Enquanto Bolsa e juros tiveram um pregão de comportamento mais lateral, o dólar engatou novo dia de queda diante do real, voltando para a casa de R$ 5,45. Esse recuo esteve relacionado à combinação de fatores imediatos com expectativas positivas. No campo do noticiário factual, a captação de grandes empresas no exterior, como a Natura, e o IPO da Caixa Seguridade criaram a percepção de entrada de recursos no País. Ao mesmo tempo, a sinalização de avanço de reformas e privatizações no Congresso gerou a perspectiva de que o dinheiro estrangeiro pode continuar entrando no Brasil futuramente, em meio a uma eventual melhora no clima de negócios. Com isso, o dólar encerrou o dia com desvalorização de 0,88%, a R$ 5,4487 no mercado à vista. O câmbio comportado foi insuficiente para tirar os juros futuros de certa letargia ante a bateria de eventos e indicadores previstos para a semana, com expectativas em torno do IPCA-15, amanhã, e da decisão do Fed, na quarta-feira. Na renda variável, com as principais bolsas americanas em direções dissonantes, o Ibovespa encerrou o dia perto da estabilidade, com leve alta de 0,05%, aos 120.594,61 pontos, depois de testar momentaneamente, pela manhã, o nível de 121 mil pontos. Em Wall Street, apesar da queda do Dow Jones, o pequeno avanço do S&P 500 e o ganho firme do Nasdaq garantiram novos recordes aos dois índices, diante da expectativa pelos balanços das big techs, a começar pela Tesla, hoje. Sobre um dos assuntos que vinham trazendo cautela aos mercados acionários nos últimos dias, a Casa Branca esclareceu que o aumento do imposto sobre ganhos de capital afetará apenas aqueles que ganham mais de US$ 1 milhão por ano, ou 0,3% dos contribuintes americanos.
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