ATIVOS LOCAIS SUCUMBEM A EXTERIOR NEGATIVO APÓS ALGUM ALÍVIO COM ACORDO POR ORÇAMENTO

Blog, Cenário
Uma parte dos investidores em Brasil iniciou o dia tentando ver o lado meio cheio do copo no que diz respeito ao Orçamento, cujo acordo entre governo e Congresso resultou num montante de R$ 125 bilhões fora do teto de gastos, mas com soluções para que a regra não seja simplesmente desrespeitada. A leitura de alguns agentes foi de que, ao menos, a incerteza sobre o tema tinha sido eliminada. Mas o exterior negativo, num misto de cautela com o avanço da covid com realização de lucros, e um posição mais defensiva antes do feriado aqui, amanhã, eliminaram qualquer vestígio de alívio no mercado doméstico, com queda da Bolsa e alta dos juros futuros e do dólar. O Ibovespa sucumbiu à queda firme dos pares em Nova York e na Europa, num dia em que o petróleo sofreu com um projeto de lei na Câmara dos Representantes dos EUA que pode se traduzir em mais pressão sobre produtores da commodity, a fim de evitar que reduzam a oferta para apoiar os preços. Assim, com a queda das ações da Petrobras, a bolsa brasileira encerrou o pregão com perda de 0,72%, aos 120.061,99 pontos, sendo que chegou a ceder para a casa de 119 mil pontos na mínima do dia. Os juros futuros, no entanto, não compraram esse otimismo com o Orçamento desde cedo e a curva a termo ganhou prêmios e inclinação, após quatro pregões de alívio. A visão é de que, ainda que os acordos para viabilizar a peça orçamentária tenham permitido o cumprimento das regras, a responsabilidade fiscal ficou comprometida. À tarde, ao comentar a arrecadação recorde de março, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a comemorar a retomada da economia e pontuou que, embora fora do teto, os gastos aprovados no Orçamento obedecem "compromisso com saúde e responsabilidade fiscal". Enquanto isso, o dólar chegou a ceder para o nível de R$ 5,50 na primeira metade da sessão, em meio ao alívio com o acordo entre governo e Congresso. Mas o real piorou à tarde, alinhado às demais divisas no exterior, e a moeda americana subiu para a casa de R$ 5,58. No fim, terminou no zero a zero (+0,01%), a R$ 5,5508.
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BOLSA O Ibovespa lutou e conseguiu conservar a linha dos 120 mil pontos no fechamento desta véspera de feriado no Brasil, com mercado aberto lá fora amanhã. Superado o impasse sobre o Orçamento de 2021 na noite anterior, o dia ainda assim foi negativo para o índice da B3, que operou correlacionado a Nova York e ao petróleo na sessão, contribuindo para que Petrobras (PN -1,89%, ON -2,48%) devolvesse parte dos ganhos de ontem, quando reagiu bem ao discurso de posse do novo presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna. Hoje, o Ibovespa fechou em baixa de 0,72%, aos 120.061,99 pontos, entre mínima de 119.841,33 e máxima de 121.353,82 pontos, com giro financeiro a R$ 32,1 bilhões. Na semana, cede 0,87%, limitando os ganhos do mês a 2,94% - no ano, ainda avança 0,88%. A falta de reação das ações de bancos, com perdas que chegam a 21% no ano (BB ON), e o desempenho negativo de Vale ON (-1,46%) na sessão, com dados de produção abaixo do esperado para o primeiro trimestre, contribuíram para manter o Ibovespa em terreno negativo na maior parte do dia, de realização em Nova York. "O yield da T-note de 10 anos tem se acomodado na faixa de 1,55% a 1,60%, após 'spike' que o levou além de 1,70%. E os índices de Nova York vêm de máximas. Temos uma situação externa favorável, que se reflete nos preços das commodities e nos ajuda", diz Ricardo Campos, sócio e gestor da Reach Capital. "No Brasil, há muita coisa acontecendo nas empresas, com movimentações sobre aquisições e fusões no varejo, setor que com as administradoras de shoppings e as utilities - estas pela alta dos juros longos - sofreram. Há espaço para o Ibovespa andar, especialmente no segundo semestre, com as vacinas", acrescenta. "O IBC-Br mostrou que o primeiro trimestre, para o PIB, não vai ser tão ruim quanto se temia, de novo - e os juros continuam baixos. Passado o Orçamento, a atenção se volta, na próxima semana, para o discurso de Bolsonaro na Conferência do Clima. Se for na direção certa, os gringos podem olhar um pouco melhor pra gente." Hoje, após indecisão ao longo da tarde, o Ibovespa conseguiu se sustentar acima dos 120 mil pontos pelo quinto fechamento consecutivo, mesmo com o investidor optando por colocar algum dinheiro no bolso, na véspera do feriado de Tiradentes. Um grau maior de volatilidade era esperado por analistas nesta aproximação do feriado em que, apesar do encaminhamento de solução para o Orçamento, fica a sensação de que mais uma vez o recurso à criatividade abriu espaço para despesas ficarem fora do teto. Ainda assim, há o contraponto, positivo, de que se está perto de desfecho para a longa negociação e deliberação sobre a peça orçamentária, com divergência aberta entre a base política e a equipe econômica. Na B3, o dia foi negativo para o setor de commodities e siderurgia (Usiminas -1,63%, CSN -1,62%), com a maioria das ações de bancos também em baixa, à exceção de BB ON (+1,62%) e Santander (+0,21%). Na face positiva do índice, destaque para alta de 8,92% em Pão de Açúcar, seguida por Marfrig (+4,60%), Cemig (+3,85%) e Carrefour (+3,29%), após a filial brasileira da rede de supermercados francesa divulgar forte desempenho das vendas no primeiro trimestre. No lado oposto, Yduqs cedeu 5,29%, Lojas Renner, 4,05%, e Gol, 3,93%. "Em dia de agenda esvaziada, o Ibovespa seguiu Nova York, em sessão na qual o principal driver aqui foi o Orçamento, com a correção de erros que permite acomodação de gastos. O impasse tende a ser finalizado com a solução para gastos fora do teto, o que gera certa cautela no mercado", diz Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos. "O dia começou positivo para o mercado brasileiro, mas a perda de força das commodities metálicas na bolsa de Londres, como também do contrato futuro de minério de ferro chinês, no começo da tarde, fez o mercado se consolidar em baixa. Em termos gráficos, uma reversão do atual momento de alta de curtíssimo prazo será vista somente abaixo de 116 mil pontos. Por isso, uma queda até esse patamar deve ser vista como algo natural, depois da alta recente", aponta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:24 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 120061.99 -0.72088 Máxima 121353.82 +0.35 Mínima 119841.33 -0.90 Volume (R$ Bilhões) 3.20B Volume (US$ Bilhões) 5.80B 17:30 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 120350 -0.80771 Máxima 121790 +0.38 Mínima 120265 -0.88 MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York registraram baixas hoje, ainda em um quadro de cautela e também de realização de lucros, depois de recordes recentes. Apple caiu mais de 1%, após apresentar alguns novos produtos, mas o setor de energia mostrou a maior queda entre as ações, em jornada negativa para o petróleo. Além da incerteza sobre a demanda, a commodity foi pressionada por um projeto de lei na Câmara dos Representantes dos EUA que pode se traduzir em mais pressão sobre produtores do óleo. O dólar mais forte também prejudicou o petróleo, enquanto os juros dos Treasuries caíram com a maior busca por segurança. Na contramão do mau humor majoritário, a ação da Johnson & Johnson subiu mais de 2% em Nova York, após a empresa anunciar que retomará suas entregas de vacinas contra a covid-19 à Europa - a Agência Europeia de Medicamentos disse que casos de coágulos com o imunizante são raros e que os benefícios de sua aplicação superam os riscos. Sem indicadores importantes ou discursos do Federal Reserve (Fed), o mercado manteve foco em balanços, mas também nos riscos com a covid-19, que continua a avançar em partes do mundo. O setor de energia foi o que mais caiu em Nova York, refletindo o recuo do petróleo. Entre ações em foco, Apple registrou baixa de 1,28%, após a empresa divulgar novos produtos, como novas versões do iMac e do iPad Pro. Também sob pressão, Boeing caiu 4,13%. No setor aéreo, que sofre com a pandemia, United Airlines teve queda de 8,53%, depois de balanço divulgado no fim do dia de ontem. O Dow Jones fechou em queda de 0,75%, em 33.821,30 pontos, o S&P 500 caiu 0,68%, a 4.134,94 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,92%, a 13.786,27 pontos. Já a ação da Johnson & Johnson avançou 2,32%, no dia em que a Agência Europeia de Medicamentos se pronunciou favoravelmente à vacina da empresa americana, ao dizer que os casos de coágulos gerados pelo imunizante são de fato raros e que os benefícios da aplicação superam os riscos. A J&J anunciou que retomará suas vendas à Europa. Nos EUA, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, minimizou a pausa no uso das vacinas desta empresa e garantiu que haverá vacina para todos no país. No mercado de petróleo, o contrato do WTI para junho fechou em baixa de 1,20%, a US$ 62,67 o barril, na Nymex, e o Brent para o mesmo mês caiu 0,71%, a US$ 66,57 o barril, na ICE. Além do dólar mais forte, o óleo foi pressionado pela aprovação, no Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA, de um projeto que pode levar grandes produtores a ser enquadrados na lei antitruste do país. Não está claro, porém, se esse projeto pode prosperar. O dólar mais forte colaborou para pressionar o óleo. A moeda americana ganhou fôlego à tarde, com a maior busca por segurança. Em relatório, a Pantheon compara o estímulo fiscal mais robusto dos EUA, em comparação com a zona do euro, o que tende a apoiar a divisa do país. Além disso, a Western Union vê um movimento de estabilização do dólar, após recuos recentes. No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 108,07 ienes, o euro subia a US$ 1,2039, praticamente estável, e a libra tinha baixa a US$ 1,3944. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas principais, avançou 0,19%, a 91,241 pontos. Entre os Treasuries, houve queda nos retornos, com a maior busca por segurança. No horário citado, o juro da T-note de 2 anos recuava a 0,149% e o da T-note de 10 anos, a 1,563%. No noticiário, a Reuters obteve carta do presidente do Fed, Jerome Powell, a um senador, na qual o dirigente diz que o BC americano não permitirá a inflação muito acima da meta, nem que ela fique acima de 2% "por um período prolongado". (Gabriel Bueno da Costa - [email protected]) Volta JUROS Os juros fecharam a terça-feira em alta, que foi mais acentuada nos vencimentos de longo prazo e, com isso, a curva voltou a ganhar inclinação. A despeito do recuo do dólar em boa parte da sessão, da queda nos rendimentos dos Treasuries e de dados positivos da arrecadação federal, o mercado hoje reagiu mal ao resultado do acordo para o Orçamento de 2021, aproveitando para realizar lucros após quatro sessões consecutiva de baixa nas taxas. Se ontem, numa primeira leitura, trouxe algum conforto a ideia de que o impasse havia finalmente chegado ao fim, hoje, com mais detalhes dos ajustes feito ao texto, a conclusão é de que a responsabilidade fiscal ficou comprometida, ainda que oficialmente tenha havido respeito ao teto de gastos. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2022 fechou a sessão regular a 4,69%, de 4,636% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 7,876% para 7,98%. A do DI para janeiro de 2027 encerrou em 8,63%, de 8,494% ontem. A devolução de prêmios vista desde quarta-feira levou o diferencial entre os vencimentos de janeiro de 2022 e janeiro de 2027 a 386 pontos-base ontem, menor nível desde 23 de março (375), mas o ambiente fiscal e político é muito incerto para sustentar tal queda na inclinação da curva. Desse modo, o spread hoje voltou a subir e fechou em 394 pontos. "A curva entrou numa correção. O Orçamento foi resolvido de forma a não romper formalmente o teto e do ponto de vista político foi 'ok', mas não mostrou comprometimento grande com o fiscal", disse a economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Helena Veronese. O acordo para o Orçamento pode elevar a mais de R$ 125 bilhões os gastos de combate à pandemia de covid-19 fora da meta que limita o déficit a R$ 247,1 bilhões e do teto de gastos. Essa flexibilização não prevê limites de valor, o que técnicos da área econômica viram como risco de um "cheque em branco". Porém, o ministro da Economia, Paulo Guedes, preferiu enfatizar que os gastos recorrentes continuam sob o teto e garantem o compromisso do governo com a Saúde e com a responsabilidade fiscal. "Somente gastos com saúde estarão fora do teto, como aconteceu no ano passado. Teremos em 2021 o mesmo protocolo de 2020", argumentou. O acordo também permitiu à equipe econômica relançar programas de crédito a micro e pequenas empresas (Pronampe) e de redução de jornada e salário ou suspensão de contratos de trabalhadores (BEm). No mesmo acerto de ontem, o governo ainda cedeu à pressão dos parlamentares e deve preservar R$ 16,5 bilhões em emendas a partir de cortes em suas próprias despesas de custeio e investimento. Embora o imbróglio do Orçamento tenha "se resolvido", os cenários fiscal e político ainda devem continuar mantendo a curva inclinada, na medida em que outros riscos no radar recomendam cautela, como a CPI da Covid e a pandemia. Para Helena, é necessário esperar para ver como a Comissão respinga no governo e como os números da pandemia vão se comportar após a reabertura das atividades em várias cidades do País. "Só quando tivermos maior clareza sobre o ritmo de vacinação será possível um alívio consistente", afirmou. Para Rafael Cortez, analista político da Tendências, a insegurança com o mandato de Jair Bolsonaro e as perspectivas eleitorais limitam o desenho de trajetória mais favorável para a economia. "O governo deve buscar alguma solução que combine manutenção dos sinais de alguma responsabilidade fiscal, mas sem gerar fortes celeumas com a maioria legislativa", afirma. Na agenda, a terça-feira trouxe dados bons da arrecadação, mas relegados, na medida em que foram inflados pelo câmbio, via receitas obtidas com a tributação de importações, e que os números de abril já devem mostrar piora com o aumento das restrições à circulação e à atividade. A arrecadação somou R$ 137,932 bilhões em março, acima do teto das estimativas de R$ 128,8 bilhões. No acumulado do ano até março, foi de R$ 445,900 bilhões. São os melhores números da série histórica iniciada em 1995. "Para abril, a expectativa é de número mais fraco, já que passamos um mês praticamente dentro da pandemia", afirmou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. Do ponto de vista técnico, o leilão de NTN-B teve novamente demanda firme, puxada pelas perspectivas para a inflação, com a oferta vendida integralmente. O Tesouro repetiu o lote de 4,3 milhões da semana passada, concentrada na ponta curta (3 milhões para 2026). (Denise Abarca - [email protected]) 17:30 Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 3.07 Capital de Giro (%a.a) 6.35 Hot Money (%a.m) 0.64 CDI Over (%a.a) 2.65 Over Selic (%a.a) 2.65 Volta CÂMBIO O dólar chegou próximo de engatar o sexto dia seguido de queda ante o real, mas no final dos negócios o movimento perdeu força e a moeda americana acabou encerrando o dia perto da estabilidade. A mudança ocorreu refletindo comportamento semelhante da divisa americana no exterior, que passou a renovar máximas nos países desenvolvidos e em alguns emergentes, como o México, em meio a um movimento de realização de ganho após as quedas recentes e preocupações com o avanço da pandemia ao redor do mundo. No mercado doméstico, operadores destacam que prevaleceu também a tradicional cautela antes do feriado, amanhã, um dia antes do prazo final para o presidente Jair Bolsonaro sancionar o orçamento de 2021, que após acordo do Planalto com o Congresso deixa R$ 125 bilhões em despesas fora do teto e provocou uma mistura de sensação de alívio com frustração nas mesas de operação. No fechamento, o dólar à vista encerrou o dia perto da estabilidade (+0,01%), a R$ 5,5508. No mercado futuro, o dólar para maio subia 0,18% às 17h, cotado em R$ 5,560. Na esperada participação do ministro Paulo Guedes na tarde de hoje na entrevista da Receita para apresentar a arrecadação de março, que veio com números fortes, o ministro disse que no acordo para o orçamento, embora com despesas fora do teto, os gastos obedecem compromisso com a saúde e com o fiscal. "Gastos recorrentes continuam sob o teto e mostram compromisso com responsabilidade fiscal", disse ele. As declarações não afetaram os preços, mas foram monitoradas de perto e nas mesas de operação havia um misto de alívio pelo impasse do orçamento ter finalmente chegado ao fim com frustração por gastos fora do teto e constatação de que o compromisso com a disciplina fiscal em Brasília, ao contrário do que Guedes falou, já não é forte e pode diminuir. "O debate do Orçamento caminho para um desfecho. Se o resultado não será o pior dos mundos imaginado anteriormente, tampouco traz uma confiança grande no comprometimento com o ajuste fiscal do país", comenta o estrategista-chefe e sócio da TAG Investimentos, Dan Kawa, em sua análise diária. No câmbio, inicialmente prevaleceu a avaliação de que o imbróglio chega ao fim, com vetos parciais, mas sem maiores rupturas e sinalizando um bom ambiente para a continuidade das reformas, destaca o diretor de tesouraria de um banco estrangeiro. Isso fez o dólar cair para R$ 5,50 na mínima do dia, testando os menores níveis em um mês e ajudando também o risco-país, medido pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, a operar abaixo de 200 pontos, movimento que não acontecia desde final de março. O ambiente de queda das taxas de retorno (yields) dos juros longos americanos também ajudou. Mas este executivo pondera que ainda ficou um "risco importante" de execução do orçamento pela frente em 2021, o que gera cautela, observada hoje mais nos juros futuros e na Bolsa, em dia negativo também para ativos de risco no exterior. Se a pandemia não der trégua, a pressão em Brasília para aumentar gastos públicos além do teto vai persistir, a menos que as taxas de aprovação de Bolsonaro melhorem, avaliam os economistas do Citi nesta terça-feira. O banco americano vê despesas superando o teto de gastos este ano em R$ 158 bilhões, o equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB). A estimativa anterior do Citi era que o rombo ficasse em 1%, ou R$ 75 bilhões, mas o número ficou ultrapassado. "O balanço de riscos permanece enviesado em direção a números maiores de déficits", alertam os economistas do Citi para Brasil, Leonardo Porto, Paulo Lopes e Thais Ortega. "O que acabou acontecendo no Brasil (com a pandemia) superou até as mais pessimistas das avaliações", completam. "Mais medidas fiscais devem vir em breve." (Altamiro Silva Junior - [email protected])
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