BOLSAS TOMBAM COM VARIANTE DELTA E PETRÓLEO, ENQUANTO DÓLAR DISPARA A R$ 5,25

Blog, Cenário
Os temores de que a variante delta do coronavírus possa se espalhar de tal forma que aborte a retomada da economia global provocaram forte aversão ao risco nesta segunda-feira, com o índice Dow Jones tombando mais de 2% em Nova York, enquanto o Ibovespa chegou a retroceder aos 123 mil pontos e o dólar disparou a R$ 5,25. Ao mesmo tempo, em meio a essa possibilidade de enfraquecimento da atividade, a Opep+ anunciou, na véspera, um aumento da produção de petróleo a partir de agosto. A oferta maior da commodity com a percepção de demanda menor resultou num tombo ao redor de 7% para o barril, amplificando o mergulho das ações ligadas ao setor. Nesse ambiente, o Dow Jones perdeu 2,09%, maior recuo desde outubro de 2020. O S&P 500 e o Nasdaq cederam um pouco menos: 1,59% e 1,06%, respectivamente. No Brasil, poucos papéis escaparam do ajuste negativo, mas os ligados a commodities e, sobretudo, aqueles relacionados à atividade presencial, como varejo, aéreas e turismo, capitanearam as vendas, resultando em baixa de 1,24% para o Ibovespa, aos 124.394,57 pontos. No câmbio, o real liderou as perdas entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities, uma vez que reage, adicionalmente, ao desconforto com o ambiente político doméstico. Além disso, a moeda brasileira chegou a performar melhor do que os pares em período recente, gerando desmontagem de posições defensivas, que agora podem estar sendo recompostas. Assim, o dólar fechou com forte valorização de 2,64%, maior alta desde setembro de 2020, a R$ 5,2506 - valor mais elevado desde o último dia 8 de julho. Mas se o mercado precifica chance de uma nova freada econômica, também enxerga o outro lado da moeda: menor pressão inflacionária. Assim, seja devido à busca por segurança, seja por uma visão mais benéfica sobre os preços, os yields dos Treasuries derreteram. No Brasil, a forte alta da moeda americana foi mais do que compensada pela perspectiva de fraqueza global e tombo das commodities, o que fez os juros futuros terminarem entre estabilidade e queda, a ponto de as apostas de alta de 0,75 ponto porcentual da Selic no Copom de agosto voltarem a ser majoritárias.
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MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York fecharam em queda acentuada, com o índice Dow Jones registrando a maior retração diária em pontos desde outubro, diante da renovada cautela sobre a trajetória econômica global. A variante delta da covid-19 - que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) já circula atualmente em ao menos 111 países - gera dúvidas sobre o ritmo da retomada. Além disso, o setor de energia esteve sob forte pressão, em dia de queda de mais de 6% do petróleo. A commodity foi penalizada pelas dúvidas sobre a retomada na demanda, mas também pelo anúncio de acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para ajuste gradual da produção. O quadro de cautela apoiou a compra de Treasuries e fortaleceu o dólar. A fuga do risco sugere um ajuste nos cálculos de investidores sobre o ritmo da retomada econômica, com a variante delta como potencial vilã. A OMS notou que ela continua a se disseminar, agora em "mais de 111 países", e também mencionou que dados de dois países, não identificados, sugerem que a cepa pode significar maior risco de hospitalização. Mesmo que a OMS diga que isso não inclui até agora maior gravidade dos casos ou mais mortes, o sinal amarelo prevaleceu hoje. O presidente americano, Joe Biden, voltou a insistir para que mais pessoas se vacinem, citando a variante delta, "mais contagiosa", como risco. No momento em que o Reino Unido reabre sua economia, o JPMorgan prevê uma terceira onda longa de casos, enquanto o governo local anunciou obrigatoriedade de vacinação para os participantes de grandes eventos ou aglomerações a partir de setembro. A BK Asset Management destaca em relatório que, nos EUA, quase a metade da população não está totalmente vacinada e segue portanto em risco ante o vírus. "A ameaça da delta tem também forçado muitos governos a novas restrições a viagens, matizando a grande retomada no turismo que o mercado havia projetado", afirma o banco de investimentos. O NatWest, por sua vez, diz que a variante delta "causará ao menos algumas restrições e possivelmente lockdowns mais amplos novamente". Já o Danske Bank vê novos lockdowns como "improváveis" nas economias desenvolvidas, com a vacinação mais avançada, mas também registra o aumento do número de casos em muitos países graças à influência dessa cepa. A Stifel menciona a volta de restrições em Holanda e Israel e nova investida pelo uso de máscaras em lugares fechados nesse países, enquanto a Austrália reforça controles e o Japão relata casos de covid-19 em atletas, criando um "desafio" para a Olimpíada de Tóquio. Nas bolsas de Nova York, o quadro se traduziu em um forte ajuste para baixo, com todos os setores no vermelho. O setor de energia puxou as quedas, em jornada ruim para o petróleo. Bancos também caíram consideravelmente, em dia de baixa para os retornos dos Treasuries, e algumas ações de pesos, como Boeing (-4,94%), também sucumbiram. O Dow Jones fechou em baixa de 2,09%, em 33.962,04 pontos, o S&P 500 recuou 1,58%, a 4.258,49 pontos, e o Nasdaq cedeu 1,06%, a 14.274,98 pontos. O petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 7,28%, em US$ 66,35 o barril, na Nymex, e o Brent para o mesmo mês recuou 6,75%, a US$ 68,62 o barril, na ICE. Hoje, o contrato em Nova York teve a maior queda em dólares desde o fim de abril de 2020, segundo a Dow Jones Newswires. As incertezas sobre a demanda futura pesaram, e também foi absorvido o acordo da Opep+ sobre avanço gradual na oferta do grupo. O Julius Baer vê o óleo no fim do ciclo de alta e acredita que o acordo da Opep+, anunciado no fim de semana, não restaura o equilíbrio nesse mercado. Já a Capital Economics vê espaço para estabilização e projeta o Brent entre US$ 70 e US$ 75 o barril nos próximos seis meses. Entre os Treasuries, os retornos caíram com a maior busca por segurança. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos recuava a 0,201% e o da T-note de 10 anos, a 1,196%. No câmbio, o dólar se fortaleceu em geral com a busca por segurança. No horário citado, o dólar caía a 109,50 ienes, o euro tinha baixa a US$ 1,1800 e a libra recuava a US$ 1,3666. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas principais, subia 0,18%, a 92,853 pontos. Ainda no noticiário, a Casa Branca deixou aberta nesta tarde a possibilidade de impor medidas conta a China por ataques de hackers. Hoje, os EUA e aliados acusaram formalmente Pequim de ter apoiado invasões ao sistema Microsoft Exchange Server. (Gabriel Bueno da Costa - [email protected]) Volta BOLSA Em dia muito negativo no exterior, com retomada da aversão a risco relacionada à disseminação da variante Delta do coronavírus, e forte queda do petróleo com a aguardada decisão da Opep+ sobre o nível de oferta, o dólar à vista se aproximou da marca de R$ 5,26 na máxima da sessão, resultando em acentuação de perdas no Ibovespa à tarde, embora relativamente moderadas no fechamento, a 124.394,57 pontos, em queda de 1,24%, no menor nível desde 27 de maio (124.366,57). O índice da B3 oscilou entre os 123.317,27, em queda pouco acima de 2%, e os 125.958,07, da abertura, com giro a R$ 33,1 bilhões no encerramento. No mês, o Ibovespa cede agora 1,90%, limitando o ganho do ano a 4,52%. Hoje, o índice teve a terceira queda seguida, duas das quais superiores a 1%. "Por um lado, a França está reabrindo para turistas vacinados e o Reino Unido colocando fim ao distanciamento social, no momento em que a variante Delta tem preocupado a todos. Já vemos alguns casos de contaminação de Covid em atletas em Tóquio, ainda antes do início da Olimpíada. E as aglomerações vistas na Eurocopa, especialmente no estádio de Londres, foram de assustar. Começa a se falar em terceira dose de vacina. Há uma combinação que leva o investidor a buscar proteção em ativos como Treasuries", diz Rodrigo Friedrich, sócio e head de renda variável da Renova Invest. Assim, no exterior, as bolsas refletiram hoje os "temores da propagação do coronavírus com a variante Delta, além do forte recuo do petróleo após divulgação da Opep+ de que (os países-membros) concordaram em aumentar, durante este ano, os limites de produção do petróleo", observa em nota a equipe de análise da Terra Investimentos, destacando também o avanço observado no índice de volatilidade VIX, de Nova York. "Por aqui, o cenário político ainda permanece agitado, assim como a reforma tributária e suas modificações, porém sem muitos desdobramentos até agosto, quando o Congresso e a CPI da Covid devem retornar das férias", acrescenta a Terra. "A decisão (da Opep+) foi de elevar a produção de petróleo em 400 mil barris por dia até o final de 2022. Tal medida deve começar a valer a partir de agosto de 2021, mas com uma reavaliação em dezembro deste ano", observa em nota o economista Guilherme Sousa, da Ativa Investimentos. "Hoje, sabemos que existe defasagem do preço praticado na gasolina doméstica em relação ao internacional, de aproximadamente 15%. O aumento de produção pode trazer um alívio nos preços dos combustíveis aos consumidores, no curto prazo, e essa defasagem deverá ser reduzida", acrescenta. Nesta segunda-feira de forte correção nos preços do petróleo, com queda de quase 7% no Brent, negociado na casa de US$ 68 após ter chegado a superar recentemente a marca de US$ 75 por barril, Petrobras PN e ON fecharam respectivamente em baixa de 1,65% e 1,18%, após terem sustentado perdas superiores a 2%, em sessão também negativa para Vale ON, em queda de 1,09% no encerramento, em dia no qual o minério fechou em leve baixa de 0,18%, a US$ 221 por tonelada, em Qingdao (China). "A partir de agosto, a Opep+ aumentará sua produção em 400 mil barris por dia a cada mês até dezembro e chegará ao total de 2 milhões de barris. No ano que vem, o grupo concordou em reavaliar o corte de 5,8 milhões de barris de produção até o fim de 2022, que havia sido planejado no ano passado", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. Em meio à generalizada aversão a risco, um grupo restrito de ações conseguiu fechar o dia em terreno positivo: Rumo (+2,00%), Locaweb (+1,38%), Banco Inter (+0,86%), Energias BR (+0,39%), TIM (+0,34%), JBS (+0,24%), Marfrig (+0,21%) e Gerdau PN (+0,17%). Na ponta negativa do Ibovespa, destaque para Americanas ON (-8,94%), resultante da combinação operacional de Lojas Americanas (-8,78%, segunda maior perda do dia) e B2W - também entre as maiores quedas do dia, Via Varejo cedeu 3,77%, Gol, 3,61%, e PetroRio, 3,45%. As perdas entre os grandes bancos ficaram entre 0,58% (Itaú PN e Unit Santander) e Bradesco PN (-1,48%), enquanto entre as siderúrgicas chegaram a 1,34% (CSN ON). (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:32 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 124394.57 -1.243 Máxima 125958.07 -0.00 Mínima 123317.27 -2.10 Volume (R$ Bilhões) 3.31B Volume (US$ Bilhões) 6.37B 17:32 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 124945 -1.18238 Máxima 125075 -1.08 Mínima 123665 -2.19 CÂMBIO O real liderou as perdas entre dividas emergentes no pregão desta segunda-feira, 19, em dia de marcado por forte liquidação de ativos de risco e queda acentuada das commodities, diante de temores de que o avanço da variante Delta do coronavírus mine a recuperação da economia global. Em alta desde o início dos negócios, o dólar à vista renovou sucessivas máximas ao longo da tarde, ultrapassado a barreira de R$ 5,25. Operadores notaram sinais de acionamento de ordens de stop loss (limitação de perdas) após a moeda romper o nível de R$ 5,23, acompanhando o sinal externo. Com mínima de R$ 5,1532 máxima de R$ 5,2576, o dólar à vista fechou em alta de 2,64%, a R$ 5,2506. Foi o maior avanço porcentual no fechamento desde 18 de setembro de 2020. Entre as principais divisas emergentes, o a moeda americana subia cerca de 1% na comparação com o peso mexicano e por volta de 0,70% ante o rand sul-africano, considerados pares do real. O Índice DXY - que mede a variação do dólar em relação a seis divisas fortes - subia 0,17%, na casa dos 92,8 pontos. Analistas lembram que, tecnicamente, o real tende a sofrer mais em tempos de aversão ao risco. A moeda brasileira têm exibido uma volatilidade muito mais acentuada que a de outras divisas emergentes. Além disso, permanece ainda certo desconforto com o ambiente político doméstico, o que torna posições na moeda brasileira muito desconfortáveis neste momento, a despeito da perspectiva de novas elevações da taxa Selic. O mau humor lá fora se agravou ao longo da tarde na esteira do alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a variante Delta já circula em mais de 111 países. Neste cenário, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, manteve a suspensão de todas as restrições à modalidade, mas admitiu que poderá haver uma reversão das medidas em caso de piora. O economista da Órama Investimentos, Alexandre Espírito Santo, destaca que a grande preocupação é com uma eventual "recaída" da economia global por causa da variante Delta. "Vai ter um cenário de menor crescimento no ano que vem com a inflação nos Estados Unidos em patamar já elevado, o que vai obrigar o Fed (Federal Reserve) a agir", afirma, ressaltando que a questão é saber como o Fed vai manobrar a política monetária para segurar a inflação sem provocar deterioração aguda e rápida nos preços dos ativos. "E isso provoca muito estresse nos mercados, como estamos vendo hoje." Para Espírito Santo, a perspectiva de retirada nos estímulos nos Estados Unidos, aliada à proximidade do calendário eleitoral no Brasil, não autoriza uma rodada forte de apreciação do real, apesar do resultado saudável das contas externas. "Acho difícil ver esse dólar rodar a R$ 4,60 ou R$ 4,70, como alguns previam. Eu acho que a tendência é a taxa de câmbio trabalhar mais perto de R$ 5,30", diz. Por aqui, a despeito do recesso parlamentar, o ambiente político segue conturbado, o que coloca em xeque o andamento das reformas. O imbróglio da vez é o debate sobre eventual veto do presidente Jair Bolsonaro, que teve alta hospitalar, ao fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões (incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias) - o que pode desagradar o Centrão e corroer a base parlamentar do governo, já fragilizado pelas investigações da CPI da Covid. Para o especialista em câmbio da Valor Investimentos, Rafael Ramos, o dólar deve seguir rodando entre R$ 5,15 e R$ 5,25 no curto prazo. "Mas com a perspectiva de redução de estímulos pelo Fed e o debate em torno das eleições presidenciais cada vez mais fortes, pode ir para cima de R$ 5,40 no ano que vem", afirma Ramos. Dados da balança comercial divulgados hoje mostram superávit de US$ 2,036 bilhões na terceira semana de junho, o que levou o saldo positivo no acumulado do mês a US$ 5,059 bilhões. Em 2021, o superávit comercial é de US$ 41,790 bilhões. Na B3, o dólar futuro para agosto operava em alta de 2,65%, a R$ 5,2560, com giro na casa de US$ 14 bilhões (Antonio Perez - [email protected]) 17:32 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.25060 2.643 5.25760 5.15320 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5252.000 2.56811 5265.500 5159.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5250.000 2.31924 5250.000 5210.000 JUROS O temor global em torno da disseminação da variante delta do coronavírus, que pode reverter a retomada da economia, manteve os juros em queda durante todo o dia, a despeito da disparada do dólar, que no Brasil voltou ao patamar de R$ 5,25. No fim da sessão regular, os longos migraram para a estabilidade. A percepção é de que os países podem precisar da manutenção dos atuais estímulos monetários por mais tempo, o que se traduziu em forte queda no rendimento dos Treasuries e favoreceu alívio na curva brasileira considerada "superpremiada". A avaliação de que o risco é deflacionário foi reforçada ainda pelo tombo de mais de 7% nas cotações do petróleo, num momento em que a pressão sobre os preços de combustíveis é vista como uma das vilãs da inflação local. Nesse contexto, as apostas de alta de 0,75 ponto porcentual da Selic no Copom de agosto voltavam a ser levemente majoritárias na precificação da curva. Internamente, a despeito das incertezas políticas, o recesso do Congresso ajuda na redução dos ruídos, apesar dos receios quanto à evolução da agenda de reformas em função da possibilidade de veto ao fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Na agenda, o Boletim Focus trouxe estabilidade na mediana de IPCA em 2022, o que é visto como boa notícia, até pelo fato de que a de 2021 subiu 20 pontos-base. A mediana para este ano passou de 6,11% para 6,31%, mas o movimento não contaminou a percepção para o ano que vem, cuja mediana permaneceu em 3,75%. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 5,775%, de 5,809% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 7,269%, para 7,195%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 8,17%, de 8,185%, e a do DI para janeiro de 2027 fechou estável em 8,60%. O dia já começou com forte tensão nos mercados e houve piora à tarde quando o dólar acelerou para R$ 5,25 e a queda do petróleo superou 7%. "A aversão ao risco está firmemente estabelecida à medida que a propagação da variante Delta da covid está desencadeando um voo para a segurança conforme as preocupações econômicas globais se intensificam", afirma Edward Moya, analista de mercado financeiro da OANDA em Nova York, para explicar o expressivo aumento da demanda pelos Treasuries, que fez os rendimentos derreterem. No fim da tarde, o yield da T-Note de dez anos caía abaixo de 1,2%. O economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, viu uma espécie de "empate técnico" no mercado de juros nesta segunda-feira, considerando os fatores que influenciam a inflação. "Temos o dólar subindo, mas também o petróleo derretendo, o que significa inflação para baixo", comentou, destacando ainda que a curva já precificou muitas altas da Selic nos próximos meses, num cenário que pode estar exagerado se houver nova deterioração da atividade por conta da pandemia. Além do temor quanto ao impacto da cepa delta, o mercado de petróleo reagiu à decisão da Opep+ de elevar a produção. Nas contas da Ativa Investimentos, o aumento em 400 mil barris a partir de agosto trará alívio nos preços dos combustíveis aos consumidores no curto prazo e, ao mesmo tempo, reduzirá a defasagem de preços da Petrobras em relação ao mercado internacional, que no caso da gasolina é estimada pela instituição em 15% atualmente. Diante da piora de avaliação do cenário global, a precificação de Selic na curva, que no fim de 2021 chega a 7,25%, parece exagerada e os investidores correram para ajustar suas posições, resultando no reforço do volume de contratos negociados na ponta curta, o que é atípico para segundas-feiras, quando a liquidez é normalmente fraca. O DI para janeiro de 2022 girou 755 mil contratos, contra média diária de 544 mil nos últimos 30 dias. Houve, ainda, ajuste nas apostas para o Copom de agosto, com a opção de alta de 0,75 ponto, intenção já sinalizada pelos diretores na sua comunicação recente, voltando a ganhar fôlego ante a corrente dos que esperam aceleração do ritmo para 1 ponto porcentual, e que vinha predominando nas últimas semanas. De acordo com cálculos da Greenbay, a curva projetava 55% de probabilidade de aperto de 0,75 e 45% de chance de 1 ponto. (Denise Abarca - [email protected]) 17:31 Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 4.55 Capital de Giro (%a.a) 6.76 Hot Money (%a.m) 0.63 CDI Over (%a.a) 4.15 Over Selic (%a.a) 4.15
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