O exterior amplamente positivo, com as bolsas renovando máximas históricas em Wall Street, sancionou o apetite por risco no mercado doméstico, ainda que as incertezas sobre o Orçamento sigam no radar dos investidores. O Ibovespa foi o ativo que acompanhou mais de perto o comportamento dos pares em Nova York, onde o otimismo com a retomada econômica dos EUA, em meio a indicadores positivos e avanço da vacinação, ditou o ritmo das bolsas. Com Dow Jones e S&P 500 em novos recordes e os fortes ganhos do Nasdaq, a bolsa brasileira acelerou o passo à tarde e terminou com alta de 1,97%, aos 117.518,44 pontos. O tombo do petróleo, de mais de 4% diante das incertezas sobre o aumento da produção pelos países da Opep+, foi relegado ao segundo plano, tanto aqui quanto lá fora, no caso da renda variável. Para o câmbio, no entanto, a depreciação da commodity energética ajudou a enfraquecer as moedas de países emergentes, como o peso mexicano. E, nesse ambiente, o dólar ganhou algum terreno ante o real no período da tarde, diminuindo a queda verificada desde o início do dia. A moeda dos EUA, que encerrou a segunda-feira com perdas ante a maioria das demais divisas, cedeu 0,62%, a R$ 5,6798 no mercado à vista, após ter recuado para a casa de R$ 5,63 pela manhã. Por fim, na renda fixa, o clima global favorável ao risco abriu espaço para ajustes técnicos em baixa nos juros futuros, com alívio nos retornos dos Treasuries e também do câmbio. Vale notar, contudo, que os agentes pontuaram não haver espaço para grandes ordens de venda com a questão do Orçamento de 2021 em aberto e os números indicando a pandemia ainda no pico. Nesta tarde, em evento promovido pela XP, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender que o Orçamento seja corrigido, para que não haja questionamentos futuros ao governo, e também se mostrou contrário a um novo decreto de calamidade para enfrentar os efeitos da segunda onda da pandemia no País.
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