O presidente do Fed, Jerome Powell, foi taxativo: não é hora "nem de começar" a discutir alguma redução de estímulos. Essa declaração, após a autoridade monetária americana manter a política acomodatícia inalterada, ajudou a estimular o apetite por risco ao redor do globo e aqui no Brasil não foi diferente, com o dólar testando mínimas, a Bolsa, máximas, e os juros futuros assumindo viés de queda. Até porque, a contundência de Powell fez a alta dos yields dos T-notes longos desaparecer, ao mesmo passo em que enfraqueceu a divisa americana ante diversos pares e deu fôlego ao S&P 500, que fechou em queda, mas próximo ao recorde de fechamento. Nesse ambiente e com a ajuda do cenário interno, em meio à criação de vagas em março maior do que a mediana das projeções, o real teve o melhor desempenho no mercado mundial, com a divisa americana cedendo 1,82% ante a brasileira, a R$ 5,3616, nível que não era visto desde o fechamento de 2 de fevereiro. Na renda variável, o Ibovespa rapidamente passou a testar máximas acima de 121 mil pontos e por lá ficou, encerrando o pregão com ganho de 1,39%, aos 121.052,52 pontos. Destaque para o avanço dos papéis dos bancos, sobretudo Santander, que anunciou um lucro maior do que o esperado. Por fim, no caso dos juros, a reação foi mais contida, devido ao risco fiscal e político após as baixas na equipe econômica e o aumento do ruído após comentários do ministro Paulo Guedes sobre a China. Mesmo assim, foi o suficiente para levar os investidores a desmontarem posições mais defensivas e fazerem as taxas terminarem com leve queda.
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