1% ontem, o câmbio encontrou espaço hoje para não só devolver a alta do dólar, mas reverter o quadro para o mês e garantir uma valorização do real em dezembro. No mês, o dólar caiu 1,06% frente a divisa brasileira.
Num dia de alívio geral para os ativos domésticos, dados fiscais brasileiros divulgados ontem e hoje, que mostram uma surpresa positiva na arrecadação federal retiraram um pouco do mau humor interno. E, lá fora, dados melhores nos Estados Unidos diminuíram a aversão a risco. Com um fluxo melhor de investidores para os ativos de risco doméstico, o que sustentou uma alta de 0,7% na bolsa, o dólar cedeu.
"Em temos de indicadores, tivemos divulgação de dados fiscais ontem (Governo central) e hoje (setor público consolidado), que foram positivos. Ontem a moeda brasileira teve um desempenho ruim, hoje está tirando um pouco", aponta Felipe Sichel, estrategista da Moldamais.
Hoje, o Banco Central mostrou que o setor público consolidado, que inclui governo central, estados, municípios e estatais, teve um superávit de R$ 15,03 bilhões em novembro, melhor resultado desde 2013. Em 12 meses, o resultado é positivo em R$ 12,76 bilhões, o melhor desde outubro de 2014.
Favorece o cenário local ainda a boa percepção dos investidores em relação ao novo marco cambial. A lei permite, entre outras coisas, a abertura de conta em dólar no Brasil por um investidor estrangeiro, a compra e venda de moeda estrangeira por agentes que não apenas bancos e corretoras e a facilitação de remessa do exterior para uma instituição brasileira que tenha um correspondente bancário fora do País.
Assim, o real conseguiu um alívio, inclusive, superior aos pares emergentes, depois de semanas pressionado. Lá fora, a divisa cai ante o peso mexicano e opera próxima da estabilidade, mas com viés de alta, ante o rand sul africano e os pesos argentino e chileno. Aqui, a moeda terminou o dia bem distante da máxima intradia, pela manhã, quando chegou a tocar os R$ 5,7044. Na mínima, a moeda americana operou na casa dos R$ 5,54.
"O real já está pressionado há muito tempo, você já tinha um preço além do movimento normal, pelo risco. Qualquer movimento vindo lá de fora que melhorasse um pouco a percepção de risco, traz melhora forte. Moeda muito estressada acaba tendo muito fluxo e muita volatilidade", afirma Franchini, da Monte Bravo.
Para o ano que vem, o cenário para o câmbio não é animador. Com a retirada efetiva dos estímulos americanos e as altas de juros prometidas, que devem ser seguidas por outros países desenvolvidos, o fluxo a emergentes deve ficar prejudicado. No Brasil, o cenário se agrava pelas incertezas eleitorais, que devem garantir um câmbio volátil e com tendência de alta. Às 18h, o dólar futuro para janeiro tinha queda de 2,11%, a R$ 5,5805. (Bárbara Nascimento - [email protected])
18:32
Dólar (spot e futuro) Último Var. % Máxima Mínima
Dólar Comercial (AE) 5.57590 -2.0638 5.70440 5.54820
Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0
DOLAR COMERCIAL 5581.000 -2.10489 5714.000 5563.500
DOLAR COMERCIAL FUTURO 5611.500 -2.33226 5742.000 5587.000
JUROS
Os juros futuros terminaram 2021 em baixa ante os ajustes anteriores, com a queda do dólar e dos yields dos Treasuries dando suporte ao movimento, influenciado ainda por fatores técnicos relacionados a ajustes de carteiras típicos do fim do ano. As preocupações com os protestos dos servidores por aumentos salariais seguem no radar, mas não conseguiram exercer pressão como ontem, com o mercado preferindo olhar para mais números positivos das contas públicas. O superávit do setor público consolidado de novembro veio muito acima do esperado. O alívio de prêmios nesta quinta-feira contrasta com o que prevaleceu na curva ao longo do ano, marcado por forte pressão de alta nos principais vencimentos em função do ciclo de aperto monetário e do afrouxamento da disciplina fiscal do governo.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou em 11,795% (regular) e 11,775 (estendida), de 11,821% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 10,692% para 10,60% (regular e estendida). O DI para janeiro de 2027 passou o dia em queda, zerou o recuo na definição dos ajustes da sessão regular, mas voltou a cair na estendida. Encerrou com taxa de 10,61% (regular) e 11,57% (estendida), de 10,591% ontem.
"Hoje temos basicamente a puxada do dólar para baixo para explicar o DI, além dos aspectos fiscais mais positivos", resumiu o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, que lembra ainda que em fim de mês, de trimestre, e de ano, "o que não falta hoje é 'fim' para puxar ajustes de posições dos fundos".
Se ontem a moeda americana, ao se aproximar dos R$ 5,70, levou consigo os DIs, hoje era dia de devolver. O dólar passou boa parte da sessão abaixo dos R$ 5,60 para fechar em R$ 5,5759, queda de 2,06%. Os retornos dos Treasuries, do mesmo modo, estiveram sob controle, com a taxa da T-Note de dez anos rodando à tarde abaixo de 1,52%, de 1,55% ontem.
Ainda que a perspectiva de um ano fiscal difícil em 2022 esteja mantida, os números divulgados desde ontem acabaram servindo de argumento para estancar a correção de alta da curva. Segundo o Banco Central, o superávit primário do setor público ficou em R$ 15,034 bilhões em novembro, superando em larga margem o teto das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de R$ 9,50 bilhões, no melhor resultado para o mês desde 2013.
"Diante da continuidade de surpresas fiscais no curto prazo, com resultados primários mais positivos do que o esperado, a perspectiva para os próximos meses tem viés de melhora", avaliam as economistas Juliana Damasceno e Luíza Benamor, no serviço on line da Tendências Consultoria. No entanto, acrescentam que o elevado serviço da dívida representa uma ameaça para a sustentabilidade fiscal, dadas as pressões altistas da conta de juros, que exigem superávits primários mais elevados para aliviar o resultado nominal.
Com a distensão do câmbio e os dados fiscais no foco, a movimentação do funcionalismo público, que já organizou um calendário de mobilizações para janeiro, ficou hoje em segundo plano. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) espera que os cargos de chefia do órgão devam começar a ser entregues já na segunda-feira.
O fechamento das taxas hoje, última sessão de 2021, vai na contramão da tendência de alta que predominou ao longo do ano, com as pressões inflacionárias vindas sobretudo dos choques de oferta nas cadeias produtivas e da crise hídrica deteriorando as expectativas de inflação dos agentes. Não por acaso a Selic começou o ano em 2% e termina em 9,25%, na tentativa do Banco Central de estancar esse processo.
"A partir de novembro, a curva de juros ficou invertida, o que pode ser visto como natural", afirma Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Renascença DTVM, citando fatores como a precificação de uma Selic muito acima da taxa neutra de juros em 2022 (o que seria algo temporário) e a forte desaceleração da economia. Além disso, acrescenta a perspectiva e posterior confirmação da aprovação da PEC dos precatórios, dado que um eventual “plano B”, como a decretação do estado de calamidade, representaria um risco ainda maior para as contas públicas. O diferencial entre os contratos para janeiro de 2027 e janeiro de 2023, que começou o ano em 222 pontos-base, fechou hoje em -118,5 pontos. (Denise Abarca - [email protected])
18:33
Operação Último
CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 9.15
Capital de Giro (%a.a) 6.76
Hot Money (%a.m) 0.63
CDI Over (%a.a) 9.15
Over Selic (%a.a) 9.15
BOLSA
Vindo de leve ganho de 2,92% no ano anterior, o primeiro da pandemia, o Ibovespa encontrou fôlego nesta quinta-feira, com giro superior ao observado nas três últimas sessões, para limitar um pouco as perdas de 2021, ainda assim a 11,93%, o pior desempenho desde a retração de 13,31% observada em 2015 - e o primeiro recuo anual desde então. Hoje, a referência da B3 subiu 0,69%, a 104.822,44 pontos, perdendo força na reta final com Nova York. Nesta quinta-feira, oscilou entre mínima de 104.106,37 e máxima de 105.269,01 pontos, com giro um pouco melhor, a R$ 27,3 bilhões nesta última sessão do ano, em que o Ibovespa encerra de forma bem distinta da vista em 2020, quando no mesmo dia foi a 119 mil pontos e tocou, naquele 30 de dezembro, a então inédita marca de 120 mil pontos.
Após cinco meses de perdas consecutivas, período no qual cedeu 19,62%, o Ibovespa avançou 2,85% em dezembro de 2021 - na última semana do ano, cedeu 0,07%. Os dois anos de pandemia mostram grande contraste em relação ao que o precedeu, 2019, quando a referência da B3 subiu 31,58%, o maior ganho desde 2016 (38,9%), que havia sucedido recuo de quase 29% no intervalo entre 2013 e 2015, três anos de perdas sucessivas.
No quarto trimestre de 2021, o Ibovespa acumulou perda de 5,54%, após retração de 12,47% no trimestre anterior, que interrompeu a sequência positiva entre março e junho - o desempenho negativo de janeiro e fevereiro, que colocou as perdas acumuladas no primeiro trimestre a 2%, foi sucedido por reação a partir de março, até junho, mês em que renovou máxima histórica a 131,1 mil pontos e de fechamento, a 130,7 mil, no dia 7. Assim, os ganhos do primeiro semestre foram a 6,54%, com recuperação de 8,01% no intervalo abril-junho.
Por outro lado, os dois piores meses do ano foram setembro (-6,57%) e outubro (-6,74%), que marcaram a transição das dúvidas sobre a estabilidade institucional, até o discurso presidencial de 7 de setembro, para o que se mostrou ainda mais preocupante: a incerteza sobre a situação fiscal.
Para agravar o quadro doméstico, o ano chega ao fim com sinais mais restritivos sobre a orientação da política monetária, especialmente nos Estados Unidos, e alguma dúvida quanto à extensão do dano que a variante Ômicron trará à recuperação econômica global, considerando a recente aceleração do contágio em países do hemisfério norte. No ambiente interno, janeiro e fevereiro tendem a ser meses movimentados para o governo, com o funcionalismo federal se organizando para reivindicar aumento salarial em ano de eleição.
"A Bolsa tentou alguma recuperação nesta última sessão do ano, mas ainda pairam questões como a inflação elevada e o nível de juros, e a insegurança fiscal, com a pressão dos servidores por reajuste. Descontrole fiscal, ainda mais em ano eleitoral, tem acarretado certa desconfiança do mercado nesses últimos dias", diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, chamando atenção para a dissonância entre a B3 e Nova York, em recordes históricos neste fim de ano, assim como Europa. "Ainda que a Ômicron pese, as economias avançadas têm mostrado que vamos continuar a conviver com isso - e, com vacinação, a reação é leve", acrescenta.
"Na Bolsa brasileira tivemos deterioração de junho em diante, com o fiscal, o monetário e o político, principalmente com a quebra do teto de gastos e a PEC dos Precatórios. A trajetória fiscal se deteriorou muito, trazendo incerteza para 2022, que se agravou de forma geral com as variantes do coronavírus, apesar da expectativa de que estejamos mais perto do fim da pandemia - há ainda contágio, mas com menos letalidade", diz Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos.
"No segundo semestre, o Ibovespa foi puxado (para baixo) muito pelo pessimismo do investidor doméstico, com o estrangeiro em volume de compra líquido superior a R$ 65 bilhões. Os grandes vendedores foram os locais, tanto os institucionais - aí entram os fundos de ações como os regimes de previdência e fundos de pensão - como os individuais, que vinham crescendo em participação na Bolsa nos últimos anos", diz Alexandre Brito, sócio da Finacap Investimentos, acrescentando que o avanço dos juros ao longo do ano trouxe perspectiva diferente quanto a risco e retorno.
Assim, com os locais reduzindo a exposição à Bolsa e os estrangeiros aproveitando os descontos em dólar para efetivar compras, o Ibovespa, na moeda americana, encerrou o ano a 18.799,19 pontos, comparado a 22.937,77 pontos no fechamento de 2020, quando a referência da B3 marcava um nominal de 119.017,24 e o dólar à vista estava em R$ 5,1887. Em 2021, o dólar à vista fechou a R$ 5,5759.
Nesta última sessão de 2021, destaque para Méliuz (+7,64%), Sul América (+6,84%) e Magazine Luiza (+6,80%). Na face oposta do índice, Marfrig (-3,71%), Itaú PN (-1,64%) e Santander (-1,35%). Vale ON (+0,92%) e as ações de siderurgia (Usiminas PNA +2,43%) em geral avançaram nesta quinta-feira, enquanto o dia foi de ajuste negativo para Petrobras ON (-0,81%) e PN (-0,32%). (Luís Eduardo Leal - [email protected])
18:32
Índice Bovespa Pontos Var. %
Último 104822.44 0.68698
Máxima 105269.01 +1.12
Mínima 104106.37 -0.00
Volume (R$ Bilhões) 2.73B
Volume (US$ Bilhões) 4.89B
18:33
Índ. Bovespa Futuro INDICE BOVESPA Var. %
Último 105915 0.86182
Máxima 106485 +1.40
Mínima 105150 +0.13
MERCADOS INTERNACIONAIS
Após operarem no azul na maior parte da sessão, as bolsas em Wall Street fecharam em queda nesta quinta-feira. A baixa liquidez das negociações segue com reflexos sobre os mercados internacionais, assim como os temores sobre a variante Ômicron do coronavírus. Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) elevou o alerta de viagens em cruzeiro para o nível mais alto possível. Os juros dos Treasuries recuaram, enquanto o dólar ficou misto ante rivais. Entre as commodities, o petróleo avançou, com a expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) mantenha sua atual política de retorno apenas gradual da oferta.
Os Estados Unidos quebraram um novo recorde de casos diários da covid-19, com 488 mil registros nas últimas 24 horas. Conforme reportagem da Reuters, o nível de hospitalização entre crianças aumentou em 58% na média semanal, em relação à semana anterior.
Nesta tarde, o CDC afirmou que o risco de contrair covid-19 é "muito alto" em cruzeiros, mesmo para os viajantes que receberam a dose de reforço da vacina contra a doença. Empresas de cruzeiros viram suas ações recuar após o informe. Carnival, Royal Caribbean Group e Norwegian Cruise Line fecharam com queda de 1,25%, 1,11% e 2,46%, respectivamente.
Em relatório, o Citi observa que foi uma semana "devagar" com os feriados e um número limitado de dados econômicos, enquanto investidores precificam os piores cenários possíveis para a economica diante da variante Ômicron. Ainda assim, analistas observam que, em sua maioria, governos locais dos EUA não reimpuseram restrições, além de o CDC ter reduzido sua sugestão de quarentena de dez para cinco dias no caso de infectados assintomáticos.
Com a piora próximo ao horário de fechamento, o Dow Jones caiu 0,25%, a 36.398,08 pontos, o S&P 500 cedeu 0,30%, a 4.778,73 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,16%, a 15.741,56 pontos.
Na renda fixa, os retornos dos Treasuries também retraíram, com mínimas na reta final. O juro da T-note de 2 anos caía a 0,730%, o da de 10 anos recuava a 1,509% e o do T-bond de 30 anos cedia a 1,912%, no fim da tarde em Nova York. Com o retorno da T-note de 10 anos encerrando o ano próximo a 1,50%, o Citi observa que ele está 60 pontos-base acima do início do ano, mas ainda assim consistente com os níveis alcançados em março, apesar da mudança substancial na postura 'hawkish' de expectativas sobre o Federal Reserve (Fed) ao longo do ano.
Entre as commodities, após uma sessão volátil, o petróleo conseguiu se firmar no positivo. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a Opep+ deve manter sua política de altas apenas modestas na produção do petróleo. A próxima reunião da organização será na terça-feira, 4 de janeiro. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega prevista para fevereiro subiu 0,56% (US$ 0,43), para US$ 76,99 o barril, enquanto o do Brent para março avançou 0,40% (US$ 0,32), a US$ 79,53 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Preocupações com a desaceleração da demanda do óleo pela China estiveram no radar, após o país reduzir suas cotas para importação de petróleo.
Já no câmbio, o dólar fortaleceu levemente ante rivais. O índice DXY, que mede a divisa americana ante seis rivais, subiu 0,04%, a 95,968 pontos. No horário citado, o euro caía a US$ 1,1324, a libra tinha alta para US$ 1,3504 e o dólar subia a 115,06 ienes. (Ilana Cardial - [email protected])