EM DIA DE CAUTELA, IBOVESPA SOBE 0,89% E TEM INÉDITA SEQUÊNCIA DE CINCO ALTAS EM 2020

Blog, Cenário
Em um dia marcado por ajustes, após a tomada de risco recente, o Ibovespa contrariou a lógica e alcançou um feito inédito em 2020: emendou a quinta sessão consecutiva de ganhos, com ganho até aqui de 7,35% na semana e no mês. Não houve nenhum gatilho específico no pregão de hoje, mas alguns dos papéis que vinham apresentando recuperação nos últimos dias, como os de bancos, seguiram tal trajetória. E com a alta da moeda dos EUA ante o real, as exportadoras também subiram.Em meio a isso, a bolsa ganhou 0,89%, menos do que nos pregões anteriores, mas o suficiente para mantê-la no maior nível desde 6 de março, ao terminar a sessão de hoje aos 93.828,61 pontos. Em Wall Street, depois de um pregão volátil, os principais índices ficaram sem direção única, num misto de realização dos lucros recentes com cautela antes do payroll de amanhã e previsões mais pessimistas para a atividade econômica na zona do euro. Mas apesar do comportamento do mercado acionário, os retornos dos Treasuries exibiram mensagem contrária, com a alta das taxas sinalizando a saída dos investidores da segurança destes papéis. No Brasil, os juros futuros também ensaiaram uma correção em alta, mas foram limitados pela continuidade da trégua política e por expectativas positivas com a ampla liquidez global, reforçadas pelo anúncio feito hoje pelo Banco Central Europeu (BCE). Além disso, a despeito da alta do dólar ante o real, os vencimentos curtos voltaram a exibir, à tarde, 60% de chance de corte de 0,75 ponto porcentual da Selic no Copom de junho, mas agora com apostas, também majoritárias, de uma redução de 0,25 ponto da taxa básica em agosto, depois de declarações do consideradas 'dovish' do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fábio Kanczuk. No câmbio, o dólar cedeu ante divisas principais, sobretudo em relação ao euro, devido aos estímulos do BCE, mas ganhou espaço ante moedas emergentes, incluindo o real. Numa correção ante os movimentos dos últimos dois dias, quando caiu 5,5% ante a divisa brasileira, o dólar à vista encerrou com valorização de 0,81%, a R$ 5,1311.  
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  BOLSA   Pela primeira vez no ano, o Ibovespa conseguiu emendar hoje a quinta sessão em terreno positivo, algo que não ocorria desde o intervalo entre os dias 2 e 6 de dezembro de 2019. Naquela ocasião, em escalada rumo ao topo, o índice teve variações mais modestas, entre 0,03% e 1,23%, então na faixa entre 108.927,83 e 111.125,75 pontos, nos respectivos fechamentos. Nesta quinta-feira, a referência da B3 chegou a se inclinar a uma moderada realização de lucros após o quarto ganho consecutivo, uma série também sem precedentes em 2020 - até então, a melhor sequência era de três ganhos.   Ao final, o Ibovespa teve alta de 0,89%, aos 93.828,61 pontos, assim como ontem no maior nível de fechamento desde 6 de março (97.996,77). Hoje, saiu de mínima na sessão a 92.220,80 pontos, acumulando até aqui ganho de 7,35% na semana, com giro financeiro mais uma vez forte, a R$ 31,2 bilhões. No ano, cede agora 18,87%.   Na máxima do dia, o índice foi hoje aos 94.132,30 pontos, no maior nível desde 9 de março, quando saía dos 97.982,08 na abertura para 86.067,20 pontos no fechamento daquela sessão. Por volta das 15h, o Ibovespa renovava as máximas da sessão, impulsionado pelas ações de commodities e especialmente bancos, que operavam em baixa mais cedo e passaram para terreno positivo, embora com ganhos um pouco moderados no encerramento, ainda assim revertendo a realização de juros que prevalecia na sessão.   Na semana, o segmento, de grande peso no índice e um dos mais atrasados no ano em relação ao Ibovespa, acumula ganhos na casa de dois dígitos, entre 12,39% para Bradesco ON e 19,37% para a Unit do Santander. No ano, as ações de bancos ainda cedem entre 25,87% (Itaú Unibanco) e 35,41% (Santander). Hoje, a Unit do banco espanhol liderou o setor na B3, em alta de 3,57% no fechamento.   Na ponta do Ibovespa, Minerva subiu hoje 7,31%, com JBS na quarta posição (+4,22%), após terem figurado entre as maiores perdedoras do dia anterior. O segmento de proteína animal, assim como o de papel e celulose (Suzano +4,51%, terceiro melhor desempenho do dia), vinha sendo beneficiado pelo avanço do dólar que, em ciclo de alta, elevava a geração de receitas em reais das exportadoras - agora, o dólar tem devolvido os ganhos, acumulando até aqui perda de 3,89% na semana.   Entre as blue chips, Vale ON fechou hoje em alta de 3,73%, em terreno positivo assim como Petrobras ON (+0,45%), enquanto a PN da estatal cedeu 0,19%, em dia de desempenho moderadamente positivo para o Brent de agosto (+0,50%), a US$ 39,99 por barril, no fechamento da ICE. Em Nova York, os três índices mantiveram perdas moderadas ao longo da sessão, com Nasdaq na ponta, em baixa de 0,69% no encerramento, enquanto o blue chip Dow Jones virava para obter leve ganho de 0,05%.   "Os dados econômicos mais recentes - como a produção industrial no Brasil - e especialmente no exterior, como os PMIs da Europa, têm se mostrado menos piores do que se temia. Há uma disponibilidade de liquidez que, em um ambiente de juros negativos no mundo desenvolvido, e baixos pelo padrão histórico em emergentes como o Brasil, acaba inclinando o investidor a assumir risco em busca de retorno", aponta Shin-Lai, estrategista-chefe da Upside Investors Research.   Segundo ele, a rapidez observada na recuperação do índice da B3, em um contexto ainda muito difícil para a economia brasileira diante da expectativa de forte recessão no ano e de elevação do desemprego, coloca o Ibovespa já relativamente próximo ao que seria o topo do "novo normal", na faixa entre 95 mil e 105 mil pontos.   "Vale ressaltar que o Ibovespa sobe 20% em três semanas e retornou para 95 mil pontos, sendo que neste patamar temos uma importante referência de resistência dentro da análise técnica que é a média móvel de 72 períodos do gráfico semanal, fator técnico que pode justificar uma correção para o curtíssimo prazo", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.   "Chega uma hora que, a considerar a perspectiva de resultados para as empresas e para a economia em um cenário muito incerto quanto à pandemia no País, fica difícil achar uma ação para comprar que já não tenha ficado cara", acrescenta o estrategista da Upside. A diminuição do risco-país, conforme a pontuação dos CDS, em parte refletindo um quadro mais acomodado para a política brasileira em relação ao observado no fim de abril e o começo de maio, contribui para que o investidor estrangeiro identifique oportunidades de ingresso nos ativos daqui. "Mas o estrangeiro, quando entrar, tende a ficar pouco tempo, até que haja sinais sólidos de recuperação da economia", observa Shin.   Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 998,499 milhões na B3 no pregão da última terça-feira (02). Com sinais de reabertura das economias na China e na Europa, nesse dia, o Ibovespa fechou em alta de 2,74%, aos 91.046,38 pontos, com giro financeiro de R$ 29,4 bilhões. Em junho, em dois pregões, o saldo está positivo em R$ 933,045 milhões, resultado de compras de R$ 23,518 bilhões e vendas de R$ 22,585 bilhões. No acumulado do ano, os estrangeiros já retiraram R$ 75,914 bilhões do mercado acionário brasileiro. (Luís Eduardo Leal - [email protected], com Fabiana Holtz)       Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 93828.61 0.88866 Máxima 94132.30 +1.22 Mínima 92220.80 -0.84 Volume (R$ Bilhões) 3.11B Volume (US$ Bilhões) 6.10B Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 94180 1.63492 Máxima 94260 +1.72 Mínima 92000 -0.72     MERCADOS INTERNACIONAIS Após um pregão volátil, os investidores do mercado acionário deram uma pausa no rali observado nos últimos dias e, com isso, as bolsas de Nova York fecharam sem direção única, depois de terem aprofundado as perdas durante a tarde. Realização de lucros, dúvidas sobre a recuperação no mercado de trabalho americano e previsões mais pessimistas para a atividade econômica na zona do euro pesaram nas ações. O otimismo, no entanto, persistiu na renda fixa e os juros dos Treasuries subiram. No mercado cambial, o euro manteve a valorização sobre o dólar após o Banco Central Europeu (BCE) aumentar os estímulos monetários e a moeda americana, mais uma vez, recuou ante divisas fortes. O petróleo também oscilou durante o pregão, com as negociações para estender os cortes de produção da Opep+ no foco, mas acabou fechando em alta.   "Após fortes ralis nesta semana, os mercados fizeram uma pausa hoje", comenta o analista Boris Schlossberg, da BK Asset Management. "O apetite por risco está dando um respiro hoje", afirmam analistas do banco americano Brown Brothers Harriman (BBH), na mesma linha. Após operarem com volatilidade durante o pregão, as bolsas de Nova York aceleraram as perdas no final da tarde, mas acabaram fechando sem direção única. O Dow Jones teve leve ganho de 0,05%, a 26.281,82 pontos, o S&P 500 recuou 0,34%, a 3.112,35 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,69%, a 9.615,81 pontos, depois de quase ter fechado a sessão de ontem em máxima histórica.   Além da realização de lucros dos investidores, outros fatores também impediram novos ganhos no mercado acionário americano. Há expectativa pela divulgação, nesta sexta-feira, do relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos de maio. Ontem, dados do mercado de trabalho americano no setor privado surpreenderam positivamente, mas os pedidos de auxílio-desemprego semanais, informados hoje, vieram mais ou menos em linha com as projeções de analistas. "Nossa principal preocupação é que os ativos de risco estejam preparados para o clássico movimento de 'comprar no rumor' e 'vender no fato' em relação ao payroll", dizem analistas do BMO Capital Markets.   O pessimismo da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, também deu um banho de água fria no mercado. A líder informou que a instituição agora prevê contração maior do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2020, de 8,7%. A autoridade monetária, no entanto, expandiu seu programa de compra de ativos, o que agradou os investidores em um primeiro momento e deu força ao euro.   Para Boris Schlossberg, muitas variáveis econômicas estão "invertidas" por causa da pandemia de covid-19, já que, em um cenário normal, mais estímulos monetários enfraqueceriam a moeda. "Uma política altamente acomodatícia é realmente vista como positiva para a moeda, porque fornece suporte para uma recuperação do crescimento", explica. No final da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,1340.   O índice DXY, que mede a variação do dólar ante outras seis divisas fortes, recuou 0,61%, a 96,677 pontos, com a moeda americana em alta apenas ante o iene. "A fraqueza do dólar pode continuar", alerta o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union, ao mencionar o aumento "vertiginoso" que se prevê para o déficit fiscal dos EUA.   No mercado de renda fixa, o otimismo com a retomada econômica pós-coronavírus se manteve. No final da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,196% e o da T-note de 10 anos avançava a 0,813%. "O movimento bearish tão esperado no mercado de Treasuries finalmente ocorreu", afirma o analista Ian Lyngen, do BMO Capital Markets, em referência à menor busca pelos títulos do Tesouro americano e à consequente alta nos retornos.   O petróleo, por sua vez, também operou com volatilidade nesta sessão, mas acabou avançando. No foco, estão as negociações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para estender os cortes na produção da commodity energética. Sem isso, não haverá uma recuperação completa do mercado de energia, alertou hoje o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol. Na Nymex, o WTI para julho fechou em alta de 0,32%, a US$ 37,41 o barril. Na ICE, o Brent para agosto subiu 0,50%, a US$ 39,99 o barril.   No radar, continuam os protestos antirracismo nos EUA e as tensões entre Washington e Pequim. O presidente americano, Donald Trump, disse hoje que quer uma relação "aberta e construtiva" com a China, mas que o país asiático tem violado promessas. O mercado também aguardava, no final da tarde, uma coletiva do secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Segundo a Reuters, ele deve alertar investidores para práticas "fraudulentas" de companhias chinesas. Iander Porcella - [email protected])   JUROS Após duas sessões de forte recuo nas taxas, o mercado de juros ensaiou uma realização de lucros nesta quinta-feira, aproveitando o noticiário mais fraco e a agenda local de indicadores esvaziada e, ainda, na esteira da leve piora no câmbio. O ajuste, no entanto, foi limitado pela manutenção da trégua no cenário político, da perspectiva positiva sobre a reabertura das economias e ambiente de liquidez farta, endossado hoje pelo anúncio do pacote de estímulos do Banco Central Europeu (BCE). Nos vencimentos curtos, a realização também não teve força para avançar, dados os sinais de que há espaço para corte de 0,75 ponto porcentual na Selic em junho e para mais 0,25 ponto em agosto, reforçados por declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fábio Kanczuk. Por fim, nem mesmo outra megaoferta de títulos prefixados pelo Tesouro foi capaz de impor grande pressão na curva.   Os juros passaram o dia em leve alta, mas, no fim da sessão regular, as taxas curtas já estavam nos ajustes de ontem. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 encerrou a 3,01% (mínima), de 3,00% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 5,662% para 5,71%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 6,71%, ante 6,642% ontem.   A pouca disposição em recompor prêmios pode ser notada ainda pelo giro de contratos baixo, aquém da média diária dos últimos 30 dias. Para se ter ideia, um dos DIs mais líquidos da ponta curta, o janeiro de 2022, movimentou 235 mil contratos, contra 293 mil na média diária recente. O DI para janeiro de 2025 teve 78 mil contratos negociados, ante 97 mil na média diária desde 4 de maio.   Para o estrategista de Mercados da Harrison Investimentos, Renan Sujii, como as taxas recuaram muito esta semana, em meio a indicadores econômicos fracos e ambiente "interessante para a Selic cair", é natural haver alguma acomodação. "Mas falta um catalisador negativo para uma correção firme", disse.   Ele observa que, nos últimos dias e ontem, com endosso da mensagem de Kanczuk, no curtíssimo prazo, o DI para janeiro de 2021 foi para baixo de 2,25%, mostrando que o mercado vê margem para mais cortes da Selic depois de junho além dos 0,75 ponto. Este vencimento fechou hoje com taxa de 2,175%. Kanczuk, em evento da Brazilian American Chamber of Commerce, indicou que não vê 2,25% como "algo fixo" e que "não podemos cruzar", nem como "lower bound".   E já começam a surgir apostas para Selic abaixo de 2%. Com a melhora do ambiente externo e das condições financeiras, a AZ Quest alterou sua expectativa para a taxa no fim do ciclo de ajuste, de 2,25% para 1,75%, o que contribuiria também para o cumprimento da meta de inflação em 2021 (3,75%).   Na curva, o quadro de apostas para a decisão do Copom em junho à tarde voltou a ficar parecido com o de ontem, com 60% de chance de corte de 0,75 ponto e 40% de chance de corte de 0,50 ponto. Pela manhã, o mercado estava mais dividido (55% a 45%). A novidade do dia foi o aumento de apostas na queda de mais 0,25 ponto em agosto. A precificação passou de -12 pontos-base ontem para -21 pontos hoje, indicando 80% de possibilidade de redução de 0,25 ponto. Os cálculos são do Haitong Banco de Investimento.   Dado o aumento do apetite ao risco e da percepção de liquidez farta nos últimos dias, o Tesouro Nacional elevou a oferta de prefixados no leilão desta quinta-feira ante o da semana passada. A instituição ofertou 14 milhões de LTN (12 milhões na semana passada) e vendeu 12,6 milhões, enquanto o lote de NTN-F passou de 100 mil (vendeu 50 mil) na semana passada para 300 mil hoje, absorvido integralmente.   Na B3, os investidores estrangeiros seguiram reduzindo posição comprada (aposta na alta da taxa) ontem, pela quarta sessão seguida. Com a queda de 68.974 contratos, o estoque de contratos em aberto dos não-residentes chegou a 762.380 nesta quarta-feira, ainda menor nível desde setembro de 2019. Os dados foram compilados pela Renascença DTVM. (Denise Abarca - [email protected])         Operação   Último CDB Prefixado 32 dias (%a.a) 2.49 Capital de Giro (%a.a) 7.02 Hot Money (%a.m) 0.82 CDI Over (%a.a) 2.90 Over Selic (%a.a) 2.90       CÂMBIO Após cair 5,5% em dois dias, o dólar teve um dia volátil hoje, mas terminou a quinta-feira em alta de 0,81%, cotado em R$ 5,1311. A moeda americana operou com queda forte ante divisas principais, sobretudo o euro, por conta de estímulos adicionais do Banco Central Europeu (BCE), mas subiu ante pares do real, como os pesos do México, Colômbia e Chile. O movimento tanto no exterior como no mercado doméstico foi de realização de ganhos, de acordo com profissionais das mesas de câmbio.   Investidores estrangeiros reduziram ontem suas posições compradas no dólar futuro, que ganha com a alta da moeda, para apenas 582 contratos, bem distante dos 87 mil contratos que tinham em meados de maio. Para o diretor de um banco estrangeiro, era natural que houvesse uma pausa hoje após movimentos desta magnitude no mercado futuro nos últimos dias. Mesmo o risco-país, medido pelo Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, que na mínima do dia ontem caiu a 220 pontos, hoje operou em alta, batendo em 227 pontos mais cedo. O dólar futuro para julho subia 1,33% às 17h30, a R$ 5,1390.   Também contribuiu para pressionar o câmbio a visão de economistas e nas mesas de juros que o Banco Central pode cortar a taxa básica, a Selic, para além da reunião de junho. Hoje o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, ex-diretor do Banco Central, disse em live organizada pela Febraban avalia que a taxa básica, a Selic, pode cair abaixo dos 2,25%, caso o risco-país e as projeções de inflação continuem caindo. Sobre o câmbio, Mesquita avalia que é possível que o dólar fique mais comportado no segundo semestre, por conta da busca por retornos passada a fase mais grave da pandemia de coronavírus.   O economista-chefe em Nova York do banco Natixis para a América Latina, Benito Berber, comenta que foi a melhora de fatores no mercado externo que contribuiu para o rali do real nos últimos dias. Ele calcula que, não fosse a forte piora do risco político no mês passado, o dólar teria sido negociado mais perto de R$ 5,00 do que de R$ 6,00 em maio.   Para o economista do Natixis, com o cenário político ainda complicado, em meio a diversas investigações envolvendo presidente Jair Bolsonaro, e o ambiente de baixos juros, o real deve se depreciar pela frente. Berber projeta o dólar em R$ 5,40 nos próximos seis meses, R$ 5,20 em nove meses e R$ 5,15 em 12 meses. Ele estima queda de 0,75 ponto porcentual na Selic, levando a taxa para 2,25%.   A liquidez sem precedentes despejada nos mercados está ajudando a tranquilizar os investidores, observam os estrategistas de moedas do Rabobank.   Hoje o BCE anunciou ampliação de seu programa em mais 600 bilhões de euros e os economistas na Europa do Morgan Stanley não descartam mais um aumento de 400 bilhões de euros, provavelmente em março de 2021. "A decisão surpreendeu positivamente o mercado, avalia o banco americano. Logo após o anúncio, o dólar à vista bateu mínimas, a R$ 5,0266. Já o euro se valorizou, ajudando a enfraquecer o dólar. O índice DXY que mede a moeda americana ante divisas fortes, caiu mais 0,53%, acumulando recuo de 1,5% apenas este mês e caindo ao menor nível desde o começo de março.   Após a reunião do BCE, o foco do mercado agora é o relatório mensal de emprego dos Estados Unidos, que será divulgado nesta sexta-feira. Os analistas do banco Wells Fargo projetam fechamento de 8 milhões de vagas na economia americana e taxa de desemprego saltando para 20%. Números ainda mais fracos podem ajudar a enfraquecer o dólar no mercado internacional. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.13110 0.8055 5.14230 5.02660 Dólar Comercial (BM&F) 5.2212 0 DOLAR COMERCIAL 5145.000 1.44928 5148.500 5031.500 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5050.000 03/06        
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