O PIB mais forte do que o previsto no primeiro trimestre de 2021 deu origem a uma série de revisões em alta para o crescimento da economia neste ano, o que elevou o apetite por ativos brasileiros. A combinação dessa melhora de percepção em relação ao País com um mercado externo majoritariamente positivo fez o Ibovespa renovar recorde, ao subir 1,63%, aos 128.267,05 pontos. As ações que compõem o índice subiram de forma generalizada, com destaque para aqueles papéis relacionados à atividade doméstica. Petrobras também avançou, amparada pela forte alta do petróleo depois que a Opep+ manteve acordo para conter a oferta da commodity. Ao mesmo tempo, o dólar testou mínimas desde dezembro ante o real, embalado pelo PIB e pelo superávit comercial recorde para o mês de maio. Abaixo de R$ 5,20 desde o começo do dia, a moeda dos EUA terminou com desvalorização de 1,51% no mercado à vista, a R$ 5,1460. No ano, a divisa passa a operar em leve queda de 0,82%. O câmbio comportado junto com perspectivas mais alvissareiras para o País trouxeram desinclinação à curva de juros. Ao mesmo tempo em que os investidores retiram prêmios de risco das taxas mais longas, de olho num quadro fiscal e econômico menos deteriorado do que se supunha, puxam para cima os vencimentos mais curtos, uma vez que a atividade mais aquecida num período de inflação pressionada pode exigir aperto monetário mais intenso. Não por acaso, além de revisões do PIB, também houve quem projetasse Selic maior neste ano e no fim do ciclo, em 2022. Em Wall Street, a alta do petróleo puxou os papéis do setor de energia e, em sessão volátil, ajudou a garantir um fechamento misto para as bolsas, uma vez que outros setores operaram em baixa.
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