O exterior positivo recolocou o Ibovespa de volta no nível de 124 mil pontos, ao mesmo tempo em que o dólar perdeu força. Mas em uma semana recheada de indicadores em meio ao temor de uma terceira onda da pandemia, com o surgimento dos primeiros sinais de alta de casos em um período de inverno e economia aberta, os juros futuros subiram e o fôlego do real foi limitado. Hoje, mesmo sem trazer novidades quanto à política monetária, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou o ajuste para cima nas previsões de crescimento da economia e, também, a diminuição do ritmo de vacinação no Brasil. A atividade mais aquecida pode resultar em pressões adicionais sobre os preços, enquanto a queda da vacinação aumenta o risco de um recrudescimento da pandemia e, portanto, fiscal. Isso porque, conforme informou o Broadcast, o governo já avalia um decreto para estender o auxílio emergencial para além dos quatro meses inicialmente acordados. Esse quadro explica o avanço dos juros futuros e a inclinação da curva a termo, em meio à alta mais intensa das taxas longas. Apesar desses riscos terem permeado o mercado de câmbio, o dólar encerrou o dia com baixa de 0,53% ante o real, a R$ 5,3247, num movimento global de enfraquecimento da moeda americana. Até porque, o dia foi de recuperação para os índices acionários de Nova York, com o avanço conduzido pela alta firme das 'big techs' em meio à recuperação, mesmo que parcial, do bitcoin. Além disso, o petróleo também ajudou, ao registrar ganhos diante de possíveis impasses nas negociações para a retomada do acordo nuclear do Irã com potências ocidentais. Por aqui, com o apetite a risco externo, a valorização das ações da Petrobras e de varejistas, neste caso diante da possibilidade de um novo auxílio emergencial continuar dando suporte ao consumo, fizeram o Ibovespa ganhar 1,17%, aos 124.031,62 pontos.
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