O impasse em relação ao orçamento de 2021, superlativo em emendas em detrimento de despesas obrigatórias, segue no radar dos investidores, mas voltou a ficar em segundo plano diante do clima de euforia vindo de Wall Street. Indicadores positivos da economia americana encontraram ressonância em balanços de empresas dos EUA acima do previsto para levarem o S&P 500 e o Dow Jones a novos recordes históricos, ao passo que o Nasdaq liderou o avanço porcentual em dia de forte queda nos yields dos Treasuries. Vale notar, contudo, que os ruídos políticos em torno das contas públicas acabaram limitando, em alguma medida, uma reação mais firme dos ativos domésticos. Até porque o governo conseguiu a proeza de apresentar o projeto de lei orçamentária de 2022 sem ter, até agora, o orçamento deste ano sancionado, diante do embate entre a equipe econômica, que defende vetos no texto aprovado pelo Congresso, e parlamentares do Centrão, que insistem que tudo foi previamente combinado entre as partes. Para completar o cenário de cautela, o STF volta a analisar questões envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo diante disso tudo, o dólar teve o terceiro dia seguido de queda em relação ao real, hoje de 0,75%, a R$ 5,6281 no mercado à vista, novamente com o exterior determinando o movimento. Os juros futuros tiveram o mesmo comportamento, amparados no câmbio e no recuo dos T-notes de 10 anos ao menor nível em mais de um mês. O Ibovespa, apesar de engatar o quarto pregão de alta, foi o ativo que se manteve mais distante do otimismo global, ao subir 0,34%, aos 120.700,67 pontos. Pela manhã, chegou a testar os 121 mil pontos, pico desde janeiro.
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