COM NASDAQ E S&P EM RECORDE, BOLSA ASSIMILA REFORMA TRIBUTÁRIA E TEM LEVE ALTA

Blog, Cenário
Com uma agenda de indicadores mais esvaziada nesta segunda-feira, os ativos se moveram de acordo com notícias pontuais e sem muita força, seja para cima ou para baixo. No caso do mercado acionário, o Ibovespa quase emendou o segundo dia de perdas, mas virou nos minutos finais de negócios, de olho na melhora dos ativos em Wall Street, e teve leve alta de 0,14%, aos 127.429,17 pontos. A percepção negativa em relação à proposta de reforma do Imposto de Renda, feita pelo governo na última sexta-feira, continuou reverberando sobre alguns papéis, como bancos. Além disso, os sinais de Nova York também foram dúbios. O Dow Jones cedeu em meio a preocupações com os efeitos sobre a economia da variante Delta do coronavírus, que tem provocado aumento de casos e de restrições. Mas essa cautela resultou em baixa dos yields dos Treasuries, o que ajudou a puxar o Nasdaq e o S&P 500 para cima e para novos recordes de fechamento. No Brasil, há um fator adicional pairando sobre as mesas de negócios: a suspeita de irregularidade envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin acabou elevando o risco político. Tudo isso deixou o dólar volátil ante o real, mas depois de uma manhã de valorização, a divisa americana acabou cedendo na segunda metade do dia, até terminar com leve queda de 0,19%, a R$ 4,9283, direção determinada por declarações 'dovish' de dirigentes do Fed. O dólar em baixa abriu caminho para o recuo dos juros futuros ao longo de toda a curva, na medida em que os fatores de pressão vistos mais cedo, envolvendo a questão política e da reforma tributária, foram absorvidos.
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BOLSA Bem moderado ao longo da tarde, e afinal neutralizado, o Ibovespa apagou o sinal negativo e obteve leve ganho de 0,14%, aos 127.429,17 pontos no fechamento desta segunda-feira, após queda de 1,74% na sessão anterior, que o distanciou um pouco mais da faixa de 129 a 130 mil pontos que predominava em junho. Faltando duas sessões para o fim do mês, o Ibovespa oscilou hoje entre mínima de 126.628,95 e máxima de 128.066,87 pontos, com giro financeiro a R$ 31,4 bilhões. No mês, os ganhos estão em 0,96% e, no ano, a 7,07%. Neste começo de semana, fatores internos - a má recepção à proposta de tributação apresentada pelo governo na última sexta, mesmo dia em que houve desdobramentos negativos na CPI da Covid, com potencial para dificultar a governabilidade de Jair Bolsonaro - conjugaram-se a externos, especialmente a cautela sobre a variante Delta do coronavírus, para segurar o Ibovespa, em dia em geral cauteloso também desde a sessão asiática à europeia e americana. "Houve uma reação diferente na sexta-feira ao pacote tributário, na medida em que se coloca na conta que o governo não costuma obter aprovação para suas iniciativas exatamente da forma como são encaminhadas. Desta vez foi diferente, e há muita atenção agora para a tramitação, em busca de mais clareza sobre essas medidas", diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. "É natural então esta cautela em começo de semana com dados importantes, como o payroll americano, e aqui o IGP-M, novos dados de confiança e também sobre o mercado de trabalho brasileiro", acrescenta Cruz. Sobre o cenário externo, Roberto Attuch, CEO da Ohmresearch, observa que se, por um lado, o pacote de infraestrutura nos Estados Unidos, embora em dimensão abaixo da esperada inicialmente, sinaliza mais liquidez para a economia americana, por outro a variante Delta do coronavírus parece ganhar força global no momento em que a melhora da situação sanitária tem resultado em normalização da vida social e econômica. "É preciso acompanhar o efeito que essa variante terá, principalmente sobre a situação hospitalar", diz Attuch, acrescentando como exemplo Israel, um dos países que mais avançaram com a imunização em massa, e que recentemente voltou a exigir o uso de máscaras em ambientes fechados. "O pico de crescimento econômico nos Estados Unidos provavelmente já ficou para trás, enquanto, na Europa, deve ser atingido no terceiro ou no quarto trimestre", acrescenta. "A variante Delta, identificada inicialmente na Índia, preocupa. Na sexta-feira, a OMS (Organização Mundial de Saúde) falou sobre a necessidade de não se retirar as máscaras porque a variante é altamente contagiosa - isso, a variante, pode prejudicar inclusive as retomadas (econômicas) em alguns locais, o que se refletiu na volatilidade vista hoje nos índices de ações europeus", diz Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, acrescentando que tal preocupação não se fez notar, da mesma forma, nos mercados da Ásia e dos EUA - ele destaca, em particular, a leitura sobre os lucros industriais na China em maio. "Não é à toa que se está dando mais atenção para a variante Delta. Havia uma queda vertiginosa de casos em países como o Reino Unido, de vacinação bem adiantada, e agora se vê alguma reversão. Parecia que a curva de casos não voltaria a subir com a vacinação, e é preocupante porque se sabe que há resistência de parte da população às vacinas, em várias partes do mundo", observa Cruz, da RB Investimentos. Na ponta negativa do Ibovespa, destaque para perdas de 2,62% em Iguatemi; de 2,11% em JHSF; de 1,98% em BR Malls, e de 1,94% em Cosan no fechamento desta segunda-feira. Entre as blue chips, o dia também foi negativo para Petrobras (PN -0,17%, ON -0,44%), Vale ON (-1,60%) e para grandes bancos, com perdas entre 0,49% (Bradesco PN) e 1,14% (Itaú PN). "As companhias que pagam muitos juros sobre o capital próprio, como bancos, seguem em correção, após diversos relatórios de bancos de investimento e corretoras apontarem estimativas de queda de lucro com o fim do JCP", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "Os grandes bancos são grandes pagadores de dividendos e, por isso, diretamente afetados pela possibilidade de taxação em 20% da distribuição dos lucros nesse formato no curto prazo. Por outro lado, no longo prazo, aumenta o estímulo para que essas empresas reinvistam em seus próprios negócios, o que é positivo para seu crescimento e deve amenizar o efeito negativo nas ações", aponta Paula Zogbi, analista da Rico Investimentos. A proposta do governo vai impactar o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de empresas com maior volume de pagamento, como o setor de petróleo e gás, e transportes, avalia o Credit Suisse. "Existem maneiras que as empresas podem usar para mitigar o impacto do imposto mais alto sobre dividendos, por exemplo, aumentando as recompras de ações", escrevem os analistas Regis Cardoso, Henrique Simões e Marcelo Gumiero em relatório. Na ponta positiva do Ibovespa, destaque nesta segunda-feira para CVC (+3,62%), Qualicorp (+3,34%) e Ambev (+3,24%).(Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:27 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 127429.17 0.13639 Máxima 128066.87 +0.64 Mínima 126628.95 -0.49 Volume (R$ Bilhões) 3.14B Volume (US$ Bilhões) 6.36B 17:30 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 128075 -0.01952 Máxima 128755 +0.51 Mínima 126945 -0.90 Volta MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York fecharam sem direção única. Por um lado, os índices acionários Nasdaq e S&P 500 renovaram a máxima histórica, com ações das big techs beneficiadas pela queda nos juros dos Treasuries. De outro, o Dow Jones recuou, puxado para baixo pela ação da Boeing, em meio à cautela nos mercados globais com a variante delta do coronavírus. A preocupação com a nova cepa impactou sobretudo ações de companhias aéreas e petroleiras. O setor de energia nas bolsas caiu em linha com o preço do petróleo, já que uma piora da pandemia pode desacelerar a retomada da demanda pela commodity. Diante da busca por segurança, o dólar registrou leve alta ante o euro e a libra, mas se desvalorizou contra o iene. Há também um compasso de espera pelo relatório de empregos dos EUA, que sairá na sexta-feira e poderá ter impacto na política monetária do Federal Reserve. O subíndice de energia do S&P 500 registrou queda de 3,33% no pregão, a maior entre os setores. As ações da petroleira Chevron cederam 3,08%, diante da ameaça representada pela variante delta, que já levou Portugal, Espanha e Hong Kong a impor restrições a viajantes do Reino Unido, onde a cepa já se espalhou. Mesmo assim, o S&P 500 subiu 0,23%, à máxima histórica de 4.290,61 pontos, impulsionado por ações de tecnologia. Um recuo nos juros dos Treasuries abriu espaço para a alta das techs. O Nasdaq avançou 0,98%, a 14.500,51 pontos, também em nível recorde. O papel do Facebook avançou 4,18%, depois que um juiz federal rechaçou acusações antitruste do governo americano contra a rede social. O Dow Jones, por sua vez, caiu 0,44%, a 34.283,27 pontos, com impacto da queda de 3,39% da Boeing. Além da cautela com a pandemia, a ação da fabricante de aviões também foi afetada pela notícia de que a aeronave 777X não deverá receber autorização para voos comerciais nos EUA antes de 2023. No mercado de commodities, a preocupação com a nova variante do coronavírus levou o petróleo a recuar. "Os preços do petróleo estão caindo antes da reunião da Opep+ desta semana, bem como as preocupações de que um aumento nos casos globais [de coronavírus] e novas restrições atuarão como um freio no ritmo de reabertura global", diz o analista-chefe de mercado da CMC Markets, Michael Hewson. O barril do WTI para agosto fechou em queda de 1,54%, a US$ 72,91, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para setembro caiu 1,64%, a US$ 74,14, na Intercontinental Exchange (ICE). A cautela global beneficiou o dólar, mas a moeda americana perdeu espaço para o iene, ativo considerado mais seguro. No fechamento, o índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA contra seis pares, subiu 0,04%, a 91,887 pontos. "O dólar em geral permanece em uma órbita mais alta desde que o Fed, no início deste mês, planejou dois aumentos nos juros para 2023", afirma o analista sênior de mercado Joe Manimbo, da Western Union. Também houve demanda pela segurança dos Treasuries, o que levou a um recuo dos juros. No horário de fechamento em NY, o rendimento da T-note de 2 anos caía a 0,246%, o da T-note de 10 anos cedia a 1,471% e o do T-bond de 30 anos tinha queda a 2,095%. "Na semana que se segue, o calendário sugere que a única coisa relevante é o relatório de emprego de junho e vemos poucos motivos para contestar essa lógica", dizem analistas do BMO Capital Markets, ao comentar a dinâmica na renda fixa. Os profissionais fazem referência ao payroll, que será divulgado na sexta-feira e, segundo economistas, deve influenciar o rumo da política monetária do Fed, que já começou a debater a redução das compras de ativos. Em Washington, também ficam no radar as negociações dos pacotes de gastos propostos pelo presidente americano, Joe Biden. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse hoje que o democrata tem conversado com os líderes do Congresso sobre a tramitação de duas propostas ao mesmo tempo. (Iander Porcella - [email protected]) JUROS A semana começou com juros em baixa, que no início da sessão se restringia aos vencimentos de médio e curto prazos, mas à tarde se estendeu à ponta longa. A queda mais acentuada foi registrada nos vencimentos intermediários, que recuaram quase 20 pontos-base. Num dia em que o câmbio ajudou a curva desde cedo, alguns fatores tidos como de pressão na primeira etapa foram se dissipando, entre eles o mau humor com a reforma tributária e a expectativa por desdobramentos da CPI da Covid, tema que no início dos negócios ajudava a impor cautela. Além disso, à tarde os yields dos Treasuries ampliaram a queda, com a taxa da T-Note de dez anos voltando a rodar abaixo de 1,50%. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 5,635%, de 5,707% na sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 7,188% para 7,010%. O DI para janeiro de 2025 encerrou a sessão regular em 7,98%, de 8,165% no último ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 terminou em 8,44%, de 8,56%. Os vencimentos de curto prazo já exibiam baixa desde a abertura, amparada pela pesquisa Focus e pelo dólar, que estava pressionado de início mas logo virou e passou a cair. A valorização recente do real tem sido destacada como importante para ajudar a ancorar as expectativas e futuramente colocá-las mais para perto das metas de inflação. O Boletim Focus trouxe hoje nova piora na mediana de IPCA em 2021 (5,90% para 5,97%) e manutenção dos 3,78% para 2022 e de 3,25% para 2023, anos que são agora o horizonte da política monetária do Banco Central. "Mas a projeção de quem respondeu para o IPCA de 2022 nos últimos 5 dias baixou pra 3,71%", observou um gestor. A meta central de inflação para o ano que vem é de 3,5% e para 2023, de 3,25%. Não houve mudança nas estimativas para a Selic em 2021 e 2023, que permaneceram em 6,50%. Na JF Trust, o economista-chefe Eduardo Velho vê a estabilidade da mediana do IPCA de 2022 em 3,78% pela segunda semana consecutiva como um argumento para reforçar a chance de alta gradual de 0,75 ponto da Selic no Copom de agosto, no contexto "do impacto da queda do dólar e da desaceleração mais intensa dos IGPs (menos moderada no IPCA) e uma tranquilidade relativa do comunicado do Bacen no seu Relatório Trimestral". Para ele, o BC pode atingir um juro neutro, na faixa de 6,5% a 6,75%, sem precisar acelerar o ritmo de alta da Selic. À tarde, o dólar caiu ainda mais, chegando à mínima de R$ 4,9183, assim como os juros dos Treasuries acentuaram a queda, com a taxa da T-Note de dez anos batendo 1,47%, abrindo espaço para alívio das taxas longas. Estas começaram o dia pressionadas pelo contexto interno negativo relacionado à CPI da Covid e preocupação com os pontos da reforma tributária que envolvem aumento da tributação para empresas e investidores. Ao longo do dia, as posições defensivas foram desarmadas na medida em que não houve novidades vindas da CPI. Só no fim da tarde, o vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e mais dois senadores protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro, o que, contudo, não gerou reações no mercado. Sobre a reforma tributária, houve melhora nas expectativas de ajuste em questões polêmicas do texto, após o presidente da Câmara, Arhtur Lira (PP-AL), afirmar, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que o projeto de reforma no imposto de renda é apenas o “ponto de partida” das discussões, que será alterado pelos parlamentares e que o Congresso não tem a intenção de aprovar nada que signifique aumento da carga tributária. Uma das possibilidades aventadas é alteração na alíquota de dividendos para 15%, ante proposta original de 20%. O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital, disse que a proposta de mudanças na tributação de fundos de investimento, com unificação de alíquotas independentemente do prazo da aplicação, não muda a diretriz da gestão da dívida pública. “Não vemos encurtamento da dívida por causa da proposta”, disse Vital. “Não teremos nenhum efeito negativo nas emissões do Tesouro”, acrescentou. Amanhã, a instituição realiza o último leilão de títulos do primeiro semestre, de NTN-B. O mercado estará de olho ainda no IGP-M de junho e aguarda também a definição do valor da bandeira vermelha patamar 2 a ser divulgado pela Aneel. Na pesquisa do Projeções Broadcast, a mediana das estimativas para o IGP-M deste mês é de 1%, com forte desaceleração ante os 4,1% em maio. (Denise Abarca - [email protected]) 17:30 Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 4.15 Capital de Giro (%a.a) 6.70 Hot Money (%a.m) 0.63 CDI Over (%a.a) 4.15 Over Selic (%a.a) 4.15 CÂMBIO Depois deu uma manhã volátil e de operar de lado pela maior parte da tarde, o dólar perdeu força na reta final do pregão e encerrou o dia em terreno negativo. Operadores atribuíram a queda da moeda americana a fluxos pontuais de entrada de recursos e ao tom ameno de declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano). Com máxima de R$ 4,9725 e mínima de R$ 4,9183, registrada na última hora de negócios, o dólar à vista fechou em queda de 0,19%, a R$ 4,9283. Com as perdas de hoje, o dólar acumula uma desvalorização de 5,68% no mês. No mercado futuro, o dólar para julho caia 0,20%, a R$ 4,9265, em dia de volume reduzido, de cerca de US$ 10 bilhões. "De manhã, parecia que o mercado iria corrigir para cima, com o ambiente externo, as preocupações com a CPI da Covid e a reforma tributária. Mas o dólar se acomodou lá fora e acabou perdendo força por aqui", afirma Hideaki Iha, operador da Fair Corretora. A despeito da acomodação ao longo da tarde, o clima ainda é de cautela nas mesas de operação. No exterior, há certa apreensão com o eventual impacto da disseminação da variante Delta do coronavírus e a expectativa para divulgação do relatório de emprego (payroll) nos Estados Unidos em junho, na sexta-feira. Dados mais fortes que o esperado podem atiçar os debates sobre uma alta mais cedo dos juros americanos, o que poderia abalar as moedas emergentes. Hoje à tarde, o vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Randal Quarles, afirmou que as pressões sobre os preços parecem transitórias e devem se dissipar. Ele também disse que, por ora, o Fed não está "atrás da curva" em relação à inflação. O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que houve um "progresso substancial" em relação à meta de inflação, o que poderia abrir espaço para o início do processo de redução de estímulos à economia. "Os Estados Unidos estão crescendo e o risco de inflação está no ar. Mas o Fed não vai mexer nos juros rapidamente ou reduzir a recompra de títulos", afirma Marcos Weigt, head de tesouraria do Travelex Bank, ressaltando que as atenções se voltam agora para o payroll de junho. Lá fora, o dólar teve um desempenho misto em relação às principais divisas emergentes e de países exportadores de commodities, com queda em relação à lira turca e ao rublo, estabilidade na comparação com o peso mexicano e forte alta ante o rand sul-africano. Por aqui, investidores ainda digerem a proposta de taxação de dividendos apresentada pelo governo na última sexta-feira e monitoram os desdobramentos políticos dos trabalhos da CPI da Covid, que apura suposto superfaturamento na proposta da compra da vacina indiana Covaxin. Teme-se que o desgaste do presidente Jair Bolsonaro e novas fissuras em sua base de apoio no Congresso atrapalhem a votação de reformas. O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou notícia-crime contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal sobre suposto caso de prevaricação relacionadas à aquisição da Covaxin. Weigt, do Travelex, ressalta que o aumento do risco político provoca ruído no mercado e que o dólar já caiu bastante e de forma rápida, o que limita as chances de apreciação adicional do real no curto prazo. "No longo prazo, a perspectiva para o real é boa, mas a moeda se valorizou muito rápido. No momento, eu não sou mais 'vendedor' de dólar", diz o tesoureiro. Lá fora, na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CME, na sigla em inglês), os investidores reduziram levemente as posições compradas em contratos futuros de real, para 18,3 mil contratos na semana passada, de 20 mil na semana anterior, segundo dados da Commodity Futures Trading Commission (CFTC). Apesar da redução, é a sexta semana consecutiva que as posições dos investidores seguem "compradas", superando o observado em agosto de 2019, quando mantiveram essa postura por cinco semanas seguidas. (Antonio Perez - [email protected]) 17:30 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 4.92830 -0.1904 4.97240 4.91830 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL 4922.000 -0.28363 4974.000 4919.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 4936.500 -0.70401 4984.000 4936.500
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