PERCEPÇÃO SOBRE FISCAL PIORA, DÓLAR SOBE MAIS DE 2%, DIS DISPARAM E BOLSA CEDE COM NY

Blog, Cenário
Os ativos brasileiros passaram por deterioração significativa à tarde, numa combinação de piora externa com preocupações fiscais trazidas pelo noticiário doméstico. O dólar voltou a operar acima de R$ 5,60, enquanto a curva de juros continuou ganhando inclinação e o Ibovespa simplesmente devolveu todos os ganhos da manhã, encerrando no vermelho. O principal gatilho para esses movimentos foi local: a informação de que governadores de 16 Estados estão pedindo ao Congresso recursos para um auxílio emergencial de R$ 600, com os mesmos critérios de acesso de 2020. Isso significa preocupação adicional com a política fiscal, uma vez que o gasto para arcar com tais demandas seria muito superior aos R$ 44 bilhões reservados para o auxílio neste ano. Em um dia que houve relatos de saída de recursos, com o dólar casado bastante estreito, o real voltou a ter o pior desempenho dentro de uma cesta de 34 moedas. A divisa americana encerrou o dia perto das máximas, a R$ 5,6396, com valorização de 2,25%. O câmbio pressionado em meio à desconfiança com as contas públicas foi o combustível perfeito para que a curva de juros agregasse ainda mais prêmios, com as taxas longas subindo perto de 30 pontos-base. O vencimento para janeiro de 2025 voltou a ficar acima de 8%, o que não acontecia desde 24 de março do ano passado, há exatamente um ano. Na Bolsa, a piora dos pares em Nova York era o ponto que faltava para consolidar a virada negativa dos negócios e nem mesmo a alta de mais de 5% do petróleo foi suficiente para sustentar os ganhos vistos mais cedo, quando o Ibovespa chegou a se aproximar dos 115 mil pontos. Em meio às medidas de restrição na economia, com a pandemia de covid no pior momento no Brasil, as ações ligadas ao consumo doméstico sucumbiram, o que fez o Ibovespa ceder 1,06%, na mínima de 112.064,19 pontos. Em Wall Street, com o Nasdaq aprofundando as perdas para mais de 2% na última hora de pregão, o S&P 500 também foi contaminado e terminou em baixa, ainda que mais modesta, de 0,55%. E nem mesmo o Dow Jones, que vinha sustentando ganhos apoiado no avanço das petroleiras, resistiu, ao terminar com leve queda de 0,01%.
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CÂMBIO O real engrenou hoje em nova trajetória de desvalorização frente ao dólar por temores domésticos pelas preocupações com o descontrole fiscal, os efeitos da pandemia na economia local e, do ponto de vista técnico, pela pressão por saída de recursos pela via financeira, de acordo com profissionais que acompanham o câmbio. A moeda local, que já desvalorizou cerca de 8% só neste ano, também seguiu em boa medida o caminho de seus pares de países emergentes, que perderam valor diante da divisa americana. Na sessão de hoje, o dólar voltou a operar acima da faixa dos R$ 5,60, encerrando o dia no spot em alta de 2,25%, a R$ 5,6396. Para Otávio Aidar, estrategista-chefe e gestor de moedas da Infinity Asset, o país está em um momento complicado da pandemia e, com isso, voltam as preocupações sobre a trajetória fiscal e o aumento da relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB), próxima de 100%. "(Estamos) voltando para as mesmas discussões - já estão discutindo que precisamos de novo auxílio e nem foi pago o benefício ainda", disse logo após a notícia relatando que em carta aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), governadores de 16 Estados pedem que o Congresso disponibilize recursos necessários para que os valores da nova rodada do auxílio emergencial sejam superiores aos estabelecidos pelo governo federal em medida provisória, de R$ 175, R$ 250 e R$ 375. Eles defendem que a reedição do socorro a vulneráveis na pandemia repita a quantia mensal de R$ 600 e os critérios de acesso adotados nos oito desembolsos feitos em 2020. Samar Maziad, vice-presidente da Moody's, em entrevista ao Broadcast, disse que, mesmo que o Banco Central suba juros, segue a necessidade de consolidação fiscal, uma vez que, para ela, a lenta vacinação no Brasil pode elevar a demanda por gastos, tendo pressão negativa na nota de crédito do País. Ela afirmou ainda não estar segura de que haverá grandes progressos na reforma tributária ainda neste ano. Nem mesmo a entrevista do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, dizendo que a vacinação de 1 milhão de pessoas por dia é uma meta plausível, mudou o humor para aliviar o já combalido real. Ele também disse que ninguém quer o lockdown. De acordo com Aidar, o país está às vésperas de uma nova desaceleração da atividade econômica, só que, desta vez, com o Banco Central subindo juros. "Temos a moeda local muito mais depreciada do que deveria e, ao mesmo tempo, a dificuldade porque a inflação andou e isso por conta da depreciação cambial", disse, afirmando que o indicador da Asset indica que o real é a moeda que mais sofre na comparação com uma cesta de moedas emergentes. Do ponto de vista técnico, Cleber Alessie Machado Neto, da mesa de câmbio da Commcor corretora, afirma que houve pressão de saída de recursos que, até o meio da etapa vespertina dos negócios foi um dos fatores preponderantes para a elevação do dólar. Hoje o dólar casado, diferencial entre os segmentos futuro e à vista, abriu em 1,50 ponto, mas desceu a 0,80 ponto, na mínima. "Houve, de fato, indícios de saída de recursos. Tem havido saídas há alguns dias e o fluxo cambial pela via financeira reforça isso", disse. Hoje o Banco Central informou que entre os dias 15 a 19 de março, o fluxo financeiro foi negativo em R$ 2,495 bilhões. No mês, esse volume chega a R$ 3,650 bilhões. E, ao contrário de ontem, nem mesmo a queda dos juros dos títulos do governo americano de médio e longo prazos, ajudou. (Simone Cavalcanti - [email protected]) 17:39 Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.63960 2.2463 5.64210 5.49200 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL 5622.000 1.77408 5644.000 5492.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5642.500 2.65624 5642.500 5642.500 JUROS A alta dos juros futuros ganhou impulso no fechamento dos negócios, com as taxas curtas e longas terminando a sessão regular nas máximas, após a informação de que os governadores estão pedindo ao Executivo um aumento no valor do auxilio emergencial. Até começaram bem a quarta-feira, em queda, mas o sentimento de cautela voltou a dominar as mesas, alimentando a tendência recente de inclinação da curva, num dia muito ruim para o real. O dólar voltou a testar os R$ 5,60 e as taxas longas tiveram avanço de mais de 20 pontos-base. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 terminou em 4,73%, de 4,685% ontem no ajuste e a do DI para janeiro de 2025 fechou acima de 8% pela primeira vez em um ano, a 8,15%, maior desde 24 de março de 2020, ante 7,916% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 8,70%, de 8,434% ontem no ajuste. Pela manhã, as taxas, que vêm subindo desde o fim do Copom, chegaram a ensaiar melhora e alguma correção, na esteira da queda do rendimento dos Treasuries, mas o movimento teve vida curta e ainda na primeira etapa a postura defensiva voltou a prevalecer. "Os Treasuries têm um papel tradicionalmente importante para os ativos, mas no momento o ambiente interno é muito preocupante", afirma o operador de renda fixa da Nova Futura Investimentos André Alírio. A tensão com a pandemia e seus efeitos econômicos vem desafiando a sinalização do Copom de um aperto agressivo na Selic e a curva resiste a desinclinar. O spread entre os contratos de janeiro de 2022 e janeiro de 2027 voltou a se aproximar dos 400 pontos-base, fechando hoje em 397 pontos, de 375 pontos ontem. Segundo Alírio, há grande incerteza sobre qual será o impacto predominante da pandemia, se o fiscal ou da atividade fraca. Dado o desenho da curva, ele acredita que o mercado pode estar subestimando as consequências para a atividade. Parte do mercado também viu o Banco Central fazer o mesmo na ata do Copom. "As expectativas para a Selic parecem estar infladas. Não adianta muito fazer aposta agressiva, pois a situação da pandemia é complexa. O valor do auxílio emergencial não é mesmo de 2020", disse. A questão é que, com quase 300 mil mortes por Covid, colapso do sistema de saúde e medidas de restrição à circulação e ao comércio cada vez mais duras, a pressão sobre o cenário fiscal cresceu. Nesta quarta, governadores de 16 Estados enviaram carta aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedindo elevação do valor do coronavoucher para R$ 600, superior aos estabelecidos pelo governo federal em medida provisória, de R$ 175, R$ 250 e R$ 375. Querem ainda que sejam mantidos os critérios de acesso adotados nos oito desembolsos feitos em 2020. Os presidentes do Senado e Câmara e se reuniram hoje com o presidente Jair Bolsonaro e chefes dos demais Poderes, ministros e governadores aliados do governo e, em declaração conjunta, foi anunciada uma espécie de "pacto de união" no combate à pandemia, até com gabinete de crise. Mas tal demonstração não foi capaz de sensibilizar o mercado, que vê a manifestação como tardia. Em entrevista exclusiva ao Broadcast Samar Maziad, vice-presidente da Moody's, alertou que a continuidade da lenta vacinação no Brasil contra a covid-19 pode subir a demanda por gastos emergenciais, o que pode culminar no aumento de despesas oficiais e, assim, colocar pressão negativa sobre o rating do País, que é Ba2, com perspectiva estável. Nesse quadro nublado, há dúvida sobre se o Banco Central conseguirá aplicar, de fato, o aperto monetário embutido na curva. "Avaliamos que os juros precificando Selic acima de 6% até o final do ano estariam exagerados. O Bacen deverá perseguir uma inflação mais baixa do que as estimativas próximas de 5%, e por isso, estimamos Selic de 5,75% para calibrar um IPCA de 2021 mais próximo de 4,4% de 2020", afirma Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust. O modelo da instituição estima uma taxa básica de 7,23% em dezembro deste ano necessária para cumprir a meta central de 3,75%. "Esquece, a Selic não será ajustada para esse nível", disse. (Denise Abarca - [email protected]) 17:39 Operação   Último CDB Prefixado 30 dias (%a.a) 2.66 Capital de Giro (%a.a) 5.73 Hot Money (%a.m) 0.64 CDI Over (%a.a) 2.65 Over Selic (%a.a) 2.65 BOLSA O bom desempenho das ações de commodities, em dia de retomada acima de 5% nos futuros de petróleo, contribuía para que o Ibovespa firmasse alta e se reaproximasse dos 115 mil pontos no melhor momento da sessão, muito moderada a partir do meio da tarde e afinal devolvida na reta final, ante o avanço do dólar e dos juros futuros, que voltaram a refletir incertezas sobre as contas públicas em meio à pandemia. Ao fim, o índice da B3, com o dólar renovando máximas da sessão a R$ 5,64, fechou na mínima do dia, perto de ceder os 112 mil pontos, tocando menor nível intradia desde 10 de março (109.998,86 pontos). Saindo de máxima a 114.822,60 pontos, com abertura a 113.272,08 pontos e giro a R$ 30,6 bilhões, o Ibovespa fechou nesta quarta-feira em queda de 1,06%, aos 112.064,19 pontos, acentuando as perdas da semana a 3,58%, nesta terceira queda diária consecutiva, todas acima de 1%. No mês, o índice ainda avança 1,84%, colocando as perdas do ano a 5,84%. A queda de hoje levou o Ibovespa ao menor nível de encerramento desde 9 de março, então aos 111.330,62 pontos. Em Nova York, o dia também sofreu reversão perto do fechamento, com o Dow Jones (-0,01%) e o S&P 500 (-0,55%) se juntando ao Nasdaq (-2,01%) em terreno negativo no encerramento. Mais cedo, Wall Street reagia bem a novas declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e da secretária do Tesouro, Janet Yellen, sobre a economia americana e a perspectiva para inflação e endividamento. Na B3, a busca por ações descontadas, como as de Petrobras(PN +0,09% e ON -0,09% no fechamento) e bancos, acabou sendo freada pela progressão do dólar e dos juros futuros à tarde, e afinal revertida, com a moeda à vista sendo negociada em alta superior a 2,2% na máxima do dia, a R$ 5,6421 - no fechamento, o avanço era de 2,25%, a R$ 5,6396. Além de Petrobras, o dia ensaiava recuperação para outro segmento de peso e que também acumula perdas no ano, o financeiro, que se alinhou em baixa no encerramento (BB ON -1,82%, Itaú PN -1,74%), assim como a maior parte do siderúrgico, à exceção de Gerdau PN (+0,79%) e Gerdau Metalúrgica (+0,59%). O humor do dia começou a mudar com o relato de que, em carta ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), governadores de 16 Estados defenderam aumento do valor do auxílio emergencial a R$ 600, como no início da pandemia, o que colocou pressão sobre a curva de juros e o dólar no meio da tarde, limitando então a recuperação do Ibovespa. O desdobramento ocorre na véspera da votação do Orçamento no plenário da Câmara e, depois, do Senado, o que reforça o alerta do mercado para a situação fiscal, ainda percebida como "calcanhar de Aquiles", observa a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack. "Lá fora, a margem de manobra apontada pelo Powell com relação à inflação estava contribuindo para um dia positivo, assim como o petróleo, com o problema no cargueiro que paralisou o Canal de Suez", diz Romero Oliveira, especialista em renda variável da Valor Investimentos, ressalvando que a assunção de risco em ações com exposição à economia interna, como o varejo, continua sendo afetada pelos efeitos da pandemia e pelo lento avanço da vacinação, o que também enfraquece a confiança dos consumidores. "No Brasil, a segunda onda de lockdown, com recorde de mortes, faz o investidor ter receio em tomar risco em empresas ligadas ao cenário interno, e que devem continuar pressionadas até que haja mais ritmo na vacinação, possivelmente em abril ou maio." Amanhã, o IPCA-15 e o relatório trimestral de inflação podem reforçar o viés "hawkish" que tem prevalecido desde o comunicado sobre a decisão do Copom, na semana passada, e reiterada na ata de ontem. Leitura acima do esperado para a "prévia do IPCA" e um tom "duro" no relatório de inflação devem "fortalecer a expectativa de aumento de 1 ponto porcentual para a Selic em maio", afirma Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. Seja pelo dólar ou pelo noticiário corporativo, parte das componentes do Ibovespa conseguiu sustentar bons ganhos na sessão, especialmente Carrefour (+12,77%), à frente de Suzano (+2,63%) e de Vale (+2,30%) entre as vitoriosas do índice da B3 nesta sessão, assim como Gol (+2,46%). No lado oposto, IRB cedeu 6,20%, Via Varejo, 5,53%, e Magazine Luiza, 5,30%. (Luís Eduardo Leal - [email protected]) 17:23 Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 112064.19 -1.05738 Máxima 114822.60 +1.38 Mínima 112064.19 -1.06 Volume (R$ Bilhões) 3.06B Volume (US$ Bilhões) 5.53B 17:39 Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 111865 -1.11818 Máxima 114930 +1.59 Mínima 111665 -1.29 MERCADOS INTERNACIONAIS Uma rápida deterioração na reta final do pregão fez as bolsas de Nova York fecharem no vermelho, com o Nasdaq em baixa de mais de 2%. O Dow Jones e o S&P 500 reverteram os ganhos de mais cedo, puxados principalmente pelo setor de energia, com as ações de petroleiras reagindo ao salto de quase 6% do petróleo, desencadeado pelo bloqueio da navegação no Canal de Suez, no Egito. Também no radar, o recrudescimento da pandemia alimentou a busca pela segurança do dólar, que se fortaleceu ante rivais e emergentes. A procura pela renda fixa aumentou e os juros longos dos Treasuries cederam, numa sessão marcada por sobe e desce de taxas. Em mais um dia de audiência no Congresso americano, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, voltou a minimizar o risco de descontrole inflacionário, assim como fizeram outros dirigentes da instituição. Segundo reportagem da Bloomberg, que cita a empresa marinha Inchcape, os esforços para o desencalhe do navio parado no Canal de Suez foram paralisados e só serão retomados amanhã. Conhecido como Ever Given, o cargueiro tem 400 metros de comprimento, o que representa mais que o dobro da altura do arranha-céu mais alto de São Paulo, o Mirante do Vale, para efeito de comparação. O congestionamento em uma das mais importantes rotas comerciais do globo adicionou incertezas à capacidade de entrega de contratos de petróleo, que capitalizou da situação após cair cerca de 6% ontem. O barril do WTI com liquidação prevista para maio fechou com ganho de 5,92%, a US$ 61,18, e o do Brent para junho, em alta de 5,57%, a US$ 64,25. O quadro amenizou o impacto do aumento expressivo nos estoques da commodity nos EUA, conforme indicou relatório do Departamento de Energia (DoE) no início da tarde, que apontou também aumento abaixo do esperado nas reservas de gasolina, além de queda nos estoques no centro de distribuição de Cushing. Na análise do ING, o bloqueio do Suez exacerba o já reprimido tráfego comercial entre Europa e Ásia, em meio a problemas de falta de contêineres. "Os efeitos contínuos das escolhas de rota dos navios de navegação, incluindo escassez de contêineres e limites nas velocidades de movimentação portuária, provavelmente serão mais visíveis nos dados de produção e comércio nos próximos meses", prevê. Nas bolsas de Nova York, a disparada do petróleo forneceu impulso aos papéis de petroleiras. A ação da ExxonMobil ganhou 2,03% e a da Chevron aumentou 2,68%. Na outra ponta, Facebook (-2,92%) e Tesla (-2,17%) encabeçaram o movimento descendente no setor de tecnologia. Com isso, o Dow Jones fechou em queda de 0,01%, a 32.421,44 pontos, o S&P 500 perdeu 0,55%, a 3.889,15 pontos, e o Nasdaq cedeu 2,01%, a 12.961,89 pontos. Entre os Treasuries, os rendimentos ficaram sem direção única: próximo do fechamento em NY, o yield da T-note de 2 anos subia a 0,144%, enquanto o da T-note de 10 anos diminuía a 1,613% e o da T-bond de 30 anos, a 2,306%. Em mais uma audiência no Congresso, desta vez no Senado, Jerome Powell repetiu hoje o argumento de que a maior economia do planeta terá forte recuperação. Para ele, as pressões inflacionárias em curto prazo serão "transitórias". Esse mesmo ponto foi reiterado, em discursos separados nesta tarde, dos presidentes das distritais do Fed em São Francisco, Mary Daly, e em Nova York, John Williams. Nos EUA, o PMI industrial registrou avanço mais modesto do que o esperado por analistas, a 59 em março, mas ainda segue bem acima do limiar de 50, que separa a contração da expansão. Na zona do euro, Alemanha e Reino Unidos, os PMIs também estão em território de ganho. A surpreendente queda de 1% nas encomendas de bens duráveis nos EUA em fevereiro ante janeiro não chegou a preocupar porque deve se provar temporária, no entendimento de analistas. "O recuo foi causa principalmente pelas severas tempestades de inverno, que já sabemos que pesou muito sobre a produção industrial no mês passado", explica a Capital Economics. O quadro global do coronavírus é fonte de preocupação nas mesas de operações. Na Alemanha, por exemplo, o avanço do vírus levou o Instituto Econômico Alemão a cortar a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano, de 4% para 3%. Com isso dólar se fortaleceu ante rivais e emergentes, com o índice DXY - que mede a moeda dos EUA ante seis rivais fortes - em alta de 0,21%, a 92,528 pontos. O euro e a libra recuaram a US$ 1,1813 e US 1,1813 respectivamente. Ante emergentes, a divisa dos EUA se elevava a 20,9505 pesos mexicanos e a 14,968 liras turcas (André Marinho - [email protected])
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